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domingo, 1 de dezembro de 2013

País tem 9,6 mi de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham

A chamada 'geração nem-nem' é formada principalmente por mulheres, muitas com filhos, segundo estudo do IBGE

29 de novembro de 2013
Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo
RIO - Uma população de 9,6 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estuda nem trabalha, formada principalmente por mulheres, muitas delas com filhos, é motivo de preocupação quando se estudam as condições de vida dos brasileiros, mostra estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira, 29. A Síntese de Indicadores Sociais 2013, com dados de 2012, mostra que um em cada cinco brasileiros (19,6%) nesta faixa etária não trabalhava nem frequentava escola. Na faixa de 18 a 24 anos, o índice é ainda mais preocupante, de quase um quarto (23,4%). "Não significa que são encostados ou que são um bando, mas é um fator preocupante, porque não é possível que pessoas desta idade não estudem nem trabalhem", diz a técnica do IBGE Ana Saboia.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cinco mitos sobre favela desfeitos pelo Censo 2010

07 de novembro de 2013
ANÁLISE: José Roberto de Toledo - O Estado de S.Paulo
A favela superou o clichê. A proverbial do morro carioca da Previdência (para onde soldados da Guerra de Canudos transpuseram o nome de um morro sertanejo no qual vicejava uma planta chamada favela) é uma exceção até no Rio de Janeiro: 57% dos domicílios "favelados" da cidade ficam no plano. Só 15% estão em encostas íngremes. O "morro" mítico dos sambas foi aterrado há tempos.
Tampouco a maioria das pessoas "prefere" morar em favelas para estar perto do trabalho. Em São Paulo, três de quatro habitantes dos ditos "aglomerados subnormais" levam mais de uma hora para ir e voltar do emprego - a proporção é 27% maior do que para o resto dos paulistanos. A regra se repete em 76% das cidades: o "favelado" perde mais tempo no trânsito que os demais.
O estudo do IBGE mostra que morar em "favela" é, acima de tudo, uma adaptação à geografia. É outro mito imaginar que o cenário é sempre o mesmo.
Em Natal, 40% das moradias "subnormais" ocupam dunas ou praias. Na paulista Cubatão, 29% ficam em manguezais. Em Linhares, no Espírito Santo, 38% ocupam irregularmente unidade de conservação ambiental. E em Petrópolis, na serra fluminense, local de repetidos e trágicos deslizamentos, 86% das moradias desse tipo estão em declives acentuados (superior a 16,7 graus).
Risco de outro tipo mas também grave há em 17 cidades onde há casas em lixões, aterros sanitários ou áreas contaminadas.
Favela não é tudo igual nem geográfica, nem urbanisticamente. Em Belford Roxo (RJ), 89% dos domicílios dessas aglomerações têm acesso a arruamento regular. Já em Vitória (ES), 72% das casas faveladas não têm rua por perto porque estão no morro.
Em quinto, mas não em último lugar, o morador da favela não vive nela porque lhe faltou escola. Em Niterói (RJ), 27% têm diploma de nível superior. E não só lá: são 24% em Florianópolis, 23% em Santos (SP) e 20% em Curitiba e Porto Alegre. 

sábado, 26 de outubro de 2013

Produtividade cresce nas fronteiras agrícolas

26/10/2013
O ano passado trouxe novidades para a agricultura. A produção de milho ultrapassou a de soja e a da safrinha (a segunda safra de milho) ficou acima da de verão.
É o que mostra o PAM (Produção Agrícola Municipal) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Boa parte da produção desses produtos foi influenciada pela adversidade climática em várias regiões. Mas os dados do instituto apontam um bom avanço na produção de grãos e de leguminosas fora das antigas áreas tradicionais, como Sul e Sudeste.
O importante é que o avanço vem não só em volume, mas também em produtividade. Esta acima, inclusive, das do Sul e do Sudeste.
Volume e produtividade já colocam há vários anos as cidades das novas fronteiras agrícolas como líderes nacionais em renda.
Em 2012, São Desidério recolocou o oeste baiano na liderança. O município teve renda de R$ 2,3 bilhões, se consolidando na produção de algodão, que atingiu 12% do volume nacional.
O município obteve R$ 1,4 bilhão só com o algodão no ano passado, valor que representou 17% de todo o nacional, que foi de R$ 8,1 bilhões, segundo informação do IBGE.
A agricultura brasileira utilizou 69,2 milhões de hectares nas 64 culturas acompanhadas pelo IBGE. O valor total dessas culturas subiu para R$ 204 bilhões, 4,3% mais do que em 2011.
O avanço da produtividade do Centro-Oeste em relação às do Sul e do Sudeste fica evidente não só em soja e milho, mas passa também por outros produtos como alho, tomate e batata.
A produtividade do algodão foi de 3.880 quilos por hectare no Centro-Oeste, mas ficou em 3.171 no Sul e Sudeste. No caso do milho, o Centro-Oeste colheu uma média de 5.852 quilos por hectare, 17% mais do que no Sul.
Essas produtividades podem ter variações de uma região para outra devido ao clima e problemas regionais, mas o avanço tecnológico nas novas fronteiras está colocando a agricultura brasileira em um novo patamar.
Outras culturas também apontam bom ganho de produtividade no Centro-Oeste. A média de produção do tomate é de 81 toneladas nessa região 26% mais do que no Sudeste. No caso da batata-inglesa, o ganho e de 10%.
*
Concentração gera perigo em várias regiões do país
Os dados da produção agrícola por município do IBGE apontam um perigo para determinadas regiões do país. Alguns Estados estão concentrados em poucos produtos e um eventual desastre nessas culturas afetaria fortemente a economia da região.
Um problema na produção de soja, por exemplo, colocaria pelo menos nove Estados brasileiros em alerta, uma vez que a oleaginosa é a principal fonte de receitas do campo nessas regiões.
Alagoas também tem uma situação bastante delicada, pois 86% dos valores obtidos com a agricultura vêm da cana-de-açúcar, um produto que não tem gerado muita renda no campo.
Além de Alagoas, cinco outros Estados têm a cana como líder de receitas, enquanto outros quatro dependem da produção de mandioca para melhorar a renda dos produtores.
O café também traz uma situação de muita concentração. Espírito Santo tem 70% do valor da produção agrícola dependente do produto, que no momento é um dos que têm os mais baixos preços no campo. Minas Gerais lidera a produção nacional do café.

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Taxa brasileira de mortalidade infantil em 2060 será igual à do Chile de hoje

IBGE projeta índice de 7,12 bebês mortos por mil nascidos vivos; em países como Japão, taxa atual é de menos de 3 mortes em mil

29 de agosto de 2013

Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo
RIO -  O Brasil chegará em 2060 com taxa de mortalidade infantil de 7,12 bebês de até um ano mortos por mil nascidos vivos, segundo projeções do IBGE divulgadas nesta quinta-feira, 29. Daqui a quase cinquenta anos o País alcançará a taxa de hoje do Chile e ainda estará distante de Cuba (menos de 5 mortos por mil nascidos vivos) e mais ainda de países como Japão, Islândia e Suécia (menos de 3 mortos por mil nascidos vivos).
A taxa brasileira de 2060 será menos da metade daquela estimada pelo IBGE para 2013, de 15 mortos por mil nascidos vivos.

População do Rio Grande do Sul começa a diminuir em 2030 e do Piauí, em 2026

Apesar das diferenças nos indicadores sociais dos dois Estados, decréscimo terá o mesmo motivo: migração de moradores para outras unidades da Federação

29 de agosto de 2013

Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo
RIO - A estimativa de habitantes por Estado até 2030, apresentada nesta quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que no Piauí e no Rio Grande do Sul a redução da população será anterior ao resultado nacional, previsto para 2043. Entre 2029 e 2030 a população gaúcha cairá, segundo projeções, de 11.544.082 habitantes para 11.542.948. No Piauí, passará de 3.242.491 habitantes em 2025 para 3.241.853 no ano seguinte e em 2030 estará em 3.232.330. Nos dois casos, a redução acontece apenas na população masculina.
Embora sejam Estados com indicadores sociais muito diferentes, a explicação para a redução da população tanto no Piauí quanto no Rio Grande do Sul não é o número de mortes maior que de nascimentos, mas a perda de moradores, que migram para outros Estados. Nos dois casos, o saldo de migrantes é negativo, ou seja, haverá mais pessoas saindo do que chegando a esses Estados, fenômeno que já acontece desde a década passada.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Brasil passa dos 200 milhões de habitantes e população começa a cair em 2043

Número em 2012 era de 199 milhões, segundo dado revisado nesta quinta-feira, 29, pelo IBGE

29 de agosto de 2013

Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo
RIO - O Brasil já tem mais de 200 milhões de habitantes, aponta estimativa do IBGE, que divulgou nesta quinta-feira, 29, a projeção da população até o ano de 2060. Segundo cálculo do IBGE, a população brasileira em 2013 é de 201.032.714 pessoas. A tendência é de crescimento cada vez menor até que a população começará a cair. Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira, 29, a população brasileira em 2012 era de 199,242 milhões de habitantes, número acima do anunciado ano passado, de 194 milhões.
Segundo o IBGE, o número de habitantes vai diminuir a partir de 2043, depois de um período de baixíssimo crescimento, e chegará a 218,173 milhões em 2060. O recorde da população, segundo as projeções, será de 228,350 milhões de habitantes, no ano de 2042.
A queda no número de brasileiros começará mais tarde e será mais lenta do que a estimativa divulgada em 2008, quando o IBGE previa redução do número de habitantes a partir de 2040. Há cinco anos, o IBGE calculou que a população atingiria 215,287 milhões em 2050, enquanto a projeção divulgada agora é de 226,347 milhões de habitantes naquele ano. Também houve mudança em relação à expectativa de vida, que aumentou mais devagar do que o previsto inicialmente. Os brasileiros estão vivendo mais, porém não tanto quando o previsto.
Ao mesmo tempo, a previsão de 2008 era de que o Brasil só bateria a marca dos 200 milhões de habitantes em 2015.
A população brasileira de 2060 voltará ao patamar de 2025, quando o País, segundo as projeções, terá 218,330 milhões de habitantes. No período de 60 anos, entre 2000 e 2060, a população crescerá 25,8%.
O cálculo revisado do número de habitantes de 2000 e de 2010 que consta da atual projeção é diferente, no entanto, dos resultados divulgados anteriormente nos Censos desses dois anos. O Censo 2010 apontou 190,755 milhões de habitantes, enquanto a projeção fala em 195,497 milhões. Segundo técnicos do IBGE, a diferença se deve ao fato de que as projeções são feitas com base em cálculos matemáticos, enquanto o resultado final do Censo reproduz a resposta dos entrevistados.
A queda da população é reflexo da diminuição da taxa de fecundidade (média de filhos por mulher), que já ficou abaixo do nível de reposição (de 2 filhos por mulher) em 2010. Segundo o estudo, a taxa de fecundidade cairá de 1,87 em 2010 para 1,50 em 2034 e ficará neste patamar até 2060.

sábado, 15 de setembro de 2012

Um terço das famílias brasileiras vive em moradias em ruas não asfaltadas


Pela primeira vez a Pesquisa de Orçamentos Familiares, voltada para o estudo das despesas familiares, analisou domicílios: 31,1% estão em ruas sem asfalto e em 7,2% falta água encanada

14 de setembro de 2012

Daniela Amorim e Vinicius Neder, da Agência Estado

RIO - Quase um terço das famílias brasileiras vive em moradias localizadas em ruas não asfaltadas. Segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 31,1% das famílias estão nessa situação. Além disso, 31,8% das moradias estão perto de "estradas com grande circulação de veículos".


Foi a primeira vez que a POF, geralmente voltada para o estudo das despesas familiares, analisou informações sobre as características dos domicílios e seu entorno. A análise também revelou que 7,2% dos domicílios não têm água encanada, 8,9% estão perto de esgoto a céu aberto e 3,2%, nas proximidades de lixões ou depósitos de lixo. Além disso, 10,3% ficam em locais por onde passam fios de alta tensão e 4,7%, perto de ferrovias em uso.



Segundo técnicos do IBGE, a decisão de investigar as condições de moradia vem da demanda por informações sobre qualidade de vida das famílias. "Essas demandas surgem em função de mudanças no desenvolvimento econômico do País", disse Edilson Nascimento da Silva, gerente da POF, completando que o uso da energia é um tema cada vez mais discutido.



As informações sobre as condições de moradia apontam para os gastos com energia. No total de domicílios com água encanada, 75,3% têm alguma fonte de aquecimento, sendo que a energia elétrica aquece a água em 70,9% das moradias com água encanada. O aquecimento a gás responde está em apenas 4,2% desses domicílios. O aquecimento solar, menos poluente, é utilizado em 0,6% das moradias, atrás até da lenha, usada em 1,2% dos domicílios com água encanada.



O IBGE destacou ainda as diferenças entre as zonas urbana e rural. No campo, "37,3% dos domicílios com água encana não tinham aquecimento", diz o relatório da POF 2008-2009. Além disso, nas moradias localizadas nas zonas rurais, lenha a carvão são a segunda principal fonte de aquecimento, presente em 5,2% dos domicílios com água encanada.



A POF 2008-2009 também analisou a coleta de lixo, coletado diretamente em 80,7% das moradias - mas ainda queimado ou enterrado em 10,2% dos domicílios. Além disso, em 29,7% dos domicílios o lixo é separado em material biodegradável e reciclável, mas, nas moradias que separam os resíduos, apenas 40% o fazem para atender a coleta seletiva oficial. Ou seja, a maior parte do lixo separado pode não ter a reciclagem como destino.



A coleta seletiva é mais difundida no Sul, onde 59,9% dos domicílios separam o lixo e 55,6% dos que o fazem seguem a coleta seletiva oficial. No Norte, apenas 6,6% das moradias separam o lixo, enquanto no Nordeste, o porcentual é de 11,9%. No Sudeste, a separação do lixo é feita em 36,2% das casas e, no Centro-Oeste, em 12,6%. Outros estudos do IBGE já haviam apontado que, está na região Sul a maioria dos municípios onde as companhias de lixo fazem coleta seletiva.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia%20brasil,um-terco-das-familias-brasileiras-vive-em-moradias-em-ruas-nao-asfaltadas,126755,0.htm

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Racionamento de água afetou quase um quarto dos municípios brasileiros

Dos 528 municípios com racionamento constante, independente da época do ano, 75% ficam na região Nordeste

19 de outubro de 2011
Felipe Werneck, de O Estado de S. Paulo

RIO - O racionamento de água afetou quase um quarto (23%) dos municípios brasileiros em 2008, revela o Atlas de Saneamento, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 41% dessas cidades, o racionamento é constante. Entre os motivos, predominam seca ou estiagem. Dos 528 municípios com racionamento constante, independente da época do ano, 396 (75%) ficam na região Nordeste. Os dados foram informados pelos municípios.

O IBGE também mostra, por outro lado, que se perde muita água no País em função de vazamentos entre a captação e a chegada ao consumidor, especialmente nas grandes cidades. Entre aquelas com mais de 100 mil habitantes, 60% apresentaram de 20% a 50% de perda. Já nas cidades com população inferior a 100 mil, a perda fica em torno de 20%.

O volume diário de água distribuída per capita no País foi de 0,32 m3 em 2008, correspondente a 320 litros, um aumento de 0,12 m3 em relação a 1989. Na região Sudeste, o volume distribuído chegou a uma média diária de 0,45 m3 per capita em 2008, a mais alta do País.

O IBGE preparou uma lista com os 25 municípios que tiveram inundações na área urbana nos 5 anos anteriores à pesquisa e que apresentavam os oito fatores considerados agravantes para o problema. Doze são da região Sudeste (em SP, Ibiúna e Ilhabela), cinco ficam no Nordeste, quatro no Sul, três no Norte e um no Centro-Oeste. São fatores agravantes obstrução de bueiros; obras inadequadas; ocupação intensa e desordenada do solo; lençol freático alto; interferência física no sistema de drenagem; dimensionamento inadequado de projeto; desmatamento; e lançamento inadequado de resíduos sólidos.

De acordo com o estudo, 90% dos municípios brasileiros não possuíam, em 2008, formas de conter a água das chuvas. Por isso, 2.274 cidades (40,8%) sofreram com inundações na área urbana, sendo que 698 (30,6%) tiveram enchentes em áreas que não são usualmente inundáveis, informa o IBGE.

Esgoto. O município de Rafael Godeiro (RN), que apresentou a maior taxa de internação por diarreia no País em 2008 (6,8 ocorrências por 100 habitantes), não tinha serviço de coleta de esgoto. Nos Estados com as maiores taxas de internação, o acesso a serviços de saneamento é menor, e vice-versa. As taxas de internações por doenças relacionadas com o saneamento ambiental inadequado (DRSAI), como diarreias, dengue e leptospirose, vêm se reduzindo no País nas últimas décadas, mas ainda são elevadas, sobretudo em estados das regiões Norte e Nordeste, destaca o IBGE. São doenças evitáveis se houver investimento em saneamento e ações preventivas.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,racionamento-de-agua-afetou-quase-um-quarto-dos-municipios-brasileiros,787444,0.htm

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Brasileiro vive em média 73 anos, indica IBGE

1 de dezembro de 2010
G1

A esperança de vida ao nascer no Brasil alcançou 73,17 anos em 2009, com aumento de 0,31 ano (três meses e 22 dias) em relação a 2008, segundo a pesquisa de Tábuas de Mortalidade divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a 1980, a esperança de vida ao nascer aumentou 10,6 anos (dez anos, sete meses e seis dias).
Ao longo de 29 anos, esse indicador teve um crescimento médio anual de quatro meses e 12 dias, segundo destacam os técnicos do instituto no documento de divulgação da pesquisa. A estimativa é que a esperança de vida ao nascer alcance 81,29 anos em 2050.
Mortalidade infantil
Já a mortalidade infantil caiu de 69,12 para 22,47 óbitos por mil nascidos vivos, entre 1980 e 2009. Os técnicos ressaltam que o patamar ainda é elevado. Segundo informam no documento, a taxa de mortalidade infantil brasileira somente é inferior a de países como Paraguai, Bolívia e Haiti, mas ainda permanece atrás de Chile, Cuba, Uruguai, Argentina, México, Venezuela, Colômbia e El Salvador.
"A taxa de mortalidade infantil brasileira já alcançou um patamar incontestavelmente inferior ao de países como Costa do Marfim e Serra Leoa, mas ainda precisa trilhar um longo caminho para atingir, no médio prazo, níveis mínimos de mortalidade infantil, como os observados em Portugal, França, Noruega, Finlândia, Japão, Cingapura e Islândia", comentam os técnicos.
Além disso, eles destacam também que, comparando-se a esperança de vida ao nascer do Brasil em 2009 com o mesmo indicador de alguns países selecionados pela Divisão de População das Nações Unidas, nota-se que a esperança de vida do Brasil para o sexo feminino (77 anos), se distancia do indicador associado ao conjunto da população do Japão (82,7 anos) em 7,7 anos.
Para o sexo masculino (69,4 anos), a diferença é quase o dobro: 13,3 anos.

domingo, 7 de novembro de 2010

Santos perdeu mais de 10 mil habitantes nos últimos 10 anos

5 de novembro de 2010

IBGE

Alcione Herzog

A tendência de encolhimento da população santista foi mantida . Dados parciais do Censo 2010 divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, ao contrário do que vem acontecendo com o País, com o Estado de São Paulo e com a maioria das cidades da região, Santos perde moradores a cada ano, situação idêntica acontece com Guarujá.
No caso de Santos, os últimos números do Censo 2010 apontam 407.506 habitantes, quantidade 2,5% menor do que a contagem anterior, realizada em 2000. A quantidade se mostrou bem inferior às projeções feitas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que estimava para esse ano 433.502 pessoas.
O coordenador do Censo 2010 na Subárea de Santos, Mário Sérgio dos Santos, explica que os dados ainda serão atualizados até o próximo dia 29, mas não devem oscilar muito. "Já visitamos uma quantidade aceitável de domicílios e podemos dizer que em Santos a taxa deverá se manter negativa. A última vez que houve crescimento populacional foi no Censo de 1991".
Para o coordenador, a diminuição das populações vem se repetindo em cidades classificadas como polo regional. "Aqui existem restrições tanto geográficas quanto em relação ao custo de vida que impedem o aumento populacional". Mário Sérgio acredita que Santos ainda é uma cidade muito mais formadora de mão de obra do que geradora de oportunidades. "Isso até pode mudar com a cadeia do pré-sal, mas o reflexo maior será nas cidades vizinhas. Hoje, muitos que se formam aqui vão para fora".
Baixada
A Baixada Santista ganhou, em média, mais 112.640 moradores nos últimos 10 anos, totalizando 1.589.460 pessoas. Porém, conforme o levantamento do IBGE, Guarujá registrou perda de habitantes passando dos 264.812 do censo de 2000 para 260.477 agora, o que significa uma redução de 4.535 moradores.
A cidade que mais cresceu foi Bertioga, com alta populacional de 52,1%. Entretanto, apenas Peruíbe ultrapassou a estimativa de habitantes da Fundação Seade, que era de 56.019 moradores, a cidade já conta com 59.703. A coleta de dados para o Censo 2010 está chegando ao fim e os moradores que ainda não tiveram suas casas recenseadas pelo IBGE podem agendar, pela internet, a entrevista com um recenseador.
É preciso preencher um formulário e, em um prazo de 72 horas, o IBGE entra em contato por telefone para agendar a visita do recenseador. O Censo 2010 teve início em 1º de agosto de 2010. Nesses três meses de trabalho, 191 mil recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros para investigar as características dos domicílios, as relações de parentesco, fecundidade, educação, trabalho, renda, cor, raça e religião. "Os questionários serão tabulados e basearão inúmeras divulgações das transformações sociais no País", explica o coordenador da Subárea de Santos, Mário Sérgio dos Santos.