sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Música na sala de aula

Didática

Brasílio Neto

Faça uma pesquisa rápida entre seus colegas, professor: Quantos ouvem música enquanto trabalham em casa, corrigindo provas, por exemplo? A grande maioria, com certeza. Talvez até mesmo você tenha esse hábito. Ora, você está lendo uma matéria escrita em parte ao som de Martinho da Vila.

Seus alunos também fazem suas lições, em seus quartos, com um CD ou rádio ligado ao lado. Alguns professores e pais de alunos reclamam desse hábito. Mas se é algo que normalmente fazemos, é difícil proibir ou botar a culpa do baixo rendimento escolar no Sepultura, Britney Spears ou Spice Girls.

Vantagens em alto e bom som - O uso correto da música pode bons resultados em sua sala de aula. Tanto pode ajudar na concentração como no relaxamento de seus discípulos.

Por exemplo, você acha que as salas de operação são silenciosas como nos filmes? A maioria dos cirurgiões tem suas músicas e artistas preferidos que são colocados para tocar durante todo o procedimento. Com isso, eles conseguem evitar que a mente divague e se concentram mais naquele trabalho.

Outras vantagens foram descobertas pelo psicoterapeuta búlgaro Georgi Losanov. Na década de 70, ele descobriu que a música barroca incentivava o lado direito do cérebro e a absorção de conhecimentos.

A partir desse estudo, os alemães orientais desenvolveram um método em que canções barrocas eram usadas como fundo em treinamentos. Dessa maneira, eles afirmavam estimular o lado direito do cérebro e acelerar a aprendizagem. Ao mesmo tempo, os sons harmoniosos fazem com que as pessoas se divirtam, aprendendo naturalmente, sem pressões.

Você também pode usar todas as vantagens da música em sua sala de aula, utilizando-a de diversas maneiras. Ela pode assumir o papel de prêmio para uma classe participativa e disciplinada e até ser o ponto de partida de sua aula.

Música de fundo - Está cada vez mais difícil perceber se os alunos levam ou não um rádio para sala de aula. Eles estão cada vez menores. E a ameaça não vem só dos pequenos receptores. A Internet nos trouxe o formato de música MP3, que pode ser gravada diretamente em chips, dispensando fitas e CD’s. Foi o bastante para que uma empresa japonesa desenvolvesse um relógio de pulso com um toca-MP3 embutido. Ou seja, seus alunos podem levar a música preferida para a sala de aula dentro do relógio.

Como proibir está cada vez mais complicado, a saída é usar a música como um atrativo para sua aula.

É simples: consiga um aparelho de som portátil e peça para seus alunos se responsabilizarem pelas fitas ou CD’s. A seguir, exponha as regras para sua turma:

- O som será ligado apenas durante a resolução de exercícios, discussões em grupo e atividades similares. Nunca durante as explanações do professor. Dessa maneira, você evita distrações durante o aprendizado.
- Não permita nenhum preconceito com relação a gêneros musicais, nem a predominância de um só estilo de música. Imponha limites, como: "Não, essa semana já ouvimos rock demais. Alguém tem um CD diferente?" . Se for necessário, leve você alguns CD’s para a sala. Dessa maneira, você os estará auxiliando a descobrir outros estilos e compositores os quais, de outra forma, não teriam acesso.
- Deixe absolutamente claro: nas aulas em que houver algum problema (indisciplina, desinteresse, conversas paralelas e outros), a música estará suspensa.
Comentário: Gostei muito da matéria de Brasílio Neto, pois enfoca bem o problema da sala de aula hoje, quem sabe pode ajudar você, professor. No meu blog, tenho inclusive, várias sugestões de música para trabalhar em sala de aula.

http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=864

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