segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Trabalhando com música

Planeta Água

Guilherme Arantes

Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...

Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...

Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...

Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris
Sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas
Na inundação...

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)

Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...


Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)

Responda:
Descreva o momento que o autor cita a nascente de um rio.
Cite os versos que descrevem o ciclo da água.
Descreva os versos grifados.

(Professor, você pode levar a música gravada e a letra para a sala de aula e cantar com seus alunos, após, eles podem responder as questões sugeridas)

Trabalhando com música

A Cidade e a Neblina

Guilherme Arantes


Na neblina a cidade amanheceu
Sonolenta como os últimos boêmios
E os primeiros trabalhadores matinais
Com seus gorros, capotões e cachecóis

A neblina dá uma certa imprecisão
A paisagem fica sem definição
As capelas e os velhos casarões
Na neblina ficam sobrenaturais

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido?


Na neblina os rochedos pelo mar
São terríveis para quem fôr navegar
O aeroporto, então, acende os faróis
E não sobem, e não descem aviões.

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce,
Quando ela deixa tudo translúcido?

Responda:
Qual a estação do ano citada na música?
Pesquise sobre as formas de precipitação atmosférica, além da neblina.
Explique o refrão da música.

(Professor, você pode levar a música gravada e a letra para a sala de aula e cantar com seus alunos, após, eles podem responder as questões sugeridas)

Trabalhando com música

Aquarela Brasileira

Composição: Silas de Oliveira

Vejam essa maravilha de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela do Brasil em forma de aquarela
Caminhando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Itapuã
De Iracema e Tupã
E fiquei radiante de alegria
Quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia, do candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipú
Assisti em Pernambuco
A festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza, arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra
Do leste, por todo o Centro-Oeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
No Rio dos sambas e batucadas
Dos malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emoldura em aquarela o meu Brasil


Responda:
Quais estados brasileiros são citados na música?
Quantas e quais regiões são citadas?
Relacione os estados e características de cada um, citados na música.
Que região Não é citada?

(Professor, você pode levar a música gravada e a letra para a sala de aula e cantar com seus alunos, após, eles podem responder as questões sugeridas)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CHINA ATUAL

História da China Antiga e China Atual

Informações sobre a China, população chinesa, economia da China atual.

A República Popular da China situa-se na parte leste da Ásia. A China, terceiro maior país do mundo depois da União Soviética e do Canadá, é limitada ao norte pela Mongólia e pela União Soviética, a leste pela União Soviética, Coréia do Norte, mar Amarelo e mar da China Oriental; ao sul pelo mar da China do Sul, pelo Vietnã do Norte, Laos, Birmânia, Índia, Butão, Silkim, Nepal e Paquistão Ocidental; a oeste pelo Afeganistão e União Soviética.
Dois terços da China são montanhosos ou semidesérticos. A sua parte oriental é formada por férteis planícies e deltas. Há ilhas, sendo que a maior delas é Hainan, na costa meridional. Os rios principais são: Amarelo, Amur e Yu.
A China tem uma área de 9.596.961 Km2 e uma população superior a 1.300.000.000 de habitantes. Sua capital é Pequim. São cidades principais: Xangai, Pequim, Tientsin, Luta, Shenyang, Cantão, Wuhan, Harbin, Sain. 94% dos chineses são han e 11% de chuangs.
A agricultura é a base da economia. Os chineses plantam arroz, trigo, cevada, soja, painço, algodão, chá e tabaco. Há também grandes reservas de carvão, ferro, cobre, chumbo e outros minerais.
A história da China tem mais de quatro mil anos. Ela teve uma das civilizações mais velhas do mundo e, durante a Idade Média, a ciência e as artes chinesas eram mais avançadas do que as européias. Os chineses in­ventaram o papel, a impressão, a pólvora, e tinham grande talento para a poesia, pintura, teatro e cerâmica. Depois, sua grandeza caiu, e por muitos anos sofreu a pobreza, as revoluções e as guerras.

Características da economia chinesa:

- A China entrou, a partir da década de 1990, na economia de mercado, ajustando-se ao mundo globalizado;
- A China é o maior produtor mundial de alimentos: 500 milhões de suínos, 450 milhões de toneladas de grãos;
- É o maior produtor mundial de milho e arroz;
- Agricultura mecanizada, gerando excelentes resultados de produtividade;
- Aumento nos investimentos na área de educação, principalmente técnica;
- Investimentos em infra-estrutura com a construção de rodovias, ferrovias, aeroportos e prédios públicos. Construção da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, gerando energia para as indústrias e habitantes;



- Investimentos nas áreas de mineração, principalmente de minério de ferro, carvão mineral e petróleo;
- Controle governamental dos salários e regras trabalhistas. Com estas medidas as empresas chinesas tem um custo reduzido com mão-de-obra (os salários são baixos), fazendo dos produtos chineses os mais baratos do mundo. Este fator explica, em parte, os altos índices de exportação deste país.
- Abertura da economia para a entrada do capital internacional. Muitas empresas multinacionais, também conhecidas como transnacionais, instalaram e continuam instalando filiais neste país, buscando baixos custos de produção, mão-de-obra abundante e mercado consumidor amplo.
- Incentivos governamentais e investimentos na produção de tecnologia.
- Participação no bloco econômico APEC (Asian Pacific Economic Cooperation), junto com Japão, Austrália, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Chile e outros países;
- A China é um dos maiores importadores mundiais de matéria-prima.
- No primeiro trimestre de 2009, o PIB da China cresceu 6,1 %. Este dado significou o pior crescimento econômico da economia chinesa desde 1992. Demonstrou que, apesar do crescimento, a economia chinesa foi fortemente afetada pela crise mundial.

Problemas da China
Embora apresente todos estes dados de crescimento econômico, a China enfrenta algumas dificuldades.
-Grande parte da população ainda vive em situação de pobreza, principalmente no campo.
-A utilização em larga escala de combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo) tem gerado um grande nível de poluição do ar.
-No território chinês, 70 % dos rios estão contaminados, e o gelo do Himalaia derrete constantemente, enquanto que os desertos do norte ameaçam comunidades que totalizam 400 milhões de pessoas.
-Os salários, controlados pelo governo, coloca os operários chineses entre os que recebem uma das menores remunerações do mundo.

De 2002 a 2007, a cidade de Linfe, pertencente à província de Shanxi, foi considerada a cidade mais poluída do mundo. Linfe é umas das imagens negativas do crescimento econômico chinês, que se desenvolve longe das bases sustentáveis de produção.


Mesmo assim, o crescimento chinês apresenta um ritmo alucinante, podendo transformar este país, nas próximas décadas, na maior economia do mundo.


http://www.tg3.com.br/historiadachina/
http://engenhariacivil.wordpress.com/2007/05/25/barragem-de-three-gorge/
http://www.infoescola.com/geografia/poluicao-na-china/

sábado, 14 de novembro de 2009

União Européia

Daniel Buarque (Do G1, em São Paulo)

União Europeia implementa o Tratado de Lisboa para reciclar sua Constituição

Integração pode ser exemplo para Mercosul e Nafta, dizem pesquisadores.
Brasil deve continuar negociando acordos diretamente com cada país.

(http://europa.eu/abc/european_countries/index_pt.htm)


Depois de dar um passo para trás por causa da rejeição popular à proposta de adoção de uma Constituição, em 2005, a União Europeia vai voltar a avançar em sua integração a partir do próximo mês, com a implementação do Tratado de Lisboa.

Por mais que este projeto não traga nenhuma mudança drástica na estrutura e organização do grupo dos 27 países do continente, ele pode ser visto como um avanço quase equivalente ao revés de quatro anos atrás, segundo analistas ouvidos pelo G1, pois o tratado repete pelo menos 90% da proposta da Constituição. E a maior mudança é simplesmente o nome.


Entenda o Tratado de Lisboa

O documento prevê muitas reformas do bloco, entre elas:

A nomeação de um político para o cargo de presidente do Conselho Europeu com mandato de dois anos e meio, em substituição ao atual sistema em que países se revezam na presidência rotativa por seis meses. A criação de um novo posto combinando os atuais cargos de chefe de política externa da União Europeia - ocupado atualmente por Javier Solana - e comissário de assuntos internacionais - ocupado por Benita Ferrero-Valdner, para dar à UE maior força no cenário mundial. A redistribuição do peso dos votos entre os Estados membros, a ser adotada em fases entre os anos de 2014 e 2017. Novos poderes para a Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Corte Europeia de Justiça, no campo da Justiça e assuntos domésticos, por exemplo. A remoção de vetos nacionais em algumas áreas. Por que o Tratado de Lisboa não está sendo considerado uma "Constituição" da União Europeia?

Houve o plano de aprovar uma Constituição da União Europeia, que iria substituir todos os tratados europeus anteriores e começar do zero.

O Tratado de Lisboa, porém, é apenas uma emenda ao Tratado que criou a União Europeia (o de Maastricht) e o Tratado de Estabelecimento da Comunidade Europeia (de Roma).

O novo tratado também não faz referências aos símbolos da UE - a bandeira, o hino e o lema - apesar de eles continuarem a existir.

Quanto tempo foi necessário para que os países concordassem com o tratado?

A declaração publicada na cúpula europeia de Laeken, em 2001, pedia a criação de uma Convenção sobre o futuro da Europa para analisar a simplificação e reorganização dos tratados europeus e perguntava se o resultado final deveria ser uma constituição.

A Convenção começou a trabalhar em fevereiro de 2002 e a constituição foi assinada em Roma dois anos e meio depois, em outubro de 2004. Mas o texto ficou obsoleto depois de ser rejeitado pelos eleitores franceses e holandeses em 2005.

A UE começou a trabalhar num tratado que substituísse a constituição no primeiro semestre de 2007, sob a presidência rotativa da Alemanha, e um acordo sobre os principais pontos foi alcançado durante uma cúpula em junho do mesmo ano.

As negociações continuaram nos bastidores durante os meses seguintes, até que os líderes dos 27 países membros concordaram com um esboço final em outubro de 2007.

Por que o plano de uma Constituição europeia foi abandonado?

A França e a Holanda disseram que não poderiam adotar a constituição sem mudanças significativas, depois de sua rejeição em referendos em 2005.

O Reino Unido também pressionou por um "tratado com emendas" que poderia ser ratificado por meio de uma votação parlamentar, como os antigos tratados do bloco.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1364805-5602,00-ENTENDA+O+TRATADO+DE+LISBOA.html

“A constituição soava como um documento nacional, não como algo de uma organização intergovernamental. O Tratado de Lisboa traz quase todas as mesmas mudanças da constituição, mas com um nome diferente. Pode parecer uma questão trivial, mas é claramente um dos principais problemas”, explicou, em entrevista ao G1, o professor da Universidade Creighton, nos EUA, Stephen C. Sieberson, que pesquisou o tratado e é autor do livro "Dividing lines between the European Union and Its member states: The impact of the treaty of Lisbon" (Linhas divisórias entre a União Europeia e seus estados membros: O impacto do Tratado de Lisboa).

Segundo ele, a substância do tratado é 99% igual à da constituição. O problema é que a União Europeia está dividida em dois grupos: os federalistas, que preferem ter um governo mais central, um “superestado”, com modelo semelhante ao dos Estados Unidos; e os intergovernamentalistas, palavra complexa para designar o grupo que insiste que as nações continuem totalmente soberanas, mantendo a UE como uma organização intergovernamental. Este segundo grupo, capitaneado pelo Reino Unido, fez forte oposição ao termo constituição. Para Sieberson, os que buscam uma maior integração, mesmo que não necessariamente uma “federação”, saíram-se vencedores com o Tratado de Lisboa. “Ele traz as mudanças necessárias para que a EU não fique estagnada, mas possa evoluir.

Especialista em integração europeia, o professor David Phinnemore, da Universidade de Belfast, na Irlanda do Norte, discorda. Para ele, os intergovernamentalistas se saíram muito bem com o tratado, pois ele reitera a centralidade dos países membros na UE.

“Ele nos lembra que se trata de uma organização internacional com base nos Estados, que podem dar e tirar o poder da UE. Pode parecer que a Europa está se aproximando de um formato mais federalista, mas o poder, especialmente em relações internacionais, continua nas mãos dos países individualmente”, disse, em entrevista por telefone. Para Phinnemore, o Tratado de Lisboa é “apenas” 90% igual à constituição, e houve uma mudança na linguagem que vai além do nome.

Os dois concordam, entretanto, na ausência de efeitos práticos e imediatos advindos da implementação. “O tratado cria oportunidades para uma maior integração, mas não garante que essas oportunidades serão aproveitadas, pois isso vai depender das negociações que vão surgir a partir dele. A aproximação recente entre os países da UE foi maior e mais rápida do que se esperava, mas não é possível saber como vão evoluir a partir de agora”, disse Pinnemore.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1378682-5602,00-UNIAO+EUROPEIA+IMPLEMENTA+O+TRATADO+DE+LISBOA+PARA+RECICLAR+SUA+CONSTITUICA.html

Análise de texto:
1. O que é União Européia?
2. O que é o Tratado de Lisboa?
3. Qual a importância da UE para o mundo?
4. Por que a integração da UE pode servir de exemplo para o Mercosul e o Nafta?
5. Dê sua opinião sobre o texto.

Água na Lua

14 de novembro de 2009 | Zero Hora, on Line

MOMENTO HISTÓRICO

Sonda da Nasa confirma existência de água na Lua

Descoberta da agência pode viabilizar, no futuro, a construção de uma base permanente no satéliteEm um anúncio histórico para a ciência, a Nasa – a agência espacial dos EUA – confirmou ontem a existência de água na Lua. A notícia é especialmente importante porque pode viabilizar, em um futuro não muito remoto, um velho sonho: a construção de uma base permanente no satélite.
Não é a primeira vez que cientistas encontram água na Lua, mas nunca foram tão incisivos sobre a descoberta. Conforme a Nasa, foi localizada uma “importante” quantidade de água, em sua forma congelada, na cratera Cabeus, no polo Sul do satélite. A façanha é resultado direto do choque proposital da sonda Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCROSS) contra a superfície lunar, no dia 9 de outubro. A agência espacial acreditava que havia água congelada no fundo da cratera, onde a temperatura chega a até 240ºC negativos. Os primeiros dados surpreenderam os cientistas: a água existia em quantidade maior do que se desconfiava.

– Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e, por extensão, do Sistema Solar – declarou Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

– Estamos muito entusiasmados. Os resultados dos testes mostram que havia água presente tanto no vapor que se elevou em ângulo alto quanto no material projetado em ângulo mais baixo – acrescentou Anthony Colaprete, cientista do LCROSS e principal pesquisador do Centro de Pesquisa da Nasa em Moffet Field, na Califórnia.

A LCROSS filmou, por quatro minutos, o impacto da colisão do foguete Centauro contra Cabeus. Depois de transmitir os dados para a Terra, a própria sonda foi atirada contra o mesmo local. O impacto criado pelo foguete Centauro criou um volume de material em duas partes a partir da base da cratera. A primeira parte era composta de vapor e poeira fina, e a segunda, de materiais mais pesados.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas “assinaturas” espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado para a verificação. A descoberta mostra ainda que a água deve estar melhor distribuída pelo satélite do que se suspeitava.

Recentemente, a sonda indiana Chandrayaan-1 já havia detectado uma fina camada de água oculta nos primeiros milímetros do solo lunar, que poderia suprir uma base.


Moffett Field, Califórnia

Análise de texto:
1- Analise a frase em negrito. E escreva sua conclusão sobre o assunto.
2- Dê sua opinião sobre essa grande descoberta.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sismicidade Brasileira


A idéia propagada por muito tempo de um Brasil essencialmente estável, livre da ocorrência de terremotos é errônea. A sismicidade brasileira é modesta se comparada a da região andina, mas é significativa porque aqui já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5,0 indicando que o risco sísmico em nosso país não pode ser simplesmente ignorado.
Dezenas de relatos históricos sobre abalos de terra sentidos em diferentes pontos do país e eventos como o do Ceará (1980/mb=5.2) e a atividade de João Câmara,RN (1986/mb=5.1) mostram que os sismos podem trazer danos materiais, ocasionar transtornos à população e chegar, em alguns casos, a levar pânico incontrolável às pessoas.
Afortunadamente, tremores maiores como o de Mato Grosso (1955/mb=6.6), litoral do Espirito Santo (1955/mb=6.3) e Amazonas (1983/mb=5.5) ocorreram em áreas desabitadas.
Mas os terremotos podem surgir a qualquer momento e em qualquer lugar. Assim, não é impossível que algum dia um sismo de conseqüências graves acabe por atingir uma cidade brasileira. A sismologia ainda não consegue predizer com sucesso os terremotos, eles podem acontecer a qualquer hora  e lugar.

Este mapa contém dados sobre tremores de terra, com magnitude 3.0 ou mais, ocorridos no Brasil, desde a época da colonização, até 1996. As informações mais antigas, indicadas por triângulos, são chamadas históricas, e foram obtidas após um longo e minucioso trabalho de pesquisa em bibliotecas, livros, diários e jornais. O livro “Sismicidade do Brasil” de J.Berrocal et all,1984, contém detalhes destas informações.
Os dados epicentrais, indicados por círculos, são relativamente mais novos e foram obtidos por equipamentos sismográficos.
 
Por que são poucos e normalmente pequenos os  tremores de terra no Brasil
A teoria da Tectônica de Placas ensina que as regiões onde acontecem mais terremotos correspondem as bordas ou limites das placas e, no interior das mesmas, a sismicidade é relativamente mais branda, porque o acúmulo de esforços, que acaba produzindo o terremoto ocorre de forma mais lenta. Neste contexto, o Brasil teve a “sorte” de situar-se praticamente no interior da Placa Sul-Americana, distante de seus bordes leste e oeste, respectivamente representados pela Cadeia Meso-Atlântica e a zona de subducção da faixa andina.
Comparativamente, o Acre é o estado que apresenta o maior nível de atividade, tanto em número quanto no tamanho dos sismos, mas sua origem é distinta da sismicidade do restante do país. Para explicar este fato é preciso considerar que, o movimento relativo entre a Placa de Nazca, que mergulha por debaixo da Placa Sul-Americana, produz constantes terremotos cujos focos vão se aprofundando da costa do Pacífico, em direção ao interior do continente (veja o texto sobre Tectônica de Placas). Na área correspondente ao limite entre o Perú e o estado do Acre, os terremotos acontecem a grandes profundidades e, mesmo os de maiores magnitudes, têm seus efeitos na  superfície do terreno.
A grande parte dos sismos brasileiros é de pequena magnitude (   4.5). Comumente eles ocorrem a baixa profundidade (   30 km) e, por isso, são sentidos até poucos quilômetros do epicentro. Este é, quase sempre, o padrão de sismicidade esperado para regiões de interior de placas. No entanto, a história tem mostrado que, mesmo nestas “regiões tranquilas”, podem acontecer grandes terremotos. O leste dos Estados Unidos, com nível de atividade sísmica equivalente a do Brasil, foi surpreendido, no século passado, pela ocorrência de super-terremotos  com magnitudes em torno de 8.0.
É preciso investigar regiões intra-placas com maior detalhe em nível global. Pouco se sabe, ainda, sobre o estado de esforços nestas áreas. Considerando que nelas, são mais longos os períodos de recorrência de grandes terremotos, as regiões intra-placas se tornam, também, áreas potencialmente perigosas para sismos catastróficos.
http://www.unb.br/ig/sis/sisbra.htm
Pangéia- O super continente (Prof Sílvio)
A Terra tem a idade geológica calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos. A geologia, ciência que se dedica ao estudo do planeta, divide a idade geológica em eras, épocas, períodos, idades e fases. No início a Terra apresentava sobre a sua superfície um material derretido quente, muito quente, formado em grande parte por ferro, níquel e outros metais pesados, que com o decorrer do tempo foram se concentrando em seu núcleo. Há cerca de 3,9 bilhões de anos, o resfriamento permitiu a solidificação das rochas, dando origem a uma camada sólida externa sobre a superfície terrestre, que é a crosta.
Até o começo do século 20, era consenso entre os cientistas de que, desde que a superfície terrestre se solidificou, os continentes estiveram sempre na mesma posição em que estão até hoje. No entanto evidências científicas mostraram que isto não é verdade.
Após estudar muito o assunto o meteorologista alemão Alfred L. Wegener lançou uma hipótese diferente, afirmando que, no passado (200 milhões de anos ) os continentes formavam um único bloco, denominado de Pangéia e um só imenso oceano, Pantalassa. Em virtude das forças internas da terra a Pangéia teria sido dividida por um longo braço de mar, dando origem a duas grandes massas continentais: Gondwana.e.Laurásia.
Gondwana ao sul, abrangeria as atuais áreas da América do Sul, Índia, África, Nova Zelândia, Austrália, Antártida, Madagascar, além do Sri Lanka. Laurásia, ao norte, incluiria as da América do Norte,Groenlândia,Ásia.e.Europa. No período Cretáceo (136 a 65 milhões de anos atrás) este teria se dividido em várias partes, inclusive tendo se deslocado até atingir a configuração atual. Esta hipótese de Wegener é denominada hipótese da Deriva Continental.

Evidências
Wegener alegava que uma das evidências de que os continentes poderiam ter se separado estaria no próprio contorno deles. Comparando a costa da América do Sul com a África você pode observar que os dois continentes são complementares. Além da semelhança entre os dois continentes existem outros indícios.
· Há sinais de uma gigantesca glaciação ocorrida há uns 250 milhões de anos e esses sinais são encontrados em todas as áreas terrestres do hemisfério sul atual, como no Brasil, na África e na Índia. Indicando que estes continentes estiveram unidos no passado e sujeito as mesmas condições climáticas.
· O fóssil do pequeno réptil Mesossauro encontrado no Brasil e na África é uma explicação de que os continentes estiveram juntos.
· Brasil e África têm ainda rochas sedimentares iguais, isto é, rochas que foram depositadas entre 350 milhões e 150 milhões de anos atrás.
· Há cerca de 300 milhões de anos, florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. No sul do Brasil e da África, a Austrália e a Índia existem depósitos de carvão com a mesma idade.
· Novas provas vieram do mar, com a invenção do submarino e a eclosão da Segunda Guerra Mundial , neste período era importante do ponto de vista militar conhecer o fundo do mar. Descobriu-se grandes elevações e depressões da crosta terrestre no fundo do oceano, algumas dessas depressões chegam a atingir 11 mil metros de profundidade onde há uma intensa atividade tectônica alterando a posição dos continentes.

Placas que se movem (Teoria da Tectônica de Placas)
Hoje sabe-se que a superfície terrestre não é fixa, e sim estamos sobre placas (continentes) que flutuam sobre.o.magma. Portanto a teoria desenvolvida por Alfred Wegener, a teoria de Tectônica de Placas ou da Translação dos Continentes, é que explica a movimentação dos continentes flutuando sobre o magma. A Teoria afirma que continentes ou terras emersas flutuam sobre magma ou astenosfera. Em razão dos movimentos tectônicos, a placa Sul-americana afasta-se da Africana a velocidade de 2 cm por ano. Verifica-se também um afastamento entre a África e a Ásia, na região da península arábica, com a tendência do mar Vermelho aumentar de largura, originando um oceano. Além disso, as zonas sísmicas ou de terremotos e de vulcanismo encontram-se na faixa de contato entre as placas que são áreas de instabilidade.geológica.

Responda:
1- Explique a teoria de Wegener, sobre a origem dos continentes.
2- Segundo Wegener, Gondwana englobaria quais áreas territoriais?
3- Quais as evidências que explicariam a teoria de Wegener?
4- Explique a teoria das placas tectônicas.

Vulcanismo

O vulcanismo consiste nos processos pelos quais o magma e os gases a ele associados ascendem, a partir do interior da Terra, à superfície da crosta terrestre incluindo a atmosfera. O ramo da Geologia que se dedica ao estudo do Vulcanismo designa-se por Vulcanologia. O termo que está na origem destas palavras é Vulcão. É uma palavra de origem Latina, Vulcano o deus do fogo.
Entendemos por Vulcão uma abertura (respiradouro) na superfície da crosta terrestre, através da qual se dá a erupção do magma, dos gases e das cinzas associadas. Do mesmo modo, a estrutura, geralmente com a forma cônica, que é produzida pelas sucessivas emissões de materiais magmáticos, é nomeada por Vulcão. Em termos gerais, a estrutura vulcânica que forma um vulcão é designada por aparelho vulcânico. Existem diferentes tipos (logo diferentes classificações) de vulcões, resultando daí diferentes configurações dos aparelhos vulcânicos, contudo estes são, normalmente, constituídos pelas seguintes partes: 1) câmara magmática, local onde se encontra acumulado o magma, normalmente situado em regiões profundas da crosta continental e oceânica, atingindo, por vezes, a parte superior do manto, 2) chaminé (principal) vulcânica, canal, fenda ou abertura que liga a câmara magmática com o exterior da crosta, e por onde ascendem os materiais vulcânicos, 3) cratera, abertura ou depressão mais ou menos circular, em forma de um funil, localizada no topo da chaminé vulcânica, 4) cone vulcânico, elevação de forma cônica que se forma por acumulação dos materiais expelidos do interior da crosta (lavas, cinzas e fragmentos de rochas), durante a erupção vulcânica. Para além da chaminé vulcânica, a maioria das vezes, existem outras condutas, denominadas por filões. Também se podem formar cones laterais, secundários ou adventícios ao cone vulcânico principal.

Abalos Sísmicos

As vibrações que se originam nas profundezas da Terra e se propagam até sua superfície são chamadas de terremotos ou abalos sísmicos. Elas resultam de rupturas nas rochas por compressão ou tração na crosta terrestre. Essas falhas geológicas provocam ondas sísmicas que se propagam pelas camadas do planeta, do seu hipocentro (ponto onde se inicia o terremoto) até o epicentro (ponto da superfície onde o terremoto se manifesta). Além das falhas, a atividade vulcânica também podem provocar abalos.

A maior parte dos tremores ocorre nos limites das faixas que compõem a crosta da Terra. Como elas estão dispostas sobre uma camada de magma derretido, costumam se chocar, e é em suas beiradas que se concentram os terremotos. O interior das placas, por outro lado, sofre menor pressão. Isso explica porque os países que se localizam nestas regiões não enfrentam grandes terremotos. É o caso Brasil, que está no meio da placa Sul-Americana. Mas engana-se quem acha que não há abalos sísmicos em terras brasileiras. Eles ocorrem sim, mas como ficam na casa dos 4 pontos na escala richter, não acarretam efeitos observáveis na superfície.

Exercícios:
1- No que consiste o vulcanismo?
2- Qual a origem da expressão vulcão?
3- Descreva um vulcão, de acordo com suas partes.
4- O que são abalos sísmicos?
5- Onde ocorrem a maioria dos abalos sísmicos?

África

Novo oceano pode estar se formando na África
A maior fenda da crosta terrestre vista em décadas, ou talvez em séculos, pode ser o início de um novo oceano, de acordo com dados recolhidos por satélite.
Geólogos dizem que a fenda de 60 km, aberta no ano passado, pode chegar a atingir o Mar Vermelho, isolando grande parte da Etiópia e Eritréia do resto da África.
Ela foi aberta por um terremoto em setembro e, segundo observações de cientistas publicadas na revista Nature, estaria crescendo com uma velocidade sem precedentes.
A fenda reflete movimentos subterrâneos, onde algumas das placas tectônicas que formam a África estão se distanciando gradualmente da placa Arábica, obrigando a crosta a se abrir.
À medida em que a fenda cresce, rochas derretidas são empurradas para a superfície, se solidificando e formando o piso de um eventual novo oceano.
Os cientistas calcularam que 2,5 km cúbicos de lava afloraram da fenda aberta na crostra terrestre, volume suficiente para encher um estádio de futebol de grande porte pelo menos duas mil vezes.
Tim Wright, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, diz que, se o movimento continuar, a região conhecida como o Chifre da África vai se separar do resto do continente em cerca de um milhão de anos.
Ele afirma que, neste caso, a fenda "vai alcançar o Mar Vermelho e o oceano vai jorrar por ela".
Primeira vez
Wright integra uma equipe da Grã-Bretanha e Etiópia que vem monitorando a criação da nova bacia oceânica, um evento raro em terra firme.
Eles utilizam instrumentos sísmicos de ponta, medidores de campo e imagens de satélite da Agência Espacial Européia, Envisat, para a pesquisa.
"Obtivemos um mapa bastante preciso", diz ele.
"É a maior fenda que se abre desde os anos 1970 e, talvez, em centenas de anos."
"Esta é a primeira vez que podemos usar imagens de satélite para investigar o processo fundamental no momento em que ele acontece."
Os movimentos nas placas terrestres vêm acontecendo gradualmente nos últimos dois milhões de anos, mas de tempos em tempos, terremotos e erupções vulcânicas causam rupturas repentinas.
BBC Brasil
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