sábado, 16 de janeiro de 2010

HAITI


Haiti, uma história de paradoxos e excessos
(Régis Bonvicino, especial para o Último Segundo)

Cedido pela Espanha à França em 1697, quando se chamava Saint-Domingue, suas terras – há muito inférteis – tornaram-no uma das mais ricas colônias das Américas. Produzia um dos melhores açúcares do mundo, batendo, no século XVIII, o Brasil em exportações nesse campo.

Hoje, sua renda per capita é muito menor do que a do bairro de Higienópolis, em São Paulo: em média, um haitiano vive com dois reais ao dia. Como lembra Juan Jesús Aznárez, o Haiti é exemplo vivo da Lei do engenheiro aeroespacial americano (Edward) Murphy: qualquer situação, por pior que seja, está sujeita a agravamentos.

O que transformou o Haiti no país mais pobre das Américas? O processo ininterrupto de “colonização” (usurpação), que não se findou, paradoxalmente, com sua independência, inovadora e sui generis, em 1804, a segunda do continente (a primeira foi a dos Estados Unidos, em 1776) e a primeira liderada exclusivamente por negros, que conquistaram sua liberdade, em 1794 – ao contrário dos negros brasileiros, que foram “alforriados” quase cem anos depois.

O Haiti, disputado pela Espanha e França, antes de sua independência, não teve ao menos os benefícios secundários de uma colonização como a brasileira. Na verdade, sua independência política consistiu num abandono de território. As plantações de cana de açúcar francesas, que fizeram a riqueza de Paris, haviam esgotado o solo, quando Napoleão entregou a ilha à sua própria sorte.

A República negra sofreu boicotes desde seu início e tornou-se um “encrave negro”. O sismo do dia 12 de janeiro, 35 vezes mais forte do que a bomba atômica lançada sobre Hioshima no final da Segunda Guerra, deu-se, na verdade, quando Colombo chegou na ilha em 1492.

À deriva desde sua independência
As terras haitianas já eram parcialmente inférteis no começo do século 19. A jovem Revolução Industrial, àquela altura, substituía, passo a passo, o trabalho humano pela máquina, a agricultura e o artesanato pelo manufatura. Sem terras férteis, sem possibilidade para cultivar suas possíveis matérias primas, a república negra seguiu à deriva, de crise política em crise política.

O jovem capitalismo industrial, baseado igualmente na exploração dos escravos, radicalizou as relações de produções, adicionando a elas, então, o racismo e os conflitos raciais, um instrumento econômico, que perpetuou os negros como seres inferiores – mesmo depois de suas alforrias.

Os conflitos raciais entre brancos e mulatos e os negros (a maioria do país) inviabilizaram o Haiti. O país fechou-se em si mesmo, cumprindo sua vocação de ilha. Fechou-se nos conflitos raciais legados pelos colonizadores franceses e espanhóis, fechou-se no passado, em sua impotância, em sua psique tribal reprimida.

Sua localização geográfica não o ajuda: situa-se entre a Venezuela e os Estados Unidos, ao lado de Cuba. É um lugar de passagem. E, com a doutrina Monroe (de James Monroe, lançada em 1823, “A América é dos americanos”), tornou-se “propriedade” implícita dos Estados Unidos.



Uma viagem de avião de Porto Princípe a Miami não chega a três horas. Da segunda metade do século 19 ao começo do século 20, vinte governantes alternaram-se no poder e, dentre eles, 16 foram depostos e/ou assassinados.

No século 20, o Haiti experimentou uma sequência ainda mais alucinada de crises políticas, a confirmar que o colonizador não lhe deixou – como herança – os princípios iluministas da Revolução Francesa e tampouco um Estado de Direito, com Executivo, Judiciário e Legislativo, mesmo que incipientes, legando-o apenas a deterioção do passado tribal africano, que talvez lhe desse alguma unidade.

Em 1902, houve um guerra civil. De 1902 a 1908, a ditadura de Nord Alexis. De 1915 a 1934 foi ocupado pelos Estados Unidos (a mando inicial de seu presidente Woodrow Wilson), sob o pretexto de que seu governo não havia pago uma dívida contraída junto ao City Bank e ainda que as corporações estadunidenses, lá instaladas, estavam sob risco, impondo-se a pacificação das cidades e, sobretudo, para revogar o artigo da Constituição que proibía a venda de cana de açúcar aos estrangeiros. A riqueza do Haiti (o acúçar) foi o germe de sua destruição, à mingua de uma sociedade civil minimamente organizada.

Tortura e vodu
Os civis ocupam o poder de 1934 a 1957, como sempre, de crise em crise. Em 1957, François Duvalier – o Papa Doc – elegeu-se presidente e, com o apoio dos americanos, sob o signo da Guerra Fria e da Revolução cubana de 1958, declarou-se presidente vitalício em 1964.

Papa Doc implantou uma ditadura feroz, baseada no terror dos “tontons macoutes” (bichos-papões) e – ressignificando a origem africana – no vodu. Sua principal obra foi exterminar o pouco de sociedade civil que ainda havia no país e também a Igreja Católica que, àquela altura, ensaiva os primeiros passos da teologia da libertação na América Latina.

Papa Doc, um Napoleão de hospício e presídio, desflorestou o país na fronteira com a República Dominicana para ter os inimigos sob sua mira. Haitianos e dominicanos se odeiam, na ilha ou em Miami ou Nova Iorque, para onde inúmeros imigraram. O terremoto é fruto também de política predatória – crônica – em relação ao meio ambiente. O país perdeu 98% de suas florestas. Nada se pode cobrar, entretanto: o país nunca existiu de fato.

François Duvalier foi sucedido pelo seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, em 1971. Baby Doc permaneceu no poder até 1986, três anos antes da Queda do Muro de Berlim. A França lhe deu asilo político.

A ditadura dos Doc fez o país regredir 200 anos, deixando-o em estado colonial, agora, em plena terceira Revolução Industrial, e sem o acúçar, seu ouro branco. Leslie Manigat governou o Haiti de fevereiro a junho de 1988, depois de ele ser controlado pelo general Henri Namphy, de veia doquiana, por ano e meio como sucessor de Jean-Claude.

Seguiram-se golpes de Estado, liderados pelos doquistas até que o padre, de esquerda, Jean-Bertrand Aristide elegeu-se em 1990, renovando o sonho de 1804, o sonho da República negra dos ex-escravos Toussaint Louverture e Jacques Dessalines – país da independência.

As forças doquianas ou as forças que Doc encarnou – autoritárias – permaneciam vivas e Aristide foi deposto, em 1991, pelo general Raul Cedras – a ONU e a OEA, como sempre, impuseram “sanções econômicas” ao país. No fundo, os Estados Unidos e a Europa foram, ao longo do século 20, esvaziando qualquer possibilidade de nação para o Haiti e as sanções econômicas são prova disso.

A imigração tornou-se uma rotina, acentuada pela crise de Aritide/Cedras. O Conselho de Segurança da ONU decretou, em 1994, bloqueio total ao país. Uma Junta Militar empossou Émile Jonassaint, o que bastou para os americanos intesificarem as sanções. Em 1994, Aristide foi reempossado por uma força militar norte-americana. Em 2004, foi deposto.

Para controlar a situação tensa, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o envio de uma força de mantenedores de paz, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Liderada pelo Brasil, a força tem atualmente 7 mil homens, entre eles 1.266 brasileiros. Além desses neo-piratas abrigados em ONGs.

Sob o governo do Minustah, deu-se o terremoto físico, há tanto experimentado continuamente na vida social. Como observa Aznárez, com pertinência, a história do Haiti é excessiva, desde o chicote colonial francês até os dias de hoje.

Esse país, entretanto, legou à humanidade um pintor do nível de Hector Hyppolite (1894-1948), descoberto pelo poeta francês André Breton (1896-1966), líder do movimento surrealista, que morou na ilha em 1944, e poetas de primeira plana como Rene Depestre (n. 1926).

Depestre afirma, com pertinência, que os processos coloniais estão mais do que vivos. Ele acrescenta que houve uma espécie de descolonização “institucional” e uma das relações internacionais, em nível protocolar, sem descolonização das mentes e corações.

O Haiti é o produto mais cruel desses processos coloniais europeus (e americanos), sob a etiqueta “globalização”: ela não incluiu, como aduz Depestre, a totalidade dos valores das diversas civilizações e culturas, mas, ao contrário, impôs um padrão único, causando o yhadismo, o terorismo, a pobreza etc.

O Haiti é a vítima da hora. Ele, apesar da comoção mundial que provoca, será ainda palco de disputa geopolítica áspera, onde o que menos importa é sua população, confirmando a Lei de Murphy.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/regis_bonvicino/2010/01/15/haiti+uma+historia+de+paradoxos+e+excessos+9322073.html
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&um=1&q=HAITI+mapa&sa=N&start=18&ndsp=18

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ranking dos países

Revista americana coloca Brasil na 38ª posição com relação à qualidade de vida

Fonte: Agência Estado



O Brasil ficou em 38º lugar em um ranking mundial de qualidade de vida elaborado pela revista International "Living". Segundo a publicação, a França ficou em primeiro lugar pela quinta vez seguida.

A classificação da revista dos Estados Unidos leva em conta vários quesitos, como custo de vida, acesso à cultura, economia, infraestrutura, saúde e clima.
O Brasil recebeu suas melhores pontuações nos quesitos liberdade e segurança, ambos com 83 em 100 pontos. Já em acesso à cultura, ficou com 58 pontos, seu pior desempenho.

Na segunda posição da lista está a Austrália, seguida por Suíça, Alemanha e Nova Zelândia. Completam as dez primeiras posições Luxemburgo, Estados Unidos, Bélgica, Canadá e Itália. Na América Latina, o primeiro lugar fica com o Uruguai, na 19ª posição geral. A Argentina ficou em 26º lugar e o Chile, em 31º.

Já na parte inferior do ranking estão países como Somália, Iêmen Sudão, Chade e Afeganistão. A íntegra da lista pode ser acessada no site www.internationalliving.com.
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=14058&idDepartamento=8&idCategoria=0

Acertos e erros

Eliane Cantanhêde é colunista da Folha (Reportagem publicada em 30/12/2009).

Lula foi chamado de "o cara" pelo presidente da maior potência mundial e virou o "homem do ano" do "El País", espanhol, e do "Le Monde", francês. Mas a política externa brasileira foi excessivamente polêmica e colheu críticas dentro e fora do país.

Repassando acertos e erros:

Honduras

O Brasil encabeçou a defesa dos princípios democráticos, acolheu o presidente deposto, Manuel Zelaya, na embaixada em Tegucigalpa e pediu socorro aos EUA para decidirem a questão.

Mas... ao se atrelar a um só lado, o de Zelaya, o Brasil se inviabilizou como mediador e jogou no impasse ao se recusar a acatar as eleições sem a volta de Zelaya ao poder. Com isso, entrou em choque com os EUA.

França

Acordo estratégico com a França fortalece a posição política do Brasil como "player" internacional e um dos líderes emergentes.

Mas... ao anunciarem a vitória da França no contrato para a compra de 36 caças, antes da avaliação da FAB, Lula e o chanceler Celso Amorim passaram vexame internacional.

Disputas

Rio venceu Chicago, Madri e Tóquio para ser a sede das Olimpíadas de 2016, numa eleição com Obama presente. Lula chorou.

Mas... o governo esnobou dois bons candidatos brasileiros para a direção geral da Unesco para apoiar um egípcio suspeito de racismo, que perdeu. Também não emplacou Ellen Gracie (STF) na OMC (Organização Mundial do Comércio).

Unasul

Brasil liderou acordo para os países da América do Sul terem um banco de dados sobre armamentos e gastos de defesa e estabelecerem limites para atuação de tropas estrangeiras, que deve ser restrita ao território de cada país.

Mas... Lula pediu publicamente e em telefonema uma reunião de Obama com todos os presidentes da América do Sul. Não foi atendido. E a Unasul ainda engatinha.

Oriente Médio

Diplomacia brasileira entra no circuito do Oriente Médio, e Lula recebe, num mês, os presidentes de Israel, do Irã e da Autoridade Palestina.

Mas... o Brasil é duramente criticado pelos EUA, por países europeus e por movimentos sociais brasileiros por receber o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e não apoia veto da ONU a programa nuclear do Irã.

G-20

O G-7 (países ricos mais Rússia) cedeu espaço para o G-20, que foi articulado principalmente pelo Brasil e inclui os emergentes nas discussões econômicas mundiais.

Mas... o grande impulso inicial do G-20 foi nas discussões da OMC, mas a Rodada Doha de comércio, porém, naufragou. Era a grande aposta brasileira para melhorar as condições de exportação sobretudo na área agrícola.

Energia

Além da bandeira dos biocombustíveis, o Brasil agora tem também a do Pré-Sal, entrando no seleto grupo dos grandes produtores mundiais.

Mas... apesar de todas as promessas e acordos de cooperação, os EUA recuaram na decisão de rever as taxas ao etanol brasileiro e o tema biocombustível minguou.

Copenhague

Brasil e França apresentaram proposta comum de metas de redução de CO-2, para se contrapor aos países ricos.

Mas... a intenção de realizar um grande encontro dos presidentes amazônicos em torno de Lula gorou. Dos 9, só dois, além do próprio Lula, foram a Manaus: o da França e o da Guiana Inglesa.

EUA

Barack Obama causou frisson no Brasil ao declarar simpatia a Lula, a quem chamou numa entrevista de "o cara".

Mas... as relações tiveram sobressaltos. Amorim cobrou "maior franqueza" dos EUA com a região e falou em "frustração" com Obama; Garcia manifestou "decepção".

Battisti

Lula conseguiu empurrar para o Supremo e para 2010 a decisão de extraditar ou não o ex-guerrilheiro Cesare Battisti para a Itália, ganhando tempo.

Mas... o Itamaraty votou contra o refúgio de Battisti no Brasil, foi desautorizado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e lavou as mãos. Há tensão com a Itália, mas Amorim não se manifesta.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/elianecantanhede/ult681u672655.shtml

Trabalhando com texto:
Leitura e debate sobre os "acertos e erros" do Governo Lula.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Fuvest 2010

Questões do vestibular da FUVEST 2010, com a correção ANGLO.







http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/anglo/2010/fuvest/03/q10.jpg
http://www.cursoanglo.com.br/webstander/

SURINAME


DADOS PRINCIPAIS:

Área: 163.265 km²
Capital: Paramaribo
População: 445 mil (estimativa 2007)
Nome Oficial: República do Suriname
Nacionalidade: surinamesa
Governo: República presidencialista
Divisão administrativa: 9 distritos


GEOGRAFIA:

Mapa do Suriname
Localização: norte da América do Sul
Cidades Principais: Paramaribo, Lelydorp, Nieuw Nickerie
Clima: equatorial

DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:

Composição da População: indianos (37%), eurafricanos (31%), javaneses (15%), afro-americanos (10%), ameríndios (3%), chineses (2%), outros (2%).
Idioma: holandês (oficial), hindustâni, javanês, inglês, francês, crioulo.
Religião: cristianismo (51,2%), hinduísmo (17,2%), islamismo (13,7%), sem religião e ateísmo (3,9%), novas religiões (5,9%), espiritismo (3,5%), outras (4,6%).

ECONOMIA:

PIB (Produto Interno Bruto): US$ 1,3 bilhão (2005)
Força de trabalho: 152 mil (2005)
Moeda: dólar surinamês
Principais atividades econômicas: produção de bauxita, agricultura e comércio.
http://www.suapesquisa.com/paises/suriname/
http://www.lldxt.nl/lldxt/pz_2005/images/Suriname-map.gif

Brasileiros no Suriname

Baixo nível escolar e maior renda 'seguram' brasileiros

Garimpeiros e trabalhadores que vivem do ouro preferem reconstruir a vida no Suriname, onde não pagam impostos e ganham mais dinheiro

(Felipe Recondo em Panamaribo)

Eles perderam tudo o que demoraram anos para conseguir, foram atacados, saqueados, as mulheres violentadas e todos expulsos do lugar que escolheram para viver. Mesmo assim, garimpeiros brasileiros e trabalhadores que viviam indiretamente da extração do ouro em Albina - a 150 quilômetros de Paramaribo, capital do país - preferem reconstruir a vida no Suriname. E a razão é primordialmente econômica.

Com o baixo nível de escolaridade, sem profissionalização e vindos de cidades com poucas oportunidades de emprego, geralmente no interior do Pará e Maranhão, esses garimpeiros ganhariam no Brasil um quinto do que recebem nos garimpos do Suriname. Dinheiro livre de qualquer tributação no país.

EXPULSOS

Para aqueles que vivem da extração do ouro, as explicações econômicas se somam às limitações impostas pelo governo brasileiro. Com o aumento da fiscalização dos órgãos ambientais e o fechamento de Serra Pelada (PA), garimpeiros brasileiros se viram obrigados a deixar o País.

Foi no início da década de 90 que o movimento em direção aos garimpos do Suriname, Guiana Francesa, Guiana e Venezuela se intensificou. Hoje, conforme estimativas do governo, há 18 mil brasileiros no Suriname, país com população de quase 500 mil pessoas. Somando os quatro países, seriam 80 mil brasileiros em busca de ouro.

"O Brasil tem muito ouro. Não tinha a necessidade de estarmos aqui. Mas o governo fechou o garimpo em que eu trabalhava. Perdi todas as máquinas, aí tive de vir pra cá", explica Carlos Gonçalves, garimpeiro há 28 anos, oito deles no Suriname, onde a polícia não reprime a atividade. Além disso, não é preciso visto: basta o passaporte.

Na Guiana Francesa, é preciso visto para entrar no país. De acordo com informações do governo brasileiro, o garimpeiro que busca trabalho em território francês está disposto a tudo, inclusive enfrentar a polícia. Quem vai para o Suriname, mesmo de forma irregular, encontra condições de organizar vilas de brasileiros e levar a família para a área de garimpo.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100104/not_imp490192,0.php

Análise de texto:
Leitura e debate sobre o assunto.
Relacionar as causas da "expulsão" desses brasileiros.

Estados Unidos

EUA reforçam revista em aeroportos para viajantes de 14 países
(segunda-feira, 4 de janeiro de 2010, 09:32 | Online)


Principal alvos de novas medidas de segurança são cidadãos de países islâmicos com atividades terroristas

WASHINGTON - Os aeroportos dos Estados Unidos começaram a aplicar a partir desta segunda-feira, 4, novas medidas de segurança que incluirão controles aleatórios para os viajantes e revistas obrigatórias para todos aqueles oriundos de 14 países, a maioria deles islâmicos.

Veja também:
Parte do aeroporto de Newark, nos EUA, fecha por segurança

Por enquanto, o governo americano não deu os nomes dos países cujos cidadãos serão submetidos a este controle, mas já indicou que afetará os que figuram na lista do Departamento de Estado como incentivadores do terrorismo - é o caso de Cuba, Irã, Sudão e Síria. Segundo a imprensa local, também entrarão na lista Afeganistão, Argélia, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen - países classificados como de "interesse" pelo governo americano.

No caso do Iêmen, todo viajante procedente do país ou qualquer cidadão iemenita será obrigatoriamente revistado. O responsável pelo ataque terrorista frustrado ao voo da Northwest Airlines no último dia 25, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, confessou que recebeu no Iêmen seus explosivos e o treinamento necessário para usá-los.

No domingo, a Agência de Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês) comunicou às companhias aéreas as mudanças que vão ser aplicadas a partir desta segunda-feira.

A agência dá especial ênfase ao fato de que viajantes que venham ou sejam cidadãos de um determinado grupo de nações nas quais há algum tipo atividade terrorista "serão revistados de corpo inteiro, e sua bagagem será inspecionada fisicamente".

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19:44 Falta de energia para voos no aeroporto de Washington

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,eua-reforcam-revista-em-aeroportos-para-viajantes-de-14-paises,490244,0.htm

Análise de texto:
Leitura do texto e debate.
Pesquisa para aprofundamento do tema proposto.