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quarta-feira, 5 de março de 2014

Do front da mudança climática: como o calor que você está sentindo pode provocar uma guerra

27.fevereiro.2014 
Adriana Carranca
Eu derretia dentro do carro parado na Avenida Vinte e Três de Maio quando li pichado em um viaduto: “Você não está preso no trânsito, você é o trânsito.” É daquelas frases simples que elucidam. Poucas vezes enxergamos um problema da sociedade como sendo parte dele. Pois bem, uma ala respeitável de cientistas defende há décadas que o calor que você e eu estamos sentindo hoje é provocado pelo efeito do homem. Este verão tórrido deveria ser suficiente para convencer até os mais desconfiados de que vivemos tempos de efeito estufa. Nove capitais do Brasil tiveram o mês de fevereiro mais quente desde que se tem registro. As altas temperaturas transformaram as nossas cidades em saunas e as águas do Atlântico em uma banheira de imersão. 
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou o calor no Hemisfério Sul como uma das maiores anomalias climáticas dos nossos tempos. Argentina e África do Sul bateram recordes de temperatura neste verão, a Austrália teve seu ano mais quente, em 2013, e um recorde de incêndios nas matas. Enquanto isso, no Norte, ondas de frio provocaram mortes nos EUA e inundações sem precedentes na Grã-Bretanha, onde quatro dos cinco anos com mais chuvas foram registrados na última década. Na média, 2013 foi o sexto ano mais quente desde que começaram as medições em 1850, segundo a OMM. Dos 10 anos mais quentes de todos os tempos, nove são deste século. 
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês) concluiu, com base em evidências científicas disponíveis, que é “95% provável” que a maior parte do aumento da temperatura média global desde meados do século 20 se deve a emissões de gases de efeito estufa, desmatamento e outras atividades humanas.
O que isso tem a ver com guerras? Climas extremos provocam secas, inundações, nevascas que, por sua vez, levam à maior escassez de recursos e ao aumento no preços dos alimentos. Em última instância, a escassez de recursos causa o deslocamento de populações inteiras para outras regiões onde disputarão as riquezas naturais com os povos já assentados, o que muitas vezes leva a conflitos.
Estudo publicado na revista Science aponta uma associação histórica entre mudanças climáticas e conflitos violentos, seja entre indivíduos ou grupos. Seguindo o padrão encontrado em mais de 60 estudos analisados, os pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, preveem que o crescimento da temperatura global pode levar a um aumento de 50% no número de conflitos até 2050.
As autoridades podem dar motivos mais nobres – se é que pode haver alguma – para as guerras, mas a verdade é que a maior parte dos conflitos é provocada pela luta por recursos: petróleo, terras, água, ouro, diamantes. O Congo (ex-Zaire) não nos deixa mentir. O conflito entre o norte muçulmano e o sul cristão no Sudão, que provocou a divisão do país, nunca foi essencialmente religioso, mas uma luta pela sobrevivência e o acesso ao petróleo que corre no subterrâneo daquelas terras. O Iraque, soube-se depois da invasão americana em 2003, não tinha afinal armas de destruição em massa, mas petróleo.
  
Um dos autores do estudo publicado pela Science, Solomon Hsiang, lembra que a civilização maia entrou em colapso após longos períodos de seca, assim como, segundo ele, grande parte das dinastias da China. Segundo outro estudo de Hsiang, publicado em 2011 na revista Nature, o El Ninoteve algum grau de responsabilidade em pelo menos 21% dos conflitos entre 1950 e 2004, Sudão e Ruanda entre eles.
Mas não é só isso. Outra pesquisa, da Universidade de Iowa, encontrou ligação de causa e efeito entre temperaturas altas e violência na vida cotidiana. Segundo o estudo, o calor causa maior agressividade. Para nós que enfrentamos esse calorão não é difícil acreditar que seja verdade. Há uma correlação, revela o estudo, entre o calor e até mesmo o uso da força por policiais, a violência doméstica, brigas entre vizinhos ou no trânsito, como naquele tarde escaldante na Vinte e Três de Maio.
Foto: Lynsey Addario/ The New York Times
http://blogs.estadao.com.br/adriana-carranca/do-front-da-mudanca-climatica-como-o-calor-que-voce-esta-sentindo-pode-provocar-uma-guerra/

domingo, 13 de outubro de 2013

Seca do semiárido nordestino é a pior dos últimos 30 anos

13/10/2013 - 18h29
A seca que afeta o Semiárido nordestino desde 2011 deixou metade dos 504 reservatórios monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA) com menos de 30% da capacidade de armazenamento de água. "Esta é a pior seca nos últimos 30 anos. Se não tivermos um período de chuvas de janeiro a maio em 2014, para recuperar os reservatórios, a situação ficará gravíssima", disse o superintendente de Regulação da ANA, Rodrigo Flecha Ferreira Alves.
Para garantir o abastecimento para as pessoas, a ANA restringe o uso da água para atividades produtivas como a irrigação e a piscicultura. A agência acompanha a situação 45 açudes e seis rios de domínio federal no Semiárido. Do total, em 16 açudes e três rios são obedecidas as regras da ANA, abrangendo 91 municípios e cerca de 1,9 milhão de pessoas.
A restrição de uso mais recente foi determinada na segunda-feira (7) para o Rio Piranhas-Açu, que corta a Paraíba e o Rio Grande do Norte, e para os açudes de Coremas e Mãe D'Água, ambos na Paraíba, que estão com 34% e 33% da capacidade de armazenamento de água, respectivamente.
Desde a semana passada, nas cidades de Coremas, Pombal, Cajazeirinhas, Paulista e São Bento, na Paraíba, e Jardim Piranhas e Jucurutu, no Rio Grande do Norte, a água só pode ser retirada do rio e dos açudes para qualquer atividade produtiva três vezes por semana das 2h às 11h. A recomendação da ANA é que não seja feita irrigação entre as 11h e as 17h, pois, nesse período, muita água é perdida por evaporação. A agência também alerta para que nenhum novo tipo de cultura seja iniciado neste momento devido à possibilidade de não haver água suficiente.
"A prioridade de uso dos açudes é para abastecimento humano e consumo animal. É muito importante que os agricultores implementem tecnologias de uso eficiente da água. Não se pode ter no semiárido irrigação por inundação", disse o superintendente. Segundo ele, a ANA monitora constantemente o nível da água para acompanhar o cumprimento das medidas.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconhece que 1.484 municípios nordestinos e do norte de Minas Gerais estão em situação de emergência por causa da estiagem, afetando 10,67 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, o governo federal investe mais de R$ 16 bilhões para reduzir os efeitos da seca e amenizar as perdas econômicas, por meio de ações emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito.
Segundo o ministério, desde janeiro de 2012, o governo destinou R$ 916 milhões para a Operação Carro-Pipa. Sob a coordenação do Exército, foram contratados 5.809 carros-pipa para levar água a mais de 3,8 milhões de pessoas em 815 municípios. Ainda de acordo com a pasta, o Programa Água para Todos entregou 370 mil cisternas e a meta é construir mais 750 mil até 2014. Além disso, o programa prevê a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água para comunidades rurais de baixa renda.
O ministério informou que o Bolsa Estiagem é pago a mais de 1,1 mil pessoas em 1.378 municípios, com a transferência de mais de R$ 1 bilhão. O pagamento de R$ 80 é destinado a agricultores de baixa renda que vivem em cidades atingidas pela seca.

O meteorologista Mozar de Araújo Salvador, do Instituto Nacional de Meteorologia, explicou que a seca iniciada em 2011 ocorre por causa do Dipolo Positivo do Atlântico, fenômeno oceânico que interfere no clima do semiárido ao deslocar a formação de nuvens para o norte da Linha do Equador, aumentando a precipitação no Oceano Atlântico. Assim, as chuvas têm sido bem abaixo da média no Nordeste há três anos. Segundo ele, ainda é cedo para dizer se a região nordestina terá mais chuvas em 2014.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Climas do Brasil

Climas no Brasil

No Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na zona intertropical.

Equatorial

É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e maior parte de convecção.

Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil.

Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C.

Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.



Tropical úmido

Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo.

No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa.

As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno.

É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes.

Tropical típico ou semi-árido

Este tipo de clima ocorre no região central do Brasil.

As médias de temperatura variam de 20° a 28°C.

Chove por volta de 1500mm por ano.

É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno.

Semi-árido

Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano.

É seco e árido, mas não como o deserto.

Tem quatro massas que exercem influencia, duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão.

Subtropical

Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio.

Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano.

O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro.

Exercícios

Responda.

1) O que é clima? Que fatores influenciam?

2) Quais os principais tipos de precipitações atmosféricas?

3) Cite os principais tipos de climas do Brasil?

4) Qual a diferença entre clima e tempo?

5) Que influencia exerce a latitude e a altitude na temperatura de um lugar qualquer da superfície terrestre?

6) Enumere a coluna corretamente.

Equatorial ( a )
Tropical úmido ( b )
Semi-árido ( c )
Semi-úmido ( d )
Subtropical ( e )

Leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo. ( )
Na região central do país, é um clima quente e úmido. ( )
Se situa no Norte do país, com média anual de chuvas de 2000mm. ( )
Se localiza no Sul do Brasil, tendo o verão bem quente e o inverno mais frio. ( )
Se localiza no sertão do país, sendo seco e árido, com chuvas inferiores a 800mm por ano. ( )

Gabarito

1) é o comportamento da atmosfera, ao longo do ano, em um determinado lugar.
Os fatores que a influenciam são, relevo, latitude, altitude, vegetação e massas de ar.

2) Chuva, neve e gelo.

3) Equatorial, Tropical Úmido, Tropical Típico, Semi-árido e Subtropical.

4) O tempo muda em dia. Mas o clima é constante todo o ano.

5) A latitude influi em quanto mais longe da linha do Equador menor a temperatura e quanto mais perto maior a temperatura.
E a altitude influi em quanto mais alto o lugar menor será a temperatura.

6) b – d – a – e – c