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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Porta-voz de Israel reage e afirma que desproporcional é 7 a 1

Governo brasileiro disse que ação de Israel em Gaza é desproporcional.
Porta-voz respondeu com referência à goleada que Brasil sofreu na Copa.

24/07/2014 

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, rebateu em entrevista ao Jornal Nacional, exibida na noite desta quinta-feira (24), as críticas feitas pelo governo brasileiro de uso "desproporcional" da força israelense na Faixa de Gaza.
Ele ironizou a declaração do Brasil e fez referência à derrota sofrida pela seleção brasileira por 7 a 1 em partida contra a Alemanha na semifinal da Copa.
"A resposta de Israel é perfeitamente proporcional de acordo com a lei internacional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional e quando é 7 a 1 é desproporcional. Lamento dizer, mas não é assim na vida real e sob a lei internacional", disse Palmor.
Na quarta (23), em nota oficial, o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta".
A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.
Nesta quinta, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual Yigal Palmor questiona a retirada do embaixador e chama o Brasil de "anão diplomático".
Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deEm entrevista à TV Globo, Yigal Palmor afirmou ainda que desproporcional seria deixar "centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel".
Quase 800 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 30 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em duas semanas de ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.
O porta-voz destacou que o que desequilibrou o número de mortos na guerra foi o sistema antimísseis do país.
"A única razão para não termos centenas de mortos nas ruas de Israel é termos desenvolvido um sistema antimíssil e não vamos nos desculpar por isso. Se não tivéssemos esse sistema haveria centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel. Isso seria considerado proporcional?", questionou.
Ao ser perguntado sobre se Israel vê possibilidade de um cessar-fogo com a iniciativa de discussão liderada pelos Estados Unidos, o porta-voz voltou a alfinetar o Brasil.
"Há muitos contatos diplomáticos sendo feitos. [...] Infelizmente o Brasil não faz parte. O Brasil se afastou de todos os movimentos diplomáticos ao convocar seu embaixador. Mas há outros países envolvidos. Um dia desses vai haver um cessar-fogo. A questão é saber quantas pessoas vão pagar com suas vidas pela teimosia e extremismo do Hamas."
Ataque contra escola
Disparos contra uma escola da ONU em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza, deixaram mortos nesta quarta. A escola abrigava vários palestinos refugiados, disse o porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra.

A autoria do ataque ainda é incerta. O governo palestino o chamou de "brutal agressão israelense". Israel, no entanto, disse que está analisando o que aconteceu e que um foguete do Hamas pode ter causado as mortes.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/porta-voz-de-israel-reage-e-afirma-que-desproporcional-e-7-1.html

domingo, 12 de janeiro de 2014

Ariel Sharon, uma vida repleta de claridades e sombras

11 de janeiro de 2014 
Gilles Lapouge
Ele deixou este mundo depois de passar os últimos oito anos da sua vida em coma. Em silêncio. Ouvia o que terra ainda lhe dizia? Há pouco tempo neurologistas israelenses e americanos o examinaram. E ficaram surpresos com a intensa atividade cerebral deste homem agonizante que já não pesava mais de 50 quilos. Mas estaria consciente do que se passava à sua volta? Último mistério antes de ele penetrar, algumas semanas depois, no grande segredo da morte.
Sua partida deixará um grande vazio. O poeta francês Victor Hugo já se referiu ao alvoroço que fazem os heróis quando morrem: "Oh, que ruído terrível fazem no crepúsculo, estes carvalhos que abatemos para a fogueira de Hércules".
Ariel Sharon foi um herói. E sua vida repleta de claridades e sombras. Foi um magnífico guerreiro e nos últimos momentos da sua vida consciente, em 2004 e 2005, um político imaginativo. Quantas incoerências em sua vida. Foi detestado e adulado, admirado e desprezado. Mas fica uma certeza: ele foi por vezes o destino doloroso e grandioso de Israel.
"A guerra de independência de Israel não acabou. Toda a minha vida foi passada neste conflito. Combater foi a tarefa da minha geração. E permanecerá a tarefa da próxima", ele afirmou em 2001. E de fato foi um guerreiro autêntico e implacável este homem nascido na Palestina em 1928, filho de um polonês e mãe bielo-russa. Desde antes da independência de Israel e posteriormente ele se manteve na linha de frente de todos os combates - guerra entre israelenses e árabes de 1948-1949, de Suez, dos Seis Dias, do Yom Kippur.
Muitas vezes extrapolou os limites da legalidade. Em 1952, quer formar uma "unidade de comandos especializados em represálias". Seus superiores hierárquicos proíbem. Em 14 de outubro de 1952, sua unidade arrasa o vilarejo de Qibia, na Jordânia, e 69 habitantes são massacrados. Sharon terá de se defender.
No curso das guerras, sua bravura o leva ao ápice. Mas a carreira fulgurante (em 1982 tornou-se ministro da Defesa) sofre uma parada brutal em 1983, quando da invasão do Líbano pelo Exército israelense.
Foi o episódio de Sabra e Chatila.
Falangistas cristãos libaneses atacam os campos de Sabra e Chatila e massacram entre 460 e 4.000 palestinos. O mais inquietante foi que os dois campos estavam sob controle do Exército israelense e ele poderia ter impedido essa carnificina. Ficou impassível e 400.000 israelenses protestaram contra essa tragédia. Uma ação judicial é impetrada. O juiz da Suprema Corte evoca "a responsabilidade pessoal" de Sharon. Este julgamento tinha base? Ninguém saberá decidir. Mas o que é certo é que por alguns anos Sharon fica afastado.
Retorna em 1990. Ocupa postos elevados. Membro dos "falcões", assume a liderança do partido de direita Likud, em 1999, após a demissão de Binyamin Netanyahu. Será ele, por suas provocações em Jerusalém, (visita à Esplanada das Mesquitas e o Monte do Templo) um dos responsáveis pela Segunda Intifada?
Em 2001, torna-se primeiro ministro e é reeleito em março de 2003. Adota a política clássica da direita: segurança máxima, construção de um muro de separação no interior da Cisjordânia e em torno de Jerusalém, criação de colônias.
No final de 2004, a grande reviravolta. Sharon determina a retirada unilateral das colônias israelenses da Faixa de Gaza. Para seus amigos do Likud, é uma consternação. Vergonha. Sharon precisa formar uma aliança precipitada com os socialistas. Em novembro de 2005, ele se demite do Likud e cria um novo partido de centro-direita, o Kadima.
Algumas semanas depois, em 18 de dezembro de 2005, sofre um derrame. Recupera-se rapidamente, mas em 4 de janeiro de 2006 sofre um novo derrame. E entra num coma profundo. Quatro anos depois é transferido para seu "rancho dos Sicômoros", mas o tratamento a domicílio tem um custo exorbitante (300.000 euros por ano) e ele é levado de volta para o hospital. Para os médicos não há esperança, mas os filhos decidem mantê-lo com vida.
Israel continua sua vida tumultuada, heroica e complicada. A Faixa de Gaza está nas mãos dos palestinos do Hamas, e sabemos o que sucederá proximamente. Quanto ao Partido fundado por Sharon, o Kadima, às vésperas do seu derrame, depois do sucesso de Ehud Olmert nas eleições de 2006, perde energia e projeção. Nas eleições legislativas de 2013, é duramente derrotado. Consegue obter apenas dois assentos no Parlamento. Tradução de Terezinha Martino 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Histórias sobre Gaza



Palestina nas ruas de Gaza. Crédito Diogo Bercito/Folhapress
Foram, em dois dias, 36 comentários a respeito do que vocês pensam sobre Gaza. Do que concluo, apesar de poder estar enganado, que os leitores deste orientalíssimo blog estão bem informados a respeito da situação na região –mas talvez tenham uma imagem incompleta de como é a vida nesse estreito poeirento de terra.
Pode ser instrutivo, então, contar um pouco de como foi minha viagem durante esta semana.
Cheguei a Gaza pela passagem norte, chamada Erez. O terminal israelense, que parece um aeroporto, envolve segurança máxima. As permissões de entrada são raras, basicamente a poucos entre os moradores, a organizações humanitárias e a membros da imprensa em posse de credencial do governo. Filas? Nada.
Do lado palestino, são dois checkpoints. Primeiro, um ponto de controle de passaporte operado pelas autoridades do Fatah, facção palestina que controla o território da Cisjordânia. Dali, pego um táxi para o checkpoint seguinte, já dentro da faixa de Gaza. Desta vez, são homens do Hamas, que checam atentamente minha autorização de entrada (uma espécie de visto que obtive antes da viagem) e inspecionam minha bagagem. Então tenho meia hora até meu hotel, de frente para o mar.
As imagens são confusas. Carros importados, nas ruas, mas também dezenas de burrinhos de carga –um deles morre, e o trânsito emperra enquanto o cadáver é arrastado. Lojas de roupa e, em cima delas, outdoors com imagens de soldados com metralhadoras. Tudo é de concreto, e de repente vejo um agradável parque arborizado.
Até mesmo a praia embaralha as ideias. À noite, enquanto janto, noto que os jovens estão deitados na areia, conversando. Alguns deles apoiam um laptop no colo, enquanto observam o Mediterrâneo. Mas não tiram a roupa para entrar na água –nem meninos, nem meninas.
Eu queria poder imprimir minhas memórias e entregá-las a vocês em uma pasta. Descrever é difícil. De dentro do táxi, olhava para as ruas e tentava comparar a cena com outros lugares que conheço. Me parece mais arejado do que Damasco, mas menos sofisticado. Mais limpo do que a Dar es Salam, mas mais desumanizado. Mais organizado do que o Cairo,  mas menos vivo. Se acordasse de repente em uma rua qualquer, poderia acreditar que estava em um bairro pobre de Tel Aviv.
É claro que nada disso resolve as questões que estão por baixo da pele, em Gaza. O bloqueio israelense, que debilita a economia local, por exemplo. Ou a tomada do estreito pelos extremistas do Hamas, que tentam impôr sua agenda fundamentalista na população –o que, em última análise, não pode ser visto como um fenômeno desvinculado da política regional, inclusive israelense.

Crédito Editoria de Arte/Folhapress
Gaza é tudo isso o que vocês disseram. “Prédios destruídos”. “Caos”. “Triste”. Mas, de alguma maneira, quando releio os comentários deixados neste blog, me parece que essas palavras não compõem a imagem real –a cidade em que conheci, por acaso, o simpático rapper MC Gaza, que me conta que vai a Israel pela primeira vez para fazer um show. A cidade em que provei um peixe apimentado, pescado na noite anterior, e bebi leite quente com zátar olhando para o pôr do Sol.
Cerca de 70% da população está abaixo da linha da  pobreza, e a renda per capita ali é a 164ª no ranking mundial. O serviço de saúde é precário, a eletricidade é inconstante, o acesso a água potável é limitado. Mas o “suq”, o mercado, um dos corações de uma cidade árabe, ainda bate, entre barraquinhas de vegetais e quinquilharias, entre vendedores de ouro e fiéis rumo às orações de fim de tarde, embalados pelo canto dos minaretes.

Caminhada na praia, no fim de tarde, em Gaza. Crédito Diogo Bercito/Folhapress

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Violência continua e cresce pressão internacional por trégua em Gaza


Escalada de violência pode adiar primárias de principais partidos em Israel e eleições, agendadas para janeiro

19 de novembro de 2012 
Reuters

FAIXA DE GAZA - Israel bombardeou nesta segunda-feira, 19, dezenas de supostos redutos de militantes na Faixa de Gaza, e os palestinos continuaram disparando foguetes contra cidades no sul israelense, enquanto se intensifica a pressão internacional por uma trégua no conflito que já deixou 100 palestinos mortos e outros 900 feridos em seis dias.
Em uma decisão anunciada hoje, as primárias dos partidos Likud (governista) e Avodá (de esquerda), marcadas para 25 de novembro, poderão ser adiadas. De acordo com o presidente do Parlamento, o deputado Reuven Rivlin, as eleições agendadas para 22 de janeiro também poderão ser adiadas por conta da escalada de violência. A informação é do jornal Israel Hayom.
Doze civis palestinos e quatro combatentes foram mortos nos bombardeios de hoje. Autoridades locais dizem que mais de metade das vítimas fatais era composta por não combatentes. Três civis israelenses também foram mortos. Após uma madrugada de relativa calma, militantes da Faixa de Gaza dispararam 12 foguetes contra o sul de Israel num intervalo de dez minutos, sem causar vítimas, segundo a polícia israelense. Um dos projéteis caiu perto de uma escola, que estava fechada no momento.
As mortes de 11 civis palestinos em um bombardeio no domingo motivaram novos apelos internacionais pelo fim dos seis dias de hostilidades. O fato também pode colocar em xeque o apoio ocidental a uma ofensiva que Israel diz ser justificada pela autodefesa, após anos sofrendo ataques de foguetes. Os militares israelenses não comentaram relato do jornalHaaretz, segundo o qual a casa da família Dalu foi atingida por engano, numa ação que tinha como alvo um especialista em foguetes do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, é esperado no Cairo para dar peso às tentativas de mediação feitas pelo governo do Egito. A imprensa israelense disse que uma delegação do país também está no Cairo, mas o governo do premiê Binyamin Netanyahu não quis comentar essa informação.
Falando em Bruxelas antes de uma reunião de ministros das União Europeia, o chanceler italiano, Giulio Terzi, disse haver condições para "um cessar-fogo nas próximas horas", e que o governo de Israel sinalizou "não haver interesse algum" em invadir Gaza. "Obviamente, essa moderação israelense deve se basear numa garantia de que os lançamentos de foguetes devem parar", acrescentou. Na segunda-feira, a China pediu aos envolvidos que parem a violência, e o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou no fim de semana que seria "preferível" se Israel não invadisse Gaza por terra.
A presidente Dilma Rousseef conversou no domingo por telefone com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, sobre a crise no Oriente Médio. Segundo o Blog do Planalto, Dilma manifestou a Ban "a preocupação do Brasil com o uso desproporcional da força no conflito entre Israel e a Palestina, e disse que é importante que as Nações Unidas assumam plenamente as suas responsabilidades na questão.
Nas redes
Izzat Risheq, assessor da liderança política do Hamas, escreveu no Facebook que o grupo só aceitará uma trégua se Israel "parar sua agressão, acabar sua política de assassinatos dirigidos e suspender o bloqueio a Gaza".
Pelo Twitter, o vice-premiê israelense, Moshe Yaalon, listou as condições do seu governo: "Se houver tranquilidade no sul e nenhum foguete ou míssil for disparado contra os cidadãos de Israel, nem ataques terroristas forem engendrados a partir da Faixa de Gaza, não haverá ataque". Yaalon disse também que Israel espera o fim da atividade guerrilheira de palestinos na vizinha península do Sinai, região desértica e pouco vigiada que pertence ao Egito.
Israel bombardeou cerca de 80 locais em Gaza durante a noite, segundo os militares, que acrescentaram em nota que os alvos incluíam "locais subterrâneos para o lançamento de foguetes, túneis do terrorismo e bases de treinamento", além de "edifícios pertencentes a operadores terroristas graduados". Netanyahu diz ter dado garantias aos líderes mundiais de que Israel vai se empenhar ao máximo para evitar vítimas civis em Gaza. Mas pelo menos 22 dos mortos na região até agora foram crianças, segundo fontes médicas.
A China, que tem desenvolvido boas relações com Israel, disse na segunda-feira estar extremamente preocupada com as operações militares de Israel em Gaza. "Condenamos o uso excessivo da força causando mortes e ferimentos entre pessoas comuns inocentes", disse Hua Chunying, porta-voz da chancelaria. Antes de embarcar para o Cairo, Ban pediu a Israel e aos palestinos que cooperem com os esforços do Egito na busca por um cessar-fogo.
Em cenas que lembravam a invasão israelense a Gaza no inverno boreal de 2008/09, tanques, artilharia e infantaria se concentraram em acampamentos ao longo da fronteira - um trecho de areia rasgado por uma cerca de arame farpado -, enquanto comboios militares se deslocavam pelas estradas da região. Israel autorizou a convocação de até 75 mil militares reservistas, e até agora mobilizou cerca de metade deles.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,violencia-continua-e-cresce-pressao-internacional-por-tregua-em-gaza,962206,0.htm

quarta-feira, 21 de março de 2012

Irã pagou a Hamas para bloquear reconciliação com Fatah, diz porta-voz

21/03/2012
MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

O Irã pagou ao grupo islâmico palestino Hamas para bloquear a reconciliação com o rival Fatah e manter uma base de resistência a Israel na faixa de Gaza.

A acusação foi feita pelo porta-voz do Fatah Ahmed Assaf, um mês após a assinatura de um acordo de reconciliação.

Segundo Assaf, na recente visita que fizeram a Teerã, os dois principais líderes do Hamas em Gaza, Mahmoud Al Zahar e Ismail Haniyeh, receberam ªmilhões de dólaresº do governo iraniano.

O Hamas negou a acusação e disse que o acordo não vingou porque o Fatah não cumpriu seus termos. A reconciliação alcançada em fevereiro elevou o racha interno no Hamas, com uma ala liderada por Haniyeh e Zahar se colocando fortemente contra.

O acordo prevê um governo de união sob o comando do premiê Mahmoud Abbas, do Fatah, um nome que não é aceito pelos dois dirigentes.

Considerado um dos principais pontos fracos dos palestinos, a disputa entre o secular Fatah e o islâmico Hamas se arrasta há cinco anos, apesar das inúmeras tentativas de fazer as pazes.

Em 2007, após curta e sangrenta guerra civil, o Hamas expulsou o Fatah de Gaza e desde então controla o território, que vive sob bloqueio israelense.

Assaf disse que Teerã retomou recentemente a ajuda financeira ao Hamas, que havia ficado suspensa por seis meses em retaliação à recusa do grupo palestino de apoiar o regime sírio.

De acordo com o porta-voz, mesmo sem obter o apoio, o Irã decidiu retomar a ajuda para fortalecer o Hamas diante de Israel.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1064836-ira-pagou-a-hamas-para-bloquear-reconciliacao-com-fatah-diz-porta-voz.shtml

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Comboio de Ban Ki-moon é recebido a sapatadas na Faixa de Gaza

Palestinos protestam contra visita do chefe da ONU, que se negou a receber familiares de presos
02 de fevereiro de 2012

CIDADE DE GAZA - O comboio que levou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, nesta quinta-feira, 2, a Gaza foi atacado por dezenas de palestinos que lançaram sapatos e cadeiras de plástico na entrada do território palestino, informaram testemunhas.

No mundo árabe, jogar sapatos contra uma pessoa significa desprezo. A agressão contra o carro em que viajava Ban e os veículos que o escoltavam ocorreu após passar pela passagem de fronteira de Erez, no norte da faixa, em um incidente em que ninguém ficou ferido.

O comboio seguiu seu caminho em direção à localidade de Khan Yunis, no sul do território. A previsão era que Ban inaugurasse uma obra financiada pelas Nações Unidas na localidade.

Dezenas de familiares de palestinos presos em prisões israelenses se reuniram no início da manhã nos arredores da passagem de fronteira para protestar contra a visita, depois que Ban se negasse a receber familiares de réus e de palestinos mortos em ataques do Exército israelense.

O secretário-geral da ONU faz uma viagem de dois dias a Israel e aos territórios palestinos ocupados para tentar convencer as partes a retornar à mesa de negociação e retomar o diálogo de paz que permanece estagnado desde setembro de 2010.


http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,comboio-de-ban-ki-moon-e-recebido-a-sapatadas-na-faixa-de-gaza,830405,0.htm

sábado, 28 de janeiro de 2012

Palestinos rejeitam proposta de fronteiras apresentada por Israel

Israelenses deixaram de lado acordos anteriores e leis internacionais, segundo negociadores
27 de janeiro de 2012

Reuters
RAMALLAH - Israel apresentou aos palestinos suas ideias para as fronteiras e os arranjos de segurança de um futuro Estado palestino, em uma tentativa de manter vivas as conversas exploratórias, disseram fontes israelenses e palestinas nesta sexta-feira, 27.
Baz Ratner/Reuters

Mas autoridades palestinas disseram que a apresentação verbal do negociador israelense Yitzhak Molcho na reunião de quarta-feira foi um balde de água fria, pois prevê um território cercado de cantões que preservaria a maioria dos assentamentos judaicos. "Ele matou a solução de dois Estados, pôs a escanteio acordos anteriores e a lei internacional", afirmou uma fonte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). "Basicamente, a ideia israelense de um Estado palestino é feita de muros e assentamentos".

Foi a primeira vez que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, abordou o tema das fronteiras com os palestinos. Uma autoridade israelense disse que a apresentação está em consonância com um rascunho para as conversas elaborado pelo Quarteto - Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Organização das Nações Unidas (ONU).

Seu objetivo é garantir que os temas centrais de fronteiras e segurança fossem claramente definidos até 26 de janeiro para relançar as negociações, empacadas desde novembro de 2010, e se chegar a um esboço de acordo de paz até o fim deste ano.

Após cinco rodadas de conversas na Jordânia, incluindo a sessão de quarta-feira, a fonte palestina disse não haver mais reuniões agendadas. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que deseja consultar os Estados da Liga Árabe sobre o próximo passo.

De acordo com a fonte palestina, a equipe de Molcho indicou que qualquer solução que crie um Estado palestino vivendo em paz ao lado de Israel precisa "preservar o tecido social e econômico de todas as comunidades, judaicas ou palestinas". A ideia apresentada por Molcho "não inclui Jerusalém e o Vale do Jordão, e inclui todos os assentamentos (judaicos)", disse a autoridade palestina. Nenhum mapa foi apresentado no encontro, acrescentou.

Os palestinos querem um Estado que inclua a Cisjordânia, o Vale do Jordão, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Uma autoridade israelense disse que Molcho apresentou diretrizes que determinam as posições de Israel no tocante aos territórios.

O enfoque de Israel em relação às concessões territoriais na Cisjordânia ocupada inclui o princípio de que "a maioria dos israelenses estará sob soberania israelense, e obviamente a maioria dos palestinos estará sob soberania palestinas", disse o funcionário.

Ele sublinhou que Netanyahu reconheceu, em um discurso ao Congresso dos Estados Unidos, que nem todos os assentamentos judeus "estarão do nosso lado da fronteira" de um futuro Estado palestino.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Israel ataca frota de ajuda humanitária a Gaza


Ofensiva contra navios no Mar Mediterrâneo provoca reações da comunidade internacional
31 de maio de 2010

TEL AVIV - Israel atacou nesta segunda-feira, 31, um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, deixando pelo menos dez pessoas mortas, segundo a imprensa israelense. A ação foi condenada por vários países e organismos internacionais, principalmente entre as nações árabes.

Israel defendeu sua ação, argumentando que ativistas armados atacaram soldados israelenses enquanto eles eram levados de helicóptero para o convés de um navio. O Exército de Israel afirmou que a arma de um de seus soldados foi tomada e usada para atacar os próprios militares do país. Ainda segundo o Exército israelense, ficaram feridos pelo menos 12 ativistas e 10 militares israelenses.

A emissora de TV israelense Channel 10 citou 19 passageiros mortos e 36 feridos. Um porta-voz militar israelense disse que não estava claro quem havia disparado primeiro. As autoridades de Israel confirmaram nove mortos na embarcação e divulgaram um vídeo alegando que os ativistas abordaram seus soldados de forma hostil.

O governo de Israel havia dito durante a semana que não permitiria a entrada de quaisquer embarcações em águas da costa da Faixa de Gaza. Os israelenses, que permitem a entrada de ajuda humanitária a Gaza por fronteiras terrestres controladas, disse que a frota poderia desembarcar no porto de Ashdod. O Estado judeu mantém o bloqueio à Faixa de Gaza desde que o grupo militante palestino Hamas tomou o controle do território em 2007.

Esse ataque pode inflamar as tensões por todo o Oriente Médio - nações árabes e funcionários palestinos condenaram fortemente a ação israelense. A Turquia também reagiu duramente. Ancara apoiava publicamente a flotilha, que incluía embarcações turcas. O Ministério das Relações Exteriores da Turquia divulgou comunicado, acusando Israel de violar a lei internacional e descrevendo as ações desse país como "inaceitáveis". O país exigiu uma explicação.

O ataque ocorreu na madrugada desta segunda-feira, em águas internacionais no Mar Mediterrâneo, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza. A União Europeia pediu uma investigação abrangente sobre o incidente. Antes da partida dos barcos, os organizadores da flotilha haviam informado que vários parlamentares europeus integrariam a frota humanitária, mas não está claro se algum desses políticos está entre as vítimas.

O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse estar "profundamente chocado pelas consequências trágicas da operação militar de Israel", realizada contra "uma iniciativa humanitária". Em comunicado, Kouchner afirmou que "nada poderia justificar o uso de tal violência, que nós condenamos". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, condenou o uso da força "desproporcional" por Israel.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou a perda de vidas e afirmou que esse incidente mostrou que há "uma clara necessidade de que Israel aja com comedimento".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem nesta semana um encontro marcado com o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington. A rádio Israel informou que Netanyahu deve encurtar sua visita oficial para o Canadá e os EUA, por causa da crise.

Árabes

Israel reforçou a segurança no país, nesta segunda-feira, temendo protestos de palestinos e mais distúrbios. Em Istambul, pelo menos 10 mil pessoas protestavam contra a ação israelense. Os manifestantes na maior cidade turca gritavam pedindo "vingança" contra Israel.

Através do diplomata paquistanês Marghoob Saleem Butt, a Organização da Conferência Islâmica, que representa países islâmicos, condenou a ação israelense. A Arábia Saudita qualificou o incidente como "uma violação muito séria da lei internacional".

O Egito convocou o embaixador israelense para pedir explicações. A Jordânia e a Espanha também condenaram a ação dos militares israelenses. A Turquia anunciou que estava retirando seu embaixador de Tel-Aviv. O escritório do primeiro-ministro israelense advertiu os cidadãos locais para que não viajem à Turquia, temendo retaliações.

A frota levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária e, segundo os israelenses, não acatou o bloqueio imposto à Faixa de Gaza por Israel. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-ataca-frota-de-ajuda-humanitaria-a-Gaza-e-mata-pelo-menos-10-pessoas,559348,0.htm

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Aviões de Israel bombardeiam nove alvos na Faixa de Gaza

Segundo testemunhas, explosões foram ouvidas após as aeronaves sobrevoarem a região

(02 de abril de 2010)

GAZA - Aviões militares israelenses bombardearam no começo desta sexta-feira, 2, pelo menos nove alvos diferentes na Faixa de Gaza. Os ataques deixaram três civis menores de idade levemente feridos, segundo fontes da saúde da faixa palestina.

Hamas pede ajuda internacional para frear violência em Gaza

De acordo com o relato de testemunhas, várias explosões sucessivas puderam ser escutadas pouco depois que os aparelhos israelenses sobrevoaram o território controlado pelo movimento islamita Hamas.

Os bombardeios aéreos sobre a faixa aconteceram em resposta ao lançamento na quinta-feira de um foguete disparado por milícias palestinas desde o território contra solo israelense, informou o Exército do país em comunicado.

A rádio israelense informou que o projétil caiu em uma comunidade agrícola do sul de Israel denominada Hof Shkol, onde não causou danos pessoais. Por enquanto, o ataque não foi reivindicado por nenhuma facção armada palestina.

O Exército israelense informou em comunicado que sua Aviação "atingiu com sucesso uma manufatura no norte da Faixa de Gaza, outro ponto onde eram fabricadas armas no centro e dois armazéns no sul" do território palestino.

As fontes de segurança em Gaza disseram que os aviões israelenses bombardearam vários lugares pertencentes a grupos armados palestinos nas localidades de Rafah, Khan Yunes, no sul da faixa, e a Cidade de Gaza, que não causaram feridos.

As testemunhas relataram que quatro ataques aéreos sucessivos tiveram como alvo bases de treinamento pertencentes ao Hamas e a outro grupo armado a oeste da cidade de Khan Yunes, ao sul de Gaza, sem causar feridos.

Forças de segurança do Governo do Hamas acrescentaram que os aparelhos israelenses atingiram outro alvo em Rafah, no sul da faixa e fronteiriça com o Egito, no qual não houve feridos.

As fontes disseram que helicópteros Apache dispararam um foguete contra uma oficina metalúrgica no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da faixa, que foi destruído, embora sem infligir ferimentos a ninguém.

Acrescentaram que caças-bombardeiros F-16 bombardearam o sul da Cidade de Gaza contra uma base de treinamento do braço armado do Hamas, a milícia Ezedin al-Qassam, que estava vazia no momento do ataque.

Os aviões israelenses atingiram outros dois alvos diferentes na Cidade de Gaza - segundo as fontes de segurança -, no primeiro dos quais foi bombardeado um armazém de ferro-velho de veículos, enquanto o segundo foi uma região descampada do bairro de Sabra.

Médicos do hospital Shifa da capital da faixa disseram que três crianças ficaram levemente feridos pela ação dos bombardeios neste último subúrbio, e que receberam o atendimento médico adequado.

O Exército israelense informou que cerca de 20 de foguetes e bombas foram disparados a partir da faixa contra Israel em março, um dos quais matou uma pessoa que trabalhava em um kibutz.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,avioes-de-israel-bombardeiam-nove-alvos-na-faixa-de-gaza,532764,0.htm

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aprovada ajuda de R$ 25 milhões para reconstrução de Gaza
Agência Senado - 2 dias atrás (30 de março de 2010 às 16:02 hs.)


Projeto que autoriza o Brasil a doar R$ 25 milhões à Autoridade Nacional Palestina em apoio à reconstrução de Gaza foi aprovado nesta terça-feira (30) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e segue, agora, para o exame do Plenário do Senado.

A proposta, que integra a pauta da comissão desde o dia 16 de março, provocou grande polêmica e teve sua votação adiada por um pedido de vista. O relator foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Na reunião de ontem, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) afirmou que o Brasil tem bolsões de pobreza que não recebem nenhuma assistência oficial, fato que desaconselha o país a fazer doações a outras nações, por mais justas que sejam as razões para a ajuda humanitária.

O senador Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou que, em outra ocasião, votaria contra a proposta pela suposição de que o dinheiro se destinaria a atividades palestinas contra Israel. Mas hoje, em protesto contra a política do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ampliação de assentamentos judeus em Jerusalém, ele disse que votaria pela aprovação do projeto de ajuda a Gaza.

Oposição

Na reunião do dia 16 de março, vários senadores se manifestaram contra a proposta. Cícero Lucena (PSDB-PB) lembrou que o governo alega falta de dinheiro para adotar as mudanças no Bolsa-Família previstas em projeto de Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas destina grandes quantidades de recursos a doações internacionais.

João Tenório (PSDB-AL) considerou a posição do governo "surreal": enquanto é generoso nas doações a outros países, recusa-se a rolar as dívidas que sufocam os produtores do agreste nordestino. Efraim Morais (DEM-PB) observou que essas dívidas dos produtores, que causam grandes problemas para a economia nordestina, são de pequenos valores, em muitos casos inferiores a R$ 15 mil.

http://www.infojus.com.br/noticias/aprovada-ajuda-de-r-25-milhoes-para-reconstrucao-de-gaza/

segunda-feira, 22 de março de 2010

22/03/2010 -
Israel ataca túnel da faixa de Gaza em resposta a disparo de foguete


da Folha Online

A Força Aérea de Israel lançou ataque contra um túnel clandestino no sul da faixa de Gaza na madrugada desta segunda-feira (noite de domingo em Brasília), em resposta ao disparo de um foguete Qassam contra o sul do território israelense.

Aeronaves israelenses atacaram um túnel na área de Rafah, na fronteira com o Egito, sem deixar feridos. Os palestinos construíram centenas de túneis que ligam o território ao Egito como forma de burlar o duro bloqueio imposto por Israel desde 2007, quando o grupo islâmico Hamas tomou à força o controle de Gaza.

Um porta-voz militar disse que o túnel era utilizado para o contrabando de armas.

Neste domingo, um foguete Qassam atingiu um campo aberto em um kibbutz perto da cidade de Ashkelon. O foguete não deixou feridos ou danos e atingiu o país três dias após a morte de um imigrante tailandês em ataque semelhante, no norte de Negev.

Desde o fim da ofensiva militar de Israel em Gaza, no começo de 2008, mais de 400 foguetes foram lançados da faixa de Gaza contra o país, segundo o jornal "Haaretz".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u710131.shtml