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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Violência tira 1,73 ano de vida de negros

Valor é mais que o dobro da perda dos homens brancos, segundo o Ipea; a cada 3 homicídios no País, em 2 a vítima é negra

20 de novembro de 2013
LISANDRA PARAGUASSU , BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A expectativa de vida de um homem negro no Brasil é 1,73 ano menor do que deveria ser por causa da violência - o valor é mais do que o dobro da perda dos homens brancos. Os dados, levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que, a cada três homicídios no Brasil, em dois a vítima é negra.
Para além das causas socioeconômicas, a maior razão das mortes violentas dos negros, diz a pesquisa, é o racismo. Informações sobre mortalidade do Censo 2012, usadas pelos pesquisadores, mostram que a taxa de mortes violentas entre os negros é de 36 mortes por 100 mil. Entre os não negros, de 15,2. A principal conclusão da pesquisa é que a cor aumenta a vulnerabilidade dos negros, que correm 8% mais riscos de se tornarem vítimas de homicídio do que um homem branco, ainda que nas mesmas condições de escolaridade e características socioeconômicas.
"O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Essas discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros vis-à-vis o resto da população", diz o estudo. Variáveis como educação, emprego, renda e localização do domicílio explicariam, segundo o estudo, apenas 20% da diferença no número de mortes entre negros e brancos. O restante estaria ligado à cor da pele.
No Espírito Santo, por exemplo, homens negros perdem 5,2 anos em sua expectativa de vida e, na Paraíba, 4,8 anos. Nos dois casos, a queda na expectativa de vida do grupo é causada basicamente por homicídios.
Protesto. Para protestar em São Paulo contra a violência que atinge "pretos, pobres e periféricos", sai hoje da Avenida Paulista a Marcha da Consciência Negra, com destino ao Teatro Municipal. Entre os organizadores está o professor universitário Ailton dos Santos, de 46 anos. Ele é negro e morador do Mandaqui, na zona norte.
Santos calcula que já tenha perdido 50 amigos assassinados. "Ao menos 40% dos meus amigos de infância e adolescência morreram", diz. Há quatro meses, quando andava pelos Jardins, foi abordado por policiais, que perguntaram: "O que está fazendo aqui?". Foi uma entre as mais de 30 abordagens constrangedoras que já recebeu.

sábado, 27 de outubro de 2012

Partidos são punidos por não respeitar cotas para mulheres


Em sessão realizada na quarta-feira, 24, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu punir o PMDB por não cumprir normas eleitorais destinadas a estimular a participação das mulheres nas eleições. No próximo semestre, o partido vai perder 10 minutos da propaganda partidária gratuita na TV e outros 8m45s no rádio.


De acordo com representação encaminhada ao TRE pela Procuradoria Regional Eleitoral, o partido não respeitou o capítulo da Lei dos Partidos Políticos que obriga destinar pelo menos 10% do tempo da propaganda gratuita para a promoção das candidaturas femininas. Se o erro persistir, o partido pode perder ainda mais tempo no caso de nova condenação.


O PMDB não foi o único partido que descumpriu a obrigação de manter uma cota para as mulheres. Anteriormente, a Procuradoria Regional já havia encaminhado representações contra o PT, PSDB, PV, PTB, PDT e PR. O TRE julgou todas elas procedentes.


O não cumprimento das cotas no horário gratuito é apenas uma parte dos problemas que as mulheres enfrentam. De acordo com o estudioso José Eustáquio Diniz Alves, elas são discriminadas pelos caciques políticos de quase todos os partidos.


Acompanhe o blog pelo Twitter – @Roarruda