domingo, 25 de novembro de 2012

Espanha rejeita negociação com grupo separatista basco Eta


Organização se ofereceu para conversar sobre ‘fim definitivo’. Espanha só aceita dissolução

 MADRI - Neste domingo, a Espanha rejeitou uma oferta do grupo separatista basco Eta para conversar com os governos da Espanha e França para negociar um “fim definitivo” de suas operações militares.
O ministro do Interior, Jorge Fernandez Diaz, disse que a Espanha não vai negociar com uma “organização terrorista” e exigiu “dissolução incondicional” do Eta. O País Basco fica na fronteira entre a Espanha e a França, que apoia a opinião de Madri nas negociações.
O Eta lutou por 45 anos pela independência basca. Porém, o grupo armado perdeu apoio nos últimos anos. No ano passado, a organização anunciou o fim de sua campanha de violência.
O governo espanhol quer que o grupo se dissolva completamente e entregue as armas. O comunicado publicado no site do jornal basco “Gara” sugere que o Eta está pronto para negociações, mas coloca condições para a dissolução, que incluem a transferência de presos bascos para prisões mais perto de suas casas.
Em resposta, o ministro do Interior disse: “Eles sabem que nós não negociamos nem vamos negociar de forma alguma com uma organização terrorista”.
“Então, a única declaração que o governo exige, não pede, mas exige e está trabalhando para isso, é a sua dissolução incondicional”, acrescentou Jorge Fernandez Diaz.
Acredita-se que o Eta é responsável por mais de 800 mortes, e é considerado uma organização terrorista pela União Europeia e os EUA. O grupo, porém, se enfraqueceu nos últimos anos, pela perda de apoio entre o povo basco e por algumas prisões, incluindo a do suposto líder da organização, em outubro.
A abertura do Eta para negociações aconteceu um dia antes das eleições na região espanhola da Catalunha, nas quais os nacionalistas catalães, que pedem um referendo sobre a independência da região, devem sair bem-sucedidos.

http://oglobo.globo.com/mundo/espanha-rejeita-negociacao-com-grupo-separatista-basco-eta-6825785

Dias Santos e Festas para o Mundo Muçulmano


Ashura (10 de Muharram, o primeiro mês): o Dia da Expiação muçulmano, assinalado pelos sunitas com um jejum voluntário. É também o mais importante dia santo xiita, que celebra o martírio de Hussein, neto do Profeta.

Eid milad ai-nabi (12 de Rubi al-awwal, o terceiro mês): Comemoração do nascimento do Profeta.
Laylat ai-micraj (27 de Rajub, o sétimo mês): comemora a ascensão de Maomé ao Céu. Também chamado Shab-e mi'raj e Miraj gejesi nas sociedades asiáticas não-árabes.

Laylat ai-bara'a (14." noite de Sha'ban, o oitavo mês): a noite em que, segundo a crença comum" o destino de cada ser humano para o próximo ano é registado no Paraíso. É marcado por vigílias de oração e festas e iluminações de ruas. No Sul e Sueste Asiático é também o dia muçulmano dos mortos, em que são feitas oblações em nome dos antepassados falecidos. É também a véspera do aniversário do décimo segundo imã dos xiitas dos Doze Imãs. Esta noite é também chamada Shab-e barat.

Ramadão: Nome do nono mês do calendário islâmico, assinalado por um jejum durante todo o mês, que se inicia antes do nascer do sol e termina a seguir ao pôr do sol de cada dia.

Laylat ai qadr (a noite entre os dias 26 e 27 do Ramadão, o nono mês): a Noite do Poder. Aniversário da noite em que o Alcorão foi pela primeira vez revelado a Maomé. Segundo a tradição, os pedidos feitos a Deus durante esta noite são concedidos. Também chamada Shab-e qadr e Kadar gejesi nas sociedades asiáticas não-árabes.

Eid ai-Fitr (1 de Shawwal, o décimo mês): a festa que assinala o fim do Ramadão. O segundo feriado mais celebrado do ano islâmico e que é marcado por muitas festividades. Também chamado o Pequeno Eid ou o Eid de Açúcar.

Hajj (7 a 10 de Dhu al-hijja, o décimo segundo mês): a peregrinação ritual obrigatória a Meca e aos seus arredores, que constitui um dos Pilares da Prática do Islamismo. Só os peregrinos participam directamente nestes dias santos.

Eid ai-Adha (10 de Dhu al-hijja, o décimo segundo mês): comemoração do sacrifício por Abraão do seu filho Ismael (Ismacil em árabe), o qual marca o final do Ha.ii. É o feriado mais importante do calendário islâmico. Também chamado o Grande Eid ou o Eid do Sacrifício.

Fonte: ELIAS, Jamal J. - Islamismo, Ed. 70, Lisboa, 1999.
http://www.netprof.pt/netprof/servlet/getDocumento?id_versao=11166

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Violência continua e cresce pressão internacional por trégua em Gaza


Escalada de violência pode adiar primárias de principais partidos em Israel e eleições, agendadas para janeiro

19 de novembro de 2012 
Reuters

FAIXA DE GAZA - Israel bombardeou nesta segunda-feira, 19, dezenas de supostos redutos de militantes na Faixa de Gaza, e os palestinos continuaram disparando foguetes contra cidades no sul israelense, enquanto se intensifica a pressão internacional por uma trégua no conflito que já deixou 100 palestinos mortos e outros 900 feridos em seis dias.
Em uma decisão anunciada hoje, as primárias dos partidos Likud (governista) e Avodá (de esquerda), marcadas para 25 de novembro, poderão ser adiadas. De acordo com o presidente do Parlamento, o deputado Reuven Rivlin, as eleições agendadas para 22 de janeiro também poderão ser adiadas por conta da escalada de violência. A informação é do jornal Israel Hayom.
Doze civis palestinos e quatro combatentes foram mortos nos bombardeios de hoje. Autoridades locais dizem que mais de metade das vítimas fatais era composta por não combatentes. Três civis israelenses também foram mortos. Após uma madrugada de relativa calma, militantes da Faixa de Gaza dispararam 12 foguetes contra o sul de Israel num intervalo de dez minutos, sem causar vítimas, segundo a polícia israelense. Um dos projéteis caiu perto de uma escola, que estava fechada no momento.
As mortes de 11 civis palestinos em um bombardeio no domingo motivaram novos apelos internacionais pelo fim dos seis dias de hostilidades. O fato também pode colocar em xeque o apoio ocidental a uma ofensiva que Israel diz ser justificada pela autodefesa, após anos sofrendo ataques de foguetes. Os militares israelenses não comentaram relato do jornalHaaretz, segundo o qual a casa da família Dalu foi atingida por engano, numa ação que tinha como alvo um especialista em foguetes do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, é esperado no Cairo para dar peso às tentativas de mediação feitas pelo governo do Egito. A imprensa israelense disse que uma delegação do país também está no Cairo, mas o governo do premiê Binyamin Netanyahu não quis comentar essa informação.
Falando em Bruxelas antes de uma reunião de ministros das União Europeia, o chanceler italiano, Giulio Terzi, disse haver condições para "um cessar-fogo nas próximas horas", e que o governo de Israel sinalizou "não haver interesse algum" em invadir Gaza. "Obviamente, essa moderação israelense deve se basear numa garantia de que os lançamentos de foguetes devem parar", acrescentou. Na segunda-feira, a China pediu aos envolvidos que parem a violência, e o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou no fim de semana que seria "preferível" se Israel não invadisse Gaza por terra.
A presidente Dilma Rousseef conversou no domingo por telefone com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, sobre a crise no Oriente Médio. Segundo o Blog do Planalto, Dilma manifestou a Ban "a preocupação do Brasil com o uso desproporcional da força no conflito entre Israel e a Palestina, e disse que é importante que as Nações Unidas assumam plenamente as suas responsabilidades na questão.
Nas redes
Izzat Risheq, assessor da liderança política do Hamas, escreveu no Facebook que o grupo só aceitará uma trégua se Israel "parar sua agressão, acabar sua política de assassinatos dirigidos e suspender o bloqueio a Gaza".
Pelo Twitter, o vice-premiê israelense, Moshe Yaalon, listou as condições do seu governo: "Se houver tranquilidade no sul e nenhum foguete ou míssil for disparado contra os cidadãos de Israel, nem ataques terroristas forem engendrados a partir da Faixa de Gaza, não haverá ataque". Yaalon disse também que Israel espera o fim da atividade guerrilheira de palestinos na vizinha península do Sinai, região desértica e pouco vigiada que pertence ao Egito.
Israel bombardeou cerca de 80 locais em Gaza durante a noite, segundo os militares, que acrescentaram em nota que os alvos incluíam "locais subterrâneos para o lançamento de foguetes, túneis do terrorismo e bases de treinamento", além de "edifícios pertencentes a operadores terroristas graduados". Netanyahu diz ter dado garantias aos líderes mundiais de que Israel vai se empenhar ao máximo para evitar vítimas civis em Gaza. Mas pelo menos 22 dos mortos na região até agora foram crianças, segundo fontes médicas.
A China, que tem desenvolvido boas relações com Israel, disse na segunda-feira estar extremamente preocupada com as operações militares de Israel em Gaza. "Condenamos o uso excessivo da força causando mortes e ferimentos entre pessoas comuns inocentes", disse Hua Chunying, porta-voz da chancelaria. Antes de embarcar para o Cairo, Ban pediu a Israel e aos palestinos que cooperem com os esforços do Egito na busca por um cessar-fogo.
Em cenas que lembravam a invasão israelense a Gaza no inverno boreal de 2008/09, tanques, artilharia e infantaria se concentraram em acampamentos ao longo da fronteira - um trecho de areia rasgado por uma cerca de arame farpado -, enquanto comboios militares se deslocavam pelas estradas da região. Israel autorizou a convocação de até 75 mil militares reservistas, e até agora mobilizou cerca de metade deles.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,violencia-continua-e-cresce-pressao-internacional-por-tregua-em-gaza,962206,0.htm

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Nasa mostra retrato do ar na Terra

O Estado de S. Paulo
15 de novembro de 2012


A Nasa divulgou uma imagem de alta definição que mostra concentrações na atmosfera de poeira (em vermelho), levantada da superfície pelo vento; de sal marinho (azul), carregado por ciclones; de fumaça (verde) produzida por incêndios; e de partículas de sulfato (branco), emitidas por vulcões e combustíveis fósseis.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,nasa-mostra-retrato-do-ar-na-terra,960836,0.htm

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

China conclui hoje transferência de poder para comitê liderado por Jinping


É a mais ampla transição política em uma década; novo dirigente também assume direção das Forças Armadas

15 de novembro de 2012 
Cláudia Trevisan, correspondente em Pequim
PEQUIM - A China concluiu nesta quinta-feira,15, sua mais ampla transição de poder em uma década, com a escolha de Xi Jinping para a chefia do Partido Comunista, a mais importante posição na hierarquia de comando do país. O novo dirigente também assumiu a direção das Forças Amadas, o que fortalece sua posição para enfrentar os problemas diante da organização, entre os quais destacou a corrupção.
Os novos integrantes do órgão de cúpula do partido - o Comitê Permanente do Politburo - apareceram diante da imprensa às 11h55 de hoje em Pequim (1h55, horário de Brasília). Xi Jinping, 59, comandará a nova geração de líderes ao lado de Li Keqiang, 57. Ambos dividirão o poder com os demais cinco integrantes do Comitê Permanente, todos mais velhos: Zhang Dejiang, 65, Yu Zhengsheng, 67, Liu Yunshan, 65, Wang Qishan, 64, e Zhang Gaoli, 65.
No modelo de direção colegiada estabelecido na China, Xi Jinping precisará do apoio de seus pares no órgão para definir os rumos do país nos próximos cinco anos, ao fim dos quais será realizado um novo congresso do Partido Comunista.
A maioria dos analistas acredita que o Comitê Permanente do Politburo eleito ontem pelo Comitê Central do Partido tem um caráter conservador. Dois reformistas que eram cotados para entrar no organismo foram preteridos: Wang Yang, 57, o chefe "liberal" da província sulista de Guangdong, e Li Yuanchao, 61, responsável pelo Departamento de Organização do Partido Comunista.
A tendência à continuidade é enfatizada pelo fato de que todos os eleitos para o órgão de cúpula já integravam o Politburo, a entidade de 25 membros que ocupa o segundo lugar na hierarquia de poder da China.
No discurso que realizou depois da apresentação do grupo, Xi Jinping afirmou que o Partido Comunista é o grande responsável pela "renovação" da nação chinesa depois das dificuldades e turbulências enfrentadas no período moderno - quando o país foi ocupado por potências estrangeiras e dividido pela guerra civil.
Mas ele ressaltou que a organização está diante de "severos desafios", entre os quais destacou a "corrupção"  e o "recebimento de propinas" por seus dirigentes, muitos dos quais estão "fora do alcance" da população.
"Nossa responsabilidade é trabalhar com cada camarada do partido para assegurar que o partido supervisione sua própria conduta e imponha estrita disciplina", declarou em discurso transmitido ao vivo pela TV estatal.
A transição de poder ocorreu sob o impacto da expulsão de Bo Xilai, o ex-líder comunista que protagonizou o maior escândalo do país em décadas. Líder da megacidade de Chongqing até março, Bo Xilai foi afastado do cargo e acusado de corrupção e abuso de poder. Sua mulher, Gu Kailai, foi condenada a pena de morte com suspensão de dois anos pelo assassinato do empresário britânico Neil Heywood, que amanheceu morto em um hotel de Chongqing há um ano.
No discurso, Xi Jinping também deu destaque a questões de caráter social que estão no topo das preocupações dos chineses, ao lado da corrupção. Em uma lista das aspirações da população, ele mencionou a necessidade de melhoria nas seguintes áreas: educação, emprego, seguridade social, assistência médica, moradia e meio ambiente.
Xi só assumirá o terceiro e menos importante de seus cargos em março, quando Hu Jintao lhe entregará a presidência da China, durante o Congresso Nacional do Povo, o equivalente local de parlamento. No mesmo encontro, Li Keqiang receberá de Wen Jiabao o posto de primeiro-ministro do país.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,china-conclui-hoje-transferencia-de-poder-para-comite-liderado-por-jinping,960677,0.htm