A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica de juros do país, a Selic, em 0,75 p.p. (ponto percentual), para 9,75% ao ano, fez com que o Brasil completasse 27 meses na liderança do ranking dos países com maiores juros reais do planeta.
O país ocupa a primeira posição do ranking desde janeiro de 2010, quando ultrapassou o segundo colocado à época.
Segundo levantamento da corretora Cruzeiro do Sul, para que o Brasil deixasse a primeira colocação no ranking, seria necessário um corte de 1,75 ponto percentual na taxa Selic. Assim, o país chegaria a um juro real de 3,3%, ocupando a segunda posição, atrás da Rússia, com 3,4%.
O ranking é elaborado por Jason Vieira, analista internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, com 40 das maiores economias do planeta. Da taxa básica, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
Com a redução, os juros reais foram a 4,2% ao ano. Na segunda posição aparece a Rússia, com taxa real de 3,4%. "O destaque é a queda da China no ranking, devido à inflação mais alta e a elevação da Rússia devido ao movimento inverso", aponta Vieira
Enquanto o Brasil continua no topo da lista, mais da metade dos países citados, 22 no total, registram juro real negativo. Tanto que a taxa média geral dos 40 países analisados ficou em -0,7%. Os últimos lugares do ranking são ocupados por Cingapura (-4,6%), Hong Kong (-5,3) e Venezuela (-8,5%).
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1058492-brasil-e-lider-em-juros-reais-no-mundo-ha-27-meses.shtml
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