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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Chile sofre forte réplica de terremoto

Tremor secundário de 7,6 é o mais forte desde o abalo de terça-feira, mas não deixou danos

03 de abril de 2014
O terremoto, de magnitude 8,3 na escala Richter, atingiu a área próxima à cidade de Iquique, no Chile.ALEX VALDES

SANTIAGO - Um forte terremoto de magnitude 7,6 atingiu a costa norte do Chile na noite de quarta-feira, 2, mas não houve relatos de danos ou feridos, e um alerta de tsunami ao longo do litoral chileno e no vizinho Peru foi cancelado.

Esse foi o mais forte de vários tremores secundários que se seguiram a um enorme terremoto de magnitude 8,2 na mesma região, na terça-feira, que resultou em seis mortes.
A agência de emergência do Chile disse que não houve relatos iniciais de feridos ou danos graves devido à réplica do tremor.
A presidente Michelle Bachelet, que estava na região para inspecionar os danos provocados pelo terremoto anterior, foi retirada do hotel onde estava na cidade de Arica.
"Eu fui retirada como todos os cidadãos, e nós viemos aqui (à agência de emergências de Arica) para ver se há alguma forma de ajudarmos", disse Bachelet na noite de quarta-feira.
A área possui muitas das maiores minas do Chile, o maior produtor de cobre do mundo.
Uma porta-voz da mina Collahausi, da Glencore Xstrata e da Anglo American, disse que o "processo de normalização" iniciado após o terremoto de terça-feira continuava normalmente.
Em 2010, um terremoto de magnitude 8,8 provocou um tsunami que devastou várias cidades litorâneas no centro-sul do Chile, deixando 526 mortos.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,chile-sofre-forte-replica-de-terremoto,1148666,0.htm



sábado, 27 de outubro de 2012

Peixe de Fukushima continua impróprio para consumo


Isso seria sinal que a usina nuclear segue vazando substâncias radioativas para o mar, diz artigo da 'Science'

26 de outubro de 2012
MARIANA LENHARO - O Estado de S.Paulo
Os peixes do litoral da Província de Fukushima - região atingida por terremoto, tsunami e acidente nuclear em março do ano passado - continuam apresentando níveis de radioatividade que os tornam impróprios para o consumo, de acordo com as rígidas normas de segurança estabelecidas pelo próprio Japão. A situação dos peixes é sinal, segundo artigo publicado hoje na revista Science, de que a usina nuclear continua a vazar contaminantes radioativos no oceano.
Desde o acidente, o governo japonês tem feito monitoramentos mensais em amostras de peixes, crustáceos e algas marinhas coletadas em Fukushima e nas províncias vizinhas. Os relatórios têm constatado que, quanto maior a proximidade de Fukushima, maior o risco de encontrar peixes contaminados.
Na região próxima ao vazamento de material radioativo, 40% das espécies de peixes que vivem no fundo do mar tinham nível de césio acima do limite de segurança estabelecido pelo Japão, de 100 becquereis por quilo. Até abril deste ano, esse limite era de 500 bq/kg. A tolerância foi reduzida pelo governo com o objetivo de estimular a confiança para o consumo dos produtos domésticos. Porém, como aponta o cientista Ken Buesseler, pesquisador do Instituto Oceanográfico Woods Hole e autor do artigo da Science, o efeito foi o contrário. O fato de a população passar a ver com maior frequência produtos considerados impróprios para o consumo aumentou ainda mais a ansiedade pública no Japão, país que apresenta um dos maiores consumos per capita de frutos do mar.
No limite. De acordo com a física Emico Okuno, professora do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física da USP, o novo limite estabelecido no Japão é dez vezes inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"É um limite de precaução", diz Emico. No caso dos peixes das províncias vizinhas a Fukushima, a quantidade de radioativos é similar à encontrada em alimentos que consumimos habitualmente. Já na própria região do acidente, a situação é outra: "Muitos dos peixes de Fukushima não devem ser consumidos, pois estão altamente contaminados. A ingestão contínua pode causar câncer no futuro." A física destaca o fato de que a contaminação parece não ter se dispersado.
Durante o acidente, 80% do material radioativo que vazou da usina Daiichi foi parar no oceano. Parte foi levada pelos ventos e parte foi diretamente jogada no oceano pelas águas usadas para resfriar as turbinas da usina.
Para Buesseler, a maior radioatividade identificada em peixes do fundo do mar aponta para um possível vazamento contínuo. "Precisamos de um entendimento melhor das fontes e vazamentos de césio e outros radionucleotídeos que continuam a provocar o que temos visto no oceano próximo a Fukushima", diz.
Emico lembra que, no caso do acidente de Chernobyl, em 1986, vários rios da região foram contaminados com césio-134 e césio-137. Em cerca de 15 anos, a contaminação dos peixes desses rios diminuiu em cerca de 93%.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Tremor no México destruiu edifícios e interrompeu atividades do Parlamento

21/03/2012
DA BBC BRASIL

Um terremoto de mais de 7,4 pontos de magnitude abalou o México na terça-feira, causando estragos em edifícios e residências na capital do país, Cidade do México e, de acordo com relatos, fazendo com que construções balançassem como se fossem ''trampolins''.

O tremor foi o mais forte a abalar o país desde o tremor de 8,1 pontos de 1985, que, na ocasião matou ao menos 10 mil pessoas, na capital mexicana.

O tremor obrigou moradores e funcionários de empresas a irem para as ruas, por questões de segurança. Até mesmo as atividades do Parlamento do país tiveram de ser interrompidas.

Ainda não se sabe a proporção exata do desastre desta terça-feira, mas o sentimento no país é de alívio, já que os estragos causados não parecem ser remotamente próximos ao da tragédia ocorrida nos anos 80.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1064957-tremor-no-mexico-destrui-edificios-e-interrompeu-atividades-do-parlamento-veja.shtml

sábado, 29 de outubro de 2011

Terremoto no Peru deixou ao menos 83 feridos, diz Defesa Civil

29/10/2011
DA ANSA, EM LIMA

O terremoto de magnitude 6,9 que atingiu o Peru ontem deixou ao menos 83 feridos e 132 casas danificadas, segundo dados divulgados pelo Indeci (Instituto Nacional de Defesa Civil) neste sábado.

A cidade de Ica, no departamento homônimo, a cerca de 350 km ao sul de Lima, registrou o maior número de feridos, 41. Já o maior número de casas danificadas foi registrado no departamento de Ocucaje, na mesma região, com 59 moradias comprometidas.

No total, ao menos 660 pessoas foram prejudicadas com os efeitos do tremor.

Também ficou gravemente afetado o Centro de Saúde de Ocucaje e o Posto de Saúde de Pampa Chacaltana, localizados no distrito de Ica. Brigadas da Defesa Civil distribuíram cerca de 45 barracas nessa região.

O tremor foi registrado às 13h54 do horário local (16h54 em Brasília) desta sexta-feira. O epicentro ocorreu 288 km a sudeste da capital, Lima, e 51 km da cidade de Ica, a uma profundidade de 34,9 quilômetros, segundo informou o USGS (sigla em inglês para Serviço Geológico dos Estados Unidos).

Até a meia-noite de sexta-feira, ocorreram seis réplicas de tremor com intensidade regular na região, segundo o IGP (Instituto Geofísico do Peru). O último abalo foi de 4,6 graus às 23h23 locais (1h23 no horário de Brasília), com epicentro a 37 km de profundidade, segundo um informe do instituto.

O Peru está localizado na região denominada Círculo de Fogo do Pacífico, onde se registra aproximadamente 85% da atividade sísmica mundial.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/998821-terremoto-no-peru-deixou-ao-menos-83-feridos-diz-defesa-civil.shtml

domingo, 13 de março de 2011

Mais uma usina nuclear no Japão apresenta problemas

13/03/2011
DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma usina nuclear em Tokai, na província de Ibaraki (norte de Tóquio), anunciou neste domingo problemas em seu sistema de refrigeração, informou a agência japonesa "Kyodo".

Trata-se da terceira central japonesa, junto às de Fukushima e Onagawa, que registra problemas desde que na sexta-feira aconteceu um forte terremoto de 9 graus na escala Richter no litoral nordeste do Japão.

De acordo com um porta-voz da Companhia de Energia Atômica do Japão, uma bomba d'água do sistema de resfriamento da usina entrou em pane, mas as auxiliares funcionam.

"Nossa bomba principal, que funciona com um gerador a diesel, parou, mas recorremos, então, ao sistema sobressalente", disse Masao Nakano, para quem a temperatura do reator começa a baixar suavemente.

A ameaça nuclear que assusta o Japão após o forte terremoto de sexta-feira cresceu neste domingo. As autoridades japonesas decretaram estado de emergência em uma segunda usina nuclear, a de Onagawa (nordeste), anunciou a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

"As autoridades japonesas informaram à AIEA que o primeiro estado de emergência (o nível mais baixo) na central de Onagawa foi registrado pela Tohoku Electric Power Company", explicou a agência da ONU, com sede em Viena.

Os três reatores da planta de Onagawa "estão sob controle", segundo as autoridades japonesas.

Além disso, o país se preparava para injetar água do mar no reator número 2 em sua usina de energia nuclear em Fukushima Daiichi, disse neste domingo a agência de notícias Jiji, citando a companhia de energia elétrica. A meta é esfriar os equipamentos na unidade, que fica no norte do Japão, afetada após o terremoto.

A Tepco, maior companhia de energia elétrica do Japão já está injetando água do mar nos reatores número 1 e 3 na planta para resfriar e reduzir a pressão dentro dos contêineres onde estão os reatores.

"O terremoto, o tsunami e o incidente nuclear têm sido a maior crise que o Japão enfrentou nos 65 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse o primeiro-ministro Naoto Kan em conferência de imprensa.

Ontem, a instalação que abrigava um dos reatores da usina explodiu após uma falha no sistema de resfriamento. Agora, pelo menos outros dois reatores correm o mesmo risco.

O derretimento parcial de um dos reatores da usina de Fukushima já estava, inclusive, em provável andamento, segundo uma das autoridades, e os operadores da instalação trabalham freneticamente para tentar manter a temperatura de outros reatores sob controle e prevenir um desastre maior.

O chefe do Gabinete de Segurança do país, Yukio Edano, afirmou neste domingo que uma explosão de hidrogênio poderia ocorrer no reator 3 de Fukushima.

"Sob o risco de aumentar a preocupação pública, nós não podemos descartar o risco de uma explosão", disse Edano. "Se houver uma, contanto, não haverá impacto significativo para a saúde da população."

Mais de 170 mil pessoas foram retiradas da área como precaução, embora Edano afirme que a radiação liberada no ambiente até agora foi tão pequena que não colocou a saúde delas em risco.

O derretimento completo --o colapso dos sistemas de uma usina e sua habilidade de conter as temperaturas dos reatores sob controle-- poderia liberar urânio na atmosfera, contaminando de forma perigosa o ambiente e gerando sérios riscos para a saúde da população.

Cerca de 160 pessoas podem ter sido expostas à radiação até agora, afirmou Ryo Miyake, porta-voz da agência nuclear japonesa. A gravidade dessas exposições ainda não foi determinada. Elas foram levadas a hospitais.

RISCO

Especialistas americanos afirmaram neste domingo que utilizar água do mar para esfriar um reator nuclear é um "ato de desespero" que evoca a catástrofe de Tchernobil, na Ucrânia, em 1986.

Vários técnicos, falando à imprensa em audioconferência, preveem, também, que o acidente nuclear possa afetar a reativação deste setor energético em vários países.

"A situação tornou-se tão crítica que não têm mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à agua do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington.

O que acontece atualmente na central é uma perda total de alimentação dos sistemas de resfriamento, exterior e interior (asegurada neste caso por geradores a diesel).

Esta falha total "é considerada extremamente improvável, mas é um tema de grande preocupação há décadas", explicou Ken Bergeron, físico que trabalha com simulações de acidentes em reatores. "Estamos num terreno desconhecido."

"A estrutura de confinamento nesta central é certamente mais sólida que a de Tchernobil, mas muito menos que a de Three Mile Island, e só o futuro dirá" o que pode acontecer, disse Bergeron.

"No momento, estamos diante de situação semelhante à de Tchernobil, onde tentaram derramar areia e cimento" para cobrir o reator em fusão, explicou Peter Bradford, ex-diretor da Comissão de Vigilância Nuclear americana.

"Se isto continuar, se não for controlado, vamos passar de uma fusão parcial do centro (do reator) a uma fusão completa. Será um desastre total", disse por sua vez Joseph Cirincione, chefe da Ploughshares Fund, em entrevista ao canal CNN.

Cirincione reprovou as autoridades japonesas por oferecerem informações parciais e contraditórias sobre a situação na central de Fukushima.

A presença de césio na atmosfera depois de a central ter lançado o vapor excedente indica que uma fusão parcial está em curso, segundo o especialista.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/888098-mais-uma-usina-nuclear-no-japao-apresenta-problemas.shtml

sábado, 12 de março de 2011

Fotos da tragédia no Japão

















http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&biw=1276&bih=655&q=terremoto+no+jap%C3%A3o&wrapid=tlif129994355955911&um=1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=hJB7TY-YMMWV0QHo05noAw&ved=0CHgQsAQ

Após o terremoto, Japão teme uma tragédia nuclear

12 Mar 2011 . Agência France Press . portal@d24am.com

Pobre em recursos naturais, o Japão supre suas necessidades energéticas com um vasto parque de usinas nucleares, que as autoridades sempre afirmaram estarem capacitadas para aguentar terremotos.

Tóquio - A preocupação era grande neste sábado no Japão, após uma explosão de madrugada, hora de Brasília, no reator Nº1 da usina nuclear de Fukushima Nº1, situada a 250 km ao norte de Tóquio.

O fato aconteceu no dia seguinte ao terremoto de magnitude 8,9, seguido por um tsunami, que devastou o nordeste do país, deixando pelo menos 1.700 mortos e desaparecidos.

Pobre em recursos naturais, o Japão supre suas necessidades energéticas com um vasto parque de usinas nucleares, que as autoridades sempre afirmaram estarem capacitadas para aguentar terremotos.

A explosão aconteceu às 15H36, hora local (03H36 de Brasília) na usina nuclear de Fukushima N°1 (nordeste).

Vários funcionários ficaram feridos, informou a televisão pública NHK.

Os problemas começaram após o forte sismo de sexta-feira. O reator superaqueceu e militares da força aérea americana chegaram a vir em ajuda, levando líquido de resfriamento para o local durante a madrugada deste sábado.

Antes disso, companhia elétrica que administra a instalação, a Tokyo Electric Power (Tepco), recebeu instruções de abrir as válvulas do reator para soltar o vapor radioativo e baixar a pressão interna, que estava particularmente elevada.

Um nível radioativo mil vezes superior ao normal foi detectado pela manhã na sala de controle do reator Nº1 da usina Fukushima 1 e o primeiro-ministro japonês Naoto Kan ordenou a evacuação da população num raio de 20 km da estação.

A Agência de Segurança Nuclear e Industrial informou que uma fusão poderia estar se produzindo no interior do reator.

Césio radioativo foi, de fato, detectado ao redor da central, o que pode comprovar a ocorrência de tal fenômeno, segundo um especialista.

A oposição contra a indústria nuclear é forte no Japão. A cada ano, milhares de pessoas se reúnem para relembrar as vítimas das duas bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945.

Mas, ante a pobreza de recursos naturais do arquipélago, a energia nuclear civil é considerada um mal necessário. São mais de 50 reatores espalhados pela costa do Japão, suprindo 30% das necessidades elétricas do país.

Esses reatores foram construídos para suportar os tremores sísmicos e parar automaticamente em caso de um abalo muito forte. Onze deles, situados nas zonas mais atingidas pelo terremoto de ontem, pararam automaticamente.

Uma outra usina nuclear da região, a Fukushima N°2, também registrou problemas no sistema de resfriamento de quatro reatores. A Tepco adotou também medidas de prevenção, com a população sendo retirada das proximidades.

Antes de tomarem conhecimento destes incidentes, os japoneses constataram, de madrugada, um espetáculo de desolação.

"Foi o mais importante tremor desde a era Meiji (1868 a 1912) e muita gente deve ter morrido", declarou o porta-voz do governo.

Segundo o Greenpeace, os danos causados vão mergulhar o Japão "em uma crise nuclear de consequências potencialmente devastadoras".

Se uma fusão ocorrer dentro do reator, "há possibilidade de uma maior dispersão de radioatividade no meio ambiente", informou James Acton, físico que examinou a usina de Kashiwazaki-Kariwa após o terremoto de 2007.

Se isso acontecer, "existe o risco de câncer em longo prazo e este é o principal perigo", declarou à CNN.

Em meio a este cenário, o exército japonês encontrou entre 300 a 400 corpos no porto de Rikuzentakata, que se somam aos entre 200 e 300 cadáveres descobertos numa praia de Sendai (nordeste, prefeitura de Miyagi) depois da passagem da imensa onda de mais de 10 metros.

Uma operação maciça de socorro está sendo realizada com o auxílio de 50.000 soldados e voluntários, apoiados por 190 aviões e dezenas de navios nas zonas sinistradas do litoral do Pacífico.

Segundo a polícia, 215.000 pessoas foram levadas a abrigos no Norte e no Leste do país. Segundo a agência de notícias Kyodo, mais de 3.400 casas foram destruídas.

Pelo menos 5,6 milhões de lares ainda estão sem eletricidade. Milhares de pessoas estão privadas de água potável.

As Forças de Autodefesa (FAD, nome oficial do exército nipônico) mobilizavam-se para organizar o socorro.

O exército americano ofereceu ajuda para o transporte de soldados e veículos, enquanto que navios da 7a Frota devem participar das operações de busca no mar, ao lado da marinha nipônica.

O terremoto, de magnitude 8,9, foi registrado na sexta-feira, às 14H46, hora local (02H46 de Brasília) a 24,4 quilômetros de profundidade e a uma centena de quilômetros ao longo da prefeitura (Estado) de Miyagi.

As primeiras equipes de socorro estão sendo esperadas para as próximas horas e são provenientes de Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Suíça, Reino Unido, Estados Unidos.

http://www.d24am.com/noticias/mundo/apos-o-terremoto-japao-teme-uma-tragedia-nuclear/19123

Forte terremoto atinge a costa nordeste do Japão e gera tsunami

11/03/2011
O tremor foi o 7º pior da história, segundo a agência americana, e também o pior já registrado na história do Japão.

Imagens mostram que o abalo provocou um tsunami, que alcançou áreas da cidade japonesa de Sendai. Carros e barcos foram arrastados, em imagens impressionantes. Um vídeo da TV local mostrou a onda gigante arrastando carros em sua chegada à costa.
Logo após o tremor, um alerta para ondas de até seis metros de altura foi emitido no país. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, agência americana, também emitiu um alerta para vários países, de onda de até dez metros. Vários governos emitiram alertas e alguns ordenaram a retirada de moradores de áreas costeiras.

Ondas "pequenas" atingiram as Filipinas horas depois do terremoto, informou o sismólogo chefe do país.

A Indonésia também informou que não houve danos na chegada das ondas, e o governo levantou o alerta. A ilha de Guam, território americano do Pacífico, já levantou o alerta.




O tremor teve epicentro no Oceano Pacífico a 130 km da península de Ojika, no Japão, a uma profundidade de 24 km, considerada baixa.

Ele ocorreu às 14h46 (hora local, 2h46 de Brasília) e foi seguido por pelo menos outros 52 fortes tremores de magnitude superior a 5, segundo o USGS, agência americana que monitora e estuda tremores pelo mundo. O governo japonês emitiu um alerta sobre o risco de fortes réplicas.

Premiê pede calma
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, qualificou como "grandes" os danos causados pelo abalo. Kan pediu "calma" à população. Ele estava no Parlamento na hora do tremor.

Foram registrados incêndios em pelo menos 80 lugares, segundo a agência Kyodo.

O terremoto sacudiu com força os edifícios de Tóquio. Alarmes foram disparados nos prédios, houve correria, e as linhas telefônicas ficaram bloqueadas.

O Shinkansen, o trem-bala da capital japonesa, e os dois principais aeroportos ficaram temporariamente fechados.

As autoridades japonesas pediram aos moradores da capital que fiquem no centro da cidade e que não tentem chegar a suas casas se vivem nos arredores. O transporte coletivo entrou em colapso na capital.

A parede de água entrou quilômetros adentro pela costa da ilha de Honshu, arrastando casas e transformando os portos em cenários de desoladora devastação.

Nas áreas rurais próximas, a onda varreu as frágeis casas de madeira como se fossem de papel, e em questão de minutos devorou centenas de hectares de plantações.

Carros em estrada danificada pelo tremor na cidade de Yabuki nesta sexta-feira (11) (Foto: AFP)

Em Aomori, no extremo norte da ilha, pelo menos cinco embarcações grandes, algumas emborcadas de cabeça para baixo, foram levadas pelas águas.

Algumas foram paradas por árvores, outras, por conjuntos de lojas ou barreiras marítimas.

Em Ibaraki, era possível ver do alto grandes casas flutuando pela enchente, cercadas por dezenas de carros.

Um navio com 100 pessoas a bordo foi virado pelo tsunami na costa, segundo a agência Kyodo. Ainda não se sabia o destino dos passageiros

As autoriades japonesas disseram que um trem de passageiros desapareceu depois da passagem do tsunami, informou a Kyodo.

O trem da East Japan Railway Co. se encontrava perto da estação de Nobiru, no percurso que liga Sendai a Ishinomaki, quando ocorreu o violento terremoto.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/03/forte-terremoto-atinge-o-japao-e-provoca-alerta-de-tsunami.html

terça-feira, 9 de março de 2010

Consequências do terremoto no Chile

Terremoto redesenha mapa do Chile e desloca cidades até 4 metros

SANTIAGO (Reuters) - O terremoto que sacudiu o Chile em fevereiro redesenhou os mapas da região, causando um deslocamento de até 4 metros nas zonas próximas ao epicentro, disseram cientistas chilenos nesta terça-feira.

O diretor científico do Serviço Sismológico da Universidade do Chile, Sergio Barrientos, disse à Reuters que a correção do movimento causado pela superposição das placas tectônicas pode levar mais de um século.

"Este foi um grande terremoto, que tem muito deslocamento e envolve muita extensão. Há deslocamentos de até 4 metros perto de Constitución", acrescentou ele, referindo-se à cidade que fica 360 quilômetros ao sul de Santiago e foi uma das mais devastadas pelo terremoto e pelos tsunamis subsequentes.

O tremor de magnitude 8,8 na madrugada de 27 de fevereiro foi o quinto mais violento da história moderna, deixando pelo menos 497 mortos e um rastro de destruição ainda não avaliado por completo.

Os resultados dos estudos com base em medições de GPS feitas em conjunto com especialistas da Universidade Estadual de Ohio (EUA) estarão prontos dentro de um mês. Mas dados preliminares indicam que a cidade de Concepción, segunda maior do país, e também bastante afetada, se deslocou três metros para sudeste. Santiago, a capital, "andou" meio metro.

"Deslocamentos significativos são evidentes em lugares tão a leste como Buenos Aires (de 2 a 4 centímetros) e tão ao norte como a fronteira (do Chile) com o Peru", disse nota da Universidade Estadual de Ohio.

Buenos Aires fica mais de 1.100 quilômetros a leste de Santiago, do outro lado da cordilheira dos Andes.

A energia liberada pelo sismo foi tão grande que, segundo a Nasa, deslocou em cerca de 7,6 centímetros o eixo de rotação da Terra.

O Chile, um dos países mais sísmicos do mundo, está situado diante da linha de contato entre as placas tectônicas de Nazca, no Pacífico, e da América do Sul.

Quando ocorre um terremoto como o de fevereiro, a placa de Nazca escorrega para debaixo da placa continental. Esse fenômeno, que os cientistas chamam de "subducção", provoca o deslocamento para o leste. "O processo inverso demoraria cem anos ou até mais", disse o sismólogo Barrientos.

(Reportagem de Esteban Israel)
http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/100309/manchetes/manchetes_chile_terremoto_desloca

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Terremoto no Chile

27/02/2010
Terremoto mata mais de 100 no Chile; risco de tsunami é grande no Havaí
O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado matou ao menos 122 pessoas. A presidente do pais, Michelle Bachelet, decretou estado de catástrofe e determinou que as regiões litorâneas e ilhas fossem desocupadas --como a Ilha de Páscoa.

Ondas gigantes atingiram as ilhas de Juan Fernandez e cidade costeira de Talcahuano (região central do país). O Centro de Alerta para Tsunamis do Pacífico alerta que há risco máximo de tsunami no Havaí.

Também há informações de incêndios causados por vazamentos de gás devido o rompimento de tubulações. O fogo atingiu a Universidade de Concepción --localizada perto do epicentro do terremoto. Um prédio de 15 andares caiu na cidade e uma velha ponte sobre o rio Bío-Bío desabou, disse o canal TV Chile, que mostrou imagens de casas danificadas após o abalo sísmico.

Em Concepción, a ponte que passa sobre o rio Bío Bío desabou após o terremoto. A ponte foi construída em 1937. Ela estava desativada desde 2002.

Segundo relatos, a parte da cidade mais afetada foi o centro antigo, onde vários imóveis desmoronaram. Em Santiago, há muitos prédios danificados.

Após o terremoto, moradores de várias regiões do Chile ficaram sem luz, água e serviços de telefonia.

O aeroporto internacional de Santiago ficará fechado por ao menos 24 horas, o que dificulta a entrada e saída de estrangeiros do país.


Mapa mostra a região atingida por tremor no Chile; terremoto foi o maior no país em 25 anos

O tremor foi o maior no país em 25 anos. Antes dele, o pior havia sido o de março de 1985, que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades.

Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida e região do Pacífico.

Sismólogo da UNB explica as causas do terremoto no Chile

Colaboração para a Folha Online

O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado e teve magnitude 8,8, de certa forma, já era esperado, admitiu o chefe do observatório sismológico da UnB (Universidade de Brasília), Jorge Sands.

O sismólogo explica que os tremores foram resultantes de uma pressão na terra, causada pelas placas tectônicas em movimento. Segundo ele, o movimento dessas placas acontece lentamente, gerando um processo de deformação nas grandes massas da rocha. Quando esses esforços atingem o limite de resistência da rocha, ela se rompe e libera energia sob forma de ondas sísmicas que, ao se espalharem, causam o terremoto.
Segundo Sands, o Chile está numa região onde grandes placas tectônicas se encontram e, como a terra está em constante movimento, ocasionalmente estas placas colidem. A região onde o terremoto de hoje ocorreu possui, inclusive, um histórico de terremotos, sendo que o mais violento já registrado aconteceu em 1960 e atingiu 9,5 graus na escala Richter. Por este motivo, os terremotos na área, de certa forma, já são esperados.

Em relação ao Brasil, o sismólogo explica que dificilmente um terremoto desta magnitude aconteceria em nosso país, pois, estamos em uma região mais estável sem limites de placa tectônica. O máximo que se espera são reflexos do abalo em grandes cidades com maior altitude como Brasília, São Paulo e Curitiba.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u699958.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u699963.shtml

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sismicidade Brasileira


A idéia propagada por muito tempo de um Brasil essencialmente estável, livre da ocorrência de terremotos é errônea. A sismicidade brasileira é modesta se comparada a da região andina, mas é significativa porque aqui já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5,0 indicando que o risco sísmico em nosso país não pode ser simplesmente ignorado.
Dezenas de relatos históricos sobre abalos de terra sentidos em diferentes pontos do país e eventos como o do Ceará (1980/mb=5.2) e a atividade de João Câmara,RN (1986/mb=5.1) mostram que os sismos podem trazer danos materiais, ocasionar transtornos à população e chegar, em alguns casos, a levar pânico incontrolável às pessoas.
Afortunadamente, tremores maiores como o de Mato Grosso (1955/mb=6.6), litoral do Espirito Santo (1955/mb=6.3) e Amazonas (1983/mb=5.5) ocorreram em áreas desabitadas.
Mas os terremotos podem surgir a qualquer momento e em qualquer lugar. Assim, não é impossível que algum dia um sismo de conseqüências graves acabe por atingir uma cidade brasileira. A sismologia ainda não consegue predizer com sucesso os terremotos, eles podem acontecer a qualquer hora  e lugar.

Este mapa contém dados sobre tremores de terra, com magnitude 3.0 ou mais, ocorridos no Brasil, desde a época da colonização, até 1996. As informações mais antigas, indicadas por triângulos, são chamadas históricas, e foram obtidas após um longo e minucioso trabalho de pesquisa em bibliotecas, livros, diários e jornais. O livro “Sismicidade do Brasil” de J.Berrocal et all,1984, contém detalhes destas informações.
Os dados epicentrais, indicados por círculos, são relativamente mais novos e foram obtidos por equipamentos sismográficos.
 
Por que são poucos e normalmente pequenos os  tremores de terra no Brasil
A teoria da Tectônica de Placas ensina que as regiões onde acontecem mais terremotos correspondem as bordas ou limites das placas e, no interior das mesmas, a sismicidade é relativamente mais branda, porque o acúmulo de esforços, que acaba produzindo o terremoto ocorre de forma mais lenta. Neste contexto, o Brasil teve a “sorte” de situar-se praticamente no interior da Placa Sul-Americana, distante de seus bordes leste e oeste, respectivamente representados pela Cadeia Meso-Atlântica e a zona de subducção da faixa andina.
Comparativamente, o Acre é o estado que apresenta o maior nível de atividade, tanto em número quanto no tamanho dos sismos, mas sua origem é distinta da sismicidade do restante do país. Para explicar este fato é preciso considerar que, o movimento relativo entre a Placa de Nazca, que mergulha por debaixo da Placa Sul-Americana, produz constantes terremotos cujos focos vão se aprofundando da costa do Pacífico, em direção ao interior do continente (veja o texto sobre Tectônica de Placas). Na área correspondente ao limite entre o Perú e o estado do Acre, os terremotos acontecem a grandes profundidades e, mesmo os de maiores magnitudes, têm seus efeitos na  superfície do terreno.
A grande parte dos sismos brasileiros é de pequena magnitude (   4.5). Comumente eles ocorrem a baixa profundidade (   30 km) e, por isso, são sentidos até poucos quilômetros do epicentro. Este é, quase sempre, o padrão de sismicidade esperado para regiões de interior de placas. No entanto, a história tem mostrado que, mesmo nestas “regiões tranquilas”, podem acontecer grandes terremotos. O leste dos Estados Unidos, com nível de atividade sísmica equivalente a do Brasil, foi surpreendido, no século passado, pela ocorrência de super-terremotos  com magnitudes em torno de 8.0.
É preciso investigar regiões intra-placas com maior detalhe em nível global. Pouco se sabe, ainda, sobre o estado de esforços nestas áreas. Considerando que nelas, são mais longos os períodos de recorrência de grandes terremotos, as regiões intra-placas se tornam, também, áreas potencialmente perigosas para sismos catastróficos.
http://www.unb.br/ig/sis/sisbra.htm