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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Político indiano diz que estupro 'às vezes é certo'


O ESTADO DE S. PAULO
05 Junho 2014 | 15h 36

Babulal Gaur, do partido do primeiro-ministro Narendra Modi, afirma que para ser crime, o estupro precisa ser denunciado na polícia

NOVA DÉLHI - Um político do partido do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, classificou o estupro como um crime social e afirmou que "às vezes isso (o crime) é correto, às vezes é errado". Babulal Gaur, ministro do Interior pelo Bharatiya Janata Party (BJP), acrescentou que o estupro só pode ser tratado como crime quando é informado à polícia.
"Esse é um crime social que depende do homem e da mulher. Às vezes é certo, às vezes é errado. Até que haja uma queixa, nada pode ser feito", disse o político. Na semana passada, duas primas, de 12 e 14 anos, foram estupradas e mortas enforcadas em Uttar Pradesh.
O BJP divulgou comunicado dizendo que as afirmações de Gaur não refletem a posição do partido, mas a opinião de um político. Modi, eleito como premiê em maio, não comentou o assunto ou a morte das duas meninas.

Líderes políticos de Uttar Pradesh foram criticados por não visitar a cena do crime e afirmarem que a imprensa estava exagerando ao reportar o caso.

O pai e o tio de uma das meninas disseram que tentaram denunciar o crime para a polícia local mas os policiais se negaram a registrar a ocorrência. Três policiais foram presos pelo crime e dois estão detidos acusados de serem cúmplices.
Um estupro é registrado a cada 21 minutos na Índia, mas políticos não conseguem aprovar uma lei que torne mais dura a pena para o crime - um sintoma da opressão de indianos em razão da divisão por castas.
As meninas estupradas e mortas em Uttar Pradesh eram da casta dalits. Os acusados pelo crime são da casta yadav - que está acima da dalits. / REUTERS

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Brasil está entre países onde publicidade de cigarro influencia crianças

Das 2.423 crianças estudadas em seis países, 68% eram capazes de reconhecer ao menos uma marca de cigarros
Publicação: 30/09/2013 
A publicidade das empresas fabricantes de cigarros influencia crianças de cinco e seis anos nos países de renda baixa e média, como o Brasil, o que aumenta o risco de que venham a se tornar fumantes, revelou um estudo americano divulgado nesta segunda-feira (30/9).

A pesquisa publicada na revista Pediatrics abrangeu seis países: Brasil, China, Índia, Nigéria, Paquistão e Rússia, escolhidos por terem as taxas mais elevadas de tabagismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nesses países, as crianças reconhecem com mais frequência pelo menos um logotipo de uma fabricante de cigarros, não necessariamente por morarem com alguém que fuma, destacou o estudo da Escola de Saúde Pública de Johns Hopkins em Baltimore (Maryland, leste).

"O incrível para mim foi ver crianças que não moravam com fumantes, mas eram muito conscientes das marcas de cigarros", disse à AFP a principal autora do estudo, Dina Borzekowski, da Universidade de Maryland.

"O que isso me diz é que (as crianças) estão recebendo a mensagem em sua comunidade, em seu entorno. Estão vendo em estabelecimentos comerciais, estão vendo cartazes. Quando vão comprar uma bala em uma loja local, elas veem esses logotipos", destacou.

Das 2.423 crianças estudadas em seis países, 68% eram capazes de reconhecer ao menos uma marca de cigarros, em um percentual que vai de 50% na Rússia a 86% na China, onde mais de 28% da população fuma (53% dos homens e 2% das mulheres), segundo a pesquisa da Escola de Saúde Pública de John Hopkins em Baltimore (Maryland, leste).
Quase seis em cada 10 crianças no Brasil identifica uma marca de cigarros

As taxas mais elevadas de reconhecimento foram registradas na China, onde 86% das crianças conseguiram identificar pelo menos um logotipo de uma marca de cigarros.

"Na China, em média, as crianças conheciam quase quatro de oito das marcas", disse Borzekowski. "Eram crianças pequenas. É incrível que possam reconhecer logotipos com tão pouca idade".

No extremo oposto do espectro está a Rússia, onde 50% das crianças estudadas conheciam pelo menos um logotipo de cigarros.

No Brasil, 59% das crianças podiam reconhecer uma marca de cigarros e 16% reconheceram especificamente a Marlboro.

Os resultados geram preocupação sobre o cumprimento das restrições internacionais da publicidade de tabaco em países de renda baixa e média, disseram os autores do estudo.

Na Índia, 30% das crianças pensam fumar quando forem adultas. Mais de um quarto das crianças estudadas foram capazes de identificar de duas a três marcas de cigarros e 18% conheciam quatro ou mais.

Também foi perguntado às crianças se pensavam em fumar quando chegassem à idade adulta. A taxa mais alta de respostas afirmativas ocorreu na Índia, onde 30% - tanto meninos quanto meninas - disseram que pensavam em se tornar fumantes.

Em China, Nigéria, Paquistão e Rússia, mais meninos do que meninas disseram que fumariam no futuro. O estudo foi realizado em áreas urbanas e rurais, com cuidado especial em não refletir apenas a realidade das comunidades mais ricas, onde a consciência da comercialização do tabaco poderia ser maior, afirmaram os pesquisadores. No entanto, eles advertiram que o estudo "pode não refletir as populações nacionais de cada país".

Este estudo e outros semelhantes evidenciam estratégias de marketing sofisticadas e eficazes, adotadas pelas fabricantes de tabaco, cujas mensagens afetam claramente os mais jovens, lamentaram os autores da pesquisa.

"Um longo caminho"

Embora muitos fatores estejam relacionados com o tabagismo, o estudo mostra que, para os mais jovens, estar exposto ao tabaco e ter uma atitude de aceitação dos anúncios de cigarros está ligado a um aumento da probabilidade de fumar.

Em 2003, a OMS reagiu à epidemia mundial do tabagismo com a adoção de um convênio assinado por 168 países, que aponta para um controle maior, especialmente da publicidade, da promoção e do patrocínio de eventos por parte das fabricantes.

Mas segundo esses estudiosos, "ainda há um longo caminho para a plena aplicação da presente Convenção e suas recomendações".

Diante das rígidas regulações da publicidade de cigarros e das campanhas antitabaco nos países industrializados, as fabricantes de cigarros concentram seus esforços promocionais em países de renda baixa e média, a maioria dos quais têm leis mais brandas nesta questão, destacaram os pesquisadores.

Um estudo feito nos Estados Unidos há 22 anos demonstrou que crianças de 6 anos podiam reconhecer tanto o logotipo da Disney quanto dos cigarros Camel. Essa pesquisa levou a regulamentações da publicidade de tabaco nos Estados Unidos para proteger as crianças, lembraram os cientistas.

sábado, 6 de julho de 2013

Mais famílias deixam de dividir imóvel

06/07/2013
TATIANA RESENDE
EDITORA-ASSISTENTE DE "MERCADO"

O número de famílias vivendo na mesma casa por falta de opção recuou 26,2% no país em 2011 devido ao programa Minha Casa, Minha Vida e às facilidades no acesso ao financiamento, com redução nos juros e alargamento nos prazos de pagamento.
A chamada coabitação involuntária caiu em 23 Estados e no Distrito Federal na comparação com 2009, segundo estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) elaborado para o SindusCon-SP (sindicato da indústria da construção civil) e obtido pela Folha.
Editoria de Arte/folhapress
"Há um componente subjetivo. Possibilidades concretas [de conseguir se mudar] mudam a perspectiva", afirma Ana Maria Castelo, economista da FGV.
No Estado de São Paulo, que tem a maior quantidade de famílias (265,8 mil) compartilhando a mesma casa, mas com intenção de ter o próprio imóvel, houve redução de 30,9% nesse período. Em todo o Brasil, são 1,674 milhão.
"O preço da habitação é muito alto em São Paulo, por isso a coabitação é grande. É um fenômeno das regiões metropolitanas", afirma Eduardo Zaidan, vice-presidente do SindusCon-SP.
Para ele, o mercado imobiliário está voltando à normalidade, depois do boom nos lançamentos e da disparada dos preços nos últimos anos.
SEM ALUGUEL
A nutricionista Zilda Nascimento, 45, dividiu uma casa com os quatro filhos e suas três irmãs por dois anos depois que se separou do ex-marido. Ela afirma que, apesar do desconforto, só conseguiu juntar dinheiro para dar a entrada em um imóvel porque não pagava aluguel.
Com a ajuda do subsídio do Minha Casa, Minha Vida -que usa recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)-, comprou um apartamento de R$ 94 mil, em Osasco (SP), com financiamento em 25 anos. Desde 2009, quando foi lançado, o programa contabiliza 2,677 milhões de unidades contratadas, das quais 1,226 milhão foram entregues.
Considerando o crédito com recursos da poupança, o número de unidades financiadas saltou de 61,1 mil em 2005 para 453,2 mil em 2012.
Apesar do comprometimento de renda por um período que pode chegar a 35 anos, o alongamento da dívida é considerado positivo por José Pereira Gonçalves, especialista em mercado imobiliário.
O prazo é decisivo na hora da tomada do crédito, para reduzir o valor da prestação, mas, ressalta, os mutuários pagam o débito, em média, em menos da metade do tempo acordado no contrato.
Ainda assim, o estudo, feito a partir de informações da Pnad, do IBGE, mostra um deficit habitacional estimado em 3,352 milhões de moradias, sendo 1,674 milhão por coabitação involuntária e 1,677 milhão por condições inadequadas do imóvel.
O dado, porém, não inclui os domicílios em aglomerados subnormais (favelas) que já não estão dentro de um desses conceitos porque, a partir de 2011, a Pnad deixou de especificar onde estão os domicílios.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

ONU: dos 7 bilhões de habitantes do mundo, 6 bi têm celulares, mas 2,5 bi não têm banheiros

22 de março de 2013
Vivendo em meio a resíduos. Foto: IRIN/Manoocher Deghati
Vivendo em meio ao lixo. Foto: IRIN/Manoocher Deghati
O Vice-Secretário-Geral da ONU, Jan Eliasson, lançou um apelo nesta quinta-feira (21) para reverter a situação de um planeta onde há mais celulares do que banheiros — e onde 2,5 bilhões de pessoas não têm saneamento básico.
Eliasson pediu para que governos, empresas e organizações internacionais se mobilizem e realizem ações mensuráveis para aumentar rapidamente o acesso ao saneamento básico.
O chamado para a ação, feito na véspera do Dia Mundial da Água, 22 de março, pretende centrar-se em ações que visem a melhoria da higiene, mudança das normas sociais, melhor gestão de dejetos humanos e águas residuais e, até 2025, elimine completamente a prática da defecação a céu aberto, que perpetua o ciclo vicioso de doença e pobreza enraizada.
Entre a população mundial — atualmente de 7 bilhões de pessoas — 6 bilhões têm telefones celulares. No entanto, apenas 4,5 bilhões têm acesso a banheiros ou latrinas, o que significa que 2,5 bilhões de pessoas — principalmente em áreas rurais — não têm saneamento básico adequado. Além disso, 1,1 bilhão de pessoas ainda defecam a céu aberto.
“Vamos enfrentar este problema sobre o qual as pessoas não gostam de falar. Mas ele é diretamente ligado à saúde, a um ambiente limpo, à dignidade humana fundamental para bilhões de pessoas e para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Faltam pouco mais de mil dias para o prazo dos ODM, e temos uma janela única de oportunidade para entregar uma mudança geracional”, disse Eliasson.
Os países onde a defecação a céu aberto é amplamente praticada são os mesmos países com o maior número de mortes de crianças com menos de 5 anos, com altos níveis de subnutrição e de pobreza e com grandes disparidades de riqueza.
“Nós podemos reduzir para um terço os casos de diarreia em crianças menores de cinco anos simplesmente ampliando o acesso das comunidades ao saneamento e eliminando a defecação ao ar livre”, disse o Vice-Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Martin Mogwanja.
“Na verdade, a diarreia é a segunda maior causa da morte de crianças menores de cinco anos no mundo em desenvolvimento e isso é causado em grande parte pela falta de saneamento e higiene inadequada.”

domingo, 30 de junho de 2013

Trabalhando com fotos

TRISTE REALIDADE
Foto: O retrato da Copa: antes de uma partida da seleção brasileira, em Fortaleza, torcedores sequer notam uma mulher dentro de uma lixeira no caminho do estádio. 

A imagem resume o profundo abismo social existente no nosso país, onde temos muito circo e pouco pão. 

"Esse é o legado que a Copa das Confederações deixa para algumas pessoas, uma cena humilhante", escreveu o fotógrafo no seu perfil.

Foto: Edimar Soares

Diego Vieira
O retrato da Copa: antes de uma partida da seleção brasileira, em Fortaleza, torcedores sequer notam uma mulher dentro de uma lixeira no caminho do estádio. 

A imagem resume o profundo abismo social existente no nosso país, onde temos muito circo e pouco pão.

"Esse é o legado que a Copa das Confederações deixa para algumas pessoas, uma cena humilhante", escreveu o fotógrafo no seu perfil.

Foto: Edimar Soares

Diego Vieira