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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eleição americana começa com prévias e termina com delegados

DE SÃO PAULO

O caminho para chegar à Casa Branca dura vários meses. Primeiro, os pré-candidatos de cada partido se enfrentam em votações prévias. Depois de nomeados, eles disputam a preferência dos cidadãos de olho no mapa eleitoral, que define a divisão, Estado a Estado, do número de delegados (representantes partidários) que compõem o chamado Colégio Eleitoral.
São esses delegados, orientados pelo voto da maioria da população no seu Estado de origem, que elegerão o novo presidente.

Entenda o passo-a-passo do processo:

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Árabes criticam governo de Obama, mas preferem ele a Romney


Muitos na região creem que democrata não conseguiu cumprir promessa de nova abordagem do país

24 de outubro de 2012
Reuters
CAIRO - Muitos no Oriente Médio acreditam que Barack Obama não conseguiu cumprir as promessas de uma nova abordagem dos EUA na região, mas ainda preferem ele como presidente do que o rival republicano Mitt Romney, que eles veem como muito perto de Israel e muito interessado em projetar o poderio militar norte-americano.
Quem ganhar a eleição de 6 de novembro enfrentará um nó de questões regionais que não será fácil de desfazer. As potências mundiais estão divididas sobre o conflito na Síria, a disputa sobre as ambições nucleares do Irã continua e as negociações de paz entre palestinos e israelenses não estão indo a lugar algum. Para compor o desafio, o Oriente Médio é uma região onde percepções de uma influência menor dos EUA foram endurecidas por revoltas árabes que derrubaram ditadores que eram aliados de longa data dos EUA, colocando islâmicos em seu lugar.
"Eu sou um dos que está muito decepcionado com Obama", disse Hassan Nafaa, professor da Universidade do Cairo, onde o presidente dos EUA, em seus primeiros meses no cargo, falou de "um novo começo" entre os Estados Unidos e os muçulmanos. "Ele não cumpriu... Mas eu acho que ele é muito melhor do que Romney", acrescentou Nafaa, que ouviu o discurso no Cairo em junho de 2009. "Eu não aprecio de forma alguma a direita nos Estados Unidos, com a sua preferência para usar força militar extensiva."
Grande parte do Oriente Médio mudou dramaticamente durante o primeiro mandato de Obama. Mas as revoltas da "Primavera Árabe" que derrubaram autocratas na Tunísia, Egito, Iêmen e Líbia foram impulsionadas por movimentos de rua em vez de uma política dos EUA, ainda que aviões de guerra norte-americanos e europeus tenham auxiliado rebeldes líbios.
Alguns ativistas egípcios também criticam o governo Obama por ser lento demais em abraçar as mudanças. Mohamed Adel, porta-voz do movimento 6 de abril que esteve à frente da revolta de 2011 que derrubou Hosni Mubarak após 30 anos no poder, lembra que Obama não teve papel integral de apoio na revolução do Egito.
Comparações
Romney acusou Obama de ser um condutor fraco do poder dos EUA, prometendo, entre outras coisas, impulsionar a presença naval norte-americana no Oriente Médio. Ele também disse que seria um melhor amigo de Israel, uma nação que Obama não visitou no cargo. Esse tipo de linguagem aciona alarmes na região e gera comparações com as políticas do presidente George W. Bush, criticado por muitos árabes por liderar uma invasão do Iraque.
Enquanto os árabes assistiam ao último dos três debates presidenciais televisionados na segunda-feira à noite, um espectador, Ahmed Zaki, escreveu sobre Romney no Twitter dizendo: "Ele não difere muito de Bush". Mas ambos os candidatos decepcionaram o veterano negociador palestino Hanan Ashrawi durante o debate sobre política externa em que Israel foi citado mais de 30 vezes e os palestinos receberam menção apenas passageira. "Nós não vimos no debate nenhum sinal de que tem a espinha dorsal e a visão para trazer uma paz justa", disse Ashrawi, acrescentando que os candidatos estavam competindo sobre "quem é mais leal a Israel".

sábado, 15 de outubro de 2011

Lixo hospitalar dos EUA é vendido no Nordeste

FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE (PE)- 15/10/2011

Lençóis com nomes de hospitais dos EUA --iguais aos apreendidos pela Receita Federal no porto de Suape e classificados como lixo hospitalar-- são vendidos por quilo em uma das principais vias de Santa Cruz do Capibaribe, cidade de 87,5 mil habitantes de Pernambuco, relata o repórter Fábio Guibu em reportagem publicada na Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A Folha comprou nove peças (4 kg) na loja Império do Forro de Bolso. Parte delas tinha manchas e referências e unidades de saúde dos EUA, como Baltimore Washington Center ou Medline Industries Inc.

Amontoados no chão, os lençóis e fronhas eram vendidos a R$ 10 o quilo.

Funcionários alegaram problemas no sistema para não fornecer nota fiscal ou recibo e, depois da ligação por celular, fecharam a loja.

Tecidos de hospital só podem ser reaproveitados após rigorosa desinfecção.

A Receita não confirmou o nome do importador de lixo hospitalar.

Ler também no site da Folha.

Receita aciona Procuradoria contra lixo hospitalar em PE
Fiscalização encontra mais um contêiner de lixo hospitalar em PE
Contêiner com lixo hospitalar é apreendido em porto de PE


http://www.blogger.com/%3C/span%3Ehttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/991146-lixo-hospitalar-dos-eua-e-vendido-no-nordeste.shtml">http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/991146-lixo-hospitalar-dos-eua-e-vendido-no-nordeste.shtml

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Estados Unidos

EUA reforçam revista em aeroportos para viajantes de 14 países
(segunda-feira, 4 de janeiro de 2010, 09:32 | Online)


Principal alvos de novas medidas de segurança são cidadãos de países islâmicos com atividades terroristas

WASHINGTON - Os aeroportos dos Estados Unidos começaram a aplicar a partir desta segunda-feira, 4, novas medidas de segurança que incluirão controles aleatórios para os viajantes e revistas obrigatórias para todos aqueles oriundos de 14 países, a maioria deles islâmicos.

Veja também:
Parte do aeroporto de Newark, nos EUA, fecha por segurança

Por enquanto, o governo americano não deu os nomes dos países cujos cidadãos serão submetidos a este controle, mas já indicou que afetará os que figuram na lista do Departamento de Estado como incentivadores do terrorismo - é o caso de Cuba, Irã, Sudão e Síria. Segundo a imprensa local, também entrarão na lista Afeganistão, Argélia, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen - países classificados como de "interesse" pelo governo americano.

No caso do Iêmen, todo viajante procedente do país ou qualquer cidadão iemenita será obrigatoriamente revistado. O responsável pelo ataque terrorista frustrado ao voo da Northwest Airlines no último dia 25, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, confessou que recebeu no Iêmen seus explosivos e o treinamento necessário para usá-los.

No domingo, a Agência de Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês) comunicou às companhias aéreas as mudanças que vão ser aplicadas a partir desta segunda-feira.

A agência dá especial ênfase ao fato de que viajantes que venham ou sejam cidadãos de um determinado grupo de nações nas quais há algum tipo atividade terrorista "serão revistados de corpo inteiro, e sua bagagem será inspecionada fisicamente".

Notícias Relacionadas
22:09 Cuba e Nigéria criticam novas medidas de controle em aeroportos dos EUA
21:14 Jordaniano que matou agentes da CIA era ligado à Al Qaeda--NBC
20:33 Suicida que atacou base afegã da CIA era jordaniano
20:28 Tiroteio em tribunal de Las Vegas deixa 2 mortos e 1 ferido
20:18 Congonhas tem 38% dos voos atrasados
19:44 Falta de energia para voos no aeroporto de Washington

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,eua-reforcam-revista-em-aeroportos-para-viajantes-de-14-paises,490244,0.htm

Análise de texto:
Leitura do texto e debate.
Pesquisa para aprofundamento do tema proposto.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

PAÍS POBRE FAZ POPULAÇÃO MUNDIAL CRESCER

Cerca de 98% do crescimento total da população mundial vai se dar, nos próximos 45 anos, nos países em desenvolvimento. O fato aumentará a concentração de renda no mundo e ajudará a aprofundar as disparidades entre pobres e ricos em países como o Brasil, segundo relatório divulgado pelo PRB (Population Reference Bureau), em Washington. Entre os países desenvolvidos, os EUA serão a exceção. A população americana deve crescer 43% até 2050 graças, principalmente, aos imigrantes hispânicos. Os EUA devem alcançar 420 milhões de habitantes até lá, ante os 293 milhões que possuem hoje.Embora a atual taxa de fertilidade no mundo (de 2,8 filhos por mulher) seja 50% menor do que há 50 anos, os nascimentos continuam concentrados nas famílias mais pobres -um dos fatores concentradores de renda.
As projeções do PRB tomaram como base estatísticas e censos de vários países, relatórios da ONU e de órgãos internacionais de saúde. O PRB, instituto privado que atua há 75 anos, é financiado por fundações como a do milionário Bill Gates, da Microsoft. Segundo o estudo, os países miseráveis da África vão liderar o aumento populacional até 2050 -crescimento médio de 119%. Na América Latina, haverá aumento de 42% (24% no Brasil). Na Ásia, de 39%. Como contraste, a população da Europa encolherá 8% nos próximos 45 anos. No Japão, haverá queda de 21%."Em termos populacionais, vivemos hoje em dois mundos que caminham para lados opostos", afirma Carl Haub, autor do estudo. "Desenvolvimento econômico e controle populacional sempre andam juntos", diz Haub afirma que o Brasil tem sido "bem sucedido" em políticas de controle da natalidade. Entre o início dos anos 90 e 2004, o Brasil diminuiu de 2,5 para 2,2 o número de filhos por mulher.
Nas favelas
Comentando o estudo, Sérgio Besserman Vianna, ex-presidente do IBGE, disse à Folha que, embora o Brasil esteja fora do quadro de explosão demográfica, o número maior de nascimentos nas famílias mais pobres ajuda a perpetuar a concentração de renda.Hoje diretor do Instituto Pereira Santos, ligado à Prefeitura do Rio, Vianna diz que, enquanto a taxa média anual de crescimento demográfico do Rio é de 0,74%, ela sobe para 2,4% nas favelas (0,9 ponto percentual desse total seria resultado da "fecundidade extra" dos favelados). Entre os países com maior explosão, segundo o PRB, figuram três dos mais pobres do mundo. Até 2050, a Índia deve ultrapassar a China, alcançando 1,6 bilhão de pessoas, ante 1,1 bilhão hoje. A Nigéria quase triplicará a população, para 307 milhões; e Bangladesh a dobrará, para 280 milhões. As projeções consideram a expectativa de mortes provocadas pela Aids. Com o controle da doença, o crescimento pode ser maior. Se adotadas políticas de planejamento familiar, menor.
Migrantes férteis
A China é apontada como outro caso de sucesso, tendo reduzido sua taxa de fertilidade para 1,7 nascimento por mulher, abaixo dos 2 registrados nos EUA. No caso americano, o crescimento vai se concentrar nos imigrantes hispânicos. A taxa de fertilidade entre os brancos não-hispânicos está hoje abaixo da média, em 1,8, e a entre os negros vem caindo desde o início dos anos 90 (de 2,5 para os 2,2 atuais). "O número de imigrantes hispânicos nos EUA hoje não tem precedentes. A continuar o atual ritmo, 15% da população será hispânica no fim da década", afirma Steven Camarota, diretor de pesquisas do Centro para Estudos da Imigração dos EUA.Para ele, além de 1,5 milhão de hispânicos (legais e ilegais) que entram todo ano nos EUA, o país absorve mais 750 mil filhos de hispânicos que nascem anualmente. Segundo as projeções gerais do PRB, a população mundial deve atingir 9,2 bilhões de pessoas em 2050, ante os 6,3 bilhões atuais, um crescimento de 45%. Estimativas da ONU, divulgadas no ano passado, projetavam esse total somente para 2300. (FERNANDO CANZIAN Folha de São Paulo)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

REUNIÃO DO G20

Quinta, 2 de abril de 2009, 17h18

Fonte: Redação Terra
Economia Internacional

Lula quer ser primeiro presidente do País a emprestar ao FMI

Atualizada às 19h19
Lúcia Jardim - Especial para o Terra - Direto de Londres


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou ser "chique" o Brasil estar em posição de emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista após a reunião dos líderes do G20, em que o grupo afirmou que espera injetar até US$ 5 trilhões na economia global até o final de 2010, Lula disse que quer entrar "para a história como o presidente que emprestou o primeiro centavo ao FMI".
"Vocês não acham muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI? Não é uma coisa soberana? Eu passei parte da minha juventude carregando faixas no centro de São Paulo: 'fora FMI! Fora FMi!' E agora, é um país que tem solidez", disse Lula.
Segundo o presidente brasileiro, o País gostaria de dar sua contribuição como forma de empréstimo diretamente a países mais pobres."O Brasil tem competência hoje para ajudar os países mais pobres", afirmou ele, ressaltando que está disposto a ajudar desde que não prejudique as reservas brasileiras.
No entanto, ele não especificou de quanto será a contribuição brasileira ao fundo. "Eu gostaria de entrar para a história como presidente que emprestou algum real para o FMI.O Brasil hoje tem credencial e é respeitado. O Brasil vai contribuir, só não me perguntem quanto, porque quem vai discutir isso é o meu companheiro Guido (Mantega, ministro da Fazenda), que vai ver o quanto nós poderemos contribuir".
Questionado, Mantega também não apontou nenhuma estimativa, mas afirmou que o anúncio poderia ser feito na próxima semana. O ministro descartou que o aporte será proporcional à participação do país no fundo - de 1,7% -, o que pressuporia um investimento de US$ 4,25 bilhões.
Além disso, o governo brasileiro espera que os recursos injetados no fundo sejam usados para viabilizar empréstimos a países subdesenvolvidos e emergentes que enfrentem a crise econômica - este último ponto, ressaltado pelo próprio Lula durante sua entrevista.
Muito animado e não economizando nas brincadeiras, Lula não escondia a satisfação ao final do encontro com os outros líderes. "Hoje aconteceram coisas que eu considero importantes para história dos países e para o futuro da humanidade, se a gente não se apequenar a respeito o futuro deste documento", disse. "Foi a primeira reunião que eu participei em que os chamados países desenvolvidos estavam em igualdade de condições com os países em desenvolvimento."
Lula afirmou houve momentos tensos durante as discussões, mas que ao final todos parecem ter se convencido de que "é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial, para que ele seja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo". Para ele, se os países ricos normalizarem as suas economias, o restante do mundo vai sair naturalmente da crise.
"O que todo mundo estava percebendo era que nós estávamos em um barco, esse barco estava entrando água e se a gente não cuidar de tirar a água e arrumar o casco, o barco afunda", comparou. O presidente contou que sugeriu aos demais líderes para que, nas próximas reuniões, seja posto em discussão um novo sistema de transparência de dados financeiros e fiscais de cada país.
"É importante que a gente saiba o que está sendo feto em cada país, qual a dívida pública, qual o déficit fiscal, quais são os investimentos. Aí teremos uma noção exata de quem está fazendo a lição de casa e quem não está."
O presidente ainda minimizou a perspectiva negativa da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), de que a economia brasileira diminuiria 0,3% neste ano. "Vai ficar a minha palavra contra a da OCDE, mas eu acho que nós não vamos atender aos prognósticos deles. O impacto pode ser importante, é claro, mas acho que a OCDE exagerou."
Embora tenha sido uma das personalidades mais badaladas do encontro, o petista rejeitou o título de líder dos países emergentes. "Essa questão de liderança internacional é uma bobagem teórica. Nenhum país passa o bastão para um outro ser líder dele. Todos querem ser líderes", desconversou.
"Líder, você só é se tiver liderados. Não existe a possibilidade de ser líder na América do Sul. Cada um de nós vale pelo que representa, pelo que faz. Ninguém me elegeu líder de nada: eu continuo aqui falando em nome do Brasil, pura e simplesmente. Mexer nisso é sempre um nervoso."
Comentando a frase do presidente Barack Obama feita durante a cúpula, dizendo que "é o político mais popular da Terra", o brasileiro minimizou as intenções do americano e aproveitou para elogiar o colega.
"A frase do Obama deve ter sido um gesto de gentileza, uma brincadeira dele. Eu tenho consciência do meu tamanho, da minha importância, e tenho consciência de cada companheiro também. Não consigo entender a fala do Obama senão uma brincadeira com uma pessoa que trata ele bem", analisou.
"O Obama, eu disse a ele, é o primeiro presidente dos Estados Unidos que têm a cara da gente. Se você encontra ele, você vai pensar que ele é baiano. Se você encontrar no Rio de Janeiro, vai pensar que ele é carioca. É o primeiro que é parecido com todo mundo. Tranqüilo, humilde."
Ele relatou que ficou surpreendido com a postura modesta adotada pelo presidente democrata durante a sua primeira grande reunião internacional desde que fora empossado, em janeiro.
"Não é fácil você chegar numa reunião e ver um presidente dos Estados Unidos dizer "olha, eu sei que eu sou o mais novo, que eu estou há pouco tempo no mandato, eu estou aqui para ouvir aprender. Você acha que é fácil um americano dizer isso? Eu acho que é uma coisa extraordinária. É uma oportunidade que a gente, de ter uma relação com os Estados Unidos que a gente não tinha antes", contou.
Para ele, isso foi brincadeira do Obama. "Deve ter sido um gesto de gentileza, tenho consciência de meu tamanho".
» G20 termina com promessa de US$ 5 tri

Gostei muito do texto de Lúcia Jardim, espero que nosso presidente continue "com os pés no chão".

terça-feira, 31 de março de 2009

CRISE ECONOMICA MUNDIAL

04/02/2009 - 14h15
Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil

da Folha Online
A crise financeira que começou há mais de um ano nos Estados Unidos como uma crise no pagamento de hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Diversos bancos americanos apresentaram perdas bilionárias, outros chegaram a quebrar. Na Europa também há vítimas.
O Brasil inicialmente não foi atingido em cheio pela crise --os bancos não possuíam papéis ligados às hipotecas de alto risco ("subprime") que originaram os problemas. Mas vários setores sofreram com a contração de crédito e, em seguida, pela queda das exportações e da demanda interna, que foi o "motor" do crescimento do país nos últimos dois anos. O resultado é o avanço do desemprego e a expectativa de desaceleração no crescimento econômico do país, embora espera-se que fique melhor do que o da maioria dos países desenvolvidos e emergentes.
As quebras e os problemas enfrentados por bancos americanos e europeus até então considerados importantes e sólidos geraram o que se chama de "crise de confiança". Num mundo de incertezas, o dinheiro para de circular --quem possui recursos sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa não encontra quem forneça. Isso fez cair e encarecer o crédito disponível. E numa economia globalizada, a falta de dinheiro em outro continente afeta empresas no mundo todo.
Com a circulação de dinheiro congelada e o consumo comprometido, o resultado esperado é a contração das economias, uma vez que todos passam a encontrar dificuldade em financiarem seus projetos. Justamente para injetar liquidez (dinheiro nos mercados) os Bancos Centrais fazem leilões de moeda e criam linhas especiais de bilhões de dólares.
No Brasil, esse foi o principal efeito da crise quando ela estourou: a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes empresas que dependiam de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos disponíveis. Por consequência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país. E, quando captam no mercado interno, ajudam a reduzir ainda mais a capacidade de empréstimo dos bancos locais a quem já dependia habitualmente deles.
Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BC (Banco Central) anunciou mudanças nos depósitos compulsórios das instituições financeiras. Por meio do depósito compulsório, o órgão obriga os bancos a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Assim, quando reduz o compulsório, o BC libera aos bancos mais dinheiro para emprestar.
Na esteira da contração do crédito, outra consequência da crise é haver redução no consumo das famílias e do investimento das empresas, dois dos principais pilares de expansão da economia nos últimos anos. Eles cresceram justamente pela farta oferta de crédito. Com menos dinheiro, gasta-se menos, produz-se menos e o crescimento é menor. Também são afetadas as exportações do país, que devem cair porque os países compradores estão se desaquecendo e possuem menos dinheiro para comprar.
O próximo passo dos problemas causados pela crise no Brasil é o desemprego. A combinação das reduções do consumo interno, do crédito, das exportações e dos investimentos causa uma diminuição da demanda das empresas, que se veem obrigadas a rever seus quadros de funcionários.
Diversas empresas iniciaram no último bimestre do ano uma onda de férias coletivas e demissões que ainda prosseguem. O mês de dezembro deixou isso claro: segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o mês apresentou redução de 654.946 postos de trabalho --o maior volume para o mês desde 1999, o início da série histórica do dado divulgado pelo Ministério do Trabalho.
Os setores que mais sofrem com a queda da demanda, tanto no Brasil como no resto do mundo, são o automotivo, o imobiliário e o de bens de capital (ligado aos investimentos). Isso ocorre porque vendem produtos que dependem diretamente de financiamento, que está escasso.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção do setor automotivo, por exemplo, despencou quase 40% em dezembro na comparação com novembro, sendo determinante para que o resultado da indústria em geral naquele mês recuasse 12,4% --o pior resultado da série histórica, iniciada em 1991. Porém, caso a crise se agrave e aumente o número de demissões, os problemas podem se alastrar para outros setores.
O reflexo da crise se espelhará no desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Para 2009, as previsões dos analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central na última pesquisa Focus é de crescimento de 1,8% --abaixo dos 3,2% esperados pelo próprio BC e dos 4% esperados pelo governo federal.
Outro reflexo visível da crise no mundo, e que teve especial repercussão no Brasil, foi a forte queda nos mercados acionários. Trata-se de um ciclo sem fim: com medo da crise financeira aumentar, os investidores tiram o dinheiro das Bolsas, consideradas investimentos de risco. Então, faltam recursos para as empresas investirem e a crise aumenta, o que faz os investidores tirarem mais dinheiro.
Ou seja, como a crise americana provoca justamente aversão ao risco, os investidores em ações preferem sair das Bolsas, sujeita a oscilações sempre, e aplicar em investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicam em mercados emergentes, como o Brasil, vendem seus papéis para cobrir perdas lá fora. Com muita gente querendo vender, os preços dos papéis caem e os índices desvalorizam.
A queda no mercado acionário brasileiro é potencializado pela sua concentração em papéis de empresas que produzem commodities --cujos preços no mercado internacional despencaram devido ao esvaziamento feito pelos investidores e pela queda da demanda. Gigantes como a Vale e a Petrobras, por exemplo, respondem por quase metade da movimentação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e sofreram desvalorizações acima da média do mercado, empurrando o Ibovespa para baixo.
Leia mais notícias sobre a crise nos EUA
§ Governo aumenta previsão de gastos do PAC em R$ 455 bilhões
§ Entenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

BARACK OBAMA, novo presidente dos EUA

05/11/2008 -

Eleito em votação histórica, Obama agora terá de enfrentar crise (Folha Online)

Depois de uma eleição histórica, o democrata Barack Obama foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos e agora será o responsável por tirar o país da maior crise financeira desde a Grande Depressão, nos anos 1930.
Obama toma posse com o peso da desaceleração econômica e o fantasma da recessão assombrando os americanos. No mundo, ele assume com o peso de suas promessas de ampliar relações, encerrar a Guerra do Iraque e derrotar a Al Qaeda no Afeganistão.

Barack Obama chega em comício de sua vitória; ele enfrentará grandes desafios
"O caminho será longo. Nossa subida será íngreme. Nós talvez não cheguemos lá em um ano ou mesmo em um mandato", admitiu o presidente eleito, em seu discurso de vitória a 200 mil espectadores no parque Grant, em Chicago.
Obama foi eleito em uma votação que teve comparecimento recorde nos EUA. Segundo as estimativas do site Real Clear Politics, a disputa levou quase 66% dos 153,1 milhões eleitores registrados às urnas. Isso significa a maior taxa de participação desde 1908, quando restrições impediam todos os americanos de votar.
O democrata, apontam os analistas, entusiasmou os eleitores americanos com as promessas de mudança em um ano que o presidente George W. Bush enfrenta as piores taxas de aprovação das últimas décadas. Agora, terá de provar como trará novos ares para Washington.
"Ele vai chegar no governo e perceber que não tem dinheiro para as promessas que fez e aí estará diante de decisões difíceis e impopulares", afirma Donald Kettl, professor de ciência política da Universidade da Pensilvânia.
Obama enfrentará não apenas o curto orçamento, mas o desafio de transformar suas promessas de campanha sobre impostos, saúde, energia e educação em um grupo de prioridades do Legislativo para os seus dois primeiros anos no poder.
A habilidade de Obama para administrar as relações com os líderes democratas no Congresso, com os republicanos, e com congressistas liberais com agenda própria também terá forte influência sobre seu mandato. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u464512.shtml)

Vamos aguardar a posse e o início de seu governo, e esperemos que não decepcione seus eleitores.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eleições nos EUA

04/11/2008 Folhaonline

Erros e falhas em urnas aumentam filas de votação nos EUA



As eleições gerais deste ano devem ter comparecimento recorde de 130 milhões, mas parte das longas filas que se vêem nos locais de votação em todo o país é resultado do complicado sistema de votação americano, erros e falhas nas urnas eletrônicas. Na eleição de 2004, 125,7 milhões votaram, 63,8% dos eleitores registrados.

Na Virgínia, conforme afirma a CNN, houve relatos de problemas como quebra de urnas eletrônicas e falha no leitor ótico das cédulas de votação. Em Chesapeake e Virginia Beach, os eleitores tiveram que recorrer às cédulas de papel para votar na disputa presidencial entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain.

Eleitores votam em Columbus, Ohio, em dia de eleições que deve ter comparecimento recorde. No Condado de Cuyahoga, Ohio, a porta-voz do Comitê de Eleições, Kimberly Bartlett, afirmou que, nas primeiras horas, os eleitores receberam apenas a segunda das duas folhas da cédula de votação, que inclui não apenas os candidatos presidenciais, como os candidatos a 35 cadeiras do Senado e às vagas da Câmara dos Deputados.
Em Raleigh, Carolina do Norte, o diretor do Comitê de Eleições do Condado Wake relatou atrasos na entrega das cédulas e problemas causados pelas chuvas, que atingiram várias partes do país.
Em Kansas, Missouri, a eleitora Jessie Sargent disse esperar na fila há horas por problemas na lista de eleitores. "Era 5h quando eu cheguei e era a oitava na fila", disse. "Eu cheguei na mesa e percebi que eles tinham os cadernos errados. Depois de trocarem os cadernos, eles ainda acharam que estava errado e demoraram para perceber que o problema era a ordem das páginas".
"Havia muitas pessoas que deixaram a fila para ir para a escola ou o trabalho e eles não tinham cédulas provisórios ou livros para assinar", disse Sargent.

Atrasos

Eleitores votam em Salisbury, Carolina do Norte; eleitores relatam problemas na hora da votação.
Em Virginia Beach, um dos locais de votação abriu mais tarde porque os funcionários responsáveis se atrasaram. Em um outro distrito do Estado, a diretora de uma biblioteca dormiu demais e também atrasou o início da votação. No Condado de Fairfax, vários cartões de memória das urnas eletrônicas falharam.
Em Richmond, relata a CNN, os eleitores do Centro de Matemática e Ciência também tiveram que votar com cédulas de papel por problemas nas máquinas, que já foram resolvidos.
Um eleitor de Shaker Heights, em Ohio, afirmou à rede que sua cédula de votação não incluía a opção para a disputa presidencial.
Eleitores no Texas, Missouri, Mississippi, Alabama e Arkansas disseram à CNN ter recebido mensagens de texto dizendo aos democratas para votar nesta quarta-feira, quando a votação estará encerrada. Um e-mail enviado a eleitores do arkansas dizia aos eleitores que eles poderiam depositar as cédulas amanhã.