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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Cronologia: a crise na Ucrânia

(Atualizada dia 24/04) Após quatro meses de crise na Ucrânia, a população da Crimeia decidiu, em referendo, que o território seja anexado à Rússia. Em Kiev, a nova elite política considerou a votação ilegal e insiste que Moscou deve respeitar a soberania da Ucrânia.
Os protestos de rua na Ucrânia, liderados pela oposição, começaram em novembro, quando o então presidente Viktor Yanukovich desistiu de um pacto comercial com a União Europeia e optou por estreitar os laços com a Rússia.
Em 21 de fevereiro, Yanukovich faz um acordo com a oposição e é deposto do cargo. O Parlamento do país aprova a restituição da Constituição de 2004 e a anistia para as pessoas envolvidas nos protestos contra o governo.
Leia os fatos marcantes da crise desde novembro:
- 21 de novembro de 2013: Oposição convoca atos contra a decisão do governo de não assinar um acordo com a União Europeia e reforçar as relações com a Rússia (Veja o especial sobre as raízes do conflito)
- 24 de novembro de 2013: Uma grande manifestação ocorre em Kiev com o lema “Ucrânia é Europa”
- 1 de dezembro de 2013: Após várias manifestações, milhares de opositores tomam a Praça da Independência e pedem o fim do governo Yanukovich
- 8 de dezembro de 2013: “Marcha do milhão” em Kiev: manifestantes bloqueiam bairros e derrubam a estátua de Lenin
- 22 de dezembro de 2013: Oposição política e cidadã cria a União Popular “Maidán” (nome da praça da independência) e exige eleições antecipadas e uma reforma constitucional
- 15 de janeiro de 2014: Oposição bloqueia a entrada do Parlamento
- 19 a 22 de janeiro de 2014: Protestos contra leis repressivas, contra a liberdade de expressão, aumentam
- 24 de janeiro de 2014: Prefeito de Kiev Alexander Popov é destituído
- 26 de janeiro de 2014: Manifestações se alastram por todo o país
- 28 de janeiro de 2014: O primeiro-ministro Mykola Azarov renuncia e o Parlamento aprova uma lei que anistia os detidos durante os protestos
- 31 de janeiro de 2014: Exército pressiona Yanukovich a adotar medidas urgentes para estabilizar o país
- 6 de fevereiro de 2014: O Parlamento concorda em discutir um projeto de reforma constitucional que retome a Carta Magna de 2004, abolida por Yanukovich
- 16 de fevereiro de 2014: Fim da ocupação da Prefeitura de Kiev e outras sedes administrativas após dois meses e meio de exigências para a libertação de detidos em manifestações
- 17 de fevereiro de 2014: Entra em vigor a lei de anistia, que beneficia os presos durante manifestações
- 18 de fevereiro de 2014: Novos confrontos entre manifestantes e policiais começam em Kiev e deixam mais de 10 mortos, no primeiro episódio de violência em três semanas
- 21 de fevereiro de 2014: Os confrontos na Ucrânia deixam ao menos 77 mortos. Yanukovich e a oposição assinam um acordo para encerrar a crise política no país.
- 22 de fevereiro de 2014: Yanukovich foge quando opositores tomam o Parlamento em Kiev
- 27 de fevereiro de 2014: Parlamento ucraniano elege político pró-Europa como novo primeiro-ministro. No mesmo dia, separatistas tomam prédios do governo na Crimeia.
- 28 de fevereiro de 2014: Yanukovich aparece na Rússia, diz que não fugiu de Kiev e continuará lutando pela paz na Ucrânia.
- 1 de março de 2014: Exército ucraniano fica em estado de alerta após Senado russo autorizar o uso de força pelas forças do governo de Putin na Ucrânia.
- 6 de março de 2014: Parlamento da Crimeia aprova anexação do território à Rússia e convoca referendo para o dia 16. União Europeia e EUA impõem sanções a cidadãos russos por apoio ao referendo.
- 12 de março de 2014: Obama se reúne com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, e reitera apoio ao país na “manutenção de sua integridade territorial e de sua soberania.”
- 14 de março de 2014: Tentativa de acordo entre EUA e Rússia sobre a Crimeia fracassa após reunião de John Kerry e Sergei Lavrov.
- 16 de março de 2014: Em referendo na Crimeia, 96,77% dos eleitores optaram pela anexação da região à Rússia.
- 17 de março de 2014: Putin assina decreto reconhecendo a Crimeia como um “Estado soberano e independente”. EUA e UE aplicam sanções a autoridades russas e ucranianas como retaliação ao referendo.
- 18 de março de 2014: Putin fala ao Parlamento russo e formaliza pedido por anexação da Crimeia. ”A Crimeia sempre foi e é parte da Rússia”, disse o presidente russo.
- 7 de abril de 2014: Manifestantes pró-Rússia ocuparam prédios públicos em Donetsk, no leste da Ucrânia, e proclamaram a região uma república soberana. Um referendo de adesão à Rússia foi convocado para o dia 11 de maio.
- 10 de abril de 2014: Presidente interino da Ucrânia promete anistiar ativistas pró-Rússia que entregarem as armas e desocuparem prédios tomados em cidades do leste ucraniano.
- 17 de abril de 2014: Diplomatas da Rússia, Ucrânia, EUA, e União Europeia chegam a um acordo que prevê o desarme de grupos armados ilegais, a desocupação de edifícios em cidades do leste ucraniano e a anistia a insurgentes pró-Rússia.
- 18 de abril de 2014: Separatistas pró-Rússia rejeitam acordo alcançando em Genebra e dizem que não foram representados na decisão.
- 20 de abril de 2014:  Tiroteio em um posto de controle perto da cidade ucraniana Slaviansk, controlada por separatistas pró-Rússia, deixa três mortos.
- 21 de abril de 2014: Vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chega em Kiev e oferece ajuda ao governo ucraniano contra as ações de insurgentes pró-Rússia.
- 22 de abril de 2014: EUA anunciam o envio de tropas para a Polônia e Países Bálticos para realizarem exercícios militares, mostrando o compromisso de Washington com os aliados da Otan.
- 24 de abril de 2014: Operação ucraniana contra separatistas pró-Rússia deixa cinco mortos em Slaviansk; Rússia reage e inicia exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia.
Operários colocam a bandeira russa e trocam o letreiro do Parlamento da Crimeia após anexação à RússiaTHOMAS PETER/ REUTERS
http://blogs.estadao.com.br/radar-global/cronologia-os-protestos-na-ucrania/





quinta-feira, 27 de março de 2014

Assembleia-Geral da ONU considera referendo da Crimeia inválido

Apenas 11 países votaram contra a decisão, que tem caráter simbólico; Brasil se absteve

27 de março de 2014
Militares ucranianos abandonam base na Crimeia após forças pró-Rússia tomarem o local (19/03)
ANTON PEDKO/Efe





NOVA YORK - A Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução nesta quinta-feira declarando que o referendo da Crimeia, realizado no começo deste mês e apoiado por Moscou sobre a secessão da Ucrânia e união com a Rússia, é inválido. Por ser não vinculante, a resolução tem apenas caráter simbólico.
Na assembleia de 193 países, 100 votaram a favor, 11 contra e houve 58 abstenções, entre elas a do Brasil. Alguns países não participaram da votação. Diplomatas ocidentais disseram que o número de votos a favor foi mais alto do que o esperado.
A favor da resolução aprovada hoje se pronunciaram Espanha e outros países da América Latina como o Chile, a Colômbia, a Costa Rica, a República Dominicana, a Guatemala, o Haiti, Honduras, o México, o Panamá e o Peru.
Com a Rússia, também votaram contra: Armênia, Belarus, Bolívia, Coreia do Norte, Cuba, Nicarágua, Sudão, Síria, Venezuela e Zimbábue, enquanto emergentes como China, Índia e Brasil, além de outros latino-americanos como a Argentina, o Equador e o Uruguai se abstiveram.
"Afirmamos nosso compromisso com a soberania, com a independência política, com a unidade e integridade territorial da Ucrânia a partir de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente", diz o texto da resolução, que pede ainda moderação às partes envolvidas na crise.
Sem mencionar diretamente a Rússia, o texto pediu que membros da comunidade internacional desistam de ações que busquem romper a integridade territorial da Ucrânia.
Discussões. "O que aconteceu no meu país é uma violação direta da Carta da ONU (...) e aconteceu no coração da Europa em pleno século XXI", disse o ministro ucraniano de Relações Exteriores interino, Andriy Deshchystsya, ao apresentar a resolução.
O embaixador russo, Vitali Chrurkin, lembrou que a Crimeia aprovou por arrasadora maioria se reintegrar à Rússia. Na avaliação dele, Moscou não pode recusar o desejo de autodeterminação dos crimeios, uma vez que durante séculos a região fez parte da Rússia.
"Em vez de um governo de união nacional apareceu um governo de vencedores, com um partido racista, antissemita e xenófobo", acrescentou o embaixador russo.
A embaixadora americana, Samantha Power, destacou durante seu discurso que a resolução procura mostrar o compromisso com a soberania e integridade territorial da Ucrânia da comunidade internacional, que defende uma solução pacífica à crise.
"As fronteiras não são meras sugestões", afirmou Power, que reconheceu que a Rússia tem interesses "legítimos" na Ucrânia e disse que o direito à livre autodeterminação é um valor a defender, mas pediu que não se reconheça o referendo da Crimeia. / REUTERS e EFE
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,assembleia-geral-da-onu-considera-referendo-da-crimeia-invalido,1145874,0.htm

domingo, 9 de março de 2014

Premiê ucraniano diz que não cederá 'um centímetro' de seu território à Rússia

Anúncio ocorre depois que forças de segurança da Rússia e homens armados pró-Kremlin tomaram o controle da península da Crimeia no Mar Negro
09 de março de 2014
Agência Estado e Efe
O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, prometeu no domingo, 9, que a Ucrânia não cederá nem "um centímetro" do seu território à Rússia. "Essa é nossa terra. Não daremos nem um centímetro dela. Por esta terra deram seu sangue nossos pais e avôs. A Rússia e seu presidente deveriam saber disso", disse Yatseniuk, ao discursar em um comício em Kiev perante a estátua do poeta e herói nacional ucraniano, Taras Sevchenko, no 200º aniversário de seu nascimento.
                                     - APAP
O anúncio feito pelo premiê ocorre depois que forças de segurança da Rússia e homens armados pró-Kremlin tomaram o controle da península da Crimeia no Mar Negro.
"Que o saibam a Rússia e seu presidente. Nossa resposta à Rússia só pode ser uma: unidade, convencimento, clareza de alvos e fé que vamos pelo bom caminho", acrescentou Yatseniuk.
O chefe do governo interino ucraniano reconheceu que a Ucrânia está "perante o maior desafio para o país e para o povo em toda a história da independência" e se perguntou se serão "capazes de superar este desafio".
"Nossa resposta só pode ser uma: sim, venceremos", porque, acrescentou: "Conosco está a verdade, está Deus, está a Ucrânia e está nosso grande Taras".
Os participantes do comício guardaram um minuto de silêncio pela centena de pessoas mortas no centro de Kiev durante os graves distúrbios de fevereiro, que provocaram queda do governo do presidente Viktor Yanukovich.
Enquanto isso, na cidade de Donetsk, povoada majoritariamente por pessoas de origem russa, acontecem hoje duas manifestações opostas, uma pró-russa e outra dos partidários da unidade territorial da Ucrânia, da qual participa o líder do partido Udar (Golpe), Vitali Klitschko, um dos dirigentes, junto com Yatseniuk, do levante que provocou a mudança de poder em Kiev.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,premie-ucraniano-diz-que-nao-cedera-um-centimetro-de-seu-territorio-a-russia,1138871,0.htm

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Grupo invade sedes do governo na Crimeia e Ucrânia chama enviado russo

Cerca de 50 homens entraram nos prédios e colocaram a bandeira da Rússia

27 de fevereiro de 2014
O Estado de S. Paulo
(Atualizada às 09h40) SEVASTOPOL, CRIMEIA - Dezenas de homens armados tomaram nesta quinta-feira, 27, as sedes do Parlamento e do Governo da República Autônoma da Crimeia, no sul da Ucrânia, que passa por intensa turbulência política. Os edifícios foram invadidos por cerca de 50 homens uniformizados e sem distintivos, que levantaram a bandeira russa nos prédios, indicando que podem ser separatistas pró-Rússia.
                                  Manifestantes pró-Rússia foram até o Parlamento em Crimeia - Artur Shvarts/EfeArtur Shvarts/Efe
                                           Manifestantes pró-Rússia foram até o Parlamento em Crimeia
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia chamou o enviado russo em Kiev para consultas imediatas com Moscou depois da ocupação da sede do governo regional da Crimeia. Em um comunicado escrito e entregue ao enviado Andrei Vorobyov, o ministério solicitou que militares russos baseados no porto de Sevastopol, permaneçam na base.
A Ucrânia colocou suas forças de segurança em alerta e pediu aos militares russos, alocados em bases na Crimeia e no Mar Negro, que não movimentem as tropas. "Será considerado uma agressão militar", afirmou Oleksandr Turchynov, presidente interino ucraniano.
De acordo com a Reuters, um ativista pró-Rússia - chamado Maxim, que se negou a informar o sobrenome - afirmou que estava acampado junto a outros manifestantes do lado de fora do Parlamento de Simferopol, quando um grupo fortemente armado invadiu o prédio no início da manhã. Segundo ele, os homens vestiam coletes à prova de balas e carregavam lança-granadas e rifles.
Maxim afirma que todos foram obrigados a deitar no chão. "Eles nos perguntaram quem éramos. Falamos que defendemos a língua russa e a Rússia. 'Não tenham medo, estamos com vocês', responderam. Eles não parecem com voluntários ou amadores: eram profissionais. Era claramente uma operação bem organizada", diz. O grupo não teria permitido que ninguém se aproximasse durante a ação e, ao tomar o prédio, expulsou seis policiais responsáveis pela segurança no local.
O ministro interino do Interior, Arsen Avakov, confirmou na sua página do Facebook que as áreas em volta dos edifícios estão sendo isoladas pela polícia ucraniana. "Foram tomadas medidas para combater ações extremistas e não permitir que a situação se transforme em um confronto armado."
Segundo agências de notícias russas, caças fazem a patrulha do espaço aéreo nas áreas de fronteira. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 150 mil soldados, 880 tanques, 90 aviões e 80 navios estão envolvidos no exercício militar. Embora neguem que a demonstração militar esteja relaciona à situação da Ucrânia, os russos questionam a legitimidade das novas autoridades ucranianas, acusando-as de não conseguir controlar os segmentos radicais.
Confrontos. Na quarta-feira, cerca de 2 mil pessoas foram ao Parlamento de Simferopol para manifestar apoio ao movimento que destituiu Viktor Yanukovich, ex-presidente da Ucrânia. No entanto, manifestantes pró-Rússia, e contra o atual governo, também estavam no local e os dois grupos precisaram ser contidos por policiais.
A Crimeia pertence à Ucrânia desde 1954, quando o líder soviético era Nikita Khrushchev. A região continua sendo a única do país onde a etnia russa é majoritária; parte da frota russa do mar Negro fica estacionada no porto de Sevastopol.
Agora, a Crimeia é o último reduto importante de oposição à nova ordem política pós-Yanukovich. Os novos líderes do país manifestam preocupação com os sinais de separatismo na península./ REUTERS
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,grupo-invade-sedes-do-governo-na-crimeia-e-ucrania-chama-enviado-russo,1135309,0.htm
https://www.google.com.br/search?q=mapa+da+ucrania&tbm=isch&imgil=2mGyognWWns6bM%253A%253Bhttps%253A%252F%252Fencrypted-tbn2.gstatic.com%252Fimages%253Fq%253Dtbn%253AANd9GcSvyrUh5QcdeINJxgNPbzeA6G6vqZ58bAXxWTW1d6vX1lPnnvJVOg%253B547%253B368%253BkOGD9f-fUSC8qM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.novomilenio.inf.br%25252Fporto%25252Fmapas%25252Fnmucrani.htm&source=iu&usg=__2jysTq6uRWDlSadPK8bjX8JdJZE%3D&sa=X&ei=7ekPU6Nhh_GRB-WzgaAH&sqi=2&ved=0CDQQ9QEwBA&biw=1280&bih=699#facrc=_&imgdii=_&imgrc=2mGyognWWns6bM%253A%3BkOGD9f-fUSC8qM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.novomilenio.inf.br%252Fporto%252Fmapas%252Fimages%252Fnmucrani.gif%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.novomilenio.inf.br%252Fporto%252Fmapas%252Fnmucrani.htm%3B547%3B368