segunda-feira, 19 de abril de 2010
Rio Grande do Sul
É como aquele filho que sai muito diferente do resto da família, mas a gente gosta mesmo assim
O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil. Até o começo do século 19, espanhóis e portugueses ainda brigavam para saber quem seria o dono da terra gaúcha no extremo Sul do país. Talvez por ter chegado depois, ele ficou com um jeito diferente de ser. Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Ainda tem a mania de tomar mate em vez de café.
Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do Sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.
Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê-la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta. O estado se envolveu em pelo menos uma guerra, e bem sangrenta, a cada 50 anos, tendo até movimentos separatistas, que pretendiam separá-lo do Brasil. Foi palco da maior guerra civil que o país teve, a dos Farrapos. Os gaúchos preservam bastante suas tradições, como cantar, dançar para honrar a garrucha, tomar mate e chimarrão. Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do país.
O Rio Grande é o quarto estado mais rico do Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e o quinto mais populoso, constituindo 6% da população nacional. Mas possui o melhor Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, de acordo com a ONU, e o menor índice de analfabetismo do país, segundo o IBGE. E ainda tem as mulheres mais bonitas do país, segundo a agência Ford Models.
Atualizado em 10/2009
http://viajeaqui.abril.com.br/america-do-sul/brasil/rio-grande-do-sul-504074.shtml
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