segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cientistas descobrem "micro continente" pré-histórico no fundo de oceano


Publicação: 24/02/2013 

Paris - Um "micro continente" pré-histórico, escondido de baixo de uma camada de lava foi identificado a milhares de metros de profundidade no Oceano Índico, perto das Ilhas Maurício e da Ilha da Reunião, revelou um estudo publicado neste domingo na revista científica britânica Nature Geoscience.

Este fragmento de continente, batizado Mauritia, se desprendeu há cerca de 60 milhões de anos de Madagascar na época em que esta grande ilha estava se afastando da Índia.

A formação dos continentes é associada a colunas eruptivas, com a subida de rochas extremamente quentes oriundas do manto terrestre.

O calor é tanto que acaba separando as placas tectônicas ao parti-las em dois.

A parte oriental de Gondwana, um "supercontinente" surgido há 600 milhões de anos, começou a ser partida durante o período jurássico.

Em seguida ocorreram vários outros desprendimentos que deram lugar a Madagascar, Índia, Austrália e Antártida.

No entanto, alguns pedaços destas massas continentais podem ter se perdido durante o deslocamento, como as Ilhas Seychelles, consideradas até hoje uma curiosidade geológica pelos cientistas.

"Conseguimos mostrar que fragmentos de continentes continuaram se deslocando em cima da coluna eruptiva da Ilha da Reunião, o que explica porque foram cobertas por rochas vulcânicas", explicou Bernard Steinberger, do centro de pesquisas alemão GFZ.

"O Oceano Índico pode estar cheio de fragmentos de continente", concluiu o estudo.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2013/02/24/interna_ciencia_saude,351283/cientistas-descobrem-micro-continente-pre-historico-no-fundo-de-oceano.shtml

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um brasileiro no Japão: sobre a tragédia em Sta Maria/RS


Compartilhado do perfil de Clecios Vinicius.... do seu amigo LeLo
Zaccaro Garcia , um relato tocante sobre como ele recebeu a notícia de
Santa Maria do outro lado do mundo, no Japão.

(Ontem (domingo) fiquei o dia todo fora. E como só voltei pra casa
tarde da noite, não cheguei a ver nenhuma notícia sobre o Brasil. Só
meu amigo Léo Barbério que me avisou rapidamente pelo Whatsap p, no
domingo a noite, que um incêndio em uma boate no Sul matou um monte de
jovens.

Hoje de manhã cheguei para trabalhar e muitos japoneses que trabalham
aqui na ONU estavam enfileirados, lado a lado, na porta do escritório,
com uma expressão grave em seus rostos. Todos se curvaram
respeitosamente para mim e, um a um, expressaram seu "profundo pesar
diante da tragédia que atingiu o seu povo, Zaccarô-san..."

Meu povo.

"... seu povo, Zaccarô-san..."

Muitos funcionários japoneses, desde altas autoridades até a velhinha
da limpeza, expressaram suas condolências nos corredores, quando nos
encontramos, pelo mesmo motivo, nos mesmos termos.

E eu sou um zé ninguém aqui. Sou somente mais um no meio de tantos
outros. Fui o último a chegar...

E eu confesso que nem tinha me sentido atingido pessoalmente pela
tragédia. Fiquei muito triste com o ocorr ido e sen ti pena dos
envolvidos, obviamente, mas nem tinha me sentido atingido PESSOALMENTE,
e talvez muitos aqui também não. Não é nossa família, e não são nossos
amigos ou conhecidos...

Também somos jovens, e também frequentamos boates e barzinhos, e de
repente você pensa que poderia ser com você também, naquele lugar que
todos costumamos ir...

E os japoneses falaram como se os envolvidos fossem parte da minha
própria família.

"... seu povo, Zaccarô-san..."

Isso disparou uma série de reflexões em minha cabeça sobre fraternidade
real, senso de coletividade, identidade cultural e nacional,
nacionalismo, e por aí vai. Não consigo parar de pensar nisso tudo!

Nem preciso dizer o quanto isso me emocionou. E até agora, ao escrever
isso aqui, eu não sei direito o que pensar sobre nós (os brasileiros),
e nossas posturas diante de nós mesmos e dos outros brasileiros, como
povo de um mesmo país.

Gostaria que os pais desses jovens pudessem receber e sentir o que os
japoneses falaram por aqui. Isso foi pra eles, não para mim...

Ou foi para mim, e eu, até então, não tinha percebido nada disso.

E talvez tenha sido pra você também.

Para nós.)

(Vamos refletir sobre esse emocionante exemplo de solidariedade, humanismo, respeito a
vida)

Trabalhando com charges

Alves
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#22/2/2013

Trabalhando com charges

Publicada na quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013 Veja página de Opinião
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/13369-charges-fevereiro#foto-245355

Sem criação para o abate, frigoríficos buscam cavalos de descarte

21/02/2013
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO


Os produtores rurais do município gaúcho de São Gabriel receberam com repúdio o frigorífico Foresta, há cerca de 15 anos. O motivo: em vez de bois, o grupo com origem uruguaia abate cavalos.
"Esse hábito violentava os nossos costumes e tradições. Um gaúcho jamais mataria um cavalo de montaria que foi companheiro do homem", afirma o produtor Renato Fagundes, que tem fazenda em São Gabriel e já vendeu animais para o frigorífico.

Com o tempo, os produtores perceberam que poderiam fazer negócio com animais de descarte --velhos ou que, por algum motivo, não servem para o trabalho no campo. "E o abate se tornou natural."
Hoje, o Foresta é o único no país com exportações regulares relevantes. Em janeiro, 80% dos embarques do setor partiram de São Gabriel.
É o sobrevivente de um setor em declínio. Até 2009, o Brasil alternava a terceira e a quinta posição entre os maiores exportadores de carne de cavalo --prato estranho aos brasileiros, mas uma iguaria na culinária europeia.
A partir daí, os embarques despencaram, refletindo as novas regras da União Europeia. O bloco passou a apresentar exigências parecidas com as do comércio de carne bovina para as importações.
Para vender à Europa, os frigoríficos passaram a ser obrigados a apresentar um histórico detalhado da vida do cavalo nos seis meses que antecedem o abate.
"Em função desse rastreamento, ficou muito difícil para o Brasil exportar", diz Roberto Arruda de Souza Lima, professor do departamento de economia da Esalq/USP e especialista no setor.
A rastreabilidade é quase inviável no Brasil, onde não há cavalos criados só para o abate, assim como na maioria dos países produtores. Como o animal converte pouco o que consome em carne, o negócio não é lucrativo.
Os frigoríficos buscam nas fazendas os cavalos para abater. Segundo produtores, há preocupação com a saúde do cavalo na aquisição, mas os compradores não pedem histórico detalhado do animal e dos medicamentos ingeridos.
Eles demonstram insatisfação com a remuneração, classificada como "ninharia". "Não é uma atividade lucrativa. Vendemos só para não deixar os animais morrerem ali", diz Fagundes.
A última venda feita pelo produtor de arroz, ovinos e bovinos de São Gabriel ao frigorífico Foresta ocorreu há cerca de um mês. Ele não se lembra do valor exato da venda, mas diz que o quilo do cavalo vivo pode sair por menos de R$ 1. O quilo do boi vivo, na mesma região, é comercializado por mais de R$ 3.
SOBREVIVENTES
No auge das exportações de carne equina, sete frigoríficos estavam habilitados pelo Ministério da Agricultura a abater cavalos. Restaram três. Além do Foresta, podem abater os animais o frigorífico Mississipi, de Apucarana (PR), e o Prosperidad, localizado em Araguari (MG).
O último está com as atividades suspensas desde novembro passado, após o registro de casos de mormo, doença comum em equinos, na região de Araguari.
Há rumores de que o frigorífico, ligado à trading DSM, volte a operar em abril. A Folha procurou a empresa e todos os frigoríficos citados, mas não obteve resposta dos responsáveis.
Lima, da Esalq, diz que o silêncio é comum no setor, que teme reações violentas. "No Nordeste, tentaram abrir um frigorífico e fecharam por pressão popular", afirma.
Neste momento, o silêncio pode estar relacionado ao escândalo na Europa envolvendo a presença de carne de cavalo em alimentos processados que deveriam conter apenas carne bovina.
A possibilidade de fraudes no Brasil, no entanto, é descartada por especialistas e pelo Ministério da Agricultura, pois o controle nos frigoríficos é rígido. Fiscais do ministério acompanham os abates dentro das unidades e dão certificado de origem à carne.
PALADAR
Restaurantes paulistas, como o italiano Friccò e o japonês Hideki, tentaram inserir carne de cavalo no cardápio, mas não tiveram sucesso.
"Como no Japão é muito comum o consumo de cavalo, testamos no cardápio. Mas o paladar brasileiro não aceitou", diz Hideki Fuchikami, chef e proprietário do Hideki.
A carne equina faz sucesso nutricionalmente: tem o dobro do ferro da carne bovina, mais aminoácido e menos gordura, segundo Lima.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1234156-sem-criacao-para-o-abate-frigorificos-buscam-cavalos-de-descarte.shtml

Corrupção e promiscuidade motivaram renúncia do papa, diz jornal

21/02/2013
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Sucessão Papal
Um relatório com cerca de 300 páginas sobre o escândalo de vazamento de informações do Vaticano, batizado de VatiLeaks, foi um dos motivos para a renúncia do papa Bento 16, segundo o jornal italiano "La Reppublica".



O texto, entregue ao pontífice em dezembro do ano passado, foi elaborado por três cardeais de confiança do papa e continha investigações que iam além do caso envolvendo seu mordomo. Eles interrogaram diversas pessoas dentro e fora da Cúria.

O conteúdo é sigiloso, mas, ainda conforme o jornal, especula-se que os religiosos não mediram palavras para revelar casos de mau uso de dinheiro, disputas de poder, relações homossexuais e até um plano para revelar a homossexualidade do editor de uma publicação católica, tudo isso dentro da Cúria.
De acordo com o jornal, o relatório será entregue ao próximo papa, alguém que deverá ser mais "jovem, forte e santo para dar conta do trabalho que o espera".


HISTÓRICO
O jornal italiano remete ainda a um escândalo ocorrido em 2010, quando um assessor do papa Bento 16 foi afastado por causa de um escândalo sexual envolvendo prostituição que abalou o Vaticano.
Ângelo Balducci, um dos Cavalheiros de Sua Santidade, uma espécie de assistente de elite para o papa quando recebe visitas importantes, foi flagrado pela polícia dando instruções a um interlocutor sobre detalhes físicos de homens que gostaria que fossem levados a ele.
Segundo a imprensa italiana, o interlocutor era Thomas Ehiem, 29, integrante do famoso coral do Vaticano, que também foi afastado.

A polícia italiana havia grampeado o telefone de Balducci durante uma investigação de corrupção separada e não relacionada ao Vaticano.
Em uma das transcrições vazadas para a mídia, Ehiem descreve um homem como tendo "dois metros, 97 quilos, 33 anos e diz que é "completamente ativo". Em outra, Balducci pergunta a Ehiem se ele já "falou com o seminarista", ao que ele responde "ele provavelmente está na missa, ou algo assim".

Os encontros sexuais, segundo o "La Repubblica", citando a investigação judicial, ocorriam em uma vila fora de Roma, em uma sauna, em um centro estético, no próprio Vaticano e em uma residência universitária.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1234402-corrupcao-e-promiscuidade-motivaram-renuncia-do-papa-diz-jornal.shtml

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Meteoro cai na Rússia e assusta todo o Planeta

É a notícia do dia 16/02/2013. ( Benedito Henrique )
No período da manhã, um meteoro caiu em território russo e, rapidamente, as imagens repercutiram no mundo. 
Após entrar na atmosfera, o meteoro liberou energia capaz de interferir nas redes elétricas e fez disparar os alarmes de carros estacionados. 
Como conseqüência, vidros de casas e prédios se quebraram. O solo russo tremeu e as cenas assustaram todo o planeta.
 Autoridades russas informam que mais de 900 pessoas se feriram e acabaram sendo levadas para hospitais daquela região. Uma pergunta não quer se calar. 
Com tanto investimento em pesquisas, como nenhum cientista ou astrônomo não previu a aproximação do meteoro? 
Uma curiosidade: astrônomos previam que nesta sexta-feira (16), um outro grande asteroide passaria próximo do Planeta Terra. E muita gente não acredita no "Fim do Mundo"!

As imagens foram divulgadas no Youtube, clique e veja:

http://www.youtube.com/watch?v=DnDGxVZP740

http://www.uniradio.com.br/html/modules/news/article.php?storyid=4310

Asteroide de 45 metros de comprimento passa a 27 mil quilômetros da Terra


É a menor distância registrada entre uma rocha dessa magnitude e o nosso planeta

15 de fevereiro de 2013
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Um asteroide passou nesta sexta-feira, 15, a apenas 27.59 quilômetros da Terra - distância bem menor que a dos satélites que orbitam o planeta, a cerca de 36 mil km de altitude -, horas depois de um meteoro explodir sobre os Montes Urais, na Rússia. É a menor distância registrada entre uma rocha dessa magnitude - 45 metros de comprimento - e a Terra.
Imagem divulgada pela Nasa mostra a trajetória (curva) do asteroide - Nasa/Divulgação
Nasa/Divulgação
Imagem divulgada pela Nasa mostra a trajetória (curva) do asteroide
Em todo o mundo, cientistas insistiram que o meteoro e o asteroide não têm nenhuma relação, já que eles aparentemente viajavam em direções opostas. O asteroide que passou "raspando" pela Terra é cerca de três vezes maior que o meteoro e deleitou astrônomos na Austrália e nos arredores, que puderam observá-lo sem problemas, em um céu noturno limpo.
Chamado de 2012 DA14, o asteroide não colidiu com nenhum satélite em órbita, como previram os cientistas. Agora, segundo Paul Chodas, do programa de Objetos Próximos da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, o asteroide "está indo embora". 
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,asteroide-de-45-metros-de-comprimento-passa-a-27-mil-quilometros-da-terra,997443,0.htm

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MP apura caso de trabalho escravo envolvendo varejista

Por Vanessa Stecanella | Estadão 
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) informaram nesta terça-feira que vão apurar a responsabilidade das Lojas Americanas no caso de cinco bolivianos flagrados em condições análogas às de escravos em uma oficina de costura em Americana (SP). De acordo com fiscais do MTE e procuradores do MPT, os trabalhadores costuravam peças de vestuário infantil diretamente para a empresa HippyChick Moda Infantil Ltda., também de Americana. A única cliente da empresa seria a rede varejista Lojas Americanas, segundo o MPT.

Em nota, o MPT afirma que as roupas eram postas à venda nas Lojas Americanas, com a etiqueta "Basic+ Kids". A rede varejista possui o registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde fevereiro de 2006, conforme consta do site da entidade na internet. A fiscalização do trabalho encontrou na oficina "peças piloto" (modelo do vestuário que é reproduzido pelos costureiros) e etiquetas da marca.
Procurada, a Lojas Americanas informou, por meio de nota à imprensa, que repudia qualquer tipo de trabalho realizado em condições degradantes, e que desconhecia o que foi verificado pelo Ministério Público do Trabalho. "A Lojas Americanas informa ainda que cancelou as atuais relações comerciais com o fornecedor Hippychick", afirma a companhia, na nota.
A oficina foi denunciada ao Ministério do Trabalho e Emprego pela Polícia Federal, que um ano antes havia realizado diligência no local para verificar a situação dos vistos de permanência dos bolivianos. Ela foi montada de forma clandestina nos fundos do quintal de uma área residencial, na periferia da cidade. O dono, originário da Bolívia, mantinha parentes trabalhando em um barracão improvisado, com condições consideradas insalubres. A pequena fábrica têxtil recebia R$ 2,80 por cada peça produzida para a HippyChick.
No momento da fiscalização, que aconteceu no dia 22 de janeiro, nenhum trabalhador possuía registro em carteira de trabalho. Há indícios de aliciamento de mão de obra, fato que ainda está sob investigação. Segundo o MPT, os estrangeiros foram resgatados e receberam direito ao seguro-desemprego.
Nos dias 7 e 14 de fevereiro foram expedidas as carteiras de trabalho dos bolivianos e efetuadas as rescisões indiretas de contrato (com justa causa do empregador), com o pagamento de verbas salariais (proporcional de 13º, férias etc), FGTS e multa, e da indenização prevista no TAC, tudo por conta da HippyChick.
23 multas
A HippyChick recebeu 23 multas do Ministério do Trabalho pelas irregularidades apontadas, dentre elas, reduzir trabalhadores a condições análogas às de escravo, terceirização ilegal, falta de segurança e saúde do trabalho etc.
De acordo com comunicado do MPT, os envolvidos podem ser multados, processados na Justiça do Trabalho e até responder por crime de redução de trabalhadores a condições análogas às de escravo, que prevê de 2 a 8 anos de reclusão.
As empresas que se utilizam de mão de obra escrava têm seu nome incluído na lista de trabalho escravo, mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que prevê a suspensão de financiamento e acesso ao crédito por instituições federais, como Caixa, BNDES e Banco do Brasil, além de serem submetidas a restrições comerciais com empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo.
http://br.noticias.yahoo.com/mp-apura-caso-trabalho-escravo-envolvendo-varejista-193300845--finance.html

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A política e todos os seus vícios na TV


11/02/2013

Fernando Rodrigues
“House of Cards” é um grande seriado e mostra o pior dos políticos
Produção da Netflix descreve com precisão as traições e a falta de caráter no Congresso
Há um aspecto sombrio no formato do novo seriado televisivo “House of Cards”, já muito bem mencionado por Mauricio Stycer em sua coluna na Folha de domingo (10.fev.2013). A Netflix elevou ao paroxismo a fórmula de dar ao telespectador o que ele deseja assistir.
Mas há também o seriado “House of Cards” propriamente. Trata-se de uma representação fina e muito próxima da realidade vista nos bastidores de dezenas de Congressos pelo mundo afora. No caso, trata-se do Congresso dos Estados Unidos com toda a sua perfídia, traições, mau-caratismo e um interesse desmedido pelo poder.
Aqui, o trailer oficial:  http://www.youtube.com/watch?v=ULwUzF1q5w4
Num dos episódios, a personagem principal (um deputado que é o líder do Partido Democrata) conversa com um lobista. Em seguida, sozinho, afirma desprezar as pessoas que se interessam muito e apenas por dinheiro. Dinheiro acaba, diz ele. O poder, não. Poder é para sempre.
A definição vale para políticos em várias partes do mundo, embora no Brasil muitos pareçam ter uma predileção pelo binômio poder & dinheiro, não necessariamente nessa ordem.
Talvez por estar vivendo em Brasília por dever do ofício já há muito tempo, considerei “House of Cards” muito feliz ao representar manobras e conchavos políticos dos mais diversos. O deputado democrata que é a personagem principal manipula seus aliados, mente de forma descarada e influi no noticiário com muita habilidade. Já vi esse filme dezenas de vezes.
Logo no início, o deputado protagonista é desconsiderado para um cargo de ministro. Estava tudo acertado com o presidente da República que acabara de ser eleito. Mas o acordo foi rompido. O deputado engole a seco a desfeita. Finge estar calmo e diz, dentro da Casa Branca, que continuará a ajudar o governo mesmo assim –para em seguida começar a tramar o oposto nos bastidores. Destrói a reputação do colega que foi indicado em seu lugar.
O engenho e arte das manobras está em fazer as vítimas não perceberem o que se passa. Mais: acharem que o algoz é, na realidade, um aliado.
(Alguém pensou em PMDB ou quejandos? Acertou. Mas seria injustiça creditar apenas ao PMDB tais atitudes. Esse comportamento está disseminado em todas as legendas, PT e PSDB inclusos).
A relação entre fonte e repórter também é explorada à perfeição em “House of Cards”. O deputado protagonista escolhe uma repórter jovem do jornal mais influente da capital norte-americana. A moça deseja dar furos e prosperar na profissão.
O deputado oferece no primeiro contato uma informação valiosa. Havia de fato relevância jornalística no que estava sendo vazado. Até aí, tudo bem. Mas depois, a coisa muda de figura. A repórter fica refém da fonte: se não publicar o que receber, pode nunca mais ter acesso a novos furos.
O segundo dado vazado pelo deputado é um fiapo irrelevante do ponto da vista da informação: era só a cópia de um jornalzinho de faculdade, impresso há 35 anos e no qual o então editor era o atual ministro que agora está prestes a ter a reputação destruída. Na publicação há um editorial, sem assinatura, cheio de opiniões polêmicas sobre as relações entre EUA e Israel.
Esperta, a repórter olha, lê e logo conclui: “Mas não há como dizer que esse editorial foi de fato escrito por ele”. O deputado retruca: “Não interessa. Há uma pergunta a ser respondida”. Qual? “Ele aprovou a publicação do que está no artigo?”.
Ou seja, coloque no jornal e lance uma dúvida sobre o que pensa esse ministro e o que ele dizia na época em que era estudante.
Ao “vender” o seu novo furo para seu editor, a repórter usa exatamente o mesmo argumento proposto por sua fonte, o deputado. Repete as mesmas palavras. A reputação do ministro é destruída em dias.
Os encontros da repórter com a fonte podem parecer inverossímeis para algumas pessoas que olham de fora. Os dois se avistam em um museu e no banco de uma estação de metrô, entre outros locais. Por que um deputado líder da maioria iria se expor dessa forma? Posso responder a essa pergunta com tranquilidade: quem está no poder às vezes arrisca-se mais do que o necessário. Em Brasília, já participei de reuniões em circunstâncias muito mais improváveis do que essas.
“House of Cards” é codirigida por David Fincher (“A Rede Social” e “Clube da Luta”). O ator principal é Kevin Spacey (de “Beleza Americana”). O texto é baseado numa série dos anos 1990 produzida pela BBC. Para ganhar em verossimilhança jornalistas e analistas políticos verdadeiros, que atuam em Washington, foram contratados para fazer pontas como si próprios –entre outros, Donna Brazile, Candy Crowley, John King, Dennis Miller e Soledad O’Brien (da CNN), Bill Maher (HBO) e George Stephanopoulos (ABC).
A Netflix gastou US$ 100 milhões com “House of Cards”. Inovou ao lançar os 13 episódios da primeira temporada de uma só vez, no dia 1º de fevereiro. Isso mesmo: é possível assistir a tudo de uma vez.
O 1º capítulo tem 56 minutos. Quem aprecia, estuda ou acompanha política não consegue tirar os olhos da tela da TV por um segundo. Tudo o que se sabe sobre os bastidores do Congresso está ali, escancarado.
Só é possível assistir a “House of Cards” sendo assinante do Netflix. Não sei se o seriado será um sucesso. Para mim, vale cada centavo.

Post Scriptum: a Netflix poderia ser mais cuidadosa com as legendas em português de “House of Cards”. O termo “majority whip” é traduzido como “corregedor”, um erro crasso.
Nos Congresso dos EUA,  a função de líder da bancada majoritária se divide em duas: o “leader” (o líder propriamente) que tem o poder de decidir o que vai ser votado e toma as decisões mais estratégicas e políticas, e o “whip” (o açoitador), uma espécie de líder do plenário, que vai se responsabilizar pelo foco da bancada, para que todos os seus integrantes votem como deseja a direção partidária e/ou o governo.
É difícil traduzir “majority whip” para o português. Não existe cargo equivalente no Congresso brasileiro, onde há o líder e os vice-líderes –e todos trabalham para “açoitar” os deputados quando há uma votação. A melhor forma de traduzir, portanto, seria “vice-líder da maioria”, ainda que a expressão possa conferir menos importância que de fato tem o cargo de “majortity whip”.
Não se perderia nada se “majority whip” fosse simplesmente traduzido como “líder da maioria”.
Uma coisa é certa: “majority whip” não é o corregedor.

O blog está no Twitter e no Facebook.

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2013/02/11/a-politica-e-todos-os-seus-vicios-na-tv/?fb_action_ids=10151240936712653&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210151240936712653%22%3A263770130423029%7D&action_type_map=%7B%2210151240936712653%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Argentina ganha praia 'livre de cigarro'


Município litorâneo faz campanha contra o fumo e quer ampliar áreas onde é proibido fumar a cada verão

21 de janeiro de 2013

Um município argentino inaugurou dois trechos de 200 metros de suas praias como áreas livres de fumo. A medida veio após o sucesso do projeto piloto iniciado em uma dessas praias no ano passado, em Partido de la Costa, um conhecido reduto de turistas da classe média argentina.

A ideia da prefeitura é expandir as áreas livre de cigarro a todas as praias de Partio de la Costa - Divulgação
A ideia da prefeitura é expandir as áreas livre de cigarro a todas as praias de Partio de la Costa

As praias, Santa Teresita e San Bernardo, ficam a 300 quilômetros de Buenos Aires.
Em entrevista à BBC Brasil, o prefeito Juan Pablo de Jesús conta que houve resistência inicial ao projeto. A prefeitura, no entanto, aposta na conscientização da população através de uma campanha, intitulada "A Costa Respira".
"Fizemos uma experiência piloto e ela deu certo e por isso decidimos manter a medida em Santa Teresita e aplicá-la agora em San Bernardo. No início, houve alguma resistência à medida, mas agora não", disse.
A medida não prevê multas. A campanha contou com a distribuição, nas praias, de folhetos que abordavam os males do fumo e a importância de evitar o cigarro na frente de crianças, "para que elas não repitam os hábitos dos pais".
"O que queremos é que o verão seja um o início de um processo para que a pessoa deixe o hábito do cigarro", disse o prefeito.
Partido de la Costa é o segundo destino turístico argentino no verão e recebe cerca de 2,5 milhões de turistas do país nesta época do ano, segundo informações oficiais. San Bernardo e Santa Teresita são as principais praias do município, banhado pelas águas mais frias do Atlântico Sul.
Segundo o prefeito, o objetivo é ampliar a cada verão as áreas isentas de fumo. O município Partido possui catorze praias distribuídas em cem quilômetros de orla.
"Não sou médico, mas nosso objetivo é que o turista saia daqui mais preocupado em cuidar da sua saúde. Por isso, já iniciamos projeto para que as praças da cidade também sejam livres da fumaça do cigarro", afirmou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,argentina-ganha-praia-livre-de-cigarro,986901,0.htm

Hollande considera 'libertada' parte 'essencial' do território do Mali


Presidente francês diz que 'nenhuma cidade está ocupada pelos grupos terroristas'

11 de fevereiro de 2013
estadão.com.br
PARIS - O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta segunda-feira, 11, que "o essencial do território do Mali foi libertado" e que "nenhuma cidade está ocupada pelos grupos terroristas" um mês depois do início da operação francesa no país africano.
Hollande, que recebeu o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, disse no entanto que ainda é preciso prosseguir os trabalhos de restabelecimento da segurança do território porque "ainda há grupos que põem em risco a vida nesse país".
Tropas
Soldados franceses e malineses em Gao - Jerome Delay/APJerome Delay/AP
Soldados franceses e malineses em Gao
A França já analisa, quase um mês depois de lançar a ofensiva no Mali, a retirada de suas tropas. A Organização das Nações Unidas (ONU) deve preparar uma força de paz para assumir o controle no país africano
Com Efe
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,hollande-considera-libertada-parte-essencial-do-territorio-do-mali,995239,0.htm

Papa Bento XVI deixa o pontificado dia 28 de fevereiro


Esta é a primeira vez que um papa renuncia em quase 600 anos

11 de fevereiro de 2013 

VATICANO - O Papa Bento VXI vai renunciar a seu pontificado no próximo dia 28 de fevereiro, anunciou nesta segunda-feira, 11, o Vaticano.
papa Bento XVI anuncia que deixa o pontificado - Efe
Papa Bento XVI anuncia que deixa o pontificado         Efe

O anúnico foi feito pelo próprio papa em um pronunciamento em latim. Bento XVI disse que deixa o cargo devido à idade avançada - 85 anos - e por não ter mais força para cumprir os deveres.
"Por esta razão, e bem consciente da gravidade deste ato, eu declaro que renuncio", explicou Bento XVI, de acordo com uma declaração do Vaticano. Esta é a primeira vez que um papa renuncia em quase 600 anos.
O alemão Joseph Ratzinger, de 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo 2º. Aos 78 anos, Ratzinger foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa. Ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja Católica em décadas - as revelações de abusos sexuais de crianças cometidos por clérigos católicos em paróquias de vários países.
Com informações da Reuters e da AP
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,papa-bento-xvi-deixa-o-pontificado-dia-28-de-fevereiro,995190,0.htm

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

É proibido proibir?

05/02/2013
João Pereira Coutinho


É um dos vícios do mundo moderno: a crença patética de que tudo é possível, tudo é permissível. Ou, como diziam os filhos do maio de 68, é proibido proibir.
Um caso ilustra esse vício com arrepiante precisão: as "barrigas de aluguel".
Li a excelente matéria de Patrícia Campos Mello publicada nesta Folha no domingo. E entendo a pergunta que anima o negócio: se um casal não pode ter filhos por infertilidade da mulher, por que não contratar os serviços de uma "mãe de aluguel", que terá o seu óvulo fecundado pelo espermatozoide do pai adotivo?

Na Índia, a pergunta virou turismo: só na cidade de Anand, conta a jornalista, nasce uma criança a cada três dias para "exportação". Os "clientes" costumam ser americanos, britânicos, japoneses, canadenses. Mas também há brasileiros na lista de espera. Que dizer do cortejo?

Começo pelas questões éticas básicas: será que um filho deve ser comprado (US$ 20 mil na Índia) como se compra uma mala Louis Vuitton ou um par de sapatos Manolo Blahnik?
E será legítimo, ó consciências progressistas, transformar as pobres do mundo em incubadoras dos filhos dos ricos? Não é preciso ter lido Kant para saber que os seres humanos devem ser tratados como um fim em si, não como um meio para.

Fato: o negócio é voluntário. Todas as partes participam dele com "autonomia", para usar ainda a linguagem kantiana. Mas o argumento da autonomia, mil perdões, não chega.
Se chegasse, nada impediria que um ser humano optasse autonomamente por ser escravo de outro. Vamos permitir o regresso da escravidão, mesmo que voluntária, desde que o escravo e o seu senhor exerçam os seus papéis autonomamente?

Não creio. Até porque falar em "autonomia" para gente em situação de pobreza extrema não passa de uma piada de mau gosto: a "mãe de aluguel" indiana e a mãe adotiva americana não habitam o mesmo planeta. A segunda escolhe comprar porque pode. A primeira praticamente é forçada a vender pela miséria da sua situação.
Na discussão das "barrigas de aluguel", parece que só os direitos das mães adotivas têm verdadeira força ética -o direito a serem felizes; o direito a terem filhos; o direito a comprá-los; e etc. etc.

Mas como responder aos direitos das "mães de aluguel"? Ou até dos "filhos comprados"? Será que essas duas entidades têm direitos, no sentido prosaico do termo?
Tempos atrás, quando em Portugal se debatia a "maternidade de substituição" (um processo semelhante às "barrigas de aluguel", mas sem dinheiro envolvido), lembro-me de formular algumas questões a respeito que se aplicam com maior força às "mães de aluguel" a aos "filhos comprados" de Anand.

Que direitos terá uma "mãe de aluguel" depois de entregar o filho biológico ao casal adotivo? Poderá visitar a criança? Será obrigada a afastar-se dela? Como? Por quê? Com que legitimidade?

E se, durante a gestação, a "mãe de aluguel" se recusar a entregar o filho porque desenvolveu uma ligação emocional com ele? Haverá forma de a coagir a cumprir o negócio? Em caso afirmativo, será isso tolerável? Será, no mínimo, decente?

Melhor ainda: o que acontece, para citar alguns casos que ficaram célebres nos Estados Unidos, quando o feto apresenta uma malformação uterina e a mãe adotiva pretender abortá-lo contra a vontade da "mãe de aluguel"? Pode? Não pode? Deve? Não deve?
Sem falar do próprio filho, aqui transformado em mero brinquedo sem rosto ou dignidade própria. Quais são as consequências para uma criança quando ela é separada precocemente da sua mãe biológica? Que impacto isso terá no seu desenvolvimento psicológico ou social? Alguém sabe? Alguém se interessa?

Aliás, como irá essa criança reagir quando, mais tarde, ela souber que foi o produto de uma "encomenda"? Será que deve saber? Será que não deve?
As perguntas não são apenas minhas. Elas encontram-se na vastíssima literatura ética sobre o assunto --e cada uma dessas perguntas foi motivada por um drama concreto, vivido por gente concreta, que entrou no negócio por acreditar que um filho é precisamente isso: um negócio.
Não é. Exceto para cabeças ocas que transformam qualquer desejo em "direito" --e qualquer "direito" em exploração dos mais pobres.

João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do "Correio da Manhã", o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve às terças na versão impressa de "Ilustrada" e a cada duas semanas, às segundas, no site.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/1225654-e-proibido-proibir.shtml

Professor, este texto poderá ser trabalhado no Ensino Médio, com leitura e debate, também um trabalho interdisciplinar com outras disciplinas, como Biologia, Filosofia, História entre outras.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Os 10 lugares mais quentes do planeta


Veja quais são as regiões mais 'infernais' do globo


Há gente que detesta o verão, mas há quem odeia o inverno e só fica satisfeito quando está um calor de rachar. Mas, e se o tempo for tão quente que ultrapasse os 40°C diariamente, atinja picos de até 60°C, em um lugar deserto, sem uma chuva sequer para refrescar? Selecionamos, abaixo, os dez lugares mais quentes do planeta, que podem fazer até os mais apaixonados pelo verão mudarem de ideia!

  (Foto: Hervé Sthioul)
1. Dallol, Etiópia
Conhecida como o lugar habitado mais quente do mundo, a cidade situada no deserto de Danakil, na parte oriental do país, chega a registrar médias de temperatura máxima acima dos 41°C. Isso se deve também à proximidade com o vulcão Dallol, em que as temperaturas diurnas chegam a 60°C. Lá, formações de minerais saem literalmente das entranhas da terra.
  (Foto: Bertramz)
2. Wadi Halfa, Sudão
Localizada em uma região de muita pobreza no centro do deserto do Saara, na fronteira com o Egito, o local chega a atingir picos de calor, a temperaturas de quase 53°C. Chegar lá também não é fácil. É preciso pegar, em Cartum, um trem que passa pelas margens do rio Nilo e por muitas ruínas milenares. Não há hotéis na cidade, apenas alojamentos, e o clima extremamente seco recebe um reforço do vento constante e muito quente.
  (Foto: Jim Gordon)
3. Vale da Morte, Califórnia, EUAReconhecido como um dos lugares mais quentes do mundo pela Organização Mundial de Meteorologia, o vale da Morte fica no deserto de Mojave, próximo à divisa com o Estado de Nevada. É lá, também, onde fica a maior fonte de borato do mundo, em uma mina a céu aberto. A temperatura máxima da região já chegou a 56,7°C.
  (Foto: Jim Gordon )
4. Deserto Lut, Irã
Considerado o 25º maior deserto do mundo, o Lut está localizado no sudeste do Irã e já chegou a registrar temperaturas de superfície acima de 70°C, medida pela Nasa. Também é marcado pelos lagos Dasht, que se estende para o sul por cerca de 300 km.
  (Foto: Betta27)
5. Tirat Tsvi, Israel
Com temperaturas escaldantes, a cidade, pertencente à área de HaZafon, é o lugar mais quente da Ásia, com temperaturas que beiram os 54ºC. A cidade funciona, também, como kibutz e se situa no vale Beit Shean, a 10 km ao sul de Beit Shean, em Israel, e faz fronteira a oeste com o rio Jordão.
  (Foto: Annabel Symington)
6. Timbuktu, Mali
Localizada no Mali, país do oeste africano, e nas proximidades do rio Niger, a cidade foi fundada por volta de 1100 para servir as caravanas que traziam sal das minas do deserto do Saara, em troca de ouro e escravos. Em 1330, a região era parte do império do Mali e, dois séculos depois, passou a ser governada pelo império Songhay, fazendo de Timbuktu uma importante cidade universitária e capital religiosa, habitada por muçulmanos, cristãos e judeus. Também é famosa pelas altas temperaturas, que já chegaram a 54,4ºC.
  (Foto: GondwanaGirl)
7. Queesland, Austrália
A temperatura já chegou a quase 69ºC no Estado australiano, situado no nordeste do país, que ocupa mais de 20% da Austrália. Marcada por vastas florestas tropicais, com clima seco e semidesértico, a região atrai turistas do mundo inteiro todos os anos, graças às ilhas costeiras e à grande barreira de coral.
  (Foto: Reprodução)
8. Turfan, China
Com calor de mais de 50ºC, a área fica a noroeste da província chinesa de Xinjiang e é repleta de templos budistas em meio à paisagem desértica. O lugar, que também é um importante centro de comércio, é ainda conhecido como Tulufan. O oásis fértil é rodeado por montanhas, inclusive pelo vulcão Turfan.
  (Foto: Madhif)
9. Kebili, Tunísia
A cidade localizada no sul da Tunísia e capital da província homônima já chegou a registrar picos de 55ºC. Também pudera, já que a região fica à beira de um oásis no deserto do Saara, a noroeste do Chott el Jerid e a nordeste do Chott el Fejaj. Com cerca de 100 mil tamareiras, é um dos principais centros comerciais da região.
  (Foto: Kurt Dundy)
10. Ghadames, Líbia
Dividida em duas partes – a antiga e a nova –, a cidade tem pouco mais de 15 mil habitantes e já chegou a registrar temperaturas de 55ºC. Além de ter sido declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, uma das principais atrações do local é o lago com água salgada que a circunda por cerca de 20 km, no distrito de Nalut, a sudoeste de Trípoli, próximo às fronteiras com a Argélia e a Tunísia.

http://casavogue.globo.com/LazerCultura/noticia/2012/09/os-10-lugares-mais-quentes-do-planeta.html