sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nigéria aprova projeto de lei contra casamento homossexual

DA EFE

O parlamento da Nigéria aprovou nesta quinta-feira (30/05/2013) um projeto de lei que prevê penas de até 14 anos de prisão para quem se casar com uma pessoa do mesmo sexo, informou a agência de notícias estatal do país africano, NAN.
"O casamento ou a união civil entre pessoas do mesmo sexo não será formalizado em nenhum local de culto, seja igreja ou mesquita, nem em nenhum lugar da Nigéria", diz o texto aprovado.
Além disso, a norma prevê uma sentença de 10 anos de prisão para "qualquer um que, direta ou indiretamente, mostrar em público relações amorosas com pessoas do mesmo sexo", e para "qualquer pessoa ou grupo de pessoas que supervisione, presencie, proteja ou defenda a formalização de casamentos homossexuais na Nigéria".
Ao apresentar o projeto de lei, o deputado nigeriano Albert Sam-Tsokwa disse que a intenção é buscar "objetivos de longo alcance" ao tornar ilegal o casamento homossexual e castigar os que estejam relacionados com a prática.
Em novembro de 2011, o Senado nigeriano aprovou um projeto de lei que estipulava as mesmas penas para quem estivesse envolvido nestes atos, mas com algumas diferenças menores em relação ao texto aprovado hoje pelos parlamentares.
As duas câmaras deverão agora colocar-se de acordo, através de um comitê conjunto, sobre o conteúdo final do projeto de lei que deverá ser enviado depois ao presidente da Nigéria para sua aprovação.

França diz que vai proibir cigarro eletrônico em locais públicos

31/05/2013
DA AFP, EM PARIS

A França vai proibir o uso do cigarro eletrônico nos locais públicos e por menores de 18 anos, informou o governo francês nesta sexta-feira, o Dia Mundial Sem Tabaco.
Por ocasião deste dia, a OMS (Organização Mundial de Saúde) encoraja a proibição da publicidade, da promoção e do patrocínio do tabaco, estimando que o tabagismo provoque a morte prematura de 6 milhões de pessoas por ano.
"Queremos aplicar ao cigarro eletrônico as mesmas medidas aplicadas ao tabaco", declarou a ministra da Saúde, Marisol Touraine, à rádio France Info.
A publicidade e o patrocínio das produtoras de tabaco estão proibidos na França e, desde novembro de 2006, é ilegal fumar em locais públicos. Depois dessa proibição ocorreu a popularização do cigarro eletrônico, que funciona com pilhas.
Ao ser aspirado pelo consumidor, o cigarro eletrônico dispersa vapor de nicotina e propilenoglicol nos pulmões (líquido utilizado como refrigerante ou anticongelante).
Kenzo Tribouillard/AFP
Pessoa fuma cigarro eletrônico, em Paris; equipamento será proibido em locais públicos e para menores de 18
Pessoa fuma cigarro eletrônico, em Paris; equipamento será proibido em locais públicos e para menores de 18
O produto, inventado na China, é vendido em vários países como uma solução menos nociva para os fumantes do que os cigarros tradicionais e como um artifício para ajudar quem quer parar com o vício.
No entanto, alguns dizem que seu uso não põe fim ao hábito de fumar.
De acordo com os fabricantes, meio milhão de franceses utilizam a versão eletrônica do cigarro. Em março do ano passado, Touraine anunciou que havia pedido uma investigação sobre o cigarro eletrônico para avaliar os "benefícios" e "riscos" desse produto.
Em maio de 2011, a Agência Francesa de Segurança Sanitária e Produtos de Saúde (Afssaps, na sigla em francês) recomendou que o produto, que só está disponível em sites especializados na internet, não seja utilizado.
RÚSSIA
Na Rússia, uma lei que proíbe o fumo em locais públicos entra em vigor neste sábado (1º). Para poder fumar, será preciso distanciar-se pelo menos 15 metros de aeroportos, estações ferroviárias ou de metrô.
Por enquanto, não estão previstas multas para quem desrespeitar a nova norma, pois ainda não foram adotadas as emedas que vão modificar o código administrativo.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Histórias sobre Gaza



Palestina nas ruas de Gaza. Crédito Diogo Bercito/Folhapress
Foram, em dois dias, 36 comentários a respeito do que vocês pensam sobre Gaza. Do que concluo, apesar de poder estar enganado, que os leitores deste orientalíssimo blog estão bem informados a respeito da situação na região –mas talvez tenham uma imagem incompleta de como é a vida nesse estreito poeirento de terra.
Pode ser instrutivo, então, contar um pouco de como foi minha viagem durante esta semana.
Cheguei a Gaza pela passagem norte, chamada Erez. O terminal israelense, que parece um aeroporto, envolve segurança máxima. As permissões de entrada são raras, basicamente a poucos entre os moradores, a organizações humanitárias e a membros da imprensa em posse de credencial do governo. Filas? Nada.
Do lado palestino, são dois checkpoints. Primeiro, um ponto de controle de passaporte operado pelas autoridades do Fatah, facção palestina que controla o território da Cisjordânia. Dali, pego um táxi para o checkpoint seguinte, já dentro da faixa de Gaza. Desta vez, são homens do Hamas, que checam atentamente minha autorização de entrada (uma espécie de visto que obtive antes da viagem) e inspecionam minha bagagem. Então tenho meia hora até meu hotel, de frente para o mar.
As imagens são confusas. Carros importados, nas ruas, mas também dezenas de burrinhos de carga –um deles morre, e o trânsito emperra enquanto o cadáver é arrastado. Lojas de roupa e, em cima delas, outdoors com imagens de soldados com metralhadoras. Tudo é de concreto, e de repente vejo um agradável parque arborizado.
Até mesmo a praia embaralha as ideias. À noite, enquanto janto, noto que os jovens estão deitados na areia, conversando. Alguns deles apoiam um laptop no colo, enquanto observam o Mediterrâneo. Mas não tiram a roupa para entrar na água –nem meninos, nem meninas.
Eu queria poder imprimir minhas memórias e entregá-las a vocês em uma pasta. Descrever é difícil. De dentro do táxi, olhava para as ruas e tentava comparar a cena com outros lugares que conheço. Me parece mais arejado do que Damasco, mas menos sofisticado. Mais limpo do que a Dar es Salam, mas mais desumanizado. Mais organizado do que o Cairo,  mas menos vivo. Se acordasse de repente em uma rua qualquer, poderia acreditar que estava em um bairro pobre de Tel Aviv.
É claro que nada disso resolve as questões que estão por baixo da pele, em Gaza. O bloqueio israelense, que debilita a economia local, por exemplo. Ou a tomada do estreito pelos extremistas do Hamas, que tentam impôr sua agenda fundamentalista na população –o que, em última análise, não pode ser visto como um fenômeno desvinculado da política regional, inclusive israelense.

Crédito Editoria de Arte/Folhapress
Gaza é tudo isso o que vocês disseram. “Prédios destruídos”. “Caos”. “Triste”. Mas, de alguma maneira, quando releio os comentários deixados neste blog, me parece que essas palavras não compõem a imagem real –a cidade em que conheci, por acaso, o simpático rapper MC Gaza, que me conta que vai a Israel pela primeira vez para fazer um show. A cidade em que provei um peixe apimentado, pescado na noite anterior, e bebi leite quente com zátar olhando para o pôr do Sol.
Cerca de 70% da população está abaixo da linha da  pobreza, e a renda per capita ali é a 164ª no ranking mundial. O serviço de saúde é precário, a eletricidade é inconstante, o acesso a água potável é limitado. Mas o “suq”, o mercado, um dos corações de uma cidade árabe, ainda bate, entre barraquinhas de vegetais e quinquilharias, entre vendedores de ouro e fiéis rumo às orações de fim de tarde, embalados pelo canto dos minaretes.

Caminhada na praia, no fim de tarde, em Gaza. Crédito Diogo Bercito/Folhapress

Irã introduz modificações na aplicação do apedrejamento por adultério

30/05/2013
DA AFP, EM TEERÃ

O Irã decidiu manter em seu novo código penal a pena de morte por apedrejamento para casos de adultério, mas passará a permitir que juízes imponham aos condenados outra forma de execução.
O artigo 225 do código penal revisado estabelece que um juiz pode modificar a forma de execução de um condenado "se a possibilidade de apedrejamento não existir", sem fornecer detalhes sobre este último aspecto. A decisão, no entanto, deve ser aprovada pelo chefe da autoridade judicial.
No país, as execuções normalmente são realizadas por enforcamento, mas a interpretação iraniana da Sharia (lei islâmica), em vigor desde a revolução de 1979, estipula que o adultério deve ser castigado com o apedrejamento.
Antes do lançamento das pedras, as mulheres são enterradas até os ombros e os homens até a cintura. Se conseguirem se libertar antes de morrer, os condenados salvam sua vida.
O assassinato, o estupro, o assalto à mão armada e o tráfico de drogas também são castigados com a pena de morte no Irã, um país que possui um dos números de execuções anuais mais altos do mundo, ao lado de China, Arábia Saudita e Estados Unidos.
Ao menos 150 pessoas morreram apedrejadas no Irã entre 1980 e 2010, segundo dados do Comitê Internacional contra o Apedrejamento, com sede na Alemanha.
A prática é contestada por organizações de direitos humanos, organismos internacionais e países ocidentais, que pedem que o Irã a abandone.
O novo código penal do Irã foi aprovado no dia 1 de maio pelo Conselho dos Guardiões. No dia 24 de maio, o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad o enviou à autoridade judicial e ao "Diário Oficial" do país para publicação.

Brasil não é mais emergente, afirma Biden


DENISE LUNA
FÁBIO SEIXAS
DO RIO - 30/05/2013

O primeiro dia da visita de Joe Biden ao Brasil foi de exaltação à liderança regional do país e de sugestões para uma atuação ainda mais global--embora reconheça a ascensão internacional brasileira.
Além disso, o vice americano defendeu o estreitamento das relações comerciais e acenou para a facilitação de vistos de entrada nos EUA.
"O Brasil não é mais um país emergente. O Brasil emergiu, o mundo todo já notou", disse o vice, em pronunciamento para cerca de 500 pessoas no Píer Mauá (zona portuária do Rio). Foi seu primeiro evento público no país.
Disse que Barack Obama e ele creem no início de "uma nova era" nas relações dos EUA com as Américas Central e do Sul. "E nenhum parceiro é mais significativo nessa iniciativa do que o Brasil."
Por isso, argumentou, a presidente Dilma Rousseff foi convidada para se reunir com Obama em outubro: "Será a única visita de Estado a Washington em todo o ano".
Biden elogiou programas como Fome Zero e Bolsa Família, afirmando que o mundo vê o Brasil com inveja. "Vocês mostraram que não há a necessidade de escolher entre democracia e desenvolvimento, entre economia de mercado e política social."
E citou quatro pontos em que Brasil e EUA deveriam trabalhar mais próximos.
Começou com as relações econômicas, mencionando as colaborações entre Boeing e Embraer. "Os negócio entre os dois países ultrapassam US$ 100 bilhões por ano. Não há razão para que não cheguem a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões", declarou.
Falou ainda sobre a questão da energia. "Vocês são líderes mundiais em biocombustíveis, e estamos aprendendo com vocês", afirmou.
Elogiou a liderança do país na América do Sul, mas sugeriu que o Brasil participe mais de questões mundiais.
Por fim, tocou na questão dos vistos, destacando os esforços dos EUA para tornar mais rápidas as emissões das permissões de entrada para turismo, negócios e estudos.
À tarde, Biden também teve encontro fechado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, e depois com empresários brasileiros, como Jorge Gerdau e Eunice Carvalho (Chevron), entre outros.
Ele reforçou o interesse dos EUA em intensificar parcerias entre empresas brasileiras e americanas em todas as áreas da economia, "além da energia e do aço", mas não tratou de nenhum tema específico.
"Podemos ir muito além na nossa cooperação. O Brasil é uma das nações mais poderosas do mundo, na frente de Índia, na frente da Rússia", disse Biden após a reunião.
Hoje, ele se reunirá com autoridades do setor de segurança e, ao lado da mulher, Jill Biden, irá ao morro Dona Marta. À noite, embarca para Brasília, onde terá encontro com Dilma amanhã.

Procura por carne põe vacas na mira do crime na Índia

DO "NEW YORK TIMES", EM NOVA DÉLI
30/05/2013
Quando a noite cai em Nova Déli, quadrilhas percorrem as ruas escuras à procura de presas fáceis entre uma parcela da enorme população de sem-teto da cidade.
Milhares de suas vítimas já foram arrebanhadas e levadas em caminhões nos últimos anos.
São vacas magras, que estão pouco a pouco perdendo o status sagrado perante parcelas da população indiana.
O roubo de gado é um flagelo crescente na capital, na medida em que os indianos, com poder aquisitivo cada vez maior, desenvolvem o gosto por carne, até mesmo a de vacas, vistas como sagradas no hinduísmo.
Enrico Fabian/The New York Times
Em Barsana, trabalhador indiano monta cama em meio a gado para inibir criminosos
Em Barsana, trabalhador indiano monta cama em meio a gado para inibir criminosos
Criminosos arrebanham algumas das cerca de 40 mil cabeças de gado que perambulam pelas ruas da cidade e as vendem a matadouros ilegais situados em vilarejos não muito distantes.
Policiais perseguem os bandidos, mas eles usam caminhões de lixo "envenenados" para bater propositalmente contra as viaturas e abrir caminho.

Em alguns casos, eles empurram as vacas para o meio da rua, obrigando os policiais, horrorizados, a desviarem para evitar o que, para muitos, ainda é visto como pecado grave.
MUDANÇAS
Por trás do roubo de gado percebem-se mudanças profundas na sociedade indiana. O consumo de carne --principalmente de frango-- está se tornando aceitável mesmo entre os hindus.
Hoje a Índia é o maior produtor mundial de laticínios, maior produtor de gado e maior exportador de carne bovina, tendo superado o Brasil no ano passado, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Boa parte da carne exportada é de búfalo. Mas as autoridades de Andhra Pradesh estimaram recentemente que existam 3.100 matadouros ilegais no Estado, contra apenas seis licenciados.
Uma investigação recente de um jornal descobriu que dezenas de milhares de cabeças de gado são vendidas anualmente para abate num mercado em apenas um dos 64 distritos do Estado.
O consumo de carne entre a população indiana como um todo subiu 14% entre os anos de 2010 e 2012.
Matar vacas é ilegal em boa parte do país, e alguns Estados proíbem a posse de carne de vaca. É muito provável que boa parte da carne bovina ilegal seja vendida como de búfalo. A troca é uma maneira fácil de ocultar um ato tido como condenável.
Mas, às vezes, ela chega a vendedores de carne em Nova Déli cujos números de celulares são repassados de boca em boca, aos cochichos.
É possível encomendar bifes desses vendedores ilegais, em transações que são realizadas como se fossem tráfico de drogas.
Tradução de CLARA ALLAIN

domingo, 26 de maio de 2013

Placas Tectônicas

São os gigantescos blocos que compõem a camada sólida externa do nosso planeta, sustentando os continentes e os oceanos. Impulsionadas pelo movimento do magma incandescente no interior da Terra, as dez principais placas se empurram, afastam-se umas das outras e afundam alguns milímetros por ano, alterando suas dimensões e modificando o contorno do relevo terrestre. Esses gigantescos fragmentos atuam como artistas que recriam a paisagem da Terra. Aliás, a palavra tectônica vem de tektoniké, expressão grega que significa "a arte de construir". "Mas é mais correto chamar essas estruturas de placas litosféricas, já que elas se estendem por toda a camada exterior do planeta, a chamada litosfera", diz o geofísico Eder Cassola Molina, da Universidade de São Paulo (USP).
A litosfera possui cerca de 150 quilômetros de espessura, uma ninharia perto dos 6 371 quilômetros necessários para se chegar até o centro do planeta. Cada vez que as enormes placas se encontram, uma grande quantidade de energia, equivalente a milhares de bombas atômicas, fica acumulada em suas rochas. De tempos em tempos, o arsenal é liberado de forma explosiva, através de terremotos que chacoalham o globo - geralmente, nas bordas das placas. Nos limites dos blocos que sustentam oceanos, o choque subterrâneo pode dar origem a vulcões, quando montanhas de rocha derretida aproveitam as fendas para subir por entre as placas.
Quebra-cabeças planetárioTerremotos e vulcões concentram-se nas bordas das dez placas
PLACA DO PACÍFICO
A maior placa oceânica - são cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados - está em constante renovação na região do Havaí, onde o magma sobe e cria ilhas vulcânicas. No encontro com a placa das Filipinas, a placa afunda em uma região conhecida como fossa das Marianas, onde o oceano atinge sua profundidade máxima: 11 034 metros
PLACA DE NAZCA
A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros quadrados no leste do oceano Pacífico fica 10 centímetros menor pelos choques com a placa sul-americana. Esta, por ser mais leve, desliza por cima da placa de Nazca, gerando vulcões e elevando mais as montanhas dos Andes
PLACA SUL-AMERICANA
Como o Brasil está bem no meio desse bloco de 32 milhões de quilômetros quadrados, sente pouco os efeitos de terremotos e vulcões. No centro do continente, a placa mede 200 quilômetros de espessura. Na borda com a placa da África, os terrenos mais jovens não passam de 15 quilômetros
PLACA DA AMÉRICA DO NORTE E DO CARIBE
Com 70 milhões de quilômetros quadrados, engloba toda a América do Norte e Central. O deslocamento horizontal em relação à placa do Pacífico cria uma fronteira turbulenta: em um dos limites, na Califórnia, está a falha de San Andreas, famosa pelos terremotos arrasadores
PLACA DA ÁFRICA
No meio do Atlântico, uma falha submersa abre caminho para o magma do manto inferior, fazendo com que esse bloco se afaste progressivamente da placa sul-americana - com quem formava um continente único há 135 milhões de anos - e cresça de tamanho. A tendência é passar os 65 milhões de quilômetros quadrados atuais
PLACA DA ANTÁRTIDA
A parte leste da placa, que há 200 milhões de anos estava junto de Austrália, África e Índia, chocou-se com pelo menos cinco placas menores que formavam o lado oeste. O resultado é um bloco que dá suporte à Antártida e a uma parte do Atlântico Sul, em um total de 25 milhões de quilômetros quadrados
PLACA INDO-AUSTRALIANA
O bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados que sustenta a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia e a maior parte do oceano Índico ruma velozmente para o norte. Além do subcontinente indiano se chocar com a Ásia, a borda nordeste bate na placa das Filipinas, criando novas ilhas na região turbulenta
PLACA EUROASIÁTICA OCIDENTAL
Sustenta a Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e do mar Mediterrâneo. No choque com a placa indo-australiana, nasceu o conjunto de montanhas do Himalaia, no sul da Ásia, onde há mais de 100 montanhas com altitudes superiores a 7 mil metros. Sua área total é de 60 milhões de quilômetros quadrados
PLACA EUROASIÁTICA ORIENTAL
Em seu movimento para o leste, esse bloco de 40 milhões de quilômetros quadrados choca-se contra a placa das Filipinas e com a do Pacífico, na região onde fica o Japão. O encontro triplo é tumultuado e dá origem a uma das áreas do globo com maior índice de terremotos e vulcões
PLACA DAS FILIPINAS
Essa pequena placa de apenas 7 milhões de quilômetros quadrados concentra em seus limites quase a metade dos vulcões ativos do planeta. Colisões com a placa euroasiática oriental causam terremotos e erupções destruidoras, como a do monte Pinatubo, em 1991, considerada uma das mais violentas dos últimos 50 anos.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dilma: Brasil e África mantêm cooperação não opressiva

24 de maio de 2013

RAFAEL MORAES MOURA, ENVIADO ESPECIAL - Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que as relações entre Brasil e África são baseadas em uma cooperação de vantagens mútuas e valores compartilhados. A presidente chegou no início desta tarde a Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana. A presidente não quis comentar assuntos da agenda nacional, como a indicação de Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu acho uma deferência o Brasil ter sido convidado para falar em nome da nossa região nesse Jubileu de Ouro (da União Africana). Eu acho que (isso) reflete o fato e o reconhecimento da importância que o Brasil atribui à África", afirmou a presidente, ao chegar ao hotel onde está hospedada, depois de se encontrar com o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn. Segundo Dilma, Brasil e África mantêm uma cooperação "que não seja opressiva, que seja baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados".
Ao comentar brevemente a agenda bilateral que teve com Desalegn, Dilma cometeu uma gafe ao chamá-lo de "presidente". "Eu estive há pouco com o presidente Hailemariam Desalegn e isso fica claro também nas relações bilaterais entre Brasil e a Etiópia. O Brasil quer não só estabelecer relações comerciais, investir aqui, vender para o país, mas o Brasil quer também uma cooperação no padrão sul-sul", comentou.
O comércio entre Brasil e Etiópia ainda é tímido - no ano passado, o Brasil vendeu maquinários e tabaco para a Etiópia, totalizando US$ 55 milhões, enquanto importou couro e peles da Etiópia por US$ 116 mil.
Integram a comitiva brasileira os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Antonio Patriota (Relações Exteriores), além do embaixador Roberto Azevêdo, eleito para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Esta é a terceira viagem de Dilma ao continente só neste ano - a presidente visitou a Guiné Equatorial, em fevereiro, para a III Cúpula América do Sul-África, emendando com uma passagem pela Nigéria, onde se encontrou com o presidente Goodluck Jonathan. Em março, participou em Durban, na África do Sul, da V Cúpula de Chefes de Estado e de Governo dos Brics.
Neste sábado, 25, Dilma participa pela manhã da abertura do Jubileu de Ouro da União Africana, na sede da União Africana, em Adis Abeba. Depois, participa de almoço com autoridades e, por fim, prestigia cerimônia de comemoração do Jubileu de Ouro, quando discursará. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A desigualdade de gênero na China


A rápida urbanização não trará benefícios econômicos se o governo chinês desperdiçar o talento das mulheres


22 de maio de 2013

LETA HONG, FINCHER, THE NEW YORK TIMES, É ALUNA DO PROGRAMA DE DOUTORADO EM SOCIOLOGIA DA UNIVERSIDADE , TSINGHUA, EM PEQUIM, LETA HONG, O Estado de S.Paulo

Nos últimos tempos, a mídia tem se deixado levar por uma onda de otimismo em relação à situação da mulher no mercado de trabalho chinês, insinuando que o mundo deveria tomar a China como um modelo de igualdade de gênero no trabalho. Os relatos positivos, porém, escondem o fato de as chinesas estarem perdendo terreno.
O censo de 2010 indica que 74% das mulheres em idade ativa estão incluídas na força de trabalho. É um porcentual comparável ao registrado nos EUA e na Austrália. Mas o índice inclui mulheres que trabalham no campo e, na China, quase metade da população ainda vive no meio rural. Nas cidades, a situação é diferente.
A taxa de emprego urbano entre as chinesas caiu para 60,8% em 2010, depois de ter declinado para o nível de 77,4%, 20 anos antes. A taxa de emprego urbano feminino em 2010 era 20 pontos mais baixa que a dos homens. A tendência é preocupante quando se tem em vista que uma das maiores prioridades da China é estimular o êxodo para as cidades, já que o aumento da população urbana é tido como fundamental para impulsionar a economia.
Estima-se que a taxa de urbanização alcance os 53% este ano e a imprensa estatal prevê que, até 2020, 60% do quase 1,4 bilhão de chineses estejam vivendo em cidades. No entanto, os supostos benefícios econômicos da urbanização não se concretizarão se, no processo, for desperdiçado o talento de metade da população do país - as mulheres.
O declínio na participação da força de trabalho feminina começou a se evidenciar nos anos 90, quando, o governo demitiu dezenas de milhões de funcionários públicos e o número de mulheres demitidas era desproporcionalmente maior do que o de homens. Nessa época, surgiu o movimento "Mulheres Voltem Para Casa", pedindo que elas abandonassem o emprego e abrissem vagas para homens. Ao longo dos anos, essas atitudes se enraizaram. Na China, a maioria ainda acredita no adágio que diz que "lugar de homem é na rua, lugar de mulher é em casa".
Uma diretora de arte de uma agência publicitária que entrevistei em Pequim foi uma profissional bem-sucedida até o momento em que, aos 33 anos, teve um filho. Ela achava que poderia deixar o emprego para cuidar do bebê sem que isso prejudicasse sua carreira. Estava errada. Agora, aos 37, não encontra trabalho. "Estou preocupada", disse.
Para piorar, desde 2007, o governo promove uma campanha que tem por alvo as "encalhadas", estigmatizando mulheres urbanas que, com escolaridade elevada e mais de 27 anos, continuam solteiras. A saraivada de insultos aumentou a pressão para que elas abandonem a faculdade e procurem se casar. Hoje, se uma chinesa começar uma pós-graduação, é provável que, ao concluir o mestrado, esteja com 25 anos. Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, mulheres entre 25 e 27 anos se encaixam na categoria das "guerreiras encalhadas", aquelas que "ainda têm coragem de lutar para encontrar um marido".
Instabilidade. Se o governo quer interromper o declínio da participação feminina na força de trabalho urbana, precisa enfrentar o problema da desigualdade de gênero e pôr um fim à campanha contra as "encalhadas". As mudanças têm de começar de cima.
Antes de mais nada, os novos líderes chineses precisam firmar publicamente um compromisso com a elevação da condição feminina. É possível que a economia chinesa continue a crescer mesmo com o declínio da participação das mulheres na força de trabalho urbana, mas o resultado disso será uma desigualdade crescente e desestabilizadora.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Relevo do Brasil


O relevo do Brasil é predominantemente plano. Os maiores elevações (até 3.000 m) são encontradas nas regiões Sul e Sudeste do país, na Mantiqueira e cadeias montanhosas da costa (Mata Atlântica).

O que é Relevo.

Muito se estuda o relevo dos continentes e países, mas afinal, o que é relevo? Relevo é a diferença entre as elevações máxima e mínima em uma área. Um mapa de relevo mostra a topografia da área. Basicamente o relevo representa  as variações na elevação de uma área de superfície da terra.

Mapa do Relevo do Brasil

O mapa de relevo do Brasil é uma representação do terreno brasileiro mostrando as variações de elevação presentes no território. Ao representar o terreno, a dimensão da elevação é normalmente aumentada proporcionalmente, o que facilita o reconhecimento visual das características do terreno nacional.
Mapa do Relevo do Brasil

Relevo do Brasil

Veja abaixo o mapa com a representação do relevo do Brasil.
Relevo do Brasil

Os fatores internos e externos do Relevo do Brasil

No Brasil, o tectonismo — pressão do magma em direção à crosta — ocorreu em eras geológicas remotas. Devido à predominância de formações geológicas antigas, admite-se que as manifestações tectónicas estejam muito diminuídas sob o território do nosso país.
Abalos sísmicos que eventualmente ocorrem em alguns pontos do litoral brasileiro são atribuídos à pressão exercida pela expansão da cordilheira submarina denominada Dorsal Meso-Atlântica.
Com relação à estrutura geológica, o território brasileiro apresenta-se dividido entre os escudos cristalinos (rochas metamórficas e magmáticas), que datam do Pré-Cambriano e correspondem a 36% do território brasileiro, e as bacias sedimentares, que sustentam 64% das formas de relevo do país.
O clima tipicamente quente e úmido do país condiciona os mecanismos externos de atuação do intemperismo e da erosão sobre as rochas cristalinas e sedimentares.
As regiões úmidas em geral são caracterizadas por formas de relevo suaves e arredondadas, de topos convexos, como os pães de açúcar e as meias-laranjas das zonas tropicais, típicas das serras elevadas do Sudeste brasileiro. As águas das chuvas, com enxurradas, além dos rios e cachoeiras, são as principais modeladoras desse relevo.
Já nas regiões áridas destacam-se as formas abruptas, por causa da desagregação mecânica do material rochoso e da ação torrencial das chuvas irregulares, características do clima semi-árido nordestino.
Além do clima, que comanda a maior parte dos fatores externos que atuam sobre o modelado terrestre, o Brasil possui uma densa rede hidrográfica, o que faz dos seus rios importantes agentes de erosão (em formas elevadas) e sedimentação (em planícies).

As classificações do Relevo Brasileiro

Relevo
Para compreender quaisquer formas de relevo, deve-se considerar a atuação conjunta de todos os fatores analisados — a influência interna representada pelo tectonismo e a atuação do clima nos diferentes tipos de rocha.
Além disso, é necessário observar a evolução do clima, ou seja, as drásticas alterações ocorridas ao longo do tempo geológico. Portanto, a análise do relevo atual envolve o estudo dos chamados paleoclimas, ou seja, os fatores climáticos passados, que contribuem para explicar o modelado do presente.
Classificar o relevo implica agrupar suas formas em compartimentos de acordo com a semelhança de características externas. Para que a classificação seja sa- tisfatória, todos os fatores devem ser igualmente valorizados. Até meados do século XX, isso não acontecia. As classificações do relevo brasileiro prendiam-se basicamente à estrutura geológica, de modo que muitas vezes as formas de relevo (unidades geomorfológicas) eram definidas de acordo com o tipo de rocha. Tornaram-se comuns, por exemplo, denominações como planaltos cristalinos planaltos sedimentares.

A classificação de Aziz Ab’Saber (década de 1960)

A classificação do geógrafo Aziz Ab’Saber foi a primeira a romper de forma mais definitiva com a confusão existente entre estrutura geológica e relevo, O relevo, como vimos, modela-se a partir do contato das rochas com a atmosfera. Além disso, no Brasil a estrutura geológica é antiga, mas as atuais formas de relevo em geral foram esculpidas recentemente, no decurso da Era Cenozóica.
Observa-se pelo mapa da página seguinte que os compartimentos do relevo são divididos basicamente entre planaltos e planícies, caracterizados como superfícies expostas respectivamente a processos erosivos e de deposição. O mais significativo dessa classificação é o fato de as unidades receberem denominações regionais, e não geológicas, sem que se desconsidere a importância da litologia — o estudo das rochas — para a caracterização de cada uma delas.
Planaltos de origem sedimentar, como parte do planalto Central e o planalto do Maranhão—Piauí, apresentam muitas chapadas, pois o desgaste em área sedimentar vai expondo os vários estratos da rocha, mantendo-se sempre sua feição tabular. Já as elevadas altitudes do planalto das Guianas e das serras e planaltos do Leste Sudeste são explicadas não apenas pela intensa atividade tectônica passada, sobretudo para as serras do Sudeste, mas também pela presença de rochas cristalinas mais resistentes à erosão.
Portanto, essa classificação foi elaborada com base na estrutura geológica e na influência dos climas atuais sobre a atuação dos processos geomorfológicos.

A classificação de Jurandyr Ross (década de 1990)

A classificação elaborada pela equipe do geógrafo Jurandyr Ross aplica os estudos dos paleoclimas na delimitação das unidades morfológicas.
Os domínios morfoclimáticos
A paisagem natural é caracterizada pela integração dos diferentes elementos que a compõem: clima, relevo, estrutura geológica, hidrografia, solo e vegetação. O primeiro estudo a apoiar-se na relação existente entre a cobertura vegetal, o cli- ma e a forma de relevo para caracterizar a paisagem brasileira foi realizado pelo geógrafo Ab’Saber na década de 1970. Em sua descrição ele valorizou, muito mais do que em sua primeira classificação do relevo brasileiro, a interferência dos fatores climáticos no modelado. Daí sua nova elaboração ter sido designada como domínios morfoclimáticos (morfo, relativo à forma do relevo, e climático, relativo ao tipo de clima).
Apesar das inovações nos critérios de compartimentação do relevo brasileiro, a análise dos domínios continua sendo a melhor forma de compreender a relação dinâmica entre os diversos elementos naturais.
Domínio amazônico. Tradicionalmente, acreditava-se que a região amazônica fosse uma extensa planície, em que predominavam as terras baixas. Hoje se sabe, porém, que a planície corresponde a apenas 5% do que se supunha, pois as terras baixas também formam planaltos e extensas depressões.
Os numerosos rios do domínio amazônico atuam como importantes agentes de sedimentação e principalmente de erosão.
O elemento marcante desse domínio, contudo, é a floresta Amazônica, que apresenta grande variedade de espécies, entre as quais predominam os vegetais de folhas largas, denominadoslatifoliados.
A relação entre a floresta e a rede hidrográfica, sob a influência dos ventos alísios na zona de convergêngia intertropical, explica a umidade excessiva do domínio amazônico, típica do clima equatorial.
Os solos são pouco espessos e ácidos, e sua riqueza está na própria cobertura vegetal, que dá origem ao material orgânico decomposto. Por isso, o desmatamento constitui a principal ameaça ao equilíbrio natural da região.
Domínio do cerrado. Abrange a maior parte da porção central do país e é próprio de climas tropicais alternadamente úmidos e secos. A vegetação herbácea e arbustiva e as árvores pequenas de troncos e galhos retorcidos adaptam-se bem ao período de estiagem; nos locais mais úmidos, desenvolve-se o chamado cerradão, com árvores de grande porte; nas margens dos rios é comum a vegetação denominada mata-galeria.
O solo do cerrado é pobre e requer técnicas de correção da acidez (calagem) para o desenvolvimento da agricultura. Foi graças a essas técnicas que o cultivo de soja pôde avançar nos últimos anos por todo o Centro-Oeste. Segundo alguns estudiosos, é o solo, e não o tipo climático, o responsável pelas características da vegetação do cerrado.
Originalmente acreditava-se que nessa área predominassem os planaltos, com a presença de chapadas e chapadões. Na década de 1990, porém, descobriu-se que esse domínio apresenta uma grande diversidade geomorfológica. Além de planaltos residuais, há depressões, como a Sul-Amazônica e a do Araguaia- Tocantins, e os rios Araguaia e Tocantins formam uma extensa área de planície.
A rede hidrográfica é de baixa densidade, e os rios de maior destaque são afluentes das bacias hidrográficas amazônica e platina.
Domínio da caatinga. A presença de depressões na região já havia sido detectada desde os primeiros estudos desse domínio, mas desconhecia-se sua real extensão: a depressão sertaneja e a do São Francisco cobrem praticamente todo o semi-árido nordestino.
O relevo apresenta várias formações com modelado abrupto, uma vez que o calor é o agente intempérico mais atuante, resultado do clima quente e seco.
A caatinga é a formação vegetal predominante, adaptada ao clima seco e solos pouco profundos. Para reter a umidade durante os longos períodos de estiagem, essa vegetação arbustiva perde as folhas e adquire uma cor branco- acinzentada, o que explica sua denominação, de origem indígena (caa = mata; tinga = branca). E comum as plantas possuírem raízes profundas e longas à procura da água de infiltração.
A rede hidrográfica é formada principalmente por rios temporários, pois as chu- vas são irregulares e os solos quase sempre não permitem a formação de grandes lençóis freáticos.
Domínio dos mares de morros. Disposto sobre as encostas de planaltos. Em conseqúência da intensa devastação, a vegetaçao não constitui o principal aspecto desse domínio. A presença da floresta tropical úmida, mata de encosta ou mata atlântica, restringe-se hoje a pequenas áreas. Intercalados às formações florestais aparecem os campos de altitude.
A expressão mares de morros deve-se àforma de desgaste das rochas cristalinas. A ação das chuvas e a umidade típica do clima tropical litorâneo fazem da água o principal agente modelador, de modo que o relevo adquire formas arredondadas.
As principais características geomorfológicas da região são a planície litorânea e as serras elevadas, como a serra do Mar, a da Mantiqueira e a do Espinhaço. A origem dessas formas de relevo escarpadas está associada a falhas causadas por intensos movimentos tectônicos ocorridos em eras geológicas passadas.
As serras determinam o traçado da rede hidrográfica: rios de médio pequeno porte desembocam diretamente no mar, e rios mais expressivos, como o rio Grande, o Tietê e o Paranapanema, correm em direção ao Paraná, contribuindo para a configuração da bacia Platina.
Domínio das araucárias. Caracterizado pelas folhas pontiagudas, em forma de agulhas, o domínio das araucárias, ou das florestas aciculifoliadas(A denominação aciculifoliadas se refere à folhagem em forma de agulhas, típica dos pinheirais.), tem sido devastado para dar lugar ao extrativismo e à agropecuária em todos os estados do sul do país. As araucárias também são denominadas pinheiros-do-paraná.
Abrange planaltos e chapadas dispostos sobre os terrenos de rochas areníticas (sedimentares) e basálticas (magmáticas) e
formas de relevo escarpadas surgidas no contato com a depressão da borda leste do Paraná, as chamadas frentes de cuestas. As araucárias estão normalmente associadas a elevações e encostas.
A maior parte dos solos da região é de grande fertilidade, como o solo de terra roxa, originado da decomposição do basalto, no caso dos planaltos e chapadas da bacia do Paraná. Associadas à vegetação das araucárias, são encontradas imbuia e erva-mate.
As chuvas distribuídas ao longo de todo o ano abastecem os rios, afluentes do Páraná e Uruguai.
Domínio das pradarias. Corresponde ao extremo sul do país, na região da Cam- panha Gaücha, caracterizada também pela influência do clima subtropical.
As coxilhas, pequenas colinas arredondadas, típicas da depressão sul-rio- grandense, são recobertas por uma vegetação herbácea, com predomínio de gramíneas. As árvores são esparsas, e nas margens dos rios desenvolvem-se as matas-galerias.
A riqueza do solo, conhecido como solo de brunizens, formado a partir da decomposição de rochas ígneas e sedimentares, possibilita a prática agrícola, mas a principal atividade econômica da região é a pecuária mais ou menos extensiva.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Trabalhando com Charges

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Como copiei do Facebook, não sei a autoria, se por acaso alguém souber, poderia deixar um recado em comentários, para que eu possa dar os créditos ao autor, obrigada.