sábado, 24 de maio de 2014

Escola pública em São Paulo foi sucateada, diz Padilha

24 de maio de 2014 
ALINE BRONZATI - Agência Estado
O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse neste sábado, 24, que a estrutura das escolas públicas estaduais em São Paulo foi sucateada nos últimos 20 anos de gestão do PSDB. "Algumas parecem mais presídio do que escolas devido à quantidade de grades, com horário para tomar sol e sem espaço para transitar", disse ele, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, durante seminário de educação promovido pela Caravana Horizonte Paulista. Ele citou as escolas municipais, abertas à comunidade, como projeto para o setor. Disse que em sua gestão o ensino médio será pensado como uma política para a juventude, com ensino profissionalizante.
O objetivo da sua gestão, disse o ex-ministro de Saúde, é fazer com que a escola seja uma plataforma para várias políticas para a juventude: cultura, lazer, esporte e saúde. "Essa é uma forma de manter o aluno do ensino médio e reduzir a evasão escolar", afirmou. Em relação à formação do professor, Padilha disse que seu objetivo é montar academias para a formação de professores em parceria com as universidades públicas de São Paulo, tanto estaduais quanto federais. "Defendemos uma formação com qualidade para o professor, conectada às novas tecnologias do século 21, que seja atraente e vinculada às universidades", afirmou.
O pré-candidato do PT ao governo de SP disse que "se nega" a dizer que o que o Estado faz é uma progressão continuada no ensino. "Os alunos não progridem e não têm ações continuadas. Foram 20 anos do mesmo partido em São Paulo, mas com ações erráticas de educação", criticou ele. A proposta da sua gestão é "aprendizagem continuada" com avaliação permanente e estímulo à aprendizagem. "Hoje não há acompanhamento direto dos pais sobre o processo de aprendizado dos alunos. O que existe é uma ''empurração'' automática", disse.
O pré-candidato do PT ao governo só aceitou responder sobre educação na entrevista. Os seminários da Caravana Horizonte Paulista integram o grupo de trabalho (GT) de educação, um dos 20 grupos temáticos do Programa de Governo Participativo do PT em SP. 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,escola-publica-em-sao-paulo-foi-sucateada-diz-padilha,1171141,0.htm

quarta-feira, 21 de maio de 2014

China e Rússia assinam acordo histórico de gás natural

21/05/2014 

Gazprom vai fornecer 38 bilhões de metros cúbicos de gás em 30 anos.
Valor de acordo está estimado em US$ 400 bilhões.


Da EFE
O consórcio de gás russo Gazprom e a Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC) assinaram nesta quarta-feira (21) um histórico acordo durante a visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Xangai, informou a agência oficial chinesa "Xinhua".
Após quase uma década de negociações, o acordo foi assinado pela Gazprom e pela CNPC em cerimônia na presença de Putin e de seu colega chinês, Xi Jinping.
Em virtude do acordo, a Gazprom fornecerá 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural anualmente à segunda maior economia a partir de 2018 e pelos 30 anos seguintes.
No ano passado, a China consumiu cerca de 170 bilhões de metros cúbicos de gás natural, procedente, sobretudo, da Ásia Central.
Por enquanto não foi divulgado o preço de venda, uma das principais causas da demora de negociações que começaram há quase dez anos, embora se estime que oscile ao redor dos US$ 400 bilhões.
Segundo os especialistas, a Gazprom buscava obter um preço de US$ 400 por 1.000 metros cúbicos de gás, com seus contratos na União Europeia (UE) como ponto de referência, enquanto a China oferecia entre US$ 350 e US$ 360 por essa quantidade, baseando-se em suas importações da Ásia Central.
De acordo com um memorando assinado por Pequim e Moscou em março de 2013, a Rússiafornecerá gás siberiano à China através de seu gasoduto oriental, ou seja, a mesma rota geográfica pela qual Moscou já exporta petróleo ao cinturão industrial do nordeste do país vizinho.
Pequim rejeitou o plano anterior de importar gás através da região nordeste de Xinjiang, já que, nesse caso, a Gazprom lhe exigia preços europeus.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/china-e-russia-assinam-acordo-historico-de-gas-natural.html
  1. Gazprom
    Empresa
  2. Gazprom é uma empresa de energia russa. É a maior empresa da Rússia e é a maior exportadora de gás natural do mundo o que lhe confere a décima quinta posição no ranking das maiores empresas mundiais. Wikipédia
  3. Preço das açõesGAZP (MCX) RUB146,58 +1,23 (+0,85%)
  4. Fundação1989
  5. https://www.google.com.br/search?q=Gazprom&oq=Gazprom&aqs=chrome..69i57j0l5.1874j0j8&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8

segunda-feira, 19 de maio de 2014

‘Não caia na água do Rio’, alerta capa do New York Times

19.maio.2014
Demétrio Vecchioli

 
Foto de Ana Carolina Fernandes para o NYT
Um dos mais influentes jornais do mundo, o The New York Times publica nesta segunda-feira, na sua capa, uma dura crítica ao Rio, que será sede da próxima Olimpíada e, em menos de um mês, começa a receber jogos da Copa do Mundo. A matéria tem o título: “Aviso para os velejadores olímpicos: não caiam na água do Rio” e aponta o dedo principalmente para a ineficácia governamental para organizar os Jogos de 2016.
A matéria, que aparece na capa da edição europeia e também na distribuída nos EUA, é assinada por Simon Romero (correspondente no Rio) e Christopher Clarey e ilustrada com a imagem acima, da fotógrafa Ana Carolina Fernandes. Uma imagem que retrata um Rio muito diferente daquele que aparece na propaganda oficial do Rio/2016. Infelizmente, um cenário que os velejadores vão encontrar já em agosto, quando acontecerá o primeiro evento teste dos Jogos, exatamente da vela.
“Nico Delle Karth, um velejador austríaco que está se preparando para 2016, disse que é o lugar mais sujo no qual ele já treinou”. Assim começa a reportagem, uma das mais duras publicadas pela grande imprensa internacional sobre os preparativos para a próxima Olimpíada. “Ele encontrou de tudo, desde pneus de carros até colchões. A água cheirava tão mal que ele sentia medo de colocar o pé nela para encostar seu barco na areia”, prossegue o NYT.
O jornal lembra que, enquanto corre para terminar seus estádios a um mês da Copa, o Brasil já sofre “críticas mordazes” pela preparação para os Jogos de 2016. A matéria cita as críticas recentes de dois dirigentes importantes: Francesco Ricci Bitti, presidente da Associação das Federações Internacionais, John D. Coates, vice-presidente do COI. Ambos lembraram dos atrasos nas obras: nem 10% do prometido está pronto.
“A Baía de Guanabara oferece o tipo de imagem de cartão postal que as autoridades do Rio querem mostrar como anfitriões dos Jogos de 2016, mas tornou-se o ponto central de reclamações, transformando águas poluídas do Rio em um símbolo de frustrações com os preparativos os Jogos”, escreve o jornal.
As críticas do NYT, extensas, passam pelo jogo de empurra-empurra entre governos municipal, estadual e federal sobre quem faz o que no Rio/2016, lembram que o velódromo do Pan foi desmontado para dar lugar a um 10 vezes mais caro, que o Engenhão está fechado e destacam que o problema da poluição não surgiu ontem.
A reportagem pode ser lida na íntegra no site do NYT.
http://blogs.estadao.com.br/olimpilulas/nao-encostem-na-agua-do-rio-alerta-o-new-york-times/

Piketty por todo lado

18 de maio de 2014

Moisés Naím


Em janeiro de 2012 escrevi num artigo: "A desigualdade será o tema central de debates este ano. A desigualdade sempre existiu e não vai desaparecer, mas este ano ela dominará a agenda dos eleitores, dos que protestam nas ruas e dos políticos. Terá fim a coexistência pacífica com a desigualdade e a necessidade de lutar contra ela - e as promessas de que isso será feito serão as mais intensas e generalizadas desde o fim da Guerra Fria". 

Foi o que ocorreu. Denunciar o 1% da população muito rica ao passo que a vida de 99% dos indivíduos é cada vez mais precária tornou-se um slogan mundial. Em 2012 o número de artigos sobre a desigualdade econômica aumentou 25% em relação a 2011 (e 237% em relação a 2004). 

Muito mais importante foi o fato de o papa Francisco e Barack Obama se referirem a ela como o problema que define o nosso tempo. Como combatê-la é assunto de debate eleitoral em todo o mundo, incluindo países como o Brasil, onde a desigualdade diminui.

Agora, dois anos após meu prognóstico, chegou Thomas Piketty. Dizer que ele é um economista francês, autor de O Capital no Século 21, best seller mundial, é fazer-lhe injustiça. 

Piketty é muito mais do que isto. É um surpreendente fenômeno político, midiático e editorial. Sua tese é de que a desigualdade econômica é um efeito inevitável do capitalismo e se não for combatida continuará aumentando até chegar a níveis que acabarão por destruir a democracia e a estabilidade econômica. Segundo ele, a desigualdade cresce quando a taxa de remuneração do capital ("r") é maior que a do crescimento econômico ("g") ou, em sua famosa formulação, a desigualdade cresce quando "r" é maior que "g". 

O alcance do fenômeno Piketty vai além do que normalmente ocorre com ideias de acadêmicos. Por exemplo, um artigo de The New York Times sobre como escolher a área da cidade onde viver, recomendando que antes seja feita uma averiguação sobre o que os vizinhos leem. Para isso sugere que se vá à biblioteca do bairro para saber quais são os livros mais procurados. É um lugar mais tipo Piketty ou mais propenso a romances de mistério? Outro artigo sobre os espinhosos problemas que afetam casais quando a mulher ganha mais do que o marido termina explicando que a base do problema tem a ver com o "debate Pikety..." 

A inesperada popularidade dos livros acadêmicos de difícil leitura não é um fenômeno novo. Isso ocorreu, entre outros, com O Fim da História, de Francis Fukuyama, publicado em 1992, e com O Choque das Civilizações, de Samuel Huntington, de 2001. O improvável sucesso editorial de ambas as obras deve-se ao fato de que foram publicadas em momentos em que já havia um grande interesse no mundo pelos temas que abordavam. Fukuyama publicou seu livro pouco depois do colapso da União Soviética e a percepção generalizada era de que o comunismo fora derrotado. O prognóstico de que o futuro do mundo seria definido por ideias liberais - pelos mercados e a democracia - chegou no momento preciso. Uma década depois, Huntington teve a mesma sorte. Seu livro, cuja tese é de que os conflitos ideológicos serão substituídos por conflitos religiosos, foi lançado um mês antes dos ataques do 11 de Setembro. 

Agora chegou a vez de Piketty. 

Há uma década, quando o boom econômico estava no apogeu e o colapso financeiro ainda não havia deixado extremamente angustiadas as famílias nos EUA e na Europa, o interesse em entender por que a desigualdade é causada por "r maior que g" não era tão grande. Na América Latina e África, regiões com a pior distribuição de renda do planeta, o tema da desigualdade não é novo. 

O debate mundial difundiu-se quando a desigualdade se agravou nos EUA. A superpotência tem uma capacidade inigualável para exportar suas angústias e fazer com que o restante do mundo compartilhe delas. Neste caso, é boa notícia saber que o problema também é importante para aqueles que o têm tolerado passivamente há tempo demais. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 


Moisés NaímÉ ESCRITOR VENEZUELANO E MEMBRO DO CARNEGIE ENDOWMENT EM WASHINGTON

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,piketty-por-todo-lado,1168174,0.htm

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O que sobra depois de esgotar a Cantareira e o volume morto?

Gota d´água | 16/05/2014 

Especialistas dizem que, ao evitar racionamento, SP vive ilusão da abundância em plena escassez de água, e que uso do volume morto deveria ser “última esperança”

Nacho Doce/Reuters
Solo ressecado é visto na represa de Jaguary, em Bragança Paulista
Solo ressecado é visto na represa de Jaguary, em Bragança Paulista
São Paulo – Faltam 75 dias para o volume útil do sistema Cantareira esgotar. Mas, na Grande São Paulo, é como se nada estivesse acontecendo. Um turista a passeio, desligado do noticiário, talvez nem se dê conta que a região atravessa sua pior crise de seca, evento que, segundo estudo encomendado pelo próprio governo paulista, ocorre só a cada 3.378 anos.
Paulo Whitaker/Reuters
Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira na represa de Jaguari em Joanópolis
Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira na represa de Jaguari em Joanópolis
Até mesmo aquele morador que esguicha água com a mangueira na calçada pode ser outro à margem do problema. Afinal, pelo discurso oficial, "água não falta na torneira"  apesar da multiplicação de reclamações sobre supostas interrupções no abastecimento.
Racionamento? Não é o caso, diz o governo.
Especialistas ouvidos por EXAME.com definem o quadro como uma ilusão da abundância em plena escassez, com consequências nefastas para o meio ambiente, a economia e para o próprio bem-estarda população.
Qualquer pessoa que entenda um pouco de gestão de recursos hídricos sabe que uma das principais estratégias para enfrentar qualquer quadro de escassez crítica de água passa pela redução do desperdício, a começar pelas perdas na distribuição (que em SP impressionam), e do consumo excessivo.
Enquanto municípios da região do PCJ, Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, adotam o racionamento, a região metropolitana tomou a contramão e, assim, tem passado praticamente incólume a toda a crise.
Ações de bonificação para quem economiza água em casa e, mais recentemente, de multas para quem extrapola, ajudam, mas, como se vê, não salvam o sistema do colapso. A olhos vistos, a Cantarareira entra, dia após dia, na UTI.
A negação só agrava o quadro
Ontem, começou a captação da água do chamado “volume morto”.
Ao todo, são cerca de 400 milhões de metros cúbicos de água localizados abaixo do nível das comportas. Com esse back-up, o nível de água do Sistema Cantareira alcançou 26,7%, um aumento de 18,5 pontos percentuais no que foi registrado ontem, 8,2%, o menor nível de sua história.
O uso antecipado dessa reserva estratégica preocupa especialistas em recursos hídricos.
“Se para manter o atual ritmo de consumo você utilizar todo o volume do Cantareira e também do volume morto, é capaz de só ter água por mais três meses”, afirma o secretário executivo do PCJ, entidade que representa 75 cidades abrangidas pela bacia e grandes empresas usuárias da água, Francisco Lahoz.
“E isso sem nem chegar a outubro, a época da chuva. Pior, e se chegar lá e não chover o suficiente, como ocorreu nos últimos dois anos?”, questiona.
Ele não está sozinho.
A Agência Nacional de Águas (ANA) junto com o Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) anunciaram, na última terça, que mesmo com a utilização do volume útil restante e do volume morto não haverá disponibilidade hídrica suficiente para abastecimento, durante o pico da estiagem, entre os meses de agosto e setembro.
A saída lógica seria tentar preservar o Cantareira, com a redução do consumo, e adiar a retirada do volume morto.
Mas, sozinha, a ANA não tem poder para declarar racionamento nos municípios, manobra prevista no Decreto 3692/2000.
A Agência só pode declarar o chamado racionamento preventivo caso municípios e governos estaduais declararem estado de emergência ou calamidade pública.
Para a Sabesp, essa não parece ser uma preocupação latente.
"Somente se não chover até outubro é que teremos problemas", disse, nesta semana, o diretor de relações com investidores da Sabesp, Mario Sampaio.
Qual será o plano C? Procurada pela redação, a Sabesp não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Perde o meio ambiente, perde a economia
Esgotar a Cantareira traz efeitos perigosos e de curto prazo. Se não tiver chuva suficiente em outubro – suficiente mesmo, para recuperar o solo ressecado e encher o sistema –, “vai ser o caos”, alerta Lahoz, do PCJ.
O especialista explica que qualquer metodologia de abastecimento público recomenda que se libere no máximo 70% da vazão que entra, assim você permite a recuperação do manancial.
“É questão de pensar na sustentabilidade econômica do país, que está ameaçada por um manejo equivocado da Cantareira”, sustenta.
Deixar o manancial se esgotar também gera graves efeitos ambientais.
“Quando eu esgoto uma represa, eu esgoto os lençóis freáticos do entorno e afeto o ecossistema. O fato de ainda ter água na torneira não significa que os problemas ainda não surgiram”, pondera a bióloga Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).
Ela critica o uso antecipado do volume morto: “Estamos gastando uma água que a gente não sabe se vai ter”.
“Digamos que exploramos o volume morto e ele acabe. O começo da chuva não será suficiente para recuperar o sistema, será preciso mais tempo. Muitos fatores influenciam esse processo, eu perco água por evaporação, perco porque ela infiltra no solo, não é uma recuperação tão rápida”, completa.
Os prejuízos são ainda incalculáveis e permanentes para algumas espécies da fauna e da flora.
À medida que o volume dos rios diminui, poluentes que se acumulam no fundo começam a se mover, contaminando as águas, com reflexos imediatos para os peixes e outros animais que não recebem água tratada.
Nos rios do PCJ, a baixa vazão pode estar relacionada à mortandade de cascudos no Rio Camanducaia, na altura de Amparo, registrada em fevereiro. A espécie é uma das mais resistentes e vive no fundo dos mananciais.
Esgotar o sistema ainda gera impacto nos aquíferos, segundo a especialista.
A região de Piracicaba, por exemplo, é ponto de recarga do aquífero Guarani. O rio é mantido pelo aquífero em época de estiagem. Mas os aquíferos estão baixos este ano e podem afetar a perenidade dos rios.
Gestão em xeque
Faz pelo menos quatro anos que o Estado de São Paulo está a par dos riscos de desabastecimento de água na Região Metropolitana.
Em dezembro de 2009, o relatório final do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, feito pela Fundação de Apoio à USP, não só alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira como sugeriu medidas cabíveis a serem tomadas pela Sabesp a fim de garantir uma melhor gestão da água.
O estudo afirmava que o sistema da Cantareira tinha "déficits de grande magnitude". Entre as recomendações feitas pelo relatório estavam a instauração de processos de monitoramento de chuvas e vazões do reservatório e implementação de postos pluviométricos.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o promotor Rodrigo Sanches Garcia, do Grupo Especial de Defesa do Meio Ambiente, afirmou que a Sabesp já tinha conhecimento sobre a necessidade de melhorias há mais tempo.
"Na outorga de 2004, uma das condicionantes era que a Sabesp tivesse um plano de diminuição de dependência do Cantareira. O grande problema foi a demora de planejamento", contou.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um inquérito civil para esclarecer a crise no Sistema Cantareira.
Além de considerar a falta de chuvas sobre as bacias hidrográficas que alimentam a Cantareira nos primeiros meses do ano, o inquérito vai apurar informações sobre a possibilidade de erros de gestão da Sabesp.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/o-que-sobra-depois-de-esgotar-a-cantareira-e-o-volume-morto

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Os 15 países que mais executaram presos em 2013

Pena de morte 27/03/2014

China é a campeã de mortes, mas não divulga oficialmente os seus números; ranking ainda tem Estados Unidos e Japão

O mapa da pena de morte

São Paulo - A Anistia Internacional divulgou hoje (27) o seu novo relatório sobre penas de morte e execuções no mundo em 2013.
Ao menos 778 pessoas condenadas à morte foram executadas, 15% a mais que em 2012, quando 682 morreram.
O número não é preciso, contudo. A China, que autoriza a pena de morte, não divulga seus números. Mas estima-se que sejam milhares de mortes.
Não são apenas países pobres e autoritários que aparecem na lista. Os Estados Unidos, por exemplo, estão em quinto lugar: executaram 39 presos e deram outras 80 sentenças de morte.
Outras nações não aparecem no ranking de execuções, mas em 2013 sentenciaram um número assustador de pessoas à morte: Afeganistão, com 174, e Bangladesh, com 220, por exemplo.
A Anistia Internacional ainda ressalta que os números tendem a ser muito maiores em países como Síria e Coreia do Norte, onde os casos não vêm à tona.
Veja a seguir os 15 países que mais executaram presos em 2013 e o número de novas sentenças dadas:

1. China

Número de presos executados: desconhecido (estima-se milhares)
Número de penas de morte dadas: desconhecido

2. Irã

Número de presos executados: 369
Número de penas de morte dadas: 91

3. Iraque

Número de presos executados: 169
Número de penas de morte dadas: 35

4. Arábia Saudita

Número de presos executados: 79
Número de penas de morte dadas: 6

5. Estados Unidos

Número de presos executados: 39
Número de penas de morte dadas: 80

6. Somália

Número de presos executados: 34
Número de penas de morte dadas: 117

7. Sudão

Número de presos executados: 21
Número de penas de morte dadas: 29

8. Iêmen

Número de presos executados: 13
Número de penas de morte dadas: 3

9. Japão

Número de presos executados: 8
Número de penas de morte dadas: 5

10. Vietnã

Número de presos executados: 7
Número de penas de morte dadas: 148

11. Taiwan

Número de presos executados: 6
Número de penas de morte dadas: 7

12. Indonésia

Número de presos executados: 5
Número de penas de morte dadas: 16

13. Kuwait

Número de presos executados: 5
Número de penas de morte dadas: 6

14. Sudão do Sul

Número de presos executados: 4
Número de penas de morte dadas: 16

15. Nigéria

Número de presos executados: 4
Número de penas de morte dadas: 141
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-15-paises-que-mais-executaram-presos-em-2013#1

terça-feira, 6 de maio de 2014

ONU pressiona Nigéria para resgatar as 200 meninas sequestradas

Alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos conversou com presidente nigeriano e pediu mais ações para esclarecer o caso

Navi Pillay, alta comissária de Direitos Humanos da ONU
Navi Pillay, alta comissária de Direitos Humanos da ONU (Denis Balibouse/Reuters)
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, lembrou nesta terça-feira que escravizar e abusar sexualmente de pessoas pode constituir crime contra a humanidade, em referência ao sequestro de mais de 200 meninas na Nigéria pelas mãos da milícia radical islâmica Boko Haram. “Alertamos os responsáveis pelo sequestro que a lei internacional proíbe totalmente a escravidão e a escravidão sexual. Esses atos podem constituir, em alguns casos, crimes contra a humanidade”, afirmou Navi, citada em comunicado. A comissária da ONU também ligou para o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, para pedir agilidade na solução do caso.
O sequestro aconteceu em 14 de abril em uma escola em Chibok, no noroeste da Nigéria, e ontem sua autoria foi reivindicada pelo Boko Haram em um vídeo. Segundo a imprensa nigeriana, as garotas têm entre 13 e 18 anos de idade. Navi condenou o sequestro e pediu que as meninas sejam imediatamente devolvidas, sãs e salvas, a suas famílias. “Estamos profundamente preocupados com a fala do suposto líder do Boko Haram ontem na Nigéria, quando diz descaradamente que venderá 'no mercado' as meninas sequestradas, referindo-se a elas como escravas”, acrescentou a comissária.
Uma das meninas raptadas que conseguiu escapar relatou que as reféns mais jovens sofriam até quinze estupros por dia e que ela mesma havia sido entregue como esposa a um dos líderes do grupo terrorista. A alta comissária contatou o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, e pediu que faça todos os esforços para poder encontrar as meninas, e junto a outros altos executivos das Nações Unidas lembrou às autoridades que têm a obrigação de velar por que todas as meninas do país desfrutem do direito à educação, e sejam protegidas de qualquer violência ou intimidação.
A respeito do Boko Haram, Navi definiu as ações como “monstruosas” e pediu às autoridades que protejam a população. “O fracasso das autoridades em proteger efetivamente os cidadãos constitui em si uma violação dos direitos humanos”, repreendeu a alta comissária.
Fora do país – Segundo o Departamento de Estado americano, muitas das meninas sequestradas já podem estar fora da Nigéria. "Muitas delas, provavelmente, foram levadas para fora do país, para países vizinhos", explicou a porta-voz da diplomacia americana, Marie Harf. A porta-voz também confirmou que Washington ajuda a Nigéria em operações antiterroristas, trocando informações de inteligência, e acrescentou que Washington está preparada para ajudar a Nigéria "de qualquer forma" que Abuja considerar necessário.
O grupo paramilitar extremista Boko Haram, que significa em línguas locais "a educação não-islâmica é pecado", luta para impor a "sharia" (a lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul. No mesmo dia do sequestro, os terroristas realizaram um atentado em um terminal de ônibus na capital Abuja onde morreram 75 pessoas e 216 ficaram feridas. Neste exato lugar foi registrada outra explosãona quinta-feira passada, com dezenove mortos e sessenta feridos.
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/onu-pressiona-nigeria-para-resgatar-as-200-meninas-sequestradas


  • Nigéria
    País

  • Nigéria, oficialmente República Federal da Nigéria, é uma república constitucional federal que compreende 36 estados e o Território da Capital Federal, Abuja. Wikipédia



  • MoedaNaira

  • Língua oficialLíngua inglesa


  • GovernoPresidencialismo, República federal
  • https://www.google.com.br/search?q=Nig%C3%A9ria&oq=Nig%C3%A9ria&aqs=chrome..69i57j0l5.4372j0j8&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8
  •            
  • www.google.com.br/nigéria


  • segunda-feira, 5 de maio de 2014

    Brunei impõe lei islâmica que prevê apedrejamentos

    Nova legislação será introduzida em fases, começando com multas ou prisão para delitos como 'comportamento indecente', até açoitamentos e amputações

    O sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah
    O sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah (AFP)


    No sultanato de Brunei, no Sudeste Asiático, um novo código penal baseado na sharia, a lei islâmica inspirada no Corão, entrou em vigor nesta quinta-feira. A nova legislação será implantada em fases, sendo que a primeira introduz multas e penas de prisão para atos considerados indecentes, faltas às orações ou gravidez fora do casamento. Na segunda fase, prevista para entrar em vigor em outubro, penas mais duras serão impostas a furtos e roubos, que podem resultar em mutilações ou açoitamentos. Até o final do ano que vem, passam a valer punições ainda mais brutais, como morte por apedrejamento para adúlteros e homossexuais. Também está prevista pena de morte por blasfêmia ou apostasia (abandono ou negação da fé).
    Brunei torna-se assim o primeiro país do Sudeste da Ásia a adotar oficialmente a sharia em todo seu território. Em comparação com os vizinhos Malásia e Indonésia, o pequeno estado, rico em petróleo, já praticava uma lei mais dura, proibindo a venda e o consumo de bebidas alcoólicas e restringindo a liberdade religiosa.

    O sultão de Brunei, Hasanal Bolkiah, que graças às reservas de petróleo do seu país é considerado um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 20 bilhões de dólares, rejeitou as “intermináveis teorias” de que as punições são cruéis. “Teorias afirmam que a lei de Alá é cruel e injusta, mas o próprio Alá disse que sua lei é muito justa”, disse, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Guardian
    Críticas – A medida, que vinha sendo estudada há dois anos, foi criticada pelas Nações Unidas, por grupos de defesa dos direitos humanos e também motivou reações internamente. No início deste ano, cidadãos não-muçulmanos manifestaram-se contra a nova lei nas redes sociais, mas silenciaram após ameaças do sultão. Os muçulmanos representam mais de 70% da população do Brunei, de pouco mais de 400.000 habitantes.
    No início de abril, o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos criticou as duras medidas em Brunei. “Pedimos que o governo revise o Código Penal para garantir o cumprimento das normas internacionais para os direitos humanos”, declarou Rupert Colville, porta-voz do órgão, durante uma entrevista coletiva.
    O vice-diretor para a Ásia da ONG Human Rights Watch considerou o novo código “uma volta à punição medieval”. “É um enorme passo atrás para os direitos humanos em Brunei e um está totalmente fora de sintonia com o século XXI”, criticou Phil Robertson.
    A Anistia Internacional exigiu a revogação do novo código penal que devolve Brunei “a uma idade das trevas”, alertando que a legislação vai impor restrições à liberdade de pensamento, consciência e religião e aos direitos das mulheres. “O novo código penal de Brunei legaliza castigos cruéis e desumanos. Representa um deboche aos compromissos internacionais do país com os direitos humanos e deve ser revogada imediatamente”, disse o subdiretor da organização para a Ásia-Pacífico, Rupert Abbott.
    (Com agências EFE e France-Presse)
    http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/sultanato-do-brunei-introduz-lei-islamica-que-preve-apedrejamentos-e-mutilacoes
    https://www.google.com.br/search?q=brunei+mapa+mundi

    Capital: nome: Bandar Seri Begawan 
    Coordenadas geográficas: 4 53 N, 114 56 E 
    População: 408.786 (Julho 2011 est.)
    Expectativa de vida no nascimento: população total: 76,37 anos 
    homens: 74,09 anos 
    mulheres: 78,75 anos (2011 est.)
    Produto Interno Bruto (PIB): $21.11 bilhões (2011 est.) 
    $20.5 bilhões (2010 est.) 
    $19.99 bilhões (2009 est.) 
    Taxa de mortalidade infantil: total: 11,15 mortes/1.000 nascimentos
    homens: 13,31 mortes/1.000 nascimentos
    mulheres: 8,9 mortes/1.000 nascimentos (2011 est.)
    Definição: Esta entrada dá o número de mortes de crianças menores de um ano de idade em um determinado ano por 1000 nascidos vivos no mesmo ano. Ele inclui a taxa de mortalidade total e as mortes por sexo, masculino e feminino. Esta taxa é frequentemente utilizado como um indicador de saúde de um país.

    http://www.indexmundi.com/pt/brunei/
    Fonte: CIA World Factbook