segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ataque a hospital da MSF deixa mortos na República Centro-Africana

France Presse
A MSF Holanda confirmou a morte de três colaboradores.
"A única coisa que podemos confirmar é a morte de três membros de nossos voluntários em Nanga Boguila", declarou Samuel Hanryon, porta-voz da MSF na República Centro-Africana.
Desde que seu líder, o ex-presidente Michel Djotodia, foi obrigado a deixar o poder, os combatentes da ex-rebelião Seleka - no poder entre março de 2013 e janeiro de 2014 - executam ataques em várias regiões do país, sobretudo no norte.28/04/2014

Pelo menos 22 pessoas morreram em Nanga Boguila.
Entre os mortos estão 3 colaboradores da Médicos Sem Fronteiras.


Da France Presse

Pelo menos 22 pessoas, incluindo três colaboradores humanitários da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), morreram em um ataque a um hospital em Nanga Boguila, a 450 km de Bangui, cometido por supostos membros da ex-rebelião Seleka, informou uma fonte da força pan-africana MISCA.
"Homens armados considerados ex-Seleka e de etnia peul atacaram no sábado à tarde um hospital apoiado pela MSF na região de Nanga Boguila e mataram pelo menos 22 pessoas, incluindo três centro-africanos funcionários da MSF, e deixaram 10 feridos", disse a fonte à AFP.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/ataque-hospital-da-msf-deixa-mortos-na-republica-centro-africana.html

  • República Centro-Africana
    País

  • A República Centro-Africana ou, raramente, República da África Central é um país localizado no centro da África, limitado a norte pelo Chade, a nordeste pelo Sudão, a leste pelo Sudão do Sul, a sul pela República Democrática do Congo e pela República do Congo, e a oeste pelos Camarões.

  • GovernoRepública

  • Línguas oficiaisLíngua francesa, Língua sango

  • A República Centro-Africana é um dos poucos países africanos sem saída para o mar. O terreno é pouco acidentado, tendo as suas maiores altitudes nos restos do maciço de Adamaoua, que chega dos Camarões, a noroeste, e no maciço dos Bongo, a nordeste. A sul, é marcado pelos vales dos rios Ubangui e Boma. A floresta tropical resume-se à extremidade sudoeste e a algumas zonas dispersas pelo sul, sendo o restante território ocupado por savana, cada vez mais seca à medida que se caminha para norte e se aproxima do Sahel. A maior cidade é, de longe, a capital, Bangui.

  • A população quase quadruplicou desde a independência. Em 1960, a população era de 1.232.000, enquanto em 2009 a população já era de 4.444.000. Nota: As estimativas para este país ter em conta os efeitos do excesso de mortalidade devido à SIDA, o que pode resultar em menor expectativa de vida, alta mortalidade infantil e taxas de mortalidade, menor população e as taxas de crescimento, e as mudanças na distribuição da população por idade e sexo do que seria esperado. As Organizações das Nações Unidas estimam que cerca de 11% da população entre os 15 e 49 anos é portador do vírus do HIV. Apenas 3% do país tem a terapia antirretroviral disponível, em comparação com 17% de cobertura nos países vizinhos do Chade e da República do Congo.
    A nação está dividida em mais de 80 grupos étnicos, cada um com sua própria língua. Os maiores grupos étnicos são os Baya (33%), Banda (27%), Mandjia (13%), Sara (10%), MBOUM (7%), M'Baka (4%) e Yakoma (4%), com os outros 2%, incluindo descendentes de europeus, principalmente franceses. As principais línguas são o Sangho (língua materna para 17% da população) e o Manza (11%).
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Centro-Africana
  • https://www.google.com.br/search?q=rep%C3%BAblica+centro-africana&oq=rep%C3%BAblica+centro-africana&aqs=chrome..69i57j69i61.7847j0j8&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8
  • https://www.google.com.br/search?q=rep%C3%BAblica+centro-africana
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Centro-Africana
  • Cronologia: a crise na Ucrânia

    (Atualizada dia 24/04) Após quatro meses de crise na Ucrânia, a população da Crimeia decidiu, em referendo, que o território seja anexado à Rússia. Em Kiev, a nova elite política considerou a votação ilegal e insiste que Moscou deve respeitar a soberania da Ucrânia.
    Os protestos de rua na Ucrânia, liderados pela oposição, começaram em novembro, quando o então presidente Viktor Yanukovich desistiu de um pacto comercial com a União Europeia e optou por estreitar os laços com a Rússia.
    Em 21 de fevereiro, Yanukovich faz um acordo com a oposição e é deposto do cargo. O Parlamento do país aprova a restituição da Constituição de 2004 e a anistia para as pessoas envolvidas nos protestos contra o governo.
    Leia os fatos marcantes da crise desde novembro:
    - 21 de novembro de 2013: Oposição convoca atos contra a decisão do governo de não assinar um acordo com a União Europeia e reforçar as relações com a Rússia (Veja o especial sobre as raízes do conflito)
    - 24 de novembro de 2013: Uma grande manifestação ocorre em Kiev com o lema “Ucrânia é Europa”
    - 1 de dezembro de 2013: Após várias manifestações, milhares de opositores tomam a Praça da Independência e pedem o fim do governo Yanukovich
    - 8 de dezembro de 2013: “Marcha do milhão” em Kiev: manifestantes bloqueiam bairros e derrubam a estátua de Lenin
    - 22 de dezembro de 2013: Oposição política e cidadã cria a União Popular “Maidán” (nome da praça da independência) e exige eleições antecipadas e uma reforma constitucional
    - 15 de janeiro de 2014: Oposição bloqueia a entrada do Parlamento
    - 19 a 22 de janeiro de 2014: Protestos contra leis repressivas, contra a liberdade de expressão, aumentam
    - 24 de janeiro de 2014: Prefeito de Kiev Alexander Popov é destituído
    - 26 de janeiro de 2014: Manifestações se alastram por todo o país
    - 28 de janeiro de 2014: O primeiro-ministro Mykola Azarov renuncia e o Parlamento aprova uma lei que anistia os detidos durante os protestos
    - 31 de janeiro de 2014: Exército pressiona Yanukovich a adotar medidas urgentes para estabilizar o país
    - 6 de fevereiro de 2014: O Parlamento concorda em discutir um projeto de reforma constitucional que retome a Carta Magna de 2004, abolida por Yanukovich
    - 16 de fevereiro de 2014: Fim da ocupação da Prefeitura de Kiev e outras sedes administrativas após dois meses e meio de exigências para a libertação de detidos em manifestações
    - 17 de fevereiro de 2014: Entra em vigor a lei de anistia, que beneficia os presos durante manifestações
    - 18 de fevereiro de 2014: Novos confrontos entre manifestantes e policiais começam em Kiev e deixam mais de 10 mortos, no primeiro episódio de violência em três semanas
    - 21 de fevereiro de 2014: Os confrontos na Ucrânia deixam ao menos 77 mortos. Yanukovich e a oposição assinam um acordo para encerrar a crise política no país.
    - 22 de fevereiro de 2014: Yanukovich foge quando opositores tomam o Parlamento em Kiev
    - 27 de fevereiro de 2014: Parlamento ucraniano elege político pró-Europa como novo primeiro-ministro. No mesmo dia, separatistas tomam prédios do governo na Crimeia.
    - 28 de fevereiro de 2014: Yanukovich aparece na Rússia, diz que não fugiu de Kiev e continuará lutando pela paz na Ucrânia.
    - 1 de março de 2014: Exército ucraniano fica em estado de alerta após Senado russo autorizar o uso de força pelas forças do governo de Putin na Ucrânia.
    - 6 de março de 2014: Parlamento da Crimeia aprova anexação do território à Rússia e convoca referendo para o dia 16. União Europeia e EUA impõem sanções a cidadãos russos por apoio ao referendo.
    - 12 de março de 2014: Obama se reúne com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, e reitera apoio ao país na “manutenção de sua integridade territorial e de sua soberania.”
    - 14 de março de 2014: Tentativa de acordo entre EUA e Rússia sobre a Crimeia fracassa após reunião de John Kerry e Sergei Lavrov.
    - 16 de março de 2014: Em referendo na Crimeia, 96,77% dos eleitores optaram pela anexação da região à Rússia.
    - 17 de março de 2014: Putin assina decreto reconhecendo a Crimeia como um “Estado soberano e independente”. EUA e UE aplicam sanções a autoridades russas e ucranianas como retaliação ao referendo.
    - 18 de março de 2014: Putin fala ao Parlamento russo e formaliza pedido por anexação da Crimeia. ”A Crimeia sempre foi e é parte da Rússia”, disse o presidente russo.
    - 7 de abril de 2014: Manifestantes pró-Rússia ocuparam prédios públicos em Donetsk, no leste da Ucrânia, e proclamaram a região uma república soberana. Um referendo de adesão à Rússia foi convocado para o dia 11 de maio.
    - 10 de abril de 2014: Presidente interino da Ucrânia promete anistiar ativistas pró-Rússia que entregarem as armas e desocuparem prédios tomados em cidades do leste ucraniano.
    - 17 de abril de 2014: Diplomatas da Rússia, Ucrânia, EUA, e União Europeia chegam a um acordo que prevê o desarme de grupos armados ilegais, a desocupação de edifícios em cidades do leste ucraniano e a anistia a insurgentes pró-Rússia.
    - 18 de abril de 2014: Separatistas pró-Rússia rejeitam acordo alcançando em Genebra e dizem que não foram representados na decisão.
    - 20 de abril de 2014:  Tiroteio em um posto de controle perto da cidade ucraniana Slaviansk, controlada por separatistas pró-Rússia, deixa três mortos.
    - 21 de abril de 2014: Vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chega em Kiev e oferece ajuda ao governo ucraniano contra as ações de insurgentes pró-Rússia.
    - 22 de abril de 2014: EUA anunciam o envio de tropas para a Polônia e Países Bálticos para realizarem exercícios militares, mostrando o compromisso de Washington com os aliados da Otan.
    - 24 de abril de 2014: Operação ucraniana contra separatistas pró-Rússia deixa cinco mortos em Slaviansk; Rússia reage e inicia exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia.
    Operários colocam a bandeira russa e trocam o letreiro do Parlamento da Crimeia após anexação à RússiaTHOMAS PETER/ REUTERS
    http://blogs.estadao.com.br/radar-global/cronologia-os-protestos-na-ucrania/





    67,5% dos docentes do fundamental não têm habilitação na área em que dão aula

    Um em cada cinco professores que lecionam nos anos finais dessa etapa de ensino não tem curso superior; no ensino médio, os sem habilitação na área são 51,7%

    23 de abril de 2014

    Bárbara Ferreira Santos - O Estado de S. Paulo

    SÃO PAULO - Mais da metade dos professores do País não possui licenciatura para dar aulas nas disciplinas que leciona nas últimas séries da educação básica. É o que mostra um levantamento da ONG Todos pela Educação para o Observatório do PNE (Plano Nacional da Educação), com dados do Censo Escolar de 2013. Nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o índice chega a 67,5% e no ensino médio a 51,7%.
    Segundo a gerente da área técnica do Todos pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, esses números englobam os professores que não têm ensino superior, os que possuem apenas bacharelado e também os que têm licenciaturas, mas em áreas diferentes das quais lecionam. Ou seja, retratam desde o professor que acabou de ser alfabetizado e que repassa o seu conhecimento até aquele que é formado em História, mas dá aulas de Artes, por exemplo.
    A mostra considera que professores com formação na disciplina em que atuam são aqueles cuja formação superior é em licenciatura na mesma matéria da disciplina. Para professores de Artes, por exemplo, considera-se aqueles formados em Educação Artística, Artes Visuais, Dança, Música ou Teatro. Para professores de Ciências, considera-se os professores formados em Ciências Naturais, Ciências Biológicas, Física ou Química.
    O levantamento aponta que um em cada cinco (21,5%) professores não possui nenhum curso de graduação nos anos finais do ensino fundamental. No ensino médio, o número cai para 4,7%. O total dos que têm ensino superior, mas não têm licenciatura, ou seja, profissionais como engenheiros e advogados que acabam se tornando professores, é de 35,4% nos anos finais do ensino fundamental e 22,1% no ensino médio.
    Prejuízo. Para especialistas em educação, a falta de habilitação dos professores na área em que lecionam pode prejudicar o ensino. "Professor que não tem licenciatura na área não tem as técnicas para ensinar o conteúdo. Não basta ser bom em Matemática, por exemplo, tem de saber como ensinar Matemática e isso é algo que se aprende durante a formação específica", afirma o diretor acadêmico do Instituto Singularidades. "Isso é pior quando se considera que há um número expressivo de professores que nem sequer tem ensino superior. Isso é um problema do País, não temos obra qualificada suficiente para atender demandas básicas como essa."
    Para Paula Louzano, especialista em educação pela Universidade de Harvard, o problema não é de falta de pessoas formadas em licenciatura no País. "Um terço das matrículas da educação superior no Brasil são para formação dos professores. Não é falta de professores formados. Em áreas específicas pode acontecer isso, mas de forma geral não é esse o problema. O problema é que muitos formados não querem ser professores."
    Habilitação. O levantamento mostra que o Norte e o Nordeste do País têm os piores índices de professores formados e habilitados nas áreas em que lecionam. Sul e Sudeste lideram a lista. "Locais com pior desempenho na educação são aqueles em que há o maior porcentual de professores sem licenciatura na área que atuam. Essas desigualdades são vistas em outros indicadores educacionais, como os de investimento e infraestrutura, por exemplo. É preciso que o País invista mais nessas áreas para diminuir essas diferenças", afirma a gerente técnica do Todos pela Educação.
    Só no Nordeste o número de professores sem licenciatura para lecionar as disciplinas em que dão aula nos anos finais do ensino fundamental chega a 82,4%. No ensino médio o número é de 66%. O Estado da Bahia é o que possui mais professores sem licenciatura na área no ensino médio: 89,3%.
    No Norte, o índice é de 81,9% no ensino fundamental e de 55% no ensino médio. É nessa região em que há o pior índice por Estado no ensino fundamental: no Acre, 89,9% dos professores não têm licenciatura na área em que atuam.
    No Sul, o número de professores sem licenciatura correlata à disciplina é de 49% no fundamental e 41,9% no médio. Já no Sudeste o porcentual é de 47,1% e 42%, respectivamente.
    São Paulo. Em São Paulo, o total de professores sem habilitação na área é de 38,1% no ensino fundamental e 44,3% no ensino médio. Para Alejandra, o número é maior no ensino médio porque nessa etapa do ensino há disciplinas mais específicas que em outras etapas da educação básica, como Química, Física e Biologia, que exigem licenciaturas nas respectivas áreas. "No ensino fundamental há a disciplina de Ciências, que permite que o professor seja formado em Química, Física ou Biologia, é mais aberto."
    Segundo Oliveira, essa diferença se dá porque o PNE exigiu habilitação para professores por etapas de ensino. "Primeiro houve cobrança do ensino fundamental 1, depois do ensino fundamental 2 e por último do ensino médio. As escolas se prepararam primeiro para habilitar os professores do fundamental."
    Disciplinas. No ensino fundamental, Artes (92,3%) e Filosofia (90%) são as disciplinas em que há mais professores sem licenciatura na área. Filosofia não é uma disciplina obrigatória nessa etapa da educação, mas como já é cobrada nos principais vestibulares, já faz parte da grade das escolas de ensino fundamental.
    Já em Língua Portuguesa, que é a matéria que tem o melhor índice de professores habilitados, mais da metade dos professores não têm licenciatura na área: 53,3% contra 46,7% que têm.
    No ensino médio, as disciplinas em que há mais professores sem licenciatura na área são Física (80,8%) e Filosofia (78,8%).
    Ensino. Dos mais de 2 milhões de professores que dão aula na educação básica (ensinos fundamental e médio) do Brasil, um em cada cinco (21,9%) não possuem ensino superior, de acordo com dados do Censo Escola 2012 levantados pela ONG Todos pela Educação.
    A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define que todo professor deve ser formado em pedagogia ou em uma licenciatura para poder dar aula. Desde 2010, a quantidade de professores diplomados cresceu quase 10% (68,9%, em 2010, a 78,1%, em 2012), mas a meta de atingir 100% dos professores com ensino superior em todo o País, estipulada no texto original do Plano Nacional de Educação, não deve ser alcançada, segundo o Observatório do PNE.
    http://www.estadao.com.br/noticias/vida,67-5-dos-docentes-do-fundamental-nao-tem-habilitacao-na-area-em-que-dao-aula,1157521,0.htm

    domingo, 27 de abril de 2014

    A Moldávia agora tem importância

    Bastaria um pouco de atenção para que o mais pobre país da Europa não seja alvo de Putin, mas amor dos moldavos pelo Ocidente não é recíproco

    25 de abril de 2014
    Nicholas D. Kristof* / The New York Times - O Estado de S. Paulo
    Se for feita uma competição olímpica para saber qual é o país mais corajoso do mundo, a medalha de ouro pode muito ser dada para a Moldávia. Políticos inseguros da Europa e dos EUA deveriam ir a esse país para aprender. Pense na Moldávia como a "próxima Ucrânia", pois a Rússia pode estar prestes a abocanhar uma fatia desse pequeno país, situado ao lado da Ucrânia e da Romênia e considerado o mais pobre da Europa.
    A Rússia pressiona impiedosamente a Moldávia por tentar se associar à União Europeia. Impôs sanções como o bloqueio às cruciais exportações de vinho moldavo. A Rússia tem até ameaçado cortar as remessas de gás natural do qual os moldavos dependem. "Esperemos que vocês não congelem", advertiu publicamente uma autoridade russa. Mas o valente governo moldavo não se curva e está determinado a aderir à União Europeia e estreitar os laços com o Ocidente. "Não existe outra alternativa senão buscar a integração europeia", disse-me o primeiro-ministro Iurie Leanca, ex-diplomata. O amor da Moldávia pelo Ocidente não é recíproco. Washington praticamente desconhece o país. Nenhum presidente americano o visitou.
    A viagem do vice-presidente Joe Biden à Ucrânia esta semana teria sido um momento perfeito para uma visita. Mas isso não ocorreu. Afinal, a Moldávia tem uma população de menos de quatro milhões e nenhum significado estratégico aparente. Com alguns gestos modestos, o presidente Barack Obama poderia recompensar a determinação dos moldavos. Inversamente, diante da desatenção americana, o presidente Vladimir Putin poderá oficialmente anexar uma parte da Moldávia, a Transnístria, nas próximas semanas.
    Trata-se de um enclave de língua russa na Moldávia, armado por Moscou e protegido por tropas russas. A Transnístria alega ter se separado e estabelecido um país independente. Seu governo (controlado por Moscou), numa medida que constitui um presságio preocupante, apelou à Rússia para anexá-la. Portanto, a Rússia pode em breve anexar esse enclave e um pedaço da Ucrânia meridional, incluindo Odessa.
    A Transnístria é um Estado policial. Atravessei sua fronteira como turista e tive a mesma sensação dos tempos da União Soviética. A região poderia se vender como um museu a céu aberto do regime soviético, com estátuas de Lenin, tropas russas nas estradas e uma agência de inteligência que ainda é chamada de KGB. O departamento de propaganda está a todo vapor, com inúmeros cartazes exaltando o patriotismo e os triunfos russos passados.
    Os monumentos lembrando os sucessos militares - com tanques ou carros blindados de transporte de tropas - exaltam o heroísmo da população local e denunciam as mortes pelos "fascistas" na luta com o Exército do país nos anos 90. Uma coleção gigantesca de cartazes lembra os heróis russos e locais.
    Os conjuntos de apartamentos da região estão dilapidados e são idênticos. Apesar dos enormes subsídios russos, a economia é caótica. A atmosfera é tal que por um momento achei que poderia encontrar o irascível líder soviético dos anos 70 Leonid Brejnev.
    A economia faliu após o colapso da União Soviética. Cerca de 1 milhão de pessoas fugiu do país para procurar trabalho. Em alguns vilarejos é difícil encontrar mulheres jovens porque partiram para o exterior. Muitas foram enganadas, violentadas e objeto de tráfico pelo crime organizado, levadas para bordéis na Europa Ocidental.
    Nos últimos anos, o governo tenta criar uma economia de mercado pró-ocidental e o país vem se recuperando, mas continua frágil. Muitos temem que Putin possa direcionar sua "estratégia de guerra camuflada" composta de agentes infiltrados e provocadores para transformar a Moldávia na próxima Ucrânia.
    Pode ser tarde para deter Putin. Os EUA devem melhorar a infraestrutura para a Moldávia importar gás natural e eletricidade da Romênia. Se Obama pudesse visitar esse país por algumas horas, seria aclamado como jamais foi - e teria a sua frente um exemplo de coragem merecedora de uma medalha de ouro.
    TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
    *Nicholas D. Kristof É Colunista
  • Moldávia
    País
  • República da Moldávia é um país sem costa marítima da Europa Oriental, limitado a norte, leste e sul pela Ucrânia e a oeste pela Roménia. A sua capital é a cidade de Quichinau. Wikipédia
  • MoedaLeu moldávio
  • Língua oficialLíngua romena

  • http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,a-moldavia-agora-tem-importancia,1158753,0.htm
    https://www.google.com.br/search?q=mapa+da+europa+com+paises+e+capitais
    https://www.google.com.br/search?q=mapa+politico+da+moldavia
    https://www.google.com.br/search?q=mapa+da+europa+com+paises+e+capitais&oq=mapa+da+europa&aqs=chrome.5.69i57j0l5.14390j0j8&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8#q=moldavia

    sábado, 19 de abril de 2014

    Conflito no Sudão do Sul expulsou um milhão de pessoas

    Refugiados lotam campos antes desativados na região norte da vizinha Uganda

    12 de abril de 2014 
    Adriana Carranca - Enviada Especial a Adjumani, Uganda - O Estado de S. Paulo
    Expulsos pela violência dos conflitos étnicos deflagrados em dezembro, 320 mil sul-sudaneses se refugiam na vizinha Uganda. No total, um milhão de pessoas deixaram suas casas em 100 dias, segundo a ONU, num dos maiores êxodos da África em tão curto tempo.
                                           Carregando o que conseguem de seus pertences, novos refugiados chegam do Sudão do Sul a Nyumanzi - Adriana Carranca/EstadãoAdriana Carranca/Estadão
                            Carregando o que conseguem de seus pertences, novos refugiados chegam do Sudão do Sul a Nyumanzi
    Aos 75 anos, Duruca Achol está entre os milhares de refugiados que retornaram ao norte de Uganda. Os antigos campos da região, abandonados após o acordo de paz com Cartum e a sucessiva independência do Sudão do Sul, em 2011, quando 2,3 milhões de sulistas voltaram esperançosos para casa, estão de novo lotados.
    Duruca tinha nove filhos da primeira vez que esteve em Uganda, mas, entre um refúgio e outro, entre uma guerra e outra, perdeu sete deles. “Três mortos nos conflitos, três de malária”, diz. Após desavenças entre soldados leais ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, da etnia dinka, o contingente da etnia nuer do Exército sul-sudanês, seguidores do vice-presidente deposto Riek Machar, desertou.
    Depois do que acusam ter sido um massacre promovido por Kiir contra os nueres, na periferia de Juba, em dezembro, os rebeldes marcharam para o norte expulsando e matando civis da etnia dinka de áreas estratégicas e antigos redutos como Bor, capital de Jonglei, o maior Estado do país, e as capitais petrolíferas de Betiu, em Unity e Malakal, no Alto do Nilo.
    A pequena Adjumani, antes uma cidade fantasma, voltou a viver do comércio informal movimentado pelas organizações humanitárias que chegaram com a crise. É uma região que ainda tenta se recuperar de sua própria guerra. Por 20 anos, no mesmo período em que os sulistas sudaneses lutavam com o norte muçulmano, os ugandenses dessa região viviam sob o terror do fanático Joseph Kony e seu Exército da Resistência do Senhor. Ele fugiu – acredita-se estar foragido na República Centro-Africana – e os moradores aos poucos voltaram.
    “Eles (os rebeldes) chegaram atirando”, diz Duruca. Um filho morreu, mas ela escapou com a filha e cinco netos. O marido morrera em 1991, na guerra com o norte. Duas décadas depois, o destino repete-se com a filha, Rebecca, viúva da nova guerra.
    Num país assombrado por uma das maiores guerras da África e pelo genocídio em Darfur, a notícia dos novos conflitos se espalhou rapidamente. “A crise começou em janeiro, quando algo como 30 mil refugiados chegaram ao mesmo tempo, famintos e com sede. Houve muita confusão. Eu pensava: meu Deus, como vou arranjar água para toda essa gente?”, disse Titus Jogo, responsável pelo escritório do governo para refugiados em Uganda.
    “Nós mandamos todo o mundo para um campo aberto, mas não havia nada lá. Eu lhes fiz promessas, mas não sabia se poderia cumpri-las, se a infraestrutura chegaria antes que morressem.” Era início de uma manhã de calor quando Jogo recebeu o Estado e 839 novos refugiados haviam chegado naquele dia.
    O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, aliado de Kiir, prometeu dar terras aos dinkas – 90 metros quadrados para a cada família. Também enviou tropas para proteger a estrada entre Juba, a capital, e Nimule, na fronteira, fazendo dela a principal rota para os refugiados das áreas ocupadas por rebeldes nueres.
    Estratégias. O interesse de Uganda está nos US$ 450 milhões que o Sudão do Sul importa do país, principalmente em frutas e vegetais. Museveni é também inimigo político antigo de Cartum, que ensaia apoio aos rebeldes nueres.
    Duruca ainda aguardava por um destino no centro de transição de Nyumanzi havia três meses. Um erro nos registros dos primeiros a chegar obrigava 10 mil pessoas a viver ali provisoriamente, quando deveriam ter ficado por apenas dois dias. A organização Médicos Sem Fronteiras instalou uma clínica no local para fazer os primeiros atendimentos. A maioria dos sul-sudaneses vive da agricultura familiar. Quando têm de abandonar suas terras, deixam para trás seus únicos meios de sobrevivência.
    Duas vezes por dia, uma farinha nutritiva distribuída pelo escritório para refugiados da ONU é misturada a latões de água sobre lenha na entrada do campo e uma extensa fila de miseráveis e famintos se forma. São as únicas refeições do dia.
    “Não temos água suficiente para todos e cada vez chega mais gente. A comida é dividida entre todos, quando há”, diz Andrea Kuol Wuoi, de 42 anos, que recebia 850 libras sul-sudanesas (cerca de US$ 200) por mês como soldado do Exército Popular de Libertação do Sudão, ex-grupo rebeldes que lutou pela independência do Sudão do Sul e foi alavancado a Exército regular de Kiir. Ele desistiu da luta ao ver o cunhado e melhor amigo ser morto em Bor, em dezembro.
    Andrea chegou ao campo com as roupas do corpo e 22 pessoas da família, incluindo as duas mulheres e seis filhos. Pagou um mês de salário a um barqueiro, que os levou em um bote lotado de refugiados até a outra margem do Rio Nilo. De lá, seguiram a pé até Nimule em quase uma semana de caminhada. A fronteira está aberta e de Elego, a primeira cidade já do lado de Uganda, os refugiados são recebidos e encaminhados para o campo de transição de Nyumanzi. Então, são alocados para um dos três campos da região – Nyumanzi, Ayilo e Baratuku.
    Um quarto campo foi aberto para a minoria nuer que chegou em Uganda – eles têm de ficar separados para evitar que o conflito étnico se alastre para o país vizinho. Outros milhares de dinkas atravessaram para a Etiópia. Pelo menos 2 mil refugiados ainda cruzam a fronteira do Sudão do Sul com Uganda todos os dias.

    Em um encontro com funcionários de alto escalão do governo sul-sudanês, na quinta-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, ameaçou o país com sanções. No entanto, nem o presidente Kiir ou o ex-presidente Machar deram sinais de estarem dispostos a retomar negociações. Para sul-sudaneses como Duruca Achol, a paz continua sendo apenas um conceito distante.
    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,conflito-no-sudao-do-sul-expulsou-um-milhao-de-pessoas,1153008,0.htm

    Livro didático com erros na grafia de Estados brasileiros é substituído

    A editora responsável pela elaboração e publicação do livro disse ter desligado de seu quadro de colaboradores os encarregados pela revisão do material

    14 de abril de 2014 
    Maria do Carmo Pagani - Especial para O Estado
    CAMPINAS - A página de um livro didático com erro na grafia de Estados brasileiros foi substituída nesta sexta-feira, 11. O livro foi distribuído a cerca de 4 mil alunos do 2º ano do ensino fundamental da rede municipal de Jundiaí, no interior paulista, com incorreções na grafia dos Estados do Acre, Minas Gerais e Espírito Santo, além da ausência de localização do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e do Distrito Federal.
    A página faz parte de um capítulo sobre povos indígenas no qual um mapa do Brasil mostraria a localização de algumas tribos em todos os estados. O Grupo Mathema, editora responsável pela elaboração e publicação do livro - e pela substituição da página com erro - afirma já ter desligado de seu quadro de colaboradores os encarregados pela revisão do material.
    Segundo a editora, suas publicações contam com dois revisores para cada disciplina. O grupo observou, ainda, que os erros já haviam sido detectados e corrigidos - embora em Jundiaí eles tenham sido descobertos por um garoto de 7 anos - e que apenas os alunos de Jundiaí teriam recebido o mapa com falhas.
    Em nota, a editora lamenta e pede desculpas pelo problema ocorrido e se compromete com o reforço de seu controle de qualidade. A Secretaria de Educação de Jundiaí confirma o recebimento da página correta, que foi colada por cima da que apresentava erros, "não causando problemas pedagógicos aos alunos". Por meio de nota, a secretaria afirmou que "haverá punição para a Editora Mathema" e que o setor jurídico da Prefeitura estuda as penalidades com base no que está previsto em contrato.
    http://www.estadao.com.br/noticias/vida,livro-didatico-com-erros-na-grafia-de-estados-brasileiros-e-substituido,1153639,0.htm

    sexta-feira, 4 de abril de 2014

    Nuvem de poluição e poeira de areia cobre Londres e se espalha

    Publicado em: 03/04/2014
    Da Folhapress

    Uma grande nuvem de poluição cobre nos últimos dias a cidade de Londres e se espalha por grande parte da Inglaterra. 
    A situação, que pode prosseguir até sexta-feira, foi provocada pelas emissões locais, a contaminação industrial procedente do continente europeu e a poeira da areia do Saara, carregada pelos ventos do sudeste, segundo o ministério do Meio Ambiente. 
    Apesar do clima ameno para a época do ano, com temperaturas de até 20 graus na capital, o ministério do Meio Ambiente recomendou às pessoas vulneráveis que evitem esforços intensos a céu aberto. 
    Em 20 de fevereiro, a Comissão Europeia iniciou procedimentos jurídicos contra o Reino Unido por descumprir a obrigação de reduzir os níveis excessivos de dióxido de nitrogênio (NO2), um gás tóxico produzido principalmente pelos veículos. 
    Nível de poluição 
    Segundo o jornal britânico "Guardian", o nível de poluição chegou a 9 --em um ranking de 1 a 10 no qual 10 é o mais alto-- hoje de manhã na Grande Londres e leste da Inglaterra, segundo informações do Departamento de Meio-Ambiente, Comida e Agribusiness (Defra). Outras partes da Inglaterras terão taxas recorde de poluição do ar nesta quinta-feira, segundo o Defra. 
    Pessoas com problemas de pulmão e cardíacos foram aconselhados a evitar atividades ao ar livre enquanto pessoas com olhos irritados, tosse e garganta seca devem limitar as saídas de casa. Algumas escolas de Londres proibiram as atividades a céu aberto.

    http://www.jornaldooeste.com.br/exterior/nuvem-de-poluicao-e-poeira-de-areia-cobre-londres-e-se-espalha-73681/

    quinta-feira, 3 de abril de 2014

    Chile sofre forte réplica de terremoto

    Tremor secundário de 7,6 é o mais forte desde o abalo de terça-feira, mas não deixou danos

    03 de abril de 2014
    O terremoto, de magnitude 8,3 na escala Richter, atingiu a área próxima à cidade de Iquique, no Chile.ALEX VALDES

    SANTIAGO - Um forte terremoto de magnitude 7,6 atingiu a costa norte do Chile na noite de quarta-feira, 2, mas não houve relatos de danos ou feridos, e um alerta de tsunami ao longo do litoral chileno e no vizinho Peru foi cancelado.

    Esse foi o mais forte de vários tremores secundários que se seguiram a um enorme terremoto de magnitude 8,2 na mesma região, na terça-feira, que resultou em seis mortes.
    A agência de emergência do Chile disse que não houve relatos iniciais de feridos ou danos graves devido à réplica do tremor.
    A presidente Michelle Bachelet, que estava na região para inspecionar os danos provocados pelo terremoto anterior, foi retirada do hotel onde estava na cidade de Arica.
    "Eu fui retirada como todos os cidadãos, e nós viemos aqui (à agência de emergências de Arica) para ver se há alguma forma de ajudarmos", disse Bachelet na noite de quarta-feira.
    A área possui muitas das maiores minas do Chile, o maior produtor de cobre do mundo.
    Uma porta-voz da mina Collahausi, da Glencore Xstrata e da Anglo American, disse que o "processo de normalização" iniciado após o terremoto de terça-feira continuava normalmente.
    Em 2010, um terremoto de magnitude 8,8 provocou um tsunami que devastou várias cidades litorâneas no centro-sul do Chile, deixando 526 mortos.
    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,chile-sofre-forte-replica-de-terremoto,1148666,0.htm