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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

26/12/2008 - 22h24
Entenda a relação turbulenta que envolve Índia e Paquistão
Publicidade da Folha Online



Tanto Índia como Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947, ambos conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.

O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947 --ano em que se tornaram independentes do Reino Unido.

A Caxemira é uma região montanhosa ao norte dos dois países. Grande parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao Paquistão, que a Índia nega. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano e o restante sob controle do Paquistão e da China. Ou seja, é uma região de maioria muçulmana que tem sua a maior parte sob controle da Índia.

O Paquistão reivindica o controle total da Caxemira sob o argumento de que lá vive uma população de maioria islâmica --a mesma do país. Já a Índia tem uma população majoritariamente hindu.

Além das três guerras, a história de violência entre os dois países é longa. Apenas neste ano, se forem levados em conta todas as ações, foram mais de cem atentados ocorridos na Índia, que acusa terroristas muçulmanos paquistanesas pelas ações. O Paquistão nega.

Nos últimos anos, a índia foi palco de ações terroristas movidas por três linhas: religiosa (islâmicos), política (maoístas) e territorial (disputa Índia-Paquistão pela Caxemira). Dezenas de grupo usam ações terroristas para tentar alcançar seus objetivos contra o governo da Índia, saiba quem são os principais:

Lashkar-e-Taiba

Braço armado de uma organização religiosa muçulmana fundada no Paquistão em 1989. O grupo teria ligações com a rede terrorista Al Qaeda. A Índia acusa a inteligência paquistanesa de ser o criador e de oferecer suporte logístico ao grupo.

Movimento Estudantil Islâmico

Fundado em 1977, o grupo ganhou força e se tornou mais violento a partir da década de 90. Em 2001, fui declarado como organização terrorista. O grupo teria se tornado, no último ano, a célula-mãe dos mujahedin [guerreiros islâmicos que nos anos 80 combateram a ocupação soviética do Afeganistão].

Naxalitas

Naxalitas é o apelido derivado de uma rebelião de 1967 na aldeia bengali de Naxalbari. O movimento radical de formação maoísta luta há mais de 20 anos para criar um Estado comunista independente no leste e sul da Índia. As regiões-alvo de ataque deste grupo são os Estados Indianos de Andhra Pradesh, Orissa, Chattisgarh, Maharashtra, Bihar e Jharkhand.

Verão

Os enfrentamentos costumam se intensificar nos meses de verão. Nessa época, com o derretimento da neve em porções da cordilheira do Himalaia, os separatistas islâmicos têm mais facilidade para se infiltrar na Caxemira indiana, vindos de solo paquistanês.

Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e guerrilheiros pró-Paquistão, mais de 30 mil pessoas já morreram. Segundo o governo indiano, esses grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que diz apenas ampará-los politicamente.

A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores de armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo sua infra-estrutura militar. Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser acompanhadas com mais atenção pela comunidade internacional.

Recentemente, ambos os países demonstraram intenção de pôr fim ao clima de tensão e melhorar suas relações diplomáticas, mas os atentados terroristas levados a cabo na última quarta-feira (26) em Mumbai (ex-Bombaim), capital financeira da Índia, pode barrar as novas tentativas de pacto de paz e expõem a fragilidade da relação entre a polícia e a inteligência indianas nos quesitos segurança interna e luta contra o terrorismo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u483638.shtml
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.thisismyindia.com/india-pakistan/india-pakistan-map.html
04/02/2010 - 13h09
Paquistão confirma proposta de diálogo da Índia e pede esclarecimentos
Publicidade da France Presse, em Islamabad (Paquistão)
da Folha Online

O Paquistão confirmou nesta quinta-feira que a Índia propôs uma retomada do diálogo ao nível de seus ministérios das Relações Exteriores, mas pediu esclarecimentos sobre o conteúdo da oferta. Caso o diálogo seja retomado, encerrará mais de 14 meses de rompimento das relações bilaterais, depois que a Índia encerrou diálogo por causa dos ataques terroristas de novembro de 2008 em Mumbai, que mataram 166.

"Eles propuseram entrevistas ao nível de secretários das Relações Exteriores e pedimos esclarecimentos sobre o conteúdo dessas entrevistas. Esperamos uma resposta da Índia", afirmou à agência de notícias internacionais France Presse o porta-voz da chancelaria paquistanesa, Abdul Basit.

Os secretários das Relações Exteriores são os funcionários de maior escalão de ambos ministérios, mas não são ministros nestes dois países vizinhos e potências nucleares.

A Índia propôs ao Paquistão iniciar discussões ao nível de ministros das Relações Exteriores, mais de um ano depois de ter suspenso as relações bilaterais em função dos atentados em Mumbai em novembro de 2008, informou nesta quinta-feira a agência Press Trust of India (PTI).

De acordo com fontes oficiais citadas pela agência, a Índia tem intenções de discutir a questão do terrorismo e qualquer outro tema que "contribua para criar uma atmosfera de paz e segurança entre os dois países".

"A Índia entrará nas discussões com uma atitude aberta e positiva e apresentará todos os temas pertinentes", afirmaram fontes citadas pela PTI.

Os dois países têm um histórico de conflitos pelo controle da região da Caxemira --causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947, ano em que se tornaram independentes do Reino Unido.

A Índia e o Paquistão iniciaram um diálogo de paz no início de 2004 que ajudou a diminuir a tensão entre os dois rivais asiáticos, principalmente em relação à disputa da região da Caxemira, situada no Himalaia e de população majoritariamente muçulmana.

No entanto, este diálogo foi interrompido depois dos ataques cometidos por um grupo de homens armados em Mumbai, que a Índia atribuiu ao grupo militante Lashkar-e-Taiba, cuja sede se encontra no Paquistão.

Nova Déli insiste que Islamabad dê evidências de que está agindo para desmantelar os grupos terroristas que operam em seu território e traga os acusados de planejar os atentados de Mumbai à justiça.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u689305.shtml