domingo, 21 de fevereiro de 2010

SUDÃO


Sudão é o maior país da África e localiza-se no centro-leste do continente. Seu território divide-se em duas regiões bem distintas: uma área desértica ao norte e uma área de savanas e florestas tropicais ao sul.



O islã predomina no Norte, enquanto tradições tribais (animismo) e o cristianismo prevalecem no Sul.

História

Conflitos entre o Egito, o Sudão, a Etiópia e a Grã-Bretanha deram origem a um domínio anglo-egípcio na região em 1899. Tal domínio sobreviveu às duas Guerras Mundiais e adentrou na década de 50, quando o crescente sentimento nacionalista levou o Sudão à sua completa independência em 1956.

Após obter sua autonomia, o país foi devastado por uma guerra civil que começou em 1983 e dura, de certa forma, até hoje. O estopim foi a introdução da sharia (lei islâmica) em todo o território sudanês.

Isso desagradou o sul do país, habitado por cristãos e animistas, que se revoltou contra o norte, de maioria muçulmana, e procura a separação do restante do país.

O governo, localizado no norte, não aceita a separação, uma vez que as riquezas naturais do país, como o petróleo, se encontram no sul do Sudão.

O conflito entre o norte e o sul já causou a morte de 1,5 milhão de pessoas.

Diálogos entre os rebeldes e o governo levaram a um acordo de paz em janeiro de 2005. O acordo dava ao sul do Sudão uma autonomia de seis anos. Terminado esse prazo, será realizado um referendo sobre a independência da região (em 2010 ou 2011).

Darfur

A dinâmica do conflito em Darfur, oeste do país, se tornou mais complexo durante 2007, quando facções militares e rebeldes proliferaram. Diálogos de paz, realizados na Líbia, foram embaraçados por grupos chaves, que se recusavam a participar. Segundo a ONU, essa é a pior crise do mundo.

Pobreza

O Sudão é um dos países mais pobres do mundo e os cristãos são os que se encontram em pior situação. Os combatentes desalojam a população civil, roubam os rebanhos e incendeiam vilarejos. Além disso, terras férteis estão improdutivas em função da constante movimentação da população que foge das áreas de conflito.

Apesar dos esforços realizados pelo Programa de Alimentação Mundial das Nações Unidas, pouca ajuda chega aos refugiados famintos. Tal situação é explicada em parte pela atitude constante do governo de Cartum de reter as remessas humanitárias como retaliação aos ataques das forças rebeldes. Além disso, muitas tropas rebeldes acabam distribuindo os alimentos para seus próprios soldados, contribuindo para o desvio dos alimentos.

Dados gerais

Capital
Cartum

Governo
República presidencialista, chefiada pelo presidente Omar Hassan Ahmad al-Bashir desde outubro de 1993

População
33.610.000

Área
2.505.813 km2

Localização
Centro-leste da África

Idiomas
O inglês e o árabe são os idiomas oficiais

Religião
Islamismo 70%, cristianismo 20%, tradições tribais 10%

Moeda
Dinar sudanês

Restrições
A Constituição é baseada na lei islâmica, mas não restringe as atividades cristãs. A oposição vem das comunidades e de grupos fundamentalistas

Economia
A economia sudanesa baseia-se na agricultura, sobretudo na exploração de cash crops como o algodão e o óleo de sésamo, em conjunto responsáveis por 40% das receitas de exportação do país. A região sul do Sudão é rica em petróleo, com reservas estimadas de 250 milhões de barris e potencial de capacidade de produção diária de 150 mil barris. A exploração desses recursos tem sido dificultada, todavia, pela falta de uma infra-estrutura de transporte adequada e, sobretudo, pelo longo conflito interno entre o Governo central e as províncias do sul do país.

O Produto Interno Bruto (PIB) sudanês, estimado em US$ 19,3 bilhões em 2004, apresentou um crescimento médio anual de 4,7% entre 1991 e 2001. Esse bom desempenho é atribuído à recuperação do setor agrícola, bem como ao aumento dos gastos governamentais e ao desenvolvimento do setor petrolífero. Em 2004, o crescimento foi estimado em 6,4%.

Calcula-se que o esforço de guerra tenha custado aos cofres públicos algo em torno de US$ 1 milhão por dia. No período de 1993-96, a taxa anual média de inflação foi de 88%, baixando para 65% em 1997, 17% em 1998 e 18% em 1999. Em 2003, chegou a 13%. A dívida externa total, segundo estimativa em 2004, seria de US$ 17,2 bilhões. O Sudão não vinha honrando os pagamentos de juros ou de principal, razão pela qual, no princípio de 1997, esteve prestes a ser expulso do FMI. Ulteriormente, chegou a um acordo pelo qual deve efetuar pagamentos mensais de US$ 4.5 milhões, além de adotar medidas para manter a inflação sob controle, acelerar o processo de privatização e atingir um equilíbrio fiscal (corte de despesas e aumento de receitas).

Em 2004, o comércio exterior global teria atingido a cifra de US$ 4,6 bilhões, com exportações de US$ 2 bilhões e importações de US$ 2,6 bilhões. Os principais produtos de exportação do Sudão são: combustíveis, óleos e ceras minerais; sementes e grãos; algodão; gomas e sucos vegetais; e peles. China, países do Oriente Médio (Arábia Saudita) e da Europa (Reino Unido) figuram entre os principais clientes e, ao mesmo tempo, como os maiores provedores. O Sudão importa variados artigos, sobretudo manufaturados, como caldeiras, máquinas e instrumentos mecânicos; veículos; aparelhos elétricos; obras de ferro e aço; e produtos farmacêuticos.


http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=155

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://geography.about.com/od/sudanmaps/Sudan_Maps.htm

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.arab.de/arabinfo/sudan.htm

http://www2.mre.gov.br/deaf/daf_3/sudao2.htm

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