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sábado, 27 de outubro de 2012

Menina paquistanesa baleada pelo Taleban 'vai levantar de novo', diz pai


Malala foi levada à Grã-Bretanha para receber tratamento especializado depois de ataque

26 de outubro de 2012 

BIRMINGHAM, INGLATERRA - Ziauddin Yousufzai, o pai da menina paquistanesa que foi baleada na cabeça pelo Taleban por defender o direito à educação para garotas, disse nesta sexta-feira, 26, que sua filha está forte e vai "levantar-se novamente" para correr atrás de seus sonhos, depois de receber tratamento em um hospital britânico.

Malala Yousufzai, de 15 anos, foi levada do Paquistão para a cidade britânica de Birmingham para receber tratamento especializado depois do ataque, no dia 9 de outubro, que atraiu a condenação internacional. Ela se tornou um poderoso símbolo de resistência à ação do grupo radical islâmico contra o direito das mulheres à educação.
O pai de Malala e outros familiares viajaram para a Grã-Bretanha na quinta-feira para ajudar na recuperação da filha. "Eles queriam matá-la. Mas ela caiu temporariamente. Ela vai se levantar de novo. Ficará em pé de novo", disse, emocionado e com a voz fraquejando. "É um milagre para nós... Ela estava numa condição muito ruim", disse a repórteres, sentado ao lado de seu filho. "Ela está melhorando com uma velocidade animadora."
Malala começou a se opor ao Taleban paquistanês quando tinha 11 anos, na época em que o governo de Islamabad havia efetivamente cedido controle do Vale de Swat, onde ela morava, ao Taleban. Ela esteve em condição grave desde que um homem armado atirou em sua cabeça e pescoço quando saía da escola em Swat, noroeste de Islamabad.
Médicos britânicos dizem que ela tem todas as chances de ter uma boa recuperação na unidade especial do hospital, especializado em lidar com casos de traumas complexos. O local já tratou de centenas de soldados feridos no Afeganistão. O pai da menina disse que ele e sua família choraram quando voltaram a se encontrar com Malala na quinta-feira. "Estamos muito felizes", afirmou. "Eu rezo por ela".

sábado, 22 de setembro de 2012

Ministro paquistanês oferece US$ 100 mil pela morte de autor de filme anti-islã

22/09/2012
DA BBC BRASIL


Ministro de Ferrovias paquistanês, Ghulam Ahmed Bilour, ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) neste sábado pela morte do cineasta responsável pelo filme americano "Inocência de Muçulmanos", que vem provocando uma onda de protestos em diversos países por ser considerado ofensivo ao profeta Maomé.
Bilour disse que vai pagar a recompensa de seu próprio bolso. "Eu vou pagar US$ 100 mil a quem matar o realizador desse vídeo", disse o ministro. "Se alguém fizer outro material blasfemo parecido no futuro, eu também vou pagar US$ 100 mil para seus assassinos."
Ele convidou membros do Talebã e da Al-Qaeda a participarem do que chamou de "obrigação sagrada".

Narinder Nanu - 19.mai.2011/France Presse

Ghulam Ahmed Bilour, ministro paquistanês que ofereceu US$ 100 mil pela morte do autor do filme anti-islâmico
Ghulam Ahmed Bilour, ministro paquistanês que ofereceu US$ 100 mil pela morte do autor do filme anti-islâmico


"Eu digo a esses países: Sim, a liberdade de expressão está lá, mas vocês deveriam criar leis para pessoas que insultam nosso profeta. E se vocês não o fizerem, então o futuro será extremamente perigoso", disse.
A direção do partido do ministro, o ANP, disse à BBC que suas declarações revelam uma opinião pessoal, não uma política do partido, mas que o partido não tomará nenhuma medida contra Bilour.
Apesar de toda a polêmica, ainda não se conhece a origem exata do filme "Inocência de Muçulmanos". O suposto produtor do filme, Nakoula Basseley Nakoula, permanece escondido.
Desde que um trailer dublado em árabe foi divulgado na internet, há quase duas semanas, uma onda de protestos contra os Estados Unidos se espalhou por diversos países muçulmanos.
IRA PAQUISTANESA
O Paquistão é um dos países onde as manifestações têm sido mais violentas. Na sexta (21), mais de 20 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas em protestos contra o filme em diversas cidades do país.
O governo americano tem recomendado a seus cidadãos que evitem viajar para o Paquistão.
A Embaixada americana no país pagou por anúncios na TV paquistanesa mostrando o presidente Barack Obama e a secretária de Estado, Hillary Clinton, condenando o filme.
Neste sábado, uma manifestação pacífica percorreu as ruas de Islamabad, capital do país. Os manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento e entoaram slogans contra o filme, pedindo punição aos realizadores.
OUTROS PAÍSES
Diversos outros países também registraram protestos neste sábado. Na capital de Bangladesh, Daca, diversas pessoas ficaram feridas em confrontos entre centenas de manifestantes e a polícia.
Na Nigéria, dezenas de milhares de muçulmanos marcharam na cidade de Kano, no norte do país, em protesto. Os manifestantes gritavam "Morte à América, morte à Israel e morte aos inimigos do Islã" e arrastaram bandeiras dos EUA e de Israel na lama.
Os EUA são o alvo principal dos protestos, mas a França também está em alerta depois que uma revista satírica francesa publicou nesta semana caricaturas do profeta Maomé. Ontem, o país fechou embaixadas e missões diplomáticas em cerca de 20 países muçulmanos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Menina acusada de blasfêmia é solta sob fiança no Paquistão

07/09/2012

Rimsha é acusada de queimar textos sagrados do Corão.
Advogado afirma que garota ainda pode ser atacada por radicais.


Do G1, com agências internacionais


Um tribunal de Islamabad decidiu libertar sob fiança nesta sexta-feira (7) a menina cristã paquistanesa Rimsha Masih, de cerca de 14 anos, presa há três semanas após ser acusada de queimar textos do Corão.
O advogado da menina declarou aos jornalistas que tanto ela como sua família seguem sob séria ameaça de serem atacados por fundamentalistas radicais após a libertação, que será concedida após o pagamento de 500 mil rúpias (quase R$ 11 mil).
O presidente da Liga Ecumênica do Paquistão, Sajid Ishaq, disse que, uma vez que se dite formalmente a saída da prisão da menina, a prioridade é sua segurança.
Ishaq se mostrou confiante de que as autoridades, que ontem constituíram um comitê de alto nível para acompanhar o caso, proporcionarão "a máxima segurança" a Rimsha e a seus familiares.
Sobre o pagamento da fiança, cuja quantia não pode ser arcada pela família, Ishaq declarou que "há várias organizações que já se mostraram dispostas a colaborar, portanto não será um problema".
Casa da garota Rimsha é vista em 22 de agosto em Islamabad, capital do Paquistão (Foto: AFP)
Casa da garota Rimsha é vista em 22 de agosto em Islamabad, capital do Paquistão (Foto: AFP)

Rimsha Masih foi detida no último dia 16 de agosto em sua casa do subúrbio de Mehrabadi, em Islamabad, após ser acusada por um vizinho de ter queimado, sem saber segundo seu próprio depoimento, páginas do Qaida Nurani, um livro de instruções para aprender a ler o Corão.
O caso de Rimsha, que atraiu os olhares de organizações de direitos humanos e de vários Governos ocidentais, sofreu uma reviravolta no final de semana passado após a detenção do imame de uma mesquita de Mehrabadi por ter falsificado provas contra a menor.
Khalid Yadun foi preso no domingo após ser acusado por um de seus assistentes de alterar as evidências e pôr folhas arrancadas do Corão na bolsa que continha as cinzas do que foi queimado pela menina.

Menina é presa acusada de queimar páginas do Alcorão no Paquistão


20/08/2012 

Criança sofreria de Síndrome de Down e pode pegar pena de morte.
Segundo policiais, ela estava com páginas religiosas queimadas.


Uma menina de 11 anos que sofreria de Síndrome de Down pode ser condenada à pena de morte no Paquistão por supostamente ter queimado páginas do Alcorão. Ela foi presa depois que sua casa foi cercada por vizinhos furiosos que diziam que ela estava com páginas queimadas do livro sagrado do Islã, segundo o jornal britânico “Daily Mail”.
A menina está presa há 14 dias sob a acusação de blasfêmia. Se for condenada, ela poderá ser executada, segundo a lei local.
Um policial paquistanês disse nesta segunda-feira (20) que a menina foi presa depois que centenas de vizinhos cercaram sua casa em Islamabad. “Elas estavam muito alteradas, nervosas, e poderiam ter machucado a menina se não tivéssemos agido rapidamente”, disse o policial Zabi Ullah.
Outro policial, Qasim Niazi, contou que a menina estava com uma sacola que continha diversos papéis religiosos parcialmente queimados, mas não páginas do Alcorão.
As informações sobre a menina ainda são confusas. Há relatos de que ela sofre de Síndrome de Down. Sua idade também não foi precisada – alguns dizem que ela tem 16 anos, e outros policiais afirmam que ela tem 11 ou 12 anos.
O policial Niazi disse que quando a menina chegou à delegacia estava assustada e não conseguia falar normalmente, mas ele não soube informar se isso é decorrente de algum problema.
O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse ter sido informado sobre o ocorrido e pediu que o ministro do interior faça um relatório sobre o caso.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

26/12/2008 - 22h24
Entenda a relação turbulenta que envolve Índia e Paquistão
Publicidade da Folha Online



Tanto Índia como Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947, ambos conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.

O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947 --ano em que se tornaram independentes do Reino Unido.

A Caxemira é uma região montanhosa ao norte dos dois países. Grande parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao Paquistão, que a Índia nega. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano e o restante sob controle do Paquistão e da China. Ou seja, é uma região de maioria muçulmana que tem sua a maior parte sob controle da Índia.

O Paquistão reivindica o controle total da Caxemira sob o argumento de que lá vive uma população de maioria islâmica --a mesma do país. Já a Índia tem uma população majoritariamente hindu.

Além das três guerras, a história de violência entre os dois países é longa. Apenas neste ano, se forem levados em conta todas as ações, foram mais de cem atentados ocorridos na Índia, que acusa terroristas muçulmanos paquistanesas pelas ações. O Paquistão nega.

Nos últimos anos, a índia foi palco de ações terroristas movidas por três linhas: religiosa (islâmicos), política (maoístas) e territorial (disputa Índia-Paquistão pela Caxemira). Dezenas de grupo usam ações terroristas para tentar alcançar seus objetivos contra o governo da Índia, saiba quem são os principais:

Lashkar-e-Taiba

Braço armado de uma organização religiosa muçulmana fundada no Paquistão em 1989. O grupo teria ligações com a rede terrorista Al Qaeda. A Índia acusa a inteligência paquistanesa de ser o criador e de oferecer suporte logístico ao grupo.

Movimento Estudantil Islâmico

Fundado em 1977, o grupo ganhou força e se tornou mais violento a partir da década de 90. Em 2001, fui declarado como organização terrorista. O grupo teria se tornado, no último ano, a célula-mãe dos mujahedin [guerreiros islâmicos que nos anos 80 combateram a ocupação soviética do Afeganistão].

Naxalitas

Naxalitas é o apelido derivado de uma rebelião de 1967 na aldeia bengali de Naxalbari. O movimento radical de formação maoísta luta há mais de 20 anos para criar um Estado comunista independente no leste e sul da Índia. As regiões-alvo de ataque deste grupo são os Estados Indianos de Andhra Pradesh, Orissa, Chattisgarh, Maharashtra, Bihar e Jharkhand.

Verão

Os enfrentamentos costumam se intensificar nos meses de verão. Nessa época, com o derretimento da neve em porções da cordilheira do Himalaia, os separatistas islâmicos têm mais facilidade para se infiltrar na Caxemira indiana, vindos de solo paquistanês.

Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e guerrilheiros pró-Paquistão, mais de 30 mil pessoas já morreram. Segundo o governo indiano, esses grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que diz apenas ampará-los politicamente.

A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores de armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo sua infra-estrutura militar. Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser acompanhadas com mais atenção pela comunidade internacional.

Recentemente, ambos os países demonstraram intenção de pôr fim ao clima de tensão e melhorar suas relações diplomáticas, mas os atentados terroristas levados a cabo na última quarta-feira (26) em Mumbai (ex-Bombaim), capital financeira da Índia, pode barrar as novas tentativas de pacto de paz e expõem a fragilidade da relação entre a polícia e a inteligência indianas nos quesitos segurança interna e luta contra o terrorismo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u483638.shtml
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.thisismyindia.com/india-pakistan/india-pakistan-map.html
04/02/2010 - 13h09
Paquistão confirma proposta de diálogo da Índia e pede esclarecimentos
Publicidade da France Presse, em Islamabad (Paquistão)
da Folha Online

O Paquistão confirmou nesta quinta-feira que a Índia propôs uma retomada do diálogo ao nível de seus ministérios das Relações Exteriores, mas pediu esclarecimentos sobre o conteúdo da oferta. Caso o diálogo seja retomado, encerrará mais de 14 meses de rompimento das relações bilaterais, depois que a Índia encerrou diálogo por causa dos ataques terroristas de novembro de 2008 em Mumbai, que mataram 166.

"Eles propuseram entrevistas ao nível de secretários das Relações Exteriores e pedimos esclarecimentos sobre o conteúdo dessas entrevistas. Esperamos uma resposta da Índia", afirmou à agência de notícias internacionais France Presse o porta-voz da chancelaria paquistanesa, Abdul Basit.

Os secretários das Relações Exteriores são os funcionários de maior escalão de ambos ministérios, mas não são ministros nestes dois países vizinhos e potências nucleares.

A Índia propôs ao Paquistão iniciar discussões ao nível de ministros das Relações Exteriores, mais de um ano depois de ter suspenso as relações bilaterais em função dos atentados em Mumbai em novembro de 2008, informou nesta quinta-feira a agência Press Trust of India (PTI).

De acordo com fontes oficiais citadas pela agência, a Índia tem intenções de discutir a questão do terrorismo e qualquer outro tema que "contribua para criar uma atmosfera de paz e segurança entre os dois países".

"A Índia entrará nas discussões com uma atitude aberta e positiva e apresentará todos os temas pertinentes", afirmaram fontes citadas pela PTI.

Os dois países têm um histórico de conflitos pelo controle da região da Caxemira --causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947, ano em que se tornaram independentes do Reino Unido.

A Índia e o Paquistão iniciaram um diálogo de paz no início de 2004 que ajudou a diminuir a tensão entre os dois rivais asiáticos, principalmente em relação à disputa da região da Caxemira, situada no Himalaia e de população majoritariamente muçulmana.

No entanto, este diálogo foi interrompido depois dos ataques cometidos por um grupo de homens armados em Mumbai, que a Índia atribuiu ao grupo militante Lashkar-e-Taiba, cuja sede se encontra no Paquistão.

Nova Déli insiste que Islamabad dê evidências de que está agindo para desmantelar os grupos terroristas que operam em seu território e traga os acusados de planejar os atentados de Mumbai à justiça.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u689305.shtml