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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Taxa de analfabetismo caiu no Brasil em 2013, diz IBGE

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,taxa-de-analfabetismo-recua-aponta-ibge,1561862O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,taxa-de-analfabetismo-recua-aponta-ibge,1561862

Índice de analfabetos acima de 15 anos diminuiu de 8,7% em 2012 para 8,3% no ano passado

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA BRASIL
18/09/2014 
A taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos no Brasil voltou a cair em 2013. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o país registrou cerca de 13 milhões de analfabetos nesta faixa etária no ano passado, o que corresponde a 8,3% da população. O resultado é 0,4 ponto percentual abaixo do registrado em 2012 (8,7%). A taxa de analfabetismo funcional, que reúne as pessoas com até quatro anos de estudo, também caiu, de 18,3% para 17,8%. A Pnad foi divulgada hoje (18) pelo IBGE.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
O resultado de 2012 manteve-se praticamente estável, com alta de 0,1 ponto percentual em relação a 2011, quando foi registrado 8,6% de analfabetos. Desde 2004, ano em que a abrangência da Pnad incluiu pela primeira vez as populações rurais de toda a Região Norte, houve queda de 3,2 pontos percentuais, de 11,5% para 8,3%. Em números absolutos, de 2012 para 2013 houve redução de 297,7 mil analfabetos no país.
De acordo com o IBGE, a maioria de analfabetos era mulheres, com 50,6%, realidade que se repete nas regiões Sudeste (56,2%), Sul (55,6%) e Centro-Oeste (50,5%). No Norte e no Nordeste, os homens representam a maioria dos analfabetos, com 53,2% e 52,1%. Apesar disso, a taxa de analfabetismo é superior entre os homens, com 8,6% contra 8,1% das mulheres. Na divisão por região e sexo, os homens nordestinos têm a taxa mais alta, de 18,2%, enquanto as mulheres da Região Sul têm a menor, de 3,9%.
Ao considerar a idade, a pesquisa mostra que pessoas com mais de 60 anos são mais frequentemente analfabetas que as mais jovens. Entre quem possui menos de 30 anos, a taxa de analfabetismo em 2013 chegou a 3%, enquanto na população com mais de 60, ela foi de 23,9% da população. Entre quem tinha de 40 a 59 anos, o analfabetismo atingia 9,2%.
Todos os grupos etários tiveram redução da taxa entre 2012 e 2013, e, com uma queda de 0,2 ponto percentual, a menor porcentagem registrada foi a dos jovens entre 15 e 19 anos, com 1%. Para Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, a diferença na taxa de analfabetismo entre as idades se deve a uma dificuldade maior de atingir pessoas mais velhas com programas de alfabetização.
Regionalmente, o Nordeste continua a ser a região com a maior taxa de analfabetismo entre os maiores de 15 anos, mas foi também o local onde ela mais caiu, de 17,4% em 2012 para 16,6% em 2013. De acordo com a Pnad, mais da metade (53,6%) dos analfabetos do Brasil estão nos estados nordestinos.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

A PNAD é realizada desde 1967 e traz informações sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios para Brasil, grandes regiões, estados e regiões metropolitanas. Confira outros resultados:
Trabalho infantil
O Brasil registrou queda de 12,3% no número de trabalhadores entre 5 e 17 anos de idade entre 2012 e 2013. Restam 3,1 milhões de trabalhadores nesta faixa etária, após a saída de 438 mil crianças e adolescentes dessa condição. A maioria das crianças e dos adolescentes era do sexo masculino.
De acordo com a Pnad, os adolescentes de 14 a 17 anos de idade eram maioria (2,6 milhões) dos empregados menores. Cerca de 486 mil crianças de 5 a 13 anos estavam em situação de trabalho infantil, 15,5% dos ocupados de 5 a 17 anos de idade. Deste total, 58 mil tinham de 5 a 9 anos de idade, e 428 mil de 10 a 13 anos de idade.
Trabalhadores com carteira assinada
Em 2013, o número de empregados com Carteira de Trabalho assinada no setor privado cresceu 3,6% em relação a 2012. Eram 36,8 milhões de trabalhadores, 1,3 milhão a mais na comparação com o ano anterior. No levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 76,1% dos empregados do setor privado tinham emprego formal.
O aumento do emprego com carteira assinada no setor privado ocorreu em todas as regiões, sendo os maiores acréscimos registrados nas regiões Nordeste (6,8%) e Sul (5,3%).
Mais conectados
Entre os bens duráveis, a pesquisa mostra que o total de domicílios com computadores subiu de 46,4% para 49,5%, de 2012 para 2013. No Nordeste, as casas com esse equipamento cresceram 14%. Dos 32,2 milhões de domicílios brasileiros com computadores em 2013, 28% tinham acesso à internet.
A proporção de internautas cresceu de 49,2%, em 2012, para 50,1%, no ano seguinte. A pesquisa do IBGE indica que, em 2001, 12,6% das unidades residenciais tinham esses aparelhos e, em 2013, esse percentual evoluiu para quase metade dos domicílios. Já as moradias com computador ligado à internet aumentaram de 8,5% para 43,7%, na mesma comparação.
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/09/taxa-de-banalfabetismob-caiu-no-brasil-em-2013-diz-ibge.html

sábado, 26 de outubro de 2013

Produtividade cresce nas fronteiras agrícolas

26/10/2013
O ano passado trouxe novidades para a agricultura. A produção de milho ultrapassou a de soja e a da safrinha (a segunda safra de milho) ficou acima da de verão.
É o que mostra o PAM (Produção Agrícola Municipal) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Boa parte da produção desses produtos foi influenciada pela adversidade climática em várias regiões. Mas os dados do instituto apontam um bom avanço na produção de grãos e de leguminosas fora das antigas áreas tradicionais, como Sul e Sudeste.
O importante é que o avanço vem não só em volume, mas também em produtividade. Esta acima, inclusive, das do Sul e do Sudeste.
Volume e produtividade já colocam há vários anos as cidades das novas fronteiras agrícolas como líderes nacionais em renda.
Em 2012, São Desidério recolocou o oeste baiano na liderança. O município teve renda de R$ 2,3 bilhões, se consolidando na produção de algodão, que atingiu 12% do volume nacional.
O município obteve R$ 1,4 bilhão só com o algodão no ano passado, valor que representou 17% de todo o nacional, que foi de R$ 8,1 bilhões, segundo informação do IBGE.
A agricultura brasileira utilizou 69,2 milhões de hectares nas 64 culturas acompanhadas pelo IBGE. O valor total dessas culturas subiu para R$ 204 bilhões, 4,3% mais do que em 2011.
O avanço da produtividade do Centro-Oeste em relação às do Sul e do Sudeste fica evidente não só em soja e milho, mas passa também por outros produtos como alho, tomate e batata.
A produtividade do algodão foi de 3.880 quilos por hectare no Centro-Oeste, mas ficou em 3.171 no Sul e Sudeste. No caso do milho, o Centro-Oeste colheu uma média de 5.852 quilos por hectare, 17% mais do que no Sul.
Essas produtividades podem ter variações de uma região para outra devido ao clima e problemas regionais, mas o avanço tecnológico nas novas fronteiras está colocando a agricultura brasileira em um novo patamar.
Outras culturas também apontam bom ganho de produtividade no Centro-Oeste. A média de produção do tomate é de 81 toneladas nessa região 26% mais do que no Sudeste. No caso da batata-inglesa, o ganho e de 10%.
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Concentração gera perigo em várias regiões do país
Os dados da produção agrícola por município do IBGE apontam um perigo para determinadas regiões do país. Alguns Estados estão concentrados em poucos produtos e um eventual desastre nessas culturas afetaria fortemente a economia da região.
Um problema na produção de soja, por exemplo, colocaria pelo menos nove Estados brasileiros em alerta, uma vez que a oleaginosa é a principal fonte de receitas do campo nessas regiões.
Alagoas também tem uma situação bastante delicada, pois 86% dos valores obtidos com a agricultura vêm da cana-de-açúcar, um produto que não tem gerado muita renda no campo.
Além de Alagoas, cinco outros Estados têm a cana como líder de receitas, enquanto outros quatro dependem da produção de mandioca para melhorar a renda dos produtores.
O café também traz uma situação de muita concentração. Espírito Santo tem 70% do valor da produção agrícola dependente do produto, que no momento é um dos que têm os mais baixos preços no campo. Minas Gerais lidera a produção nacional do café.

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.