sábado, 30 de maio de 2009

FUSOS HORÁRIOS

O planeta Terra possui uma forma esférica, por isso quando realiza o movimento de rotação (movimento que a Terra realiza em torno de si mesma), uma parte fica iluminada, enquanto a outra fica escura. Na medida em que o movimento se realiza, áreas que estavam iluminadas vão gradativamente perdendo luminosidade, ou seja, onde é manhã logo passa a ser tarde, e assim por diante.
O nosso planeta possui 360°, o dia é composto por 24 horas. Então, se dividirmos 360° por 24, totalizamos 15°, o que corresponde a 1 hora. O movimento de rotação é responsável pelo surgimento dos dias e das noites. O homem instituiu horários distintos no mundo, e partir daí foi implantado o sistema de fusos horários.
O mundo possui 24 fusos, cada um desses corresponde a uma linha imaginária traçada de um pólo ao outro. Desse modo, cada fuso se encontra entre dois meridianos. Toda porção terrestre que se estabelece nesse intervalo possui o mesmo horário. Antes da implantação dos fusos, havia diversos contratempos e problemas, por isso foi realizada em 1884, nos Estados Unidos, uma conferência de astrônomos na qual foi discutida a padronização dos horários em todos os pontos do planeta. O Meridiano de Greenwich é o meridiano principal, uma vez que esse é o ponto inicial ou referencial para a implantação dos fusos. A partir do Meridiano de Greenwich, no sentido leste, a cada fuso adianta-se uma hora, e no sentido oeste, atrasa-se uma hora. Por exemplo: se em Los Angeles (EUA) for 14 horas, em Bagdá (Iraque) - cidade localizada a onze fusos de diferença - será 1 hora.
O horário oficial utilizado como base para todo o território brasileiro é o de Brasília que se mantêm atrasado três horas em relação ao meridiano de Greenwich. Durante o conhecido horário de verão, é acrescida uma hora às regiões que o utiliza como forma de diminuir o consumo de energia da região.
Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola
EXERCÍCIOS DE FUSOS HORÁRIOS
(Fei) Um avião parte de Brasília rumo a Rio Branco, no Acre. O tempo de vôo é de 3 horas. Partindo às 16 horas, o avião deverá chegar às: (Obs: chegada no horário local e não considere o horário de verão.)
a) 16 horas b) 17 horas c) 18 horas d) 19 horas e) 20 horas
(Ufac) Localizadas a Oeste de Greenwich, duas cidades, “A” e “B”, encontram-se, respectivamente, a 90° e 45°. Numa quarta-feira, um avião saiu de “A” às 14h30min e chegou a “B” depois de 5 horas de viagem. O horário de chegada em “B” foi:
a) 18h30min da quarta-feira. b) 19h30min da quarta-feira.
c) 22h30min da quarta-feira. d) 00h30min da quinta-feira. e) 02h30min da quinta-feira.
(Ufam) O fuso horário de Manaus em relação à hora de Greenwich está atrasado em:
a) 3 horas b) 1 hora c) 2 horasd) 5 horas e) 4 horas
(Ufpi) Na copa da Alemanha o jogo Brasil x França foi iniciado em Frankfurt às 21h do dia 1º de julho de 2006. Sabendo-se que a cidade de Brasília fica a 60º W de Frankfurt, e que entre junho e agosto a Alemanha estava com horário de verão, é correto afirmar que o jogo começou a ser transmitido em tempo real, em Teresina, às:
a) 11h b) 12h c) 14h d) 16h e) 18h
Responda:
1- Que horas serão nos lugares abaixo, sabendo que em Brasília (45º O), são 12h.
a) Chicago – 90º O
b) Bombaim – 90º L

2- Em Londres (0º) são 10h, que horas serão em:
a) New York – (75º O)
b) Pretória – (30º L)

3- No Cairo (30º L) são 20h, que horas serão em:
a) Berlim (15º L)
b) Xangai (120º L)
c) Lima (75º O)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

GUERRA FRIA

Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra econômica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo em dois blocos, com sistemas econômico e político opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida armamentista que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear.
ESQUEMA - GUERRA FRIA
¨ Inicio- Ao final da II Guerra mundial:
¨ Enfraquecimento econômico e político dos países europeus
¨ Bipolaridade mundial
¨ Cortina de Ferro
¨ Ausência de confrontos diretos entre EUA e URSS
¨ Bomba atômica soviética
¨ Criação da OTAN e do Pacto de Varsóvia
¨ Descolonização da África e da Ásia
- Revolução socialista na China
¨ Plano Marchal
¨ Marcatismo
¨ Muro de Berlim (Maior símbolo da Guerra Fria)
¨ Guerra da Coréia
¨ Guerra do Vietnã
¨ Invasão da Hungria
¨ Primavera de Praga
¨ Revolução cubana
¨ Questão dos mísseis
¨ Aliança para o Progresso
¨ Combate ao populismo na América latina
¨ Apoio as ditaduras latino-americanas
¨ Detente
¨ Perestroika e Glasnort
¨ Queda do muro de Berlim ( maior representação do fim da guerra fria)
Nos fins da Segunda Guerra Mundial, os países aliados se reuniram na Conferência de Yalta para discutirem a organização do cenário político e econômico do pós-guerra. Já nesse encontro, Estados Unidos e União Soviética se sobressaíram como as duas maiores potências do período. Contudo, as profundas distinções ideológicas, políticas e econômicas dessas nações criaram um clima de visível antagonismo. Preocupada com o avanço da influência do socialismo soviético, os norte-americanos buscaram se aliar politicamente a algumas nações da região balcânica. Em contrapartida, os soviéticos criaram um “cordão de isolamento” político que impediria o avanço da ideologia capitalista pelo restante da Europa Oriental. Essa seria apenas as primeiras manobras que marcariam as tensões ligadas ao desenvolvimento da chamada “Guerra Fria”.O confronto entre socialistas e capitalistas ganhou esse nome porque não houve nenhum confronto direto envolvendo Estados Unidos e União Soviética. Nessa época, a possibilidade de confronto entre essas duas nações causava temor em vários membros da comunidade internacional. Afinal de contas, após a invenção das armas de destruição em massa, a projeção de uma Terceira Guerra Mundial era naturalmente marcada por expectativas desastrosas.Geralmente, percebemos que os episódios ligados à Guerra Fria estiveram cercados por diferentes demonstrações de poder que visavam indicar a supremacia do mundo capitalista sobre o socialista, ou vice-versa. Um primeiro episódio de tal natureza ocorreu com o lançamento das bombas atômicas em território japonês. Através do uso dessa tecnologia, o mundo capitalista-ocidental visava quebrar a hegemonia socialista no Oriente. Logo em seguida, os soviéticos bloquearam a cidade de Berlim em reação contra a tentativa de garantir a hegemonia política capitalista na região. Em resultado desse confronto, o território alemão foi dividido em dois Estados: a República Federal da Alemanha, de orientação capitalista; e a República Democrática Alemã, dominada pelos socialistas. Nessa mesma região seria construído o Muro de Berlim, ícone máximo da ordem bipolar estabelecida pela Guerra Fria.Buscando garantir oficialmente o apoio de um amplo conjunto de nações, os Estados Unidos anunciaram formulação do Plano Marshall, que concedia fundos às nações capitalistas, e logo depois, a criação da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Por meio dessa última organização militar, os capitalistas definiram claramente quais países apoiariam os EUA em uma possível guerra contra o avanço das forças socialistas.Sem demora, a União Soviética também conclamou os países influenciados pela esfera socialista a assinarem o Pacto de Varsóvia, criado em 1955. Tendo pretensões muito semelhantes à OTAN, a união congregava União Soviética, Albânia, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e a República Democrática Alemã. Um pouco antes, respondendo às bombas de Hiroshima e Nagasaki, os soviéticos ainda promoveram testes nucleares no Deserto do Cazaquistão.Essa seria apenas uma pequena amostra da truculenta corrida armamentista que se desenhou entre os capitalistas e socialistas. Como se não bastassem tais ações, a Guerra Fria também esteve profundamente marcada pelo envolvimento de exércitos socialistas e capitalistas em guerras civis, onde a hegemonia política e ideológica desses dois modelos esteve em pauta. Somente nos fins da década de 1980, quando a União Soviética começou a dar os primeiros sinais de seu colapso econômico e político, foi que essa tensão bipolar veio a se reorganizar. Antes disso, conforme muito bem salientou o historiador Eric Hobsbawm, milhares de trabalhadores, burocratas, engenheiros, fornecedores e intelectuais, tomaram ações diversas em torno da ameaça de uma desastrosa guerra.
Por Rainer SousaGraduado em HistóriaEquipe Brasil Escola
http://br.geocities.com/fld2001/guerrafria.htm
http://www.guerras.brasilescola.com/seculo-xx/guerra-fria.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_fria.htm

SOCIALISMO


O socialismo está centrado na eliminação das desigualdades sociais com base na propriedade coletiva dos meios de produção. No sistema socialista, os prédios, máquinas e instrumentos utilizados na produção pertencem a toda a sociedade, representada pelo Estado. Segundo a teoria socialista, só assim se pode eliminar a exploração do homem pelo homem que caracteriza as relações de trabalho capitalista. Em oposição ao capitalismo, o objetivo do socialismo não é o lucro, mas o bem-estar de toda a sociedade, estendendo a todos o direito à saúde, educação e trabalho.


Apesar das conquistas sociais (como educação e saúde gratuita para todos) e do desenvolvimento econômico obtido, o socialismo não atendeu às expectativas da população. O único partido político legal era o Partido Comunista, e não havia permissão para divergências. O turismo e as migrações eram rigorosamente controlados pelo Estado; não haviam liberdade de expressão e de imprensa.
Em torno do Estado criou-se uma enorme e poderosa classe de burocratas que desfrutavam de privilégios e benefícios, denominada Nomenklatura pelos críticos do socialismo. Administravam a economia nacional segundo seus próprios interesses, a fim de manter os privilégios conquistados. Uma das formas cotidianas de corrupção da Nomencklatura era o livre acesso a bens de consumo racionados, contrariando o propósito de igualdade social.

As características do socialismo são completamente diferentes em relação ao capitalismo, a seguir veja os principais aspectos socialistas:

• Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outros, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda riqueza gerada pelos processos produtivos são igualmente divididos entre todos.

• Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe; a dos proletários. Todos trabalham em conjunto e com o mesmo propósito, melhorar a sociedade. Por isso não existem empregados e patrões.

• Economia planificada e controlada pelo Estado: o Estado realiza o controle de todos os seguimentos da economia. O mesmo é responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc. Configuração completamente diferente do sistema liberal que vigora no capitalismo, no qual o próprio mercado controla a economia. Dessa forma, não há concorrência e variação dos preços.
Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola
http://www.portalimpacto.com.br/

http://www.moreira.pro.br/histsoccent.htm

http://www.brasilescola.com/geografia/as-caracteristicas-socialismo.htm

CAPITALISMO

Capitalismo é o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos.

No sistema capitalista, as padarias, as fábricas, confecções, gráficas, papelarias etc., pertencem a empresários e não ao Estado (país). Nesse sistema, a produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. O capitalista, proprietário de empresa, compra (salário) a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter um excedente denominado lucro. No capitalismo, as classes não mais se relacionam pelo vínculo da servidão (período Feudal da Idade Média), mas pela posse ou carência de meios de produção e pela livre contratação do trabalho e/ou tabalhadores.
São chamados capitalistas os países cujo modo de produção dominante é o capitalista. Neles coexistem, no entanto, outros modos de produção e outras classes sociais, além de capitalistas e assalariados, como artesãos e pequenos agricultores. Nos países menos desenvolvidos, parte da atividade econômica assume formas pré-capitalistas, exemplificadas pelo regime da meia ou da terça, pelo qual o proprietário de terras entrega a exploração destas a parceiros em troca de uma parte da colheita.

É necessário lembrar que este sistema de produção, no transcorrer dos séculos, assumiu diversas fases, a primeira delas, é o capitalismo agrícola, que é o capital (ainda embrionário) no campo; a segunda, é o capitalismo mercantil (comercial), fundamentalmente a era do mercantilismo; a terceira, o capitalismo industrial (capitalismo propriamente dito) do século XVIII, com as grandes revoluções das invenções das máquinas; e, finalmente, é quando se tem o capitalismo financeiro (o ganho pelo movimento do capital financeiro), talvez sem o nível de especulação que exige hoje em dia.

São características clássicas do capitalismo:

Propriedade privada: consiste no sistema produtivo vinculado à propriedade individual.

Lucro: é o principal objetivo capitalista, proveniente do resultado da acumulação de capital.

Economia de mercado: livre iniciativa da regulação do mercado, sem ou pouca intervenção do estado. Esse processo ocorre por meio da oferta e da procura, que regula os preços e os estoques das mercadorias, o estado tem a responsabilidade de intervir somente em casos delicados e também na implantação de medidas que garantem a instabilidade econômica.

Divisão de classes: esse é um dos pontos mais polêmicos do capitalismo, é a distinção entre duas classes sociais, de um lado está uma minoria denominada de capitalistas ou donos dos meios de produção e de capitais, e do outro lado a maioria chamada proletários, que vende sua força de trabalho em troca de um salário que garanta saúde, alimentação, transporte, lazer, etc., no entanto, é nesse ponto que constitui a divisão das classes, uma vez que nem sempre o capitalista oferece uma remuneração que seja suficiente para sanar todas as necessidades básicas da maioria dos trabalhadores. Desse processo o capitalista adquiriu a mais-valia, que corresponde aos lucros oriundos do trabalho do proletário.

http://www.renascebrasil.com.br/f_capitalismo2.htm
http://www.eumed.net/cursecon/libreria/2004/lgs-ens/12.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/algumas-caracteristicas-capitalismo.htm

segunda-feira, 25 de maio de 2009

FONTES DE ENERGIA


A ENERGIA é um dos insumos básicos que é de fundamental importância para o desenvolvimento e a auto-suficiência econômica de uma nação. Uma nação que não tenha a produção própria de energia não é uma nação independente. Uma nação que necessite importar petróleo é uma nação dependente.
Petróleo
O petróleo é considerado uma fonte de energia não renovável, de origem fóssil e é matéria prima da indústria petrolífera e petroquímica. O petróleo bruto possui em sua composição uma cadeia de hidrocarbonetos, cujas frações leves formam os gases e as frações pesadas o óleo cru. A distribuição destes percentuais de hidrocarbonetos é que define os diversos tipos de petróleo existentes no mundo.
O petróleo é um combustível fóssil, originado provavelmente de restos de vida aquática animal acumulados no fundo de oceanos primitivos e cobertos por sedimentos. O tempo e a pressão do sedimento sobre o material depositado no fundo do mar transformaram-no em massas homogêneas viscosas de coloração negra, denominadas jazidas de petróleo.
Na natureza quando encontrado está nos poros das rochas, chamadas de rochas reservatórios, cuja permeabilidade irá permitir a sua produção. Permeabilidade e porosidade são duas propriedades características de rochas sedimentares, motivo pelo qual as bacias sedimentares são os principais locais de ocorrência. Porosidade é uma característica física, definida como o percentual entre volume vazio e o volume total das rochas. Permeabilidade é a característica física relacionada com a intercomunicação entre os espaços vazios, e permite que ocorra a vazão de fluidos no meio poroso. Na natureza as rochas sedimentares são as mais porosas, e quando possuem permeabilidade elevada, formam o par ideal para a ocorrência de reservatórios de petróleo economicamente exploráveis.
Os egípcios utilizavam o petróleo como um dos elementos para o embalsamamento de seus mortos, além de empregarem o betume na união dos gigantescos blocos de rochas das pirâmides.
No continente americano, os incas e os astecas conheciam o petróleo e, a exemplo da Mesopotâmia, o empregavam na pavimentação de estradas. Geralmente, o petróleo aproveitado pelas civilizações antigas era aquele que aflorava à superfície do solo. Uma das peculiaridades do petróleo é a migração, ou seja, se ele não encontrar formações rochosas que, por serem impermeáveis, o prendam, sua movimentação no subsolo será constante, com a conseqüente possibilidade de aparecer à superfície.
A partir de 1920 os transportes terrestres, marítimos e aéreos passaram a consumir quantidades cada vez maiores do novo combustível. Em 1930 surgiu a indústria petroquímica tendo como base o petróleo, para produzir numerosos equipamentos, objetos, produtos, etc.
Nessa época, o subproduto indesejável passou a ser a querosene, então pouco utilizado. Apenas com o advento dos aviões a jato, em 1939, esse combustível voltou a ser amplamente consumido. Dessa forma, a indústria de refino teve um impulso fenomenal, garantindo o abastecimento de milhares de veículos e o funcionamento dos parques industriais. A gasolina passou a ser o principal derivado do petróleo, enquanto ocorria uma ampliação do sistema de estradas, exigindo mais asfalto. Em 1938 , 30% da energia consumida no mundo provinha do petróleo.
Mas as duas crises sucessivas do petróleo, em 1973 e 1978, levaram a uma reconsideração da política internacional em relação a esse produto, e os países dependentes do petróleo intensificaram a busca de fontes de energia alternativas. Microorganismos marinhos (chamados plânctons), na ausência de oxigênio, se transformaram, ao longo de milhões de anos, nos constituintes do petróleo (hidrocarbonetos, animais, tioálcoois, etc.).
Comercialmente, existem dois tipos de petróleo: o leve (com maior proporção de gasolina) e o pesado (com maior proporção de querosene e óleos combustíveis). O petróleo leve tem maior cotação no mercado mundial, por causa do elevado consumo de gasolina.
O petróleo é uma mistura de compostos orgânicos, na qual predominam os alcanos. É a mais importante fonte de energia (através da queima dos alcanos) e constitui a matéria-prima da indústria petroquímica, responsável pela manufatura de milhares de produtos de consumo diário, tais como: plásticos, adubos, corantes, detergentes, álcool comum, acetona, gás hidrogênio, etc.
Os maiores produtores de petróleo são: Rússia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, México e Inglaterra.
Porém, as maiores reservas de petróleo (mais de 50%) estão nos países banhados pelo golfo Pérsico.
Os lençóis petrolíferos ocorrem em cavidades que podem atingir até 7000m de profundidade, no continente ou em plataformas submarinas, juntamente com o petróleo encontra-se água salgada e gás natural (sob pressão).
Carvão
Os carvões minerais são formados a partir do soterramento e decomposição de restos materiais de origem vegetal. Gradualmente, estes materiais ao sofrerem soterramento e compactação em bacias de deposição, apresentam enriquecimento no teor de carbono.
Fatores externos, tais como pressão, temperatura, tectônica e tempo de exposição, determinam o grau de carbonificação destes combustíveis. Durante este período de modificações, existe perda de oxigênio e água, associado ao enriquecimento do carbono.
A queima de combustíveis fósseis resulta na emissão de uma série de poluentes para o ar.

Gás Natural
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, que à temperatura ambiente e pressão atmosférica, permanece no estado gasoso. É um gás inodoro e incolor, não é tóxico e é mais leve que o ar. O gás natural é uma fonte de energia limpa, que pode ser usada nas indústrias, substituindo outros combustíveis mais poluentes, como óleos combustíveis, lenha e carvão. Desta forma ele contribui para reduzir o desmatamento e diminuir o tráfego de caminhões que transportam óleos combustíveis para as indústrias. As reservas de gás natural são muito grandes e o combustível possui inúmeras aplicações em nosso dia-a-dia, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Sua distribuição é feita através de uma rede de tubos e de maneira segura, pois não necessita de estocagem de combustível e por ser mais leve do que o ar, dispersa-se rapidamente na atmosfera em caso de vazamento. Usando o gás natural, você protege o meio ambiente e colabora para acabar com a poluição. É uma energia de origem fóssil, resultado da decomposição da matéria orgânica fóssil no interior da Terra, encontrado acumulado em rochas porosas no subsolo, freqüentemente acompanhado por petróleo, constituindo um reservatório.
Por estar no estado gasoso, o gás natural não precisa ser atomizado para queimar. Isso resulta numa combustão limpa, com reduzida emissão de poluentes e melhor rendimento térmico, o que possibilita redução de despesas com a manutenção e melhor qualidade de vida para a população. A composição do gás natural pode variar bastante, predominando o gás metano, principal componente, etano, propano, butano e outros gases em menores proporções. Apresenta baixos teores de dióxido de carbono, compostos de enxofre, água e contaminantes, como nitrogênio. A sua combustão é completa, liberando como produtos o dióxido de carbono e vapor de água, sendo os dois componentes não tóxicos, o que faz do gás natural uma energia ecológica e não poluente.
O gás natural caracteriza-se por sua eficiência, limpeza e versatilidade. É utilizado em indústrias, no comércio, em residências, em veículos. É altamente valorizado em conseqüência da progressiva conscientização mundial da relação entre energia e o meio ambiente.

Energia nuclear
Este tipo de energia é obtido a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia.
Urânio enriquecido - o que é isto? Sabemos que o átomo é constituído de um núcleo onde estão situados dois tipos de partículas: os prótons que possuem cargas positivas e os nêutrons que não possuem carga.
Em torno do núcleo, há uma região denominada eletrosfera, onde se encontram os elétrons que têm cargas negativas. Átomos do mesmo elemento químico, que possuem o mesmo número de prótons e diferentes número de nêutrons são chamados isótopos. O urânio possui dois isótopos: 235U e 238U. O 235U é o único capaz de sofrer fissão. Na natureza só é possível encontrar 0,7 % deste tipo de isótropo. Para ser usado como combustível em uma usina, é necessário enriquecer o urânio natural. Um dos métodos é “filtrar” o urânio através de membranas muito finas. O 235U é mais leve e atravessa a membrana primeiro do que o 238U. Esta operação tem que ser repetida várias vezes e é um processo muito caro e complexo. O urânio é colocado em cilindros metálicos no núcleo do reator que é constituído de um material moderador (geralmente grafite) para diminuir a velocidade dos nêutrons emitidos pelo urânio em desintegração, permitindo as reações em cadeia. O resfriamento do reator do núcleo é realizado através de líquido ou gás que circula através de tubos, pelo seu interior. Este calor retirado é transferido para uma segunda tubulação onde circula água. Por aquecimento esta água se transforma em vapor (a temperatura chega a 320oC) que vai movimentar as pás das turbinas que movimentarão o gerador, produzindo eletricidade (fig. 2).
Depois este vapor é liquefeito e reconduzido para a tubulação, onde é novamente aquecido e vaporizado.
No Brasil, está funcionado a Usina Nuclear Angra 2 sendo que a produção de energia elétrica é em pequena quantidade que não dá para abastecer toda a cidade do Rio de Janeiro. No âmbito governamental está em discussão a construção da Usina Nuclear Angra 3 por causa do déficit de energia no país.
Poucos países possuem esta tecnologia para escala industrial.

Energia das marés
A energia das marés é obtida de modo semelhante ao da energia hidrelétrica. Constrói-se uma barragem, formando-se um reservatório junto ao mar. Quando a maré é alta, a água enche o reservatório, passando através da turbina e produzindo energia elétrica, e na maré baixa o reservatório é esvaziado e água que sai do reservatório, passa novamente através da turbina, em sentido contrário, produzindo energia elétrica (fig. 5). Este tipo de fonte é também usado no Japão e Inglaterra. No Brasil temos grande amplitude de marés, por exemplo, em São Luís, na Baia de São Marcos (6,8m), mas a topografia do litoral inviabiliza economicamente a construção de reservatórios.
Energia Fotovoltaica
A energia fotovoltaica é fornecida de painéis contendo células fotovoltaicas ou solares que sob a incidência do sol geram energia elétrica. A energia gerada pelos painéis é armazenada em bancos de bateria, para que seja usada em período de baixa radiação e durante a noite (fig. 6).
A conversão direta de energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico através da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos (no caso átomos de silício), provocando a emissão de elétrons, gerando corrente elétrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, o rendimento da célula solar cai quando sua temperatura aumenta. O uso de painéis fotovoltaicos para conversão de energia solar em elétrica é viável para pequenas instalações, em regiões remotas ou de difícil acesso. É muito utilizada para a alimentação de dispositivos eletrônicos existentes em foguetes, satélites e astronaves.
O sistema de co-geração fotovoltaica também é uma solução; uma fonte de energia fotovoltaica é conectada em paralelo com uma fonte local de eletricidade. Este sistema de co-geração voltaica está sendo implantado na Holanda em um complexo residencial de 5000 casas, sendo de 1 MW a capacidade de geração de energia fotovoltaica. Os Estados Unidos, Japão e Alemanha têm indicativos em promover a utilização de energia fotovoltaica em centros urbanos. Na Cidade Universitária - USP - São Paulo, há um prédio que utiliza este tipo de fonte de energia elétrica.
No Brasil já é usado, em uma escala significativa, o coletor solar que utiliza a energia solar para aquecer a água e não para gerar energia elétrica.

Energia eólica
Os moinhos de ventos são velhos conhecidos nossos, e usam a energia dos ventos, isto é, eólica, não para gerar eletricidade, mas para realizar trabalho, como bombear água e moer grãos. Na Pérsia, no século V, já eram utilizados moinhos de vento para bombear água para irrigação. A energia eólica é produzida pela transformação da energia cinética dos ventos em energia elétrica. A conversão de energia é realizada através de um aerogerador que consiste num gerador elétrico acoplado a um eixo que gira através da incidência do vento nas pás da turbina.
A turbina eólica horizontal (a vertical não é mais usada), é formada essencialmente por um conjunto de duas ou três pás, com perfis aerodinâmicos eficientes, impulsionadas por forças predominantemente de sustentação, acionando geradores que operam a velocidade variável, para garantir uma alta eficiência de conversão (fig.4).
A instalação de turbinas eólicas tem interesse em locais em que a velocidade média anual dos ventos seja superior a 3,6 m/s.
Existem atualmente, mais de 20 000 turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo (principalmente no Estados Unidos). Na Europa, espera-se gerar 10 % da energia elétrica a partir da eólica, até o ano de 2030.O Brasil produz e exporta equipamentos para usinas eólicas, mas elas ainda são pouco usadas. Aqui se destacam as Usinas do Camelinho (1MW, em MG), de Mucuripe (1,2MW) e da Prainha (10MW) no Ceará, e a de Fernando de Noronha em Pernambuco.

Energia térmica
Nas usinas termoelétricas a energia elétrica é obtida pela queima de combustíveis, como carvão, óleo, derivados do petróleo e, atualmente, também a cana de açúcar (biomassa).
A produção de energia elétrica é realizada através da queima do combustível que aquece a água, transformando-a em vapor. Este vapor é conduzido a alta pressão por uma tubulação e faz girar as pás da turbina, cujo eixo está acoplado ao gerador. Em seguida o vapor é resfriado retornando ao estado líquido e a água é reaproveitada, para novamente ser vaporizada.
Vários cuidados precisam ser tomados tais como: os gases provenientes da queima do combustível devem ser filtrados, evitando a poluição da atmosfera local; a água aquecida precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias espécies aquáticas não resistem a altas temperaturas.
No Brasil este é o segundo tipo de fonte de energia elétrica que está sendo utilizado, e agora, com a crise que estamos vivendo, é a que mais tende a se expandir.

Energia hídrica
Nas usinas hidrelétricas, a energia elétrica tem como fonte principal a energia proveniente da queda de água represada a uma certa altura. A energia potencial que a água tem na parte alta da represa é transformada em energia cinética, que faz com que as pás da turbina girem, acionando o eixo do gerador, produzindo energia elétrica.
Utiliza-se a energia hídrica no Brasil em grande escala, devido aos grandes mananciais de água existentes.
Atualmente estão sendo discutidas fontes alternativas para a produção de energia elétrica, pois a falta de chuvas está causando um grande déficit na oferta de energia elétrica. A maior usina hidrelétrica do Brasil é a de Itaipu (Foz de Iguaçu) que tem capacidade de 12600 MW .
noticias.uol.com.br/economia/ultnot/2006/ www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo1A/
www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/

Conceitos demográficos

Conceitos demográficos fundamentais

A demografia sempre foi alvo de estudos e preocupações por parte de diferentes especialistas e interessados no assunto. Em virtude de seu caráter dinâmico, à medida que a população vai sofrendo transformações quantitativas, os problemas e as contradições socioeconômicas vão se tornando cada vez mais agudos e evidentes.
Na tentativa de equacionar tais problemas e contradições, os detentores do poder lançam mão de estudos e proposições que nem sempre atingem seus objetivos. De qualquer forma, os estudos e análises oferecem instrumental teórico aos dirigentes para que sejam tomadas medidas de ordem prática. Só que a natureza dessas medidas variam em função de diversos interesses (políticos, econômicos etc.).
Para facilitar a compreensão dos vários aspectos demográficos, vejamos alguns conceitos fundamentais a esse respeito.

População absoluta. É o número total de habitantes de um lugar (país, cidade etc.).

Densidade demográfica ou população relativa. É o número (a média) de habitantes por km2. Para obtê-la basta dividir a população absoluta pela área da região analisada (país, cidade etc.).

Densidade e superpovoamento. Uma áreas densamente povoada não é necessariamente superpovoada; isso porque o conceito de superpovoamento não diz respeito apenas ao número de habitantes por km2, mas também se refere ao nível de desenvolvimento sócio-econômico e tecnológico da população em relação à área ocupada. Nesse caso, ocorre superpovoamento quando há descompasso do ponto de vista das condições sócio-econômicas da população em relação à área ocupada. A Holanda, por exemplo, é um país densamente povoado (434 hab/km2) mas não é superpovoado (a população desfruta de alto padrão de vida em um espaço muito pequeno), ao passo que países como a Índia (247 hab/km2) e Bangladesh (740 hab/km2) são superpovoados. O superpovoamento é portanto relativo.

Recenseamento ou censo demográfico. É o levantamento ou a coleta periódica dos dados estatísticos (como nascimento, óbitos, população absoluta, casamento, migrações) da população de um país, cidade etc. Sua importância ;é fundamental para melhor conhecimento dos vários aspectos demográficos, bem como para fins de investimentos, planejamentos, projeções futuras e outras finalidades. No Brasil são realizados de 10 em 10 anos.

Taxa de natalidade. É a relação entre o número de nascimentos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes. Uma taxa de natalidade de 30%o (por mil) significa que nasceram trinta crianças (vivas) para cada grupo de mil habitantes em um ano.

Taxa de mortalidade. É a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes (mortalidade geral). Além desse tipo de mortalidade, há também a mortalidade infantil, que é o número de crianças mortas antes de completar 1 ano de vida para cada grupo de 1.000 crianças com menos de 1 ano de idade. Essa taxa é um importante indicador do nível de desenvolvimento sócio-econômico dos diversos países do mundo.


Crescimento vegetativo ou natural. É a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Não inclui os estrangeiros residentes no país. (Frigoletto.com.br )

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

PAÍS POBRE FAZ POPULAÇÃO MUNDIAL CRESCER

Cerca de 98% do crescimento total da população mundial vai se dar, nos próximos 45 anos, nos países em desenvolvimento. O fato aumentará a concentração de renda no mundo e ajudará a aprofundar as disparidades entre pobres e ricos em países como o Brasil, segundo relatório divulgado pelo PRB (Population Reference Bureau), em Washington. Entre os países desenvolvidos, os EUA serão a exceção. A população americana deve crescer 43% até 2050 graças, principalmente, aos imigrantes hispânicos. Os EUA devem alcançar 420 milhões de habitantes até lá, ante os 293 milhões que possuem hoje.Embora a atual taxa de fertilidade no mundo (de 2,8 filhos por mulher) seja 50% menor do que há 50 anos, os nascimentos continuam concentrados nas famílias mais pobres -um dos fatores concentradores de renda.
As projeções do PRB tomaram como base estatísticas e censos de vários países, relatórios da ONU e de órgãos internacionais de saúde. O PRB, instituto privado que atua há 75 anos, é financiado por fundações como a do milionário Bill Gates, da Microsoft. Segundo o estudo, os países miseráveis da África vão liderar o aumento populacional até 2050 -crescimento médio de 119%. Na América Latina, haverá aumento de 42% (24% no Brasil). Na Ásia, de 39%. Como contraste, a população da Europa encolherá 8% nos próximos 45 anos. No Japão, haverá queda de 21%."Em termos populacionais, vivemos hoje em dois mundos que caminham para lados opostos", afirma Carl Haub, autor do estudo. "Desenvolvimento econômico e controle populacional sempre andam juntos", diz Haub afirma que o Brasil tem sido "bem sucedido" em políticas de controle da natalidade. Entre o início dos anos 90 e 2004, o Brasil diminuiu de 2,5 para 2,2 o número de filhos por mulher.
Nas favelas
Comentando o estudo, Sérgio Besserman Vianna, ex-presidente do IBGE, disse à Folha que, embora o Brasil esteja fora do quadro de explosão demográfica, o número maior de nascimentos nas famílias mais pobres ajuda a perpetuar a concentração de renda.Hoje diretor do Instituto Pereira Santos, ligado à Prefeitura do Rio, Vianna diz que, enquanto a taxa média anual de crescimento demográfico do Rio é de 0,74%, ela sobe para 2,4% nas favelas (0,9 ponto percentual desse total seria resultado da "fecundidade extra" dos favelados). Entre os países com maior explosão, segundo o PRB, figuram três dos mais pobres do mundo. Até 2050, a Índia deve ultrapassar a China, alcançando 1,6 bilhão de pessoas, ante 1,1 bilhão hoje. A Nigéria quase triplicará a população, para 307 milhões; e Bangladesh a dobrará, para 280 milhões. As projeções consideram a expectativa de mortes provocadas pela Aids. Com o controle da doença, o crescimento pode ser maior. Se adotadas políticas de planejamento familiar, menor.
Migrantes férteis
A China é apontada como outro caso de sucesso, tendo reduzido sua taxa de fertilidade para 1,7 nascimento por mulher, abaixo dos 2 registrados nos EUA. No caso americano, o crescimento vai se concentrar nos imigrantes hispânicos. A taxa de fertilidade entre os brancos não-hispânicos está hoje abaixo da média, em 1,8, e a entre os negros vem caindo desde o início dos anos 90 (de 2,5 para os 2,2 atuais). "O número de imigrantes hispânicos nos EUA hoje não tem precedentes. A continuar o atual ritmo, 15% da população será hispânica no fim da década", afirma Steven Camarota, diretor de pesquisas do Centro para Estudos da Imigração dos EUA.Para ele, além de 1,5 milhão de hispânicos (legais e ilegais) que entram todo ano nos EUA, o país absorve mais 750 mil filhos de hispânicos que nascem anualmente. Segundo as projeções gerais do PRB, a população mundial deve atingir 9,2 bilhões de pessoas em 2050, ante os 6,3 bilhões atuais, um crescimento de 45%. Estimativas da ONU, divulgadas no ano passado, projetavam esse total somente para 2300. (FERNANDO CANZIAN Folha de São Paulo)