27/02/2010
Terremoto mata mais de 100 no Chile; risco de tsunami é grande no Havaí
O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado matou ao menos 122 pessoas. A presidente do pais, Michelle Bachelet, decretou estado de catástrofe e determinou que as regiões litorâneas e ilhas fossem desocupadas --como a Ilha de Páscoa.
Ondas gigantes atingiram as ilhas de Juan Fernandez e cidade costeira de Talcahuano (região central do país). O Centro de Alerta para Tsunamis do Pacífico alerta que há risco máximo de tsunami no Havaí.
Também há informações de incêndios causados por vazamentos de gás devido o rompimento de tubulações. O fogo atingiu a Universidade de Concepción --localizada perto do epicentro do terremoto. Um prédio de 15 andares caiu na cidade e uma velha ponte sobre o rio Bío-Bío desabou, disse o canal TV Chile, que mostrou imagens de casas danificadas após o abalo sísmico.
Em Concepción, a ponte que passa sobre o rio Bío Bío desabou após o terremoto. A ponte foi construída em 1937. Ela estava desativada desde 2002.
Segundo relatos, a parte da cidade mais afetada foi o centro antigo, onde vários imóveis desmoronaram. Em Santiago, há muitos prédios danificados.
Após o terremoto, moradores de várias regiões do Chile ficaram sem luz, água e serviços de telefonia.
O aeroporto internacional de Santiago ficará fechado por ao menos 24 horas, o que dificulta a entrada e saída de estrangeiros do país.
Mapa mostra a região atingida por tremor no Chile; terremoto foi o maior no país em 25 anos
O tremor foi o maior no país em 25 anos. Antes dele, o pior havia sido o de março de 1985, que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades.
Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida e região do Pacífico.
Sismólogo da UNB explica as causas do terremoto no Chile
Colaboração para a Folha Online
O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado e teve magnitude 8,8, de certa forma, já era esperado, admitiu o chefe do observatório sismológico da UnB (Universidade de Brasília), Jorge Sands.
O sismólogo explica que os tremores foram resultantes de uma pressão na terra, causada pelas placas tectônicas em movimento. Segundo ele, o movimento dessas placas acontece lentamente, gerando um processo de deformação nas grandes massas da rocha. Quando esses esforços atingem o limite de resistência da rocha, ela se rompe e libera energia sob forma de ondas sísmicas que, ao se espalharem, causam o terremoto.
Segundo Sands, o Chile está numa região onde grandes placas tectônicas se encontram e, como a terra está em constante movimento, ocasionalmente estas placas colidem. A região onde o terremoto de hoje ocorreu possui, inclusive, um histórico de terremotos, sendo que o mais violento já registrado aconteceu em 1960 e atingiu 9,5 graus na escala Richter. Por este motivo, os terremotos na área, de certa forma, já são esperados.
Em relação ao Brasil, o sismólogo explica que dificilmente um terremoto desta magnitude aconteceria em nosso país, pois, estamos em uma região mais estável sem limites de placa tectônica. O máximo que se espera são reflexos do abalo em grandes cidades com maior altitude como Brasília, São Paulo e Curitiba.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u699958.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u699963.shtml
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