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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cidade de São Petersburgo é blindada para receber líderes do G20

Um dos dois terminais do aeroporto Polkovo de São Petersburgo será fechado ao tráfego durante os dois dias da cúpula e ficará reservado para as delegações oficiais

Publicação: 04/09/2013 



São Petersburgo - A cidade de São Petersburgo foi blindada com medidas excepcionais de segurança para receber os líderes do G20, que se reúnem entre quinta e sexta-feira em um palácio acessível apenas pelo mar.

A Rússia, que preside o G20 este ano, recebe os líderes dos principais países desenvolvidos e emergentes no Palácio Constantino, em Strelna, 15 km a sudoeste da antiga capital imperial russa.

Este palácio neoclássico do século XVIII sediou em 2006 a cúpula do G8, mas para esta ocasião as medidas de segurança foram reforçadas.

Um dos dois terminais do aeroporto Polkovo de São Petersburgo será fechado ao tráfego durante os dois dias da cúpula e ficará reservado para as delegações oficiais.

Pela mesma razão, uma das principais atrações turísticas da cidade, a residência de Peterhof, um dos mais famosos palácios de São Petersburgo, perto de Strelna, será mantido fechado ao público na quinta-feira (5/9).


A área em torno do Palácio de Constantino foi transformada em ilha inexpugnável. Desde 22 de agosto, os moradores que vivem nas proximidades precisam de uma permissão especial para atravessar os postos de controle, que examinam todos os que entram na área.

"Estamos em guerra", disse Tatiana Fiodorova, uma moradora de Strelna. "Estamos ansiosos para que este pesadelo acabe. A cúpula é para os grandes líderes, não para as pessoas comuns", declarou Marina Filipova, outra vizinha.

As delegações oficiais e os jornalistas hospedados em São Petersburgo durante a cúpula só têm acesso ao palácio pelo Golfo da Finlândia por barco.

Em contrapartida, os chefes de Estado dispõem de cerca de 20 pavilhões de luxo ao redor do palácio que carrega o nome de Constantino Pavlovitch, filho do czar Paulo I, que se tornou proprietário desses lugares em 1797.

"A cidade está 100% pronta para a cúpula", garantiu recentemente o governador regional, Georgy Poltavtchenko. As autoridades locais estão correndo contra o tempo para reparar as estradas e pintar os edifícios.

São Petersburgo, que atrai o maior número de turistas de toda a Rússia por sua arquitetura impressionante, já recebeu várias cúpulas, principalmente após a chegada ao poder, em 2000, de Vladimir Putin, nascido na antiga capital imperial.


Todo mês de junho é realizado um fórum econômico que atrai empresários e líderes políticos de todo o mundo, que tem como missão servir de vitrine para a economia russa.

"Se tivéssemos organizado a cúpula em outro lugar, teríamos gastado muito mais", defende o chefe da administração presidencial, Sergei Ivanov. A preparação do G20 custou 2 bilhões rublos (US$ 60 milhões), segundo ele.


https://www.google.com.br/urlsa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&docid=bWq1TSVjTRixXM&tbnid=IV7LfXwOf1PofM:&ved=0CAQQjB0&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FPal%25C3%25A1cio_de_Constantino&ei=argnUoboA7K4AOu8IG4Aw&bvm=bv.51773540,d.dmg&psig=AFQjCNGhNXF7uojgoI3EMdAGnSLgCKmzGw&ust=1378420982895595

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Brasil não é mais emergente, afirma Biden


DENISE LUNA
FÁBIO SEIXAS
DO RIO - 30/05/2013

O primeiro dia da visita de Joe Biden ao Brasil foi de exaltação à liderança regional do país e de sugestões para uma atuação ainda mais global--embora reconheça a ascensão internacional brasileira.
Além disso, o vice americano defendeu o estreitamento das relações comerciais e acenou para a facilitação de vistos de entrada nos EUA.
"O Brasil não é mais um país emergente. O Brasil emergiu, o mundo todo já notou", disse o vice, em pronunciamento para cerca de 500 pessoas no Píer Mauá (zona portuária do Rio). Foi seu primeiro evento público no país.
Disse que Barack Obama e ele creem no início de "uma nova era" nas relações dos EUA com as Américas Central e do Sul. "E nenhum parceiro é mais significativo nessa iniciativa do que o Brasil."
Por isso, argumentou, a presidente Dilma Rousseff foi convidada para se reunir com Obama em outubro: "Será a única visita de Estado a Washington em todo o ano".
Biden elogiou programas como Fome Zero e Bolsa Família, afirmando que o mundo vê o Brasil com inveja. "Vocês mostraram que não há a necessidade de escolher entre democracia e desenvolvimento, entre economia de mercado e política social."
E citou quatro pontos em que Brasil e EUA deveriam trabalhar mais próximos.
Começou com as relações econômicas, mencionando as colaborações entre Boeing e Embraer. "Os negócio entre os dois países ultrapassam US$ 100 bilhões por ano. Não há razão para que não cheguem a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões", declarou.
Falou ainda sobre a questão da energia. "Vocês são líderes mundiais em biocombustíveis, e estamos aprendendo com vocês", afirmou.
Elogiou a liderança do país na América do Sul, mas sugeriu que o Brasil participe mais de questões mundiais.
Por fim, tocou na questão dos vistos, destacando os esforços dos EUA para tornar mais rápidas as emissões das permissões de entrada para turismo, negócios e estudos.
À tarde, Biden também teve encontro fechado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, e depois com empresários brasileiros, como Jorge Gerdau e Eunice Carvalho (Chevron), entre outros.
Ele reforçou o interesse dos EUA em intensificar parcerias entre empresas brasileiras e americanas em todas as áreas da economia, "além da energia e do aço", mas não tratou de nenhum tema específico.
"Podemos ir muito além na nossa cooperação. O Brasil é uma das nações mais poderosas do mundo, na frente de Índia, na frente da Rússia", disse Biden após a reunião.
Hoje, ele se reunirá com autoridades do setor de segurança e, ao lado da mulher, Jill Biden, irá ao morro Dona Marta. À noite, embarca para Brasília, onde terá encontro com Dilma amanhã.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

É proibido proibir?

05/02/2013
João Pereira Coutinho


É um dos vícios do mundo moderno: a crença patética de que tudo é possível, tudo é permissível. Ou, como diziam os filhos do maio de 68, é proibido proibir.
Um caso ilustra esse vício com arrepiante precisão: as "barrigas de aluguel".
Li a excelente matéria de Patrícia Campos Mello publicada nesta Folha no domingo. E entendo a pergunta que anima o negócio: se um casal não pode ter filhos por infertilidade da mulher, por que não contratar os serviços de uma "mãe de aluguel", que terá o seu óvulo fecundado pelo espermatozoide do pai adotivo?

Na Índia, a pergunta virou turismo: só na cidade de Anand, conta a jornalista, nasce uma criança a cada três dias para "exportação". Os "clientes" costumam ser americanos, britânicos, japoneses, canadenses. Mas também há brasileiros na lista de espera. Que dizer do cortejo?

Começo pelas questões éticas básicas: será que um filho deve ser comprado (US$ 20 mil na Índia) como se compra uma mala Louis Vuitton ou um par de sapatos Manolo Blahnik?
E será legítimo, ó consciências progressistas, transformar as pobres do mundo em incubadoras dos filhos dos ricos? Não é preciso ter lido Kant para saber que os seres humanos devem ser tratados como um fim em si, não como um meio para.

Fato: o negócio é voluntário. Todas as partes participam dele com "autonomia", para usar ainda a linguagem kantiana. Mas o argumento da autonomia, mil perdões, não chega.
Se chegasse, nada impediria que um ser humano optasse autonomamente por ser escravo de outro. Vamos permitir o regresso da escravidão, mesmo que voluntária, desde que o escravo e o seu senhor exerçam os seus papéis autonomamente?

Não creio. Até porque falar em "autonomia" para gente em situação de pobreza extrema não passa de uma piada de mau gosto: a "mãe de aluguel" indiana e a mãe adotiva americana não habitam o mesmo planeta. A segunda escolhe comprar porque pode. A primeira praticamente é forçada a vender pela miséria da sua situação.
Na discussão das "barrigas de aluguel", parece que só os direitos das mães adotivas têm verdadeira força ética -o direito a serem felizes; o direito a terem filhos; o direito a comprá-los; e etc. etc.

Mas como responder aos direitos das "mães de aluguel"? Ou até dos "filhos comprados"? Será que essas duas entidades têm direitos, no sentido prosaico do termo?
Tempos atrás, quando em Portugal se debatia a "maternidade de substituição" (um processo semelhante às "barrigas de aluguel", mas sem dinheiro envolvido), lembro-me de formular algumas questões a respeito que se aplicam com maior força às "mães de aluguel" a aos "filhos comprados" de Anand.

Que direitos terá uma "mãe de aluguel" depois de entregar o filho biológico ao casal adotivo? Poderá visitar a criança? Será obrigada a afastar-se dela? Como? Por quê? Com que legitimidade?

E se, durante a gestação, a "mãe de aluguel" se recusar a entregar o filho porque desenvolveu uma ligação emocional com ele? Haverá forma de a coagir a cumprir o negócio? Em caso afirmativo, será isso tolerável? Será, no mínimo, decente?

Melhor ainda: o que acontece, para citar alguns casos que ficaram célebres nos Estados Unidos, quando o feto apresenta uma malformação uterina e a mãe adotiva pretender abortá-lo contra a vontade da "mãe de aluguel"? Pode? Não pode? Deve? Não deve?
Sem falar do próprio filho, aqui transformado em mero brinquedo sem rosto ou dignidade própria. Quais são as consequências para uma criança quando ela é separada precocemente da sua mãe biológica? Que impacto isso terá no seu desenvolvimento psicológico ou social? Alguém sabe? Alguém se interessa?

Aliás, como irá essa criança reagir quando, mais tarde, ela souber que foi o produto de uma "encomenda"? Será que deve saber? Será que não deve?
As perguntas não são apenas minhas. Elas encontram-se na vastíssima literatura ética sobre o assunto --e cada uma dessas perguntas foi motivada por um drama concreto, vivido por gente concreta, que entrou no negócio por acreditar que um filho é precisamente isso: um negócio.
Não é. Exceto para cabeças ocas que transformam qualquer desejo em "direito" --e qualquer "direito" em exploração dos mais pobres.

João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do "Correio da Manhã", o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve às terças na versão impressa de "Ilustrada" e a cada duas semanas, às segundas, no site.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/1225654-e-proibido-proibir.shtml

Professor, este texto poderá ser trabalhado no Ensino Médio, com leitura e debate, também um trabalho interdisciplinar com outras disciplinas, como Biologia, Filosofia, História entre outras.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Brasil fica atrás de México e Índia na capacidade de enfrentar problemas


Brasil ocupa um modesto 45º lugar no ranking de 139 países sobre os governos mais preparados para enfrentar riscos globais

08 de janeiro de 2013 
Fernando Nakagawa, da Agência Estado - Agencia Estado
LONDRES - O Brasil ocupa um modesto 45º lugar no ranking de 139 países sobre os governos mais preparados para enfrentar riscos globais, como crise financeira, desastres naturais, mudanças climáticas e pandemias. A avaliação consta de pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) com mais de 14 mil líderes globais e divulgada nesta terça-feira, dia 8, em Londres.
Na pesquisa, o Fórum Econômico Mundial perguntou aos entrevistados sobre a eficiência de cada governo na gestão - monitoramento, preparação, reação e mitigação - dos principais riscos globais, como a crise financeira e desastres naturais. Com notas que variaram de 1 a 7, o Brasil recebeu avaliação de 4,16 pontos. No levantamento, a nota mais baixa é atribuída aos governos "não eficazes" na gestão de grandes riscos e, ao contrário, o número mais alto é para governos "eficazes".
O resultado do Brasil na pesquisa é pior do que o obtido por outros emergentes, como o Chile (10º lugar, nota 5,20), México (12º, nota 5,13), a Turquia (18º, nota 4,83), China (30º, nota 4,51) e Índia (38º, nota 4,31). O ranking é liderado por Cingapura, que teve nota 6,08 e possui, segundo os entrevistados, o governo mais preparado do mundo para os riscos globais. Em seguida, aparecem três países árabes: Catar, Omã e Emirados Árabes Unidos.
A primeira economia tradicional da lista é o Canadá, em 4º lugar e nota 5,41. Alemanha está em 17º, uma posição atrás do Casaquistão. Reino Unido figura em 20º e Estados Unidos, em 29º lugar.
Piores avaliações   Apesar de ter nota pior do que outros emergentes, o Brasil está à frente, embora não muito, de economias que estão no centro da atual crise: Portugal é 51º, Espanha ficou em 53º e Irlanda aparece em 65º. A lanterna da lista é ocupada por dois vizinhos: o 138º posto é da Argentina, com 2,08 pontos, e a Venezuela ocupa a última posição, com 1,68 ponto.
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre o estágio de avanço de cada economia. Nesse quesito, o Brasil está "em transição" da fase 2 - economia marcada pelo desenvolvimento da produção e qualidade - para o estágio mais desenvolvido possível, a fase 3 - mercados orientados para a inovação com patamar mais elevado de renda. 
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia%20geral,brasil-fica-atras-de-mexico-e-india-na-capacidade-de-enfrentar-problemas,139957,0.htm