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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ocidente e Rússia divergem sobre previsão de uso da força na Síria

EUA, França e Grã-Bretanha defendem que resolução da ONU tenha 'caráter obrigatório' ou autorize intervenção militar

16 de setembro de 2013
Andrei Netto, correspondente em Paris
PARIS - Dois dias após sacramentarem o acordo sobre a deposição das armas químicas pela Síria até 2014, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, voltaram a colidir nesta segunda-feira, 16, pondo em perigo a resolução que terá de ser aprovada no Conselho de Segurança. Para os Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha, o texto a ser votado nas Nações Unidas vai prever o uso da força em caso de desrespeito por parte do regime de Bashar Assad. Em Moscou, a visão é oposta.
A divergência entre Kerry e Lavrov ficou clara na manhã de ontem, em Paris, quando o americano concedeu entrevista coletiva ao lado dos ministros da França, Laurent Fabius, e da Grã-Bretanha, William Hague. No encontro, os três afirmaram que a resolução que regulamentará o acordo firmado no sábado, em Genebra, prevendo o desmantelamento do arsenal químico de Assad até 2014, deve incluir uma menção ao Capítulo VII da Declaração das Nações Unidas.
A eventual citação não é anódina. O Capítulo VII é texto que autoriza a comunidade internacional a recorrer à força ou a sanções contra um país que esteja em clara violação de um tratado internacional. Esse seria o caso da Síria de Assad, caso o regime não cumpra os termos do acordo Kerry-Lavrov. A inclusão dessa cláusula é uma bandeira da França, que tenta obter garantias de que a Rússia não vai mais poder vetar uma eventual intervenção militar no futuro.
Ontem, o presidente da França, François Hollande, recebeu Fabius, Kerry e Hague no Palácio do Eliseu. Ao final, a presidência divulgou um comunicado no qual pede ao Conselho de Segurança "uma resolução forte". Minutos depois, o chanceler francês repetiu as palavras em tom de advertência. "Nós queremos obter do Conselho de Segurança das Nações Unidas nos próximos dias uma resolução forte, que preverá, claro, consequências sérias se o acordo não aplicado", disse Fabius. Hague foi no mesmo sentido. "A pressão é sobre o regime de Damasco para que eles apliquem integralmente este acordo", reiterou, beligerante: "O mundo deve estar pronto a tirar as consequências se não o fizerem".
                                           Ocidente defende resolução da ONU com caráter obrigatório - Michel Euler/APMichel Euler/AP
                                                           Ocidente defende resolução da ONU com caráter obrigatório
O objetivo, segundo Fabius, é fazer o regime entender "que não ha outra perspectiva além da mesa de negociações", sem esconder que o fim da guerra civil na Síria depende da partida de Bashar Assad. O chanceler francês alertou ainda que o Ocidente vai aumentar a ajuda - sem especificar se militar - aos rebeldes ligados à Coalizão Nacional Síria (CNS), o grande órgão da oposição.
Kerry, no início moderado, acabou sendo o mais enfático dos três. Questionado sobre se a resolução que seria apresentada à ONU incluiria o Capítulo 7, o americano não deixou dúvidas. "O acordo compromete totalmente os EUA e a Rússia a impor medidas ao sob o abrigo do Capítulo 7 da Declaração da ONU no caso de não-conformidade", enfatizou Kerry.
Em Moscou, Lavrov acusou as "capitais europeias" de estarem pondo o acordo em risco de fracasso. "Estou certo de que, apesar de todas as declarações emanando de certas capitais europeias, a parte americana se atrelará estritamente ao que foi acordado", afirmou o chanceler russo, insinuando que Kerry não havia imposto a condição. O próximo round da disputa deve acontecer ainda nesta semana, quando a resolução será apresentada.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

França diz que vai proibir cigarro eletrônico em locais públicos

31/05/2013
DA AFP, EM PARIS

A França vai proibir o uso do cigarro eletrônico nos locais públicos e por menores de 18 anos, informou o governo francês nesta sexta-feira, o Dia Mundial Sem Tabaco.
Por ocasião deste dia, a OMS (Organização Mundial de Saúde) encoraja a proibição da publicidade, da promoção e do patrocínio do tabaco, estimando que o tabagismo provoque a morte prematura de 6 milhões de pessoas por ano.
"Queremos aplicar ao cigarro eletrônico as mesmas medidas aplicadas ao tabaco", declarou a ministra da Saúde, Marisol Touraine, à rádio France Info.
A publicidade e o patrocínio das produtoras de tabaco estão proibidos na França e, desde novembro de 2006, é ilegal fumar em locais públicos. Depois dessa proibição ocorreu a popularização do cigarro eletrônico, que funciona com pilhas.
Ao ser aspirado pelo consumidor, o cigarro eletrônico dispersa vapor de nicotina e propilenoglicol nos pulmões (líquido utilizado como refrigerante ou anticongelante).
Kenzo Tribouillard/AFP
Pessoa fuma cigarro eletrônico, em Paris; equipamento será proibido em locais públicos e para menores de 18
Pessoa fuma cigarro eletrônico, em Paris; equipamento será proibido em locais públicos e para menores de 18
O produto, inventado na China, é vendido em vários países como uma solução menos nociva para os fumantes do que os cigarros tradicionais e como um artifício para ajudar quem quer parar com o vício.
No entanto, alguns dizem que seu uso não põe fim ao hábito de fumar.
De acordo com os fabricantes, meio milhão de franceses utilizam a versão eletrônica do cigarro. Em março do ano passado, Touraine anunciou que havia pedido uma investigação sobre o cigarro eletrônico para avaliar os "benefícios" e "riscos" desse produto.
Em maio de 2011, a Agência Francesa de Segurança Sanitária e Produtos de Saúde (Afssaps, na sigla em francês) recomendou que o produto, que só está disponível em sites especializados na internet, não seja utilizado.
RÚSSIA
Na Rússia, uma lei que proíbe o fumo em locais públicos entra em vigor neste sábado (1º). Para poder fumar, será preciso distanciar-se pelo menos 15 metros de aeroportos, estações ferroviárias ou de metrô.
Por enquanto, não estão previstas multas para quem desrespeitar a nova norma, pois ainda não foram adotadas as emedas que vão modificar o código administrativo.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Hollande considera 'libertada' parte 'essencial' do território do Mali


Presidente francês diz que 'nenhuma cidade está ocupada pelos grupos terroristas'

11 de fevereiro de 2013
estadão.com.br
PARIS - O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta segunda-feira, 11, que "o essencial do território do Mali foi libertado" e que "nenhuma cidade está ocupada pelos grupos terroristas" um mês depois do início da operação francesa no país africano.
Hollande, que recebeu o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, disse no entanto que ainda é preciso prosseguir os trabalhos de restabelecimento da segurança do território porque "ainda há grupos que põem em risco a vida nesse país".
Tropas
Soldados franceses e malineses em Gao - Jerome Delay/APJerome Delay/AP
Soldados franceses e malineses em Gao
A França já analisa, quase um mês depois de lançar a ofensiva no Mali, a retirada de suas tropas. A Organização das Nações Unidas (ONU) deve preparar uma força de paz para assumir o controle no país africano
Com Efe
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,hollande-considera-libertada-parte-essencial-do-territorio-do-mali,995239,0.htm

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fechar fronteira da UE seria piada, diz político francês

27 de abril de 2011
AE - Agência Estado

O líder da União por um Movimento Popular (UMP), o partido político do presidente francês Nicolas Sarkozy, disse hoje que a França não pode se permitir receber ondas de imigrantes do Norte da África que buscam trabalho, mas também admitiu que fechar as fronteiras da União Europeia seria uma "piada".

Jean-François Copé afirmou que a revisão que a França e a Itália pediram ontem do Acordo de Schengen é baseada em fatores econômicos, não na xenofobia. Em entrevista à Associated Press, ele argumentou: "Nós temos as condições e os meios de absorver a mão de obra relacionada à imigração? A resposta é não".

A França e a Itália se envolveram em uma crise diplomática nas últimas semanas sobre como lidar com mais de 20 mil imigrantes tunisianos que chegaram à Itália desde meados de janeiro, e cuja entrada na França foi em grande parte barrada pelas autoridades na fronteira. As informações são da Associated Press.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,fechar-fronteira-da-ue-seria-piada-diz-politico-frances,711570,0.htm

União Europeia 11.04.2011
Saiba o que é o Acordo de Schengen

Assinado por cinco países há 25 anos, o Acordo de Schengen abrange hoje 25 Estados europeus. Ele permite a livre circulação de pessoas entre os países-membros ao eliminar os controles de fronteiras.


O acordo que Alemanha, Bélgica, França, Luxemburgo e Holanda assinaram na vila luxemburguesa de Schengen em 14 de junho de 1985 previa a eliminação gradual dos controles de fronteiras nas divisas entre esses países.

Cinco anos depois, as cinco nações assinaram um novo acordo, que especificava os requisitos para que o livre trânsito de cidadãos entre os signatários fosse implementado.

Foram necessários mais cinco anos para que, em 1995, o acordo finalmente começasse a vigorar – o atraso foi também causado pela unificação alemã.

O Acordo de Amsterdã, de 1999, integrou o Acordo de Schengen à legislação da União Europeia (UE), colaborando para que a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas – um dos princípios centrais do mercado comum europeu – se tornasse realidade no bloco.

Depois de várias adesões, o Acordo de Schengen é válido hoje em 25 países europeus. Além de 22 países-membros da UE (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, Suécia e República Tcheca), também a Islândia, a Noruega e a Suíça são signatários.

Exceções estão previstas para a Irlanda e o Reino Unido. A Romênia e a Bulgária devem abrir suas fronteiras aos demais países em 27 de março de 2011. No caso do Chipre, a adesão está suspensa até que haja uma solução para a questão interna que divide o país.

Para os cidadãos europeus, a livre circulação de pessoas dentro do chamado Espaço Schengen é uma realidade hoje. Há exceções apenas para grandes eventos, como encontros do G20 ou da Otan.

JBN/DW
Revisão: Alexandre Schossler


http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3871496,00.html