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domingo, 1 de junho de 2014

EUA defendem sua decisão de trocar soldado por cinco talibãs afegãos

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,acordo-com-taleban-liberta-unico-americano-preso-no-afeganistao,1503298Legisladores da oposição republicana criticaram violentamente a medida adotada para facilitar a libertação d sargento Bowe Bergdahl, capturado há quase cinco anos, afirmando que isso abre um precedente ruim e coloca em perigo os soldados americanos no Afeganistão
Publicação: 01/06/2014 13:44 Atualização: 01/06/2014 14:33

Washington - O governo de Barack Obama defendeu neste domingo (1º/6) sua decisão de permitir que cinco talibãs afegãos detidos na base de Guantánamo fossem transferidos para o Qatar em troca da libertação de um soldado americano no Afeganistão, alegando que a saúde do militar estava em risco.

Legisladores da oposição republicana criticaram violentamente a medida adotada para facilitar a libertação d sargento Bowe Bergdahl, capturado há quase cinco anos, afirmando que isso abre um precedente ruim e coloca em perigo os soldados americanos no Afeganistão.

Alguns assinalaram, inclusive, que o governo pode ter infringido a lei ao não notificar o Congresso 30 dias antes de que os detidos de Guantánamo seriam libertados e transferidos.

A assessora de segurança nacional de Obama, Susan Rice, justificou a decisão do Executivo ao afirmar que a saúde de Bergdahl estava se deteriorando e não restava outra opção senão libertar os afegãos para conseguir a volta do soldado de 28 anos para casa.

"Quando estamos em guerra com terroristas e os terroristas mantêm preso um americano, esse prisioneiro ou prisioneira continua sendo um militar americano e temos a obrigação de conseguir seu regresso", afirmou Rice à CNN.

"O fato de que foram talibãs que tornaram Bergdahl cativo não diminuía esta obrigação de trazê-lo de volta", acrescentou.

"Não negociamos com terroristas", afirmou, por sua vez, o secretário de Defesa Chuck Hagel, falando na base aérea de Bagram, no Afeganistão. "Bergdahl provavelmente viveu um inferno durante cinco anos", declarou à NBC.

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"O militar perdeu muito peso e estávamos muito preocupados. (...) Devíamos agir assim que se apresentasse a oportunidade", assinalou ainda Rice.

Quanto à notificação ao Congresso, a assessora comentou que extrema urgência em agir em função do estado de saúde do jovem soldado fez com que não se considerasse necessário ater-se a este requisito.

Esperar 30 dias pela resposta do Congresso "teria significado a possibilidade de perder a oportunidade de trazê-lo de volta são e salvo", enfatizou.

Rice negou-se a fornecer detalhes sobre as medidas de segurança acertadas com o Qatar, que mediou a troca, a respeito dos cinco talibãs afegãos, limitando-se a assinalar que seus movimentos e atividades serão restritos.

Após deixarem Guantánamo, os ex-líderes deverão permanecer por pelo menos um ano no Qatar.

O secretário de Defesa também disse esperar que a libertação do sargento Bergdahl permita uma "nova abertura" para negociações com o Talibã.

Hagel lembrou que os Estados Unidos iniciaram no passado negociações com os talibãs, que terminaram em 2012.

"Eles romperam as negociações, e desde então não temos nenhuma relação formal", disse ele.

"Então, talvez essa seja a oportunidade para uma nova abertura que possa levar a um acordo", acrescentou.

Os cinco ex-dirigentes do Talibã, considerados ainda influentes dentro da rebelião, foram libertados depois de uma troca com o sargento Bergdahl, capturado pelos rebeldes em 30 de junho de 2009 na província de Paktika (sudeste).

O soldado, que foi levado primeiramente para a base de Bagram, ao norte de Cabul, está em "bom estado de saúde" e já foi transferido para um hospital militar americano em Landstuhl, na Alemanha, segundo as autoridades americanas.

Imprescindível nesta negociação, o Qatar está comprometido há anos nos esforços de reconciliação entre rebeldes islâmicos e o governo em Cabul.

O líder supremo do Talibã afegão, o mulá Omar, saudou neste domingo a libertação dos cinco ex-líderes do regime talibã e agradeceu à colaboração do Qatar.

"Transmito os meus sinceros parabéns à nação muçulmana afegã, a todos os combatentes de Deus e às famílias e amigos dos prisioneiros por esta grande vitória", declarou o mulá Omar em um comunicado.

"Agradeço ao governo do Qatar, e particularmente ao xeque Tamim Bin Hamad Al Thani (emir do Qatar), por seus esforços para obter a libertação desses líderes (do Talibã), por meio de mediação e pela acolhida reservada aos cinco ex-prisioneiros de Guantánamo", acrescentou o chefe do Talibã.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2014/06/01/interna_mundo,430376/eua-defendem-sua-decisao-de-trocar-soldado-por-cinco-talibas-afegaos.shtml

segunda-feira, 28 de março de 2011

Coalizão ataca oeste da Líbia; rebeldes exportarão petróleo ao Qatar

28/03/2011 DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Na véspera de uma reunião de 40 países em Londres para discutir a situação na Líbia, forças da coalizão intensificaram os bombardeios sobre o oeste do país, tendo com alvo redutos do ditador Muammar Gaddafi.

Enquanto isso, os rebeldes anunciaram que exportarão petróleo ao Qatar em "menos de uma semana". A agência estatal líbia e testemunhas independentes informaram que os jatos de guerra da coalizão internacional passaram a bombardear as regiões de Mezda, no centro da Líbia, além de Gharyan, consideradas redutos da retaguarda do ditador. A capital, Trípoli, que já foi alvo de intensos bombardeios durante o fim de semana, também voltou a ser atacada.

"Áreas militares e civis nas regiões de Gharyan e Mezda foram nesta noite alvos de ataques do agressor ocidental, cruzado e colonialista", informou a agência Jana. As cidades de Gharyan e Mezda representam, de acordo com a rebelião, as bases de retaguarda das forças de Gaddafi em suas ofensivas contra as cidades da região de Al Jabal Al Gharbi (oeste), entre elas Zenten e Yefren, controladas pelos insurgentes. TRIBOS SE UNEM Um morador de Zenten indicou que as tribos amazighes de Jado, Zenten e Yefren "se uniram a tribos árabes para formar uma única frente contra ofensiva de Gaddafi.

Mas as forças são desproporcionais". Ao mesmo tempo, em Tajura, no subúrbio leste de Trípoli, nove violentas explosões foram ouvidas à noite, indicaram testemunhas, afirmando que os ataques foram feitos pela coalizão. "As explosões são muito fortes. Elas foram causadas pelo bombardeio da coalizão", afirmaram essas testemunhas, que não conseguiram especificar os alvos atingidos.

EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO Também na tarde desta segunda-feira os rebeldes indicaram que o Qatar deve ser o primeiro país a receber o petróleo produzido nos campos de Ras Lanuf e Ben Jawad, retomados no fim de semana.

O Qatar foi o primeiro país árabe a reconhecer o órgão de direção da rebelião contra o regime líbio, e foi escolhido pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), dos rebeldes, para a comercialização do petróleo produzido no país nas zonas controladas pelos insurgentes. As exportações deverão recomeçar em "menos de uma semana", anunciou um porta-voz da insurreição, Ali Tarhoni. "Nós produzimos cerca de 100 mil a 130 mil barris por dia e podemos facilmente aumentar este ritmo até 300 mil barris por dia", declarou Tarhoni à imprensa em Benghazi, no leste da Líbia. "Entramos em contato com a companhia de petróleo do Qatar e eles aceitaram comercializar a commodity para nós", prosseguiu Tarhoni, em referência à Qatar Petroleum (QP), empresa pública deste pequeno país do Golfo.

O CNT é integrado por 31 representantes das principais cidades líbias e constitui de fato o governo da oposição, que nos últimos dias tomou o controle de todo o leste da Líbia. QATAR "O Estado do Qatar decidiu reconhecer o CNT como único representante legítimo do povo líbio", declarou uma fonte do ministério das Relações Exteriores do Qatar.

O Qatar também foi o primeiro país árabe a participar da operação militar internacional, da qual também fazem parte os Emirados Árabes Unidos, um país produtor do Golfo. Assim, dois Mirage 2000 do Qatar, acompanhados de dois caças franceses, realizaram na sexta-feira a primeira missão aérea no céu líbio, como anunciara o Estado-Maior francês. Outras aeronaves do Qatar devem se somar em breve à base aeronaval de La Sude, em Creta.


http://www1.folha.uol.com.br/mundo/895085-coalizao-ataca-oeste-da-libia-rebeldes-exportarao-petroleo-ao-qatar.shtml