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domingo, 12 de janeiro de 2014

Ariel Sharon, uma vida repleta de claridades e sombras

11 de janeiro de 2014 
Gilles Lapouge
Ele deixou este mundo depois de passar os últimos oito anos da sua vida em coma. Em silêncio. Ouvia o que terra ainda lhe dizia? Há pouco tempo neurologistas israelenses e americanos o examinaram. E ficaram surpresos com a intensa atividade cerebral deste homem agonizante que já não pesava mais de 50 quilos. Mas estaria consciente do que se passava à sua volta? Último mistério antes de ele penetrar, algumas semanas depois, no grande segredo da morte.
Sua partida deixará um grande vazio. O poeta francês Victor Hugo já se referiu ao alvoroço que fazem os heróis quando morrem: "Oh, que ruído terrível fazem no crepúsculo, estes carvalhos que abatemos para a fogueira de Hércules".
Ariel Sharon foi um herói. E sua vida repleta de claridades e sombras. Foi um magnífico guerreiro e nos últimos momentos da sua vida consciente, em 2004 e 2005, um político imaginativo. Quantas incoerências em sua vida. Foi detestado e adulado, admirado e desprezado. Mas fica uma certeza: ele foi por vezes o destino doloroso e grandioso de Israel.
"A guerra de independência de Israel não acabou. Toda a minha vida foi passada neste conflito. Combater foi a tarefa da minha geração. E permanecerá a tarefa da próxima", ele afirmou em 2001. E de fato foi um guerreiro autêntico e implacável este homem nascido na Palestina em 1928, filho de um polonês e mãe bielo-russa. Desde antes da independência de Israel e posteriormente ele se manteve na linha de frente de todos os combates - guerra entre israelenses e árabes de 1948-1949, de Suez, dos Seis Dias, do Yom Kippur.
Muitas vezes extrapolou os limites da legalidade. Em 1952, quer formar uma "unidade de comandos especializados em represálias". Seus superiores hierárquicos proíbem. Em 14 de outubro de 1952, sua unidade arrasa o vilarejo de Qibia, na Jordânia, e 69 habitantes são massacrados. Sharon terá de se defender.
No curso das guerras, sua bravura o leva ao ápice. Mas a carreira fulgurante (em 1982 tornou-se ministro da Defesa) sofre uma parada brutal em 1983, quando da invasão do Líbano pelo Exército israelense.
Foi o episódio de Sabra e Chatila.
Falangistas cristãos libaneses atacam os campos de Sabra e Chatila e massacram entre 460 e 4.000 palestinos. O mais inquietante foi que os dois campos estavam sob controle do Exército israelense e ele poderia ter impedido essa carnificina. Ficou impassível e 400.000 israelenses protestaram contra essa tragédia. Uma ação judicial é impetrada. O juiz da Suprema Corte evoca "a responsabilidade pessoal" de Sharon. Este julgamento tinha base? Ninguém saberá decidir. Mas o que é certo é que por alguns anos Sharon fica afastado.
Retorna em 1990. Ocupa postos elevados. Membro dos "falcões", assume a liderança do partido de direita Likud, em 1999, após a demissão de Binyamin Netanyahu. Será ele, por suas provocações em Jerusalém, (visita à Esplanada das Mesquitas e o Monte do Templo) um dos responsáveis pela Segunda Intifada?
Em 2001, torna-se primeiro ministro e é reeleito em março de 2003. Adota a política clássica da direita: segurança máxima, construção de um muro de separação no interior da Cisjordânia e em torno de Jerusalém, criação de colônias.
No final de 2004, a grande reviravolta. Sharon determina a retirada unilateral das colônias israelenses da Faixa de Gaza. Para seus amigos do Likud, é uma consternação. Vergonha. Sharon precisa formar uma aliança precipitada com os socialistas. Em novembro de 2005, ele se demite do Likud e cria um novo partido de centro-direita, o Kadima.
Algumas semanas depois, em 18 de dezembro de 2005, sofre um derrame. Recupera-se rapidamente, mas em 4 de janeiro de 2006 sofre um novo derrame. E entra num coma profundo. Quatro anos depois é transferido para seu "rancho dos Sicômoros", mas o tratamento a domicílio tem um custo exorbitante (300.000 euros por ano) e ele é levado de volta para o hospital. Para os médicos não há esperança, mas os filhos decidem mantê-lo com vida.
Israel continua sua vida tumultuada, heroica e complicada. A Faixa de Gaza está nas mãos dos palestinos do Hamas, e sabemos o que sucederá proximamente. Quanto ao Partido fundado por Sharon, o Kadima, às vésperas do seu derrame, depois do sucesso de Ehud Olmert nas eleições de 2006, perde energia e projeção. Nas eleições legislativas de 2013, é duramente derrotado. Consegue obter apenas dois assentos no Parlamento. Tradução de Terezinha Martino 

sábado, 10 de agosto de 2013

A pomba da paz, envenenada

Diogo Bercito é correspondente em Jerusalém

08/08/13
Caricatura mostra o premiê Binyamin Netanyahu envenenando a pomba da paz. Crédito Reprodução
Já tive a honra de ler os comentários dos leitores deste Orientalíssimo blog a respeito dos assuntos mais variados, da democracia no Oriente Médio ao movimento gay jerosolimita. Conversamos sobre linguística, sobre preconceito, sobre terrorismo e sobre um par de outras questões. Mas temos nos desviado, talvez por resistência ao atrito, de um dos assuntos mais importantes de toda a região –a paz.
Agora que as negociações foram retomadas entre palestinos e israelenses, sob intenso esforço diplomático do secretário de Estado americano John Kerry, voltamos a imaginar um Oriente Médio sem o conflito que fez deste país um dos lugares mais polêmicos do globo. Alguns de nós olham para o mapa-múndi e imaginam novas fronteiras traçadas, delimitando um futuro Estado palestino. Ao mesmo tempo, as fronteiras com Síria e Líbano finalmente reabertas –pela paz.
Como um estrangeiro na região, me dou o direito de ser otimista, de ler as notícias e de pensar que pode ser que eu tenha a honra de ser o correspondente a noticiar a assinatura dos acordos finais –de paz.
Os pessimistas, no entanto, parecem ser maioria. Como o negociador-chefe palestino Saeb Erekat me disse durante uma entrevista exclusiva (uma das únicas que ele deu, desde o início das negociações), não é de surpreender que as pessoas estejam céticas. Após vinte anos de conversas pós-acordos de Oslo, o que temos em solo são mais extremistas em ambos os lados –e não temos paz.
Mas é consenso também, ao mesmo tempo, que o contexto histórico está mudando. Enfraquecido em sua coalizão de direita, o premiê Binyamin Netanyahu pode se sentir, por exemplo, tentado a um acordo que marcaria sua gestão assim como ex-premiê Menachem Begin (1913-1992) ficou conhecido não pela mão dura, mas por ter negociado o acordo de Camp David com o Egito –recebendo, em 1978, um Nobel da Paz.
Além disso, Israel tem sofrido forte pressão da União Europeia, que parece disposta a aplicar na prática sua posição ideológica de repúdio à ocupação israelense dos territórios palestinos da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Assim, os acordos assinados com Israel a partir de 2014 terão de registrar claramente que os termos não serão válidos para os assentamentos, pois a rigor não constituem território israelense. O bloco europeu insiste que quer –a paz.
É claro que toda a discussão a respeito de um futuro acordo entre árabes e palestinos é, de certa maneira, feito a partir de pouca informação e muita especulação. As negociações entre Saeb Erekat e Tzipi Livni, ministra da Justiça de Israel, serão feitas em sigilo durante os próximos meses. Mas eu gostaria de saber o que vocês pensam –sobre a paz.
Em tempo, explico a ilustração deste relato. É um desenho publicado pelo jornal alemão “Stuttgarter Zeitung” durante esta semana, mostrando o premiê Netanyahu envenenando a pomba da paz do Oriente médio. Na garrafa de veneno, está escrito “construção de assentamentos”. A embaixada israelense protestou contra o desenho e contra a ideia da morte –da paz.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Prazo de 9 meses para acordo de paz é aceito

Representantes de Israel e da Autoridade Palestina voltam a se reunir em duas semanas; Kerry diz que 'compromisso pessoal' de Obama é essencial

31 de julho de 2013

WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
Negociadores palestinos e israelenses reunidos em Washington concluíram ontem em Washington a primeira rodada de discussões sobre um futuro acordo de paz e concordaram em voltar a se encontrar dentro de duas semanas. A reunião deve ocorrer em Israel ou nos territórios ocupados.
O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que ambos concordaram em tentar chegar a um acordo final em nove meses.
O principal negociador palestino, Saeb Erekat, pediu esforço na criação de um Estado independente e comemorou que "todos os assuntos estejam sendo discutidos". "É hora de os palestinos terem um Estado soberano e próprio para viver com paz e dignidade."
"Israel está esperançoso, mas não pode ser ingênuo", disse a ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni. "Viemos de uma região instável e problemática. Não podemos nos permitir isso."
As duas equipes de negociadores se reuniram na manhã de ontem com o presidente Barack Obama, na Casa Branca. Segundo Kerry, o "compromisso pessoal" de Obama com o reatamento destas negociações de paz, paralisadas desde 2010, é essencial.
Kerry admitiu que o caminho para se chegar à paz será difícil, mas disse estar convencido de que um acordo será alcançado graças aos esforços e à experiência das equipes de negociadores. "Sei que o caminho é difícil. Não faltam céticos apaixonados. Mas com negociadores capazes e respeitados, estou convencido de que podemos chegar lá", acrescentou. Ele também afirmou que as partes devem estar comprometidas com a tomada de decisões difíceis e o objetivo continua sendo a existência de dois Estados um ao lado do outro em paz e segurança. "Tanto israelenses como palestinos têm preocupações de segurança legítimas", salientou o chefe da diplomacia americana.
Livni e Erekat iniciaram na segunda-feira em Washington as primeiras conversas de paz diretas desde 2010, com um jantar no Departamento de Estado liderado por Kerry.
Respaldo. O Quarteto para o Oriente Médio, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas, fez ontem um apelo a Israel e aos palestinos que não "minem a confiança" mútua no momento em que reiniciam as negociações.
O grupo prometeu seu apoio às duas partes no "compromisso de conseguir uma solução negociada de dois estados no prazo acertado de nove meses". / AP, EFE e AFP

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Histórias sobre Gaza



Palestina nas ruas de Gaza. Crédito Diogo Bercito/Folhapress
Foram, em dois dias, 36 comentários a respeito do que vocês pensam sobre Gaza. Do que concluo, apesar de poder estar enganado, que os leitores deste orientalíssimo blog estão bem informados a respeito da situação na região –mas talvez tenham uma imagem incompleta de como é a vida nesse estreito poeirento de terra.
Pode ser instrutivo, então, contar um pouco de como foi minha viagem durante esta semana.
Cheguei a Gaza pela passagem norte, chamada Erez. O terminal israelense, que parece um aeroporto, envolve segurança máxima. As permissões de entrada são raras, basicamente a poucos entre os moradores, a organizações humanitárias e a membros da imprensa em posse de credencial do governo. Filas? Nada.
Do lado palestino, são dois checkpoints. Primeiro, um ponto de controle de passaporte operado pelas autoridades do Fatah, facção palestina que controla o território da Cisjordânia. Dali, pego um táxi para o checkpoint seguinte, já dentro da faixa de Gaza. Desta vez, são homens do Hamas, que checam atentamente minha autorização de entrada (uma espécie de visto que obtive antes da viagem) e inspecionam minha bagagem. Então tenho meia hora até meu hotel, de frente para o mar.
As imagens são confusas. Carros importados, nas ruas, mas também dezenas de burrinhos de carga –um deles morre, e o trânsito emperra enquanto o cadáver é arrastado. Lojas de roupa e, em cima delas, outdoors com imagens de soldados com metralhadoras. Tudo é de concreto, e de repente vejo um agradável parque arborizado.
Até mesmo a praia embaralha as ideias. À noite, enquanto janto, noto que os jovens estão deitados na areia, conversando. Alguns deles apoiam um laptop no colo, enquanto observam o Mediterrâneo. Mas não tiram a roupa para entrar na água –nem meninos, nem meninas.
Eu queria poder imprimir minhas memórias e entregá-las a vocês em uma pasta. Descrever é difícil. De dentro do táxi, olhava para as ruas e tentava comparar a cena com outros lugares que conheço. Me parece mais arejado do que Damasco, mas menos sofisticado. Mais limpo do que a Dar es Salam, mas mais desumanizado. Mais organizado do que o Cairo,  mas menos vivo. Se acordasse de repente em uma rua qualquer, poderia acreditar que estava em um bairro pobre de Tel Aviv.
É claro que nada disso resolve as questões que estão por baixo da pele, em Gaza. O bloqueio israelense, que debilita a economia local, por exemplo. Ou a tomada do estreito pelos extremistas do Hamas, que tentam impôr sua agenda fundamentalista na população –o que, em última análise, não pode ser visto como um fenômeno desvinculado da política regional, inclusive israelense.

Crédito Editoria de Arte/Folhapress
Gaza é tudo isso o que vocês disseram. “Prédios destruídos”. “Caos”. “Triste”. Mas, de alguma maneira, quando releio os comentários deixados neste blog, me parece que essas palavras não compõem a imagem real –a cidade em que conheci, por acaso, o simpático rapper MC Gaza, que me conta que vai a Israel pela primeira vez para fazer um show. A cidade em que provei um peixe apimentado, pescado na noite anterior, e bebi leite quente com zátar olhando para o pôr do Sol.
Cerca de 70% da população está abaixo da linha da  pobreza, e a renda per capita ali é a 164ª no ranking mundial. O serviço de saúde é precário, a eletricidade é inconstante, o acesso a água potável é limitado. Mas o “suq”, o mercado, um dos corações de uma cidade árabe, ainda bate, entre barraquinhas de vegetais e quinquilharias, entre vendedores de ouro e fiéis rumo às orações de fim de tarde, embalados pelo canto dos minaretes.

Caminhada na praia, no fim de tarde, em Gaza. Crédito Diogo Bercito/Folhapress

sábado, 28 de janeiro de 2012

Palestinos rejeitam proposta de fronteiras apresentada por Israel

Israelenses deixaram de lado acordos anteriores e leis internacionais, segundo negociadores
27 de janeiro de 2012

Reuters
RAMALLAH - Israel apresentou aos palestinos suas ideias para as fronteiras e os arranjos de segurança de um futuro Estado palestino, em uma tentativa de manter vivas as conversas exploratórias, disseram fontes israelenses e palestinas nesta sexta-feira, 27.
Baz Ratner/Reuters

Mas autoridades palestinas disseram que a apresentação verbal do negociador israelense Yitzhak Molcho na reunião de quarta-feira foi um balde de água fria, pois prevê um território cercado de cantões que preservaria a maioria dos assentamentos judaicos. "Ele matou a solução de dois Estados, pôs a escanteio acordos anteriores e a lei internacional", afirmou uma fonte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). "Basicamente, a ideia israelense de um Estado palestino é feita de muros e assentamentos".

Foi a primeira vez que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, abordou o tema das fronteiras com os palestinos. Uma autoridade israelense disse que a apresentação está em consonância com um rascunho para as conversas elaborado pelo Quarteto - Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Organização das Nações Unidas (ONU).

Seu objetivo é garantir que os temas centrais de fronteiras e segurança fossem claramente definidos até 26 de janeiro para relançar as negociações, empacadas desde novembro de 2010, e se chegar a um esboço de acordo de paz até o fim deste ano.

Após cinco rodadas de conversas na Jordânia, incluindo a sessão de quarta-feira, a fonte palestina disse não haver mais reuniões agendadas. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que deseja consultar os Estados da Liga Árabe sobre o próximo passo.

De acordo com a fonte palestina, a equipe de Molcho indicou que qualquer solução que crie um Estado palestino vivendo em paz ao lado de Israel precisa "preservar o tecido social e econômico de todas as comunidades, judaicas ou palestinas". A ideia apresentada por Molcho "não inclui Jerusalém e o Vale do Jordão, e inclui todos os assentamentos (judaicos)", disse a autoridade palestina. Nenhum mapa foi apresentado no encontro, acrescentou.

Os palestinos querem um Estado que inclua a Cisjordânia, o Vale do Jordão, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Uma autoridade israelense disse que Molcho apresentou diretrizes que determinam as posições de Israel no tocante aos territórios.

O enfoque de Israel em relação às concessões territoriais na Cisjordânia ocupada inclui o princípio de que "a maioria dos israelenses estará sob soberania israelense, e obviamente a maioria dos palestinos estará sob soberania palestinas", disse o funcionário.

Ele sublinhou que Netanyahu reconheceu, em um discurso ao Congresso dos Estados Unidos, que nem todos os assentamentos judeus "estarão do nosso lado da fronteira" de um futuro Estado palestino.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Unesco reconhece Estado palestino como membro pleno

Agência é a primeira a aceitar adesão palestina; decisão pressiona Conselho de Segurança
31 de outubro de 2011

estadão.com.br

PARIS - A Conferência Geral da Unesco aprovou nesta segunda-feira, 31, a admissão da Autoridade Palestina (AP) como membro de pleno direito do órgão. A votação, realizada em Paris, contou 107 votos a favor, 14 contra e 49 abstenções, tendo como resultado a adesão do Estado palestino à entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

Vários países latino-americanos, entre eles o Brasil, e potências emergentes, como China e Índia, se posicionaram de forma favorável ao ingresso do Estado palestino à Unesco - braço da ONU voltado para a Educação, Ciência e Cultura. Contrários ao ingresso estão nações como Estados Unidos, Alemanha e Canadá.

A Unesco é a primeira agência da ONU a reconhecer o Estado palestino. Em setembro, o presidente da AP, Mahmoud Abbas, levou o pedido de adesão ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que entregou o documento ao Conselho de Segurança - órgão máximo do organismo internacional que ainda avalia o processo.

O ingresso é uma vitória dos palestinos e pode pressionar os membros do Conselho de Segurança na decisão sobre o reconhecimento do Estado palestino, o objetivo maior da empreitada da AP nas Nações Unidas.

Diplomatas palestinos garantem que não deverão limitar à Unesco sua ofensiva diplomática. Nas próximas semanas, eles prometem solicitar a adesão palestina a entidades como a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, a Unctad, a Organização da ONU para o Desenvolvimento Industrial, a Organização Mundial da Saúde e a União Internacional de Telecomunicações, todas em Genebra, além do Tribunal Penal Internacional.

Os Estados Unidos, que se opõem abertamente à empreitada, ameaçaram cortar as doações à Unesco caso o Estado palestino fosse reconhecido. Washington, membro permanente e com poder de veto no Conselho de Segurança, promete barrar a adesão.

Com Efe e Associated Press.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,unesco-reconhece-estado-palestino-como-membro-pleno,792835,0.htm