Marina Morena Costa, iG São Paulo | 26/05/2010
Um estudo inédito realizado pelo Centro de Estudos de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Votorantim analisou os impactos da educação profissional no mercado de trabalho. Os resultados são animadores: a chance de uma pessoa com curso profissionalizante concluído estar ocupada é 48,2% maior do que quem tem até o ensino médio. A possibilidade de estar empregado com carteira assinada chega a 38% e os salários podem ser até 13% maiores.
A pesquisa “Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho” cruzou microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram analisadas pessoas que realizaram cursos de qualificação profissional (profissionalizantes), ensino médio técnico e graduação tecnológica.
Nos últimos seis anos, os profissionais de nível técnico cresceram 75,6%, e hoje somam 29 milhões de pessoas. “A quantidade de cursos profissionalizantes avançou significativamente, sem que perdêssemos a qualidade dos cursos”, destaca Marcelo Neri, coordenador do estudo.
Entre as pessoas que frequentaram cursos de educação profissional, a imensa maioria realizou a qualificação profissional, 23,5 milhões. Em segundo lugar aparecem os profissionais formados no ensino médio técnico, 5,1 milhões, e em menor representatividade estão os graduados em cursos superiores técnicos, 160 mil.
Salários
A pesquisa apontou os Estados, capitais e periferias urbanas onde os profissionais de nível técnico são mais bem pagos. O Distrito Federal lidera a lista dos Estados com um salário médio de R$ 1.403, seguido por Santa Catarina, com uma média mensal de R$ 1.037 e São Paulo (R$ 1.004).
Vitória (ES) é a capital que melhor remunera os profissionais técnicos com R$ 1.724 de salário médio, seguida por Florianópolis (SC) com a remuneração mensal média de R$ R$ 1419 e por Brasília com R$ 1.403.
“Os jovens precisam de conscientizar que os retornos em educação são altíssimos”, afirma o coordenador do estudo. Negri destaca que famílias com histórico baixo de educação tendem a ter filhos com níveis igualmente precários. “A revolução da educação está nas casas e não nas escolas. Os jovens têm que ser conquistados para a ideia de que vale a pena estudar. Precisam saber que a educação formal é fundamental e a profissional é um ‘up grade’ em suas vidas.”
Setores
A indústria automobilística lidera o ranking dos setores que mais empregam profissionais de nível técnico, com 45,7% dos trabalhadores. “Isso destaca a tradição das empresas e que o setor está aquecido”, aponta Neri. Em segundo lugar aparece o setor de Finanças com 38,17% de profissionais técnicos.
O agronegócio aparece em último no ranking, na 16ª posição. De acordo com Nigri isso acontece devido às características do setor, que oferece poucas vagas e ainda um nível de qualificação baixo.
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/educacao+profissional+aumenta+chances+de+emprego/n1237636232474.html
06 de junho de 2010
Passaporte certo para o mercadoEstudo mostra que chances de conseguir uma colocação são maiores para quem tem curso profissionalizanteA chance de quem fez o ensino profissionalizante conseguir um emprego é maior do que a de quem estudou até o Ensino Médio, segundo pesquisa divulgada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo Instituto Votorantim. De acordo com o estudo Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho, a chance chega a 48,2%.
– O que a gente mostra com esse estudo é que os retornos da educação profissional são ainda mais altos. Mesmo quando se considera o avanço que as pessoas têm com mais escolaridade formal, a educação profissional ainda dá um “plus”, ou seja, é um prêmio que a educação gera em termos de salário, ocupação e formalidade – diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa.
O trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos. O setor que mais emprega pessoas com curso profissionalizante é o automobilístico (45,71% ), seguido pelo de finanças (38,17%) e pelo de petróleo e gás (37,34%).
De acordo com a pesquisa, 29 milhões de pessoas frequentam hoje cursos de educação profissional, o que representa 19,72% da população com mais de 10 anos de idade do Brasil.
Desse total, 16,07% (23,5 milhões de pessoas) frequentaram cursos de qualificação profissional, 3,54% (5,1 milhões de pessoas) fizeram Ensino Médio técnico, e 0,11% (160 mil pessoas) tiveram formação tecnológica.
As pessoas que frequentaram cursos apresentam, em geral, melhores resultados trabalhistas como taxa de ocupação de 71,6% (ante 53,1% dos demais) e salário mensal médio de R$ 845 (ante R$ 434).
Com relação à proporção de indivíduos com curso profissional que trabalham ou já trabalharam na área de formação, Santa Catarina ocupa a liderança (58,98% dos qualificados). O Rio Grande do Sul é o segundo (58,69%). O estudo foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad ) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2925640.xml&template=3898.dwt&edition=14832§ion=1031
Professor esses textos podem ser trabalhados, principalmente, na Suplência (EM) ou mesmo no Ensino Médio regular.
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