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quinta-feira, 27 de junho de 2013

China e Coreia do Sul decidem pressionar Norte sobre questão nuclear

Presidentes Xi Jinping e Park Geun-hye se mostram empenhados em apoiar sanções econômicas mais rigorosas

27 de junho de 2013
O Estado de S. Paulo
PEQUIM - O presidente chinês, Xi Jinping, recebeu nesta quinta-feira, 27, sua homóloga sul-coreana, Park Geun-hye, considerada uma "velha amiga da China", e concordou em pressionar a Coreia do Norte a aceitar novas negociações sobre a questão nuclear.
Park e Xi Jinping decidem pressionar Coreia do Norte - Wangzhao/EfeWangzhao/Efe   
 Park e Xi Jinping decidem pressionar Coreia do Norte
Os dois assumiram seus cargos neste ano e se mostram empenhados em conter o programa nuclear norte-coreano, inclusive apoiando sanções econômicas mais rigorosas contra o país, tradicional aliado de Pequim. "Os dois líderes partilharam uma visão comum sobre a desnuclearização da Coreia do Norte, a manutenção da paz e da estabilidade na península da Coreia e a resolução das questões por meio do diálogo e das negociações", disse a Presidência sul-coreana em nota.
A China apoiou o Norte na Guerra da Coreia (1950-53) e depois prestou, durante décadas, uma vital ajuda econômica e diplomática ao país. Mas Pequim nos últimos anos vem adotando uma postura mais rígida contra o regime de Pyongyang, que já fez três testes com armas nucleares desde 2006.
O governo chinês adotou várias sanções contra o Norte para forçar o país a negociar, incluindo, neste ano, restrições à atividade de bancos norte-coreanos na China. Em abril, Xi disse em um fórum internacional que nenhum país "deve ter o poder de atirar a região e até o mundo todo no caos por causa de ganhos egoístas". Ele não citou nominalmente a Coreia do Norte, mas a declaração foi feita no momento de maior tensão na região em várias décadas, quando Pyongyang fazia ameaças diárias de ataques contra a Coreia do Sul e os EUA.
Do ponto de vista comercial, a China tem muito mais a ganhar aproximando-se da Coreia do Sul, com a qual tem um comércio bilateral anual de US$ 215 bilhões. Com a Coreia do Norte, o comércio é de apenas US$ 6 bilhões por ano./ REUTERS



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Teerã acusa AIEA de inventar mentiras sobre o programa nuclear iraniano

06/11/2011
DA EFE, EM TEERÃ

O Irã acusou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de inventar mentiras contra o país em um relatório sobre o programa nuclear da República Islâmica que deve ser divulgado nos próximos dias, informa neste domingo o jornal "Tehran Times".

Conforme disse no sábado em Teerã o ministro das Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, o relatório "carece de autenticidade e credibilidade técnica".

O chefe da diplomacia iraniana afirmou que o documento indica que o Irã realiza estudos sobre mísseis com capacidade para transportar armas nucleares, mas destacou que esses dados "não são válidos".

Salehi lembrou que a AIEA já divulgou anteriormente informações similares e que o Irã respondeu amplamente a essas acusações e negou que seu programa nuclear tenha fins militares.

O chanceler comparou as acusações da AIEA com o pretexto alegado pelos Estados Unidos para invadir o Iraque em 2003, quando Warashington acusou o regime de Saddam Hussein de manter armas de destruição em massa. "[A invasão] levou ao massacre de milhares de inocentes, mas depois foi provado que todas as informações eram falsas".

Em referência aos EUA, que acusam o Irã de pretender fabricar armas nucleares, o ministro ressaltou que "a AIEA não deve trabalhar sob a influência das grandes potências, mas se manter independente".

AMEAÇAS

Na semana passada, vieram à tona ameaças das autoridades de Israel de realizar um ataque militar contra instalações nucleares do Irã. Até o presidente israelense, Shimon Peres, deu seu recado à República Islâmica.

Para Salehi, tanto as últimas acusações quanto as ameaças de ataques militares contra o Irã são infundadas e pretendem aumentar a pressão contra o regime islâmico, além de ter motivações políticas.

O Irã anunciou o desenvolvimento de 50 mísseis de fabricação nacional, alguns deles de médio alcance --com até 2.000 quilômetros. Além disso, o país também desenvolve um programa espacial que usa foguetes cuja tecnologia, segundo especialistas, pode ser empregada em mísseis balísticos com capacidade para transportar armas nucleares.

A ONU submeteu o Irã a quatro pacotes de sanções devido ao programa nuclear, que parte da comunidade internacional acusa ter objetivos militares. Teerã o nega e garante que tudo se destina exclusivamente a fins civis, além de estar submetido à supervisão da AIEA.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

China pede que Irã seja flexível na questão nuclear

04 de novembro de 2011
REUTERS

A China fez um chamado ao Irã para que mostre flexibilidade sobre o seu controverso programa nuclear e alertou que o uso da força para resolver a questão é a última coisa de que o Oriente Médio precisa no momento.

Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França vêm aumentando a pressão sobre o Irã à medida que se aproxima a divulgação, na semana que vem, de um aguardado relatório da ONU que poderá trazer novos detalhes sobre o lado militar do programa nuclear iraniano.

Os EUA e seus aliados europeus suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo a capacidade de produzir armas atômicas sob a fachada de um programa de energia nuclear para uso civil.

O Irã nega ter como objetivo fabricar bombas atômicas e diz que sua meta é a produção de energia elétrica.

A Rússia e a China pediram que a Agência Internacional de Energia Nuclear, órgão da ONU, dê ao Irã tempo para estudar e responder as alegações de possíveis atividades atômicas ligadas ao setor militar antes da publicação do relatório.

A expectativa é que o relatório da AIEA traga informações detalhadas de inteligência indicando as dimensões militares do programa nuclear iraniano, mas sem afirmar explicitamente que o país está tentando fabricar armas atômicas.

Os EUA e Israel têm indicado repetidamente a possibilidade do uso da força contra instalações nucleares iranianas, o que provoca duras ameaças de retaliação por parte do Irã.

(Por Ben Blanchard)

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,china-pede-que-ira-seja-flexivel-na-questao-nuclear,794459,0.htm

Netanyahu intensifica campanha em favor de ataque ao Irã

Governo desconfia que ex-chefes da inteligência esteja por trás de vazamento de informações

03 de novembro de 2011
Reuters e Associated Press

TEL AVIV - Decidido a destruir as instalações nucleares do Irã, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, está em campanha para persuadir os setores mais céticos de seu governo e a cúpula militar israelense a lançar uma ofensiva - de preferência com o apoio de aliados ocidentais, como os EUA.

Aliados do primeiro-ministro consideram ataque ao Irã como 'iminente' - Ronen Zvulun/ReutersRonen Zvulun/Reuters

O ataque, uma obsessão de Netanyahu, é considerado "iminente" por assessores e aliados do premiê, que já teria convencido o chanceler Avigdor Lieberman. Segundo o jornal Haaretz, de Israel, a discussão segue "intensa" e "séria" no gabinete de Netanyahu, que estaria usando termos apocalípticos, como a possibilidade de "um novo Holocausto", para derrotar as últimas resistências ao plano de guerra.

Os principais líderes militares do país, que são o maior obstáculo aos planos de Netanyahu, duvidam da eficácia de um ataque aéreo ao Irã, já que as instalações nucleares do país são subterrâneas e estariam bem protegidas.

O ministro do Interior, Eli Yishai, do partido ortodoxo Shas, também é contrário a uma ação militar. Segundo ele, o bombardeio poderia causar uma violenta reação contra Israel por parte do Hamas, na Faixa de Gaza, e do Hezbollah, no Líbano - ambos os grupos são apoiados por Teerã.

Ainda na terça, Netanyahu pediu a abertura de uma investigação para apurar o vazamento das informações sobre a preparação do plano. Segundo o jornal Al-Jarida, do Kuwait, ele desconfia que as informações foram passadas para a imprensa por Meir Dagan, ex-chefe do Mossad, serviço secreto de Israel, e por Yuval Diskin, ex-diretor do Shin Bet, serviço de inteligência interna do país.

Segundo fontes do governo israelense, citadas pelo jornal kuwaitiano, Diskin e Dagan querem vingança por não terem continuado no governo. "A intenção era prejudicar Netanyahu e o ministro da Defesa, Ehud Barak", diz a reportagem. O objetivo é promover uma campanha midiática para derrubar o premiê.

Sinais

O primeiro sinal importante de que o premiê estava decidido a atacar o Irã veio na semana passada, quando o jornal israelense Yediot Ahronot revelou a pressão de Netanyahu e Barak sobre ministros e militares. A reportagem era claramente sustentada por informações privilegiadas de alguém do governo.

O segundo sinal veio nesta semana, quando o Exército israelense concluiu, em bases da Otan na Itália, a simulação de um bombardeio de longo alcance e testou um novo míssil que tem capacidade para levar ogivas nucleares a 6 mil quilômetros de distância. Na terça, o comando militar israelense realizou novos exercícios de ataque com foguetes a centros urbanos.

O jornal britânico The Guardian informou ontem que as Forças Armadas da Grã-Bretanha têm um plano de contingência para o caso de os EUA optarem por uma ação militar contra o Irã e pedirem ajuda a Londres.

Reação

Teerã lançou um alerta aos EUA e a Israel. Segundo o chefe do Estado-Maior do Irã, general Hassan Firuzabadi, um eventual ataque contra instalações nucleares iranianas teria graves consequências. "Os EUA e o regime sionista sabem que sofrerão perdas enormes, pois as forças iranianas estão preparadas para causar grandes danos", disse. Para o também general Mohamed Hejazi, um ataque contra o país é "improvável". "A República Islâmica pode defender seus interesses nacionais. Por isso, as ameaças não são críveis nem têm valor para nós."

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mundo livre de armas nucleares ainda é miragem, diz Amorim

03/05/2010 20h55 - Atualizado em 03/05/2010

Chanceler defendeu eliminação dos arsenais em conferência em NY.
BBC
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira (3) que um mundo livre de armas nucleares ainda é pouco mais que uma miragem e voltou a defender a eliminação total dos arsenais.

"Quarenta anos após a entrada em vigor do TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear), o objetivo fundamental de um mundo livre de armas nucleares continua sendo pouco mais do que uma miragem", disse o ministro, em seu discurso na abertura da conferência de revisão do TNP, em Nova York.

"O Brasil está convencido de que a melhor garantia para a não-proliferação é a total eliminação das armas nucleares", afirmou.

"Enquanto alguns Estados possuírem armamentos nucleares, haverá outros tentados a adquiri-los ou desenvolvê-los. Podemos lamentar essa lógica perversa, mas não podemos negá-la facilmente."

Protocolo adicional
A conferência de revisão do TNP ocorre a cada cinco anos. Delegados de 189 países estão em Nova York e participarão das discussões até o dia 28.

Apesar de ser signatário do TNP, o Brasil, assim como outros países, sofre pressões para assinar o Protocolo Adicional do Tratado, que permite maior acesso da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) às instalações nucleares do país.

Em seu discurso, o ministro disse que "quaisquer compromissos adicionais" aos estabelecidos no TNP "devem ser considerados à luz da implementação geral do Tratado, particularmente no que diz respeito ao desarmamento nuclear".

O Brasil argumenta que a possibilidade de um conflito nuclear, como o TNP busca evitar, está nos países que já detêm armas desse tipo, e que por isso o objetivo do Tratado deveria ser a eliminação total dos arsenais.

"O TNP é intrinsecamente injusto, pois divide o mundo entre 'os que têm' e os que 'não têm'", disse Amorim.

"O próprio fato, lamentável, de que os membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China) são justamente os cinco Estados nucleares reconhecidos pelo Tratado reforça a percepção de que armas nucleares são um meio para obter proeminência política", afirmou o ministro.

Tecnologia pacífica

Em seu discurso, Amorim também defendeu o direito dos países de desenvolver tecnologia nuclear pacífica.

"Não se deve negar o direito a atividades nucleares pacíficas a nenhum país, contanto que tal país aja de acordo com o TNP e com os requisitos da AIEA acordados", disse.

"As preocupações legítimas com a não-proliferação não devem impedir o exercício do direito a atividades nucleares pacíficas."

O ministro disse ainda que "eventuais dúvidas" sobre a implementação do TNP "devem ser resolvidas, sempre que possível, por meio do diálogo e da negociação".

Irã
Dúvidas sobre os objetivos do Irã em seu programa nuclear são usadas como justificativa pelos Estados Unidos e outros países para buscar a aprovação de novas sanções do Conselho de Segurança contra o regime iraniano.

Esses países temem que o programa de enriquecimento de urânio do Irã tenha o objetivo secreto de fabricar armas nucleares, alegação negada pelo governo iraniano.

O Brasil, que ocupa uma vaga rotativa no Conselho de Segurança, tem defendido uma solução negociada para a questão nuclear iraniana.

As três rodadas anteriores de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança não foram suficientes para convencer o Irã a interromper seu programa.

Ahmadinejad e Hillary
A questão iraniana dominou o primeiro dia da conferência em Nova York, marcado por troca de acusações entre Irã e Estados Unidos.

Único chefe de Estado presente ao encontro, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, usou seu discurso para acusar Estados nucleares de ameaçarem países que não têm esse tipo de arsenal e que buscam desenvolver tecnologia nuclear pacífica.

As declarações provocaram reação dos delegados dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França, que se retiraram do recindo em protesto.

Pouco depois, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, fez um discurso pontuado de críticas ao Irã.

Hillary disse que o Irã era o único dos 189 países representados no encontro a estar em desacordo com suas obrigações nucleares e que colocava "o futuro do regime de não-proliferação em risco".

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/mundo-livre-de-armas-nucleares-ainda-e-miragem-diz-amorim.html