sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

GRÉCIA

12/02/2010 - 09h51
Recessão na Grécia piora no 4º tri e eleva risco sobre plano para dívida
da Reuters, em Atenas
da Folha Online

A economia da Grécia encolheu 0,8% no quarto trimestre, e dados oficiais nesta sexta-feira também mostraram revisões negativas para os outros três trimestres do ano passado, indicando o aprofundamento da recessão.

A contração do quarto trimestre foi maior que a prevista em uma pesquisa da Reuters, de 0,5%, e se segue a uma queda de 0,5% (dado revisado) no trimestre anterior --a agência nacional de estatísticas da Grécia tinha informado uma queda de 0,4% no terceiro trimestre.

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A economia grega encolheu 2,6% em uma base anual, após uma queda anual revisada de 2,5% no último trimestre de 2009, que tinha sido inicialmente avaliada em 1,7%.

Economistas disseram que os dados sugerem que a Grécia encolheu cerca de 2% no ano passado como um todo, indicando problemas para o plano do governo grego de reduzir o seu deficit exorbitante e sair da crise de dívida.

"A previsão [de crescimento] do governo grego é muito otimista", disse Ben May, da Capital Economics. "Isso será outro fator que fará o ajuste fiscal que a Grécia está tentando alcançar muito difícil."

O governo socialista da Grécia prevê que a economia de 250 bilhões de euros do país voltará a crescer na segunda metade deste ano, depois de entrar na sua primeira recessão em 16 anos em 2009.

Ajuda

Em reunião realizada ontem, os países-membros da zona do euro se comprometeram a tomar medidas "decididas e coordenadas" para garantir a estabilidade financeira à região, caso seja necessário. A Grécia terá ainda sua situação monitorada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). A primeira avaliação do país após o início do acompanhamento está prevista para março.

O deficit da Grécia, de 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, está muito acima do limite de até 3% do PIB determinado pelas regras da zona do euro aos seus países-membros.

Hoje o BCE (Banco Central Europeu) informou que juntará forças com a Comissão Europeia, o órgão executivo da UE (União Europeia), para monitorar a Grécia e para redigir "medidas adicionais necessárias" para manter a estabilidade na zona do euro.

"Eu confirmo que o BCE irá trabalhar com a Comissão Europeia na monitoração da implementação das recomendações da Grécia e irá trabalhar com a Comissão Europeia nas propostas para as medidas adicionais necessárias", disse o presidente do BCE,

Jean-Claude Trichet, em comunicado. "Podem contar com nossa atenção permanente em relação a esse assunto."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u693212.shtml

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