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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Países com melhor educação tendem a ser menos corruptos

30/12/2013


SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO


Os países com melhores índices de educação tendem a ter menores taxas de corrupção. É isso que mostra um cruzamento feito pela Folha entre os dados do Índice de Percepção de Corrupção Mundial e do Pisa, exame internacional que avalia estudantes de 15 e 16 anos em matemática, leitura e ciências (ensino médio).
Os dados mostram que os países menos corruptos estão no topo do Pisa. Um exemplo é Cingapura, que está entre os cinco países menos corruptos na análise da ONG Transparência Internacional e figura em 2º lugar na avaliação do Pisa em matemática, por exemplo.
O Brasil está em 58º lugar na mesma avaliação do Pisa (de matemática) e em 72º lugar na lista dos países corruptos.
"A relação é clara. Uma sociedade com melhores índices de educação cobra mais do governo", explica o promotor de Justiça em São Paulo Roberto Livianu. Ele é doutor em direito pela USP com uma tese sobre combate à corrupção e criador da campanha "Não Aceito Corrupção".
Para Rafael Alcadipani, especialista em organizações da FGV-SP, trata-se de "um círculo virtuoso positivo". "Com menos corrupção, sobram mais recursos para educação. E isso faz com que o país também se torne menos corrupto."
Uma exceção na análise é a China, que lidera as análises de matemática, leitura e ciências do Pisa, mas está em 80º lugar na classificação de países corruptos – posição pior do que a do Brasil.
"A China não é um país democrático. A sociedade nem tem instrumentos para cobrar o governo", diz Livianu.
O Pisa é um exame feito pela OCDE (organização dos países que ricos, que organiza a prova) a cada três anos em 65 países. Já a lista dos países corruptos é organizado anualmente pela ONG Transparência Internacional com base em dados de percepção de abusos de poder, acordos clandestinos e subornos nos setores públicos em 177 países.
O Brasil é o país em que os alunos mais avançaram no Pisa especificamente em matemática nos últimos nove anos (edições de 2003 a 2012).
Ainda assim, segue entre os piores do mundo atrás do Cazaquistão (140º no ranking de corrupção), do México e do Uruguai (ambos em 106º lugar no ranking de corrupção).
Somália, Coreia do Norte e Afeganistão estão entre os países mais corruptos da lista. Nenhum deles participa do Pisa.

Veja os 10 países mais transparentes x Posição no Pisa de ciências
1º Dinamarca - 27º lugar
1º Nova Zelândia - 18º lugar
3º Finlândia - 5º lugar
3º Suécia - 38º lugar
5º Noruega - 32º lugar
5º Cingapura - 3º lugar
7º Suíça - 19º lugar
8º Holanda - 14º lugar
9º Austrália - 17º lugar
9º Canadá - 11º lugar

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O acerto de contas

12/12/2013 

A corrupção é um fato corrosivo da vida. Especialmente a corrupção ao velho estilo. Mas uma coisa que é muito clara a respeito do Brasil é que a corrupção é completamente multipartidária e se estende muito além da classe política. Os corruptos, afinal, precisam daqueles que desejam alguma coisa do governo e que estão dispostos a pagar por ela.

Aqueles que se beneficiam dessas redes clandestinas de comissões, acordos especiais e favores políticos não são a vasta maioria da população brasileira. Os brasileiros comuns sofrem as consequências desses desvios na forma de edifícios precariamente construídos, transporte excessivamente caro e serviços públicos deficientes. E muitos brasileiros, especialmente os mais jovens, estão completamente cheios desse processo todo.

O índice mundial de percepção de corrupção para 2013, publicado na semana passada pela Transparência Internacional, compara abusos de poder, acordos clandestinos e subornos nos setores públicos de 177 países; o índice 0 indica um país altamente corrupto, e o índice 100 revela um país completamente íntegro. Nessa escala, o Brasil ocupa o 72º lugar, junto com a África do Sul.

Os outros países que integram os Brics se saem bem pior do que o Brasil. A China está em 80º lugar, a Índia em 94º e a Rússia em 127º.

Os países menos corruptos são a Dinamarca e a Nova Zelândia. A última posição do ranking, o 175º lugar, é dividida por Afeganistão, Coreia do Norte e Somália. O Brasil conseguiu pelo menos subir um posto em relação ao ranking de 2012.

Joe Leahy, do "Financial Times", reportou de São Paulo, nesta semana, sobre o Platinum Partners, um fundo de hedge de Nova York que está investindo em tentativas de recuperar os bilhões de dólares roubados no Brasil como resultado de fraudes.

No ano passado, um tribunal de Nova Jersey ordenou a restituição de US$ 10,5 milhões de contas vinculadas a Paulo Maluf, no que pode ter sido o primeiro sucesso brasileiro na recuperação internacional de dinheiro desviado por fraudes.

Penetrar as complicadas estruturas de companhias de fachada usadas para as fraudes pode ter custos judiciais elevados. Mas o advogado canadense Martin Kenney disse a Leahy que seu escritório estava a ponto de recuperar R$ 900 milhões em um caso brasileiro.
Será irônico se a lei, com seu alcance internacional, vier, por fim, a ser o instrumento da queda dos corruptos, algo que os políticos brasileiros, de todos os partidos, singularmente fracassaram em realizar.
Kenneth Maxwell é historiador britânico graduado em Cambridge (Reino Unido) com doutorado em Princeton (EUA).

Tradução de PAULO MIGLIACCI

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dinamarca vai reivindicar polo Norte e grande área no Ártico

17/05/2011
DA BBC BRASIL

O governo da Dinamarca afirmou nesta terça-feira que planeja reivindicar uma grande área localizada no oceano Ártico, incluindo o polo Norte.

"Esperamos que a Dinamarca consiga ser bem-sucedida na reivindicação de uma área que, entre outras coisas, inclui o polo Norte", disse a ministra das Relações Exteriores dinamarquesa, Lene Espersen, por meio de um comunicado.

As declarações foram feitas um dia depois que a mídia local divulgou a notícia sobre um documento do governo que detalha como o país pretende fazer a reivindicação.

Slim Allagui - set.2004/France PresseDinamarca quer aumentar seu território dentro do Círculo Polar Ártico; na foto, barco de pesca nas águas da Groenlândia

Espersen disse que a chancelaria dinamarquesa prepara um documento, que deve ser publicado em meados de junho, com a estratégia do país para a região para os próximos dez anos.

O documento deve ser submetido à ONU. Atualmente, o território dinamarquês situado dentro ou próximo do Círculo Polar Ártico inclui as ilhas Faroe e a Groenlândia.

RECURSOS

Rússia, Estados Unidos, Canadá e Noruega também reivindicam grandes áreas do Ártico.

Acredita-se que a região concentra cerca de 25% das reservas ainda não descobertas de gás e petróleo.

Os recursos naturais do Ártico vêm se tornando mais acessíveis com o derretimento do gelo, devido ao aquecimento global.

Além de recursos minerais, o derretimento do gelo viabiliza novas rotas comerciais para navios e locais de pesca.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/916950-dinamarca-vai-reivindicar-polo-norte-e-grande-area-no-artico.shtml