terça-feira, 25 de agosto de 2009

Relevo e Solo

Relevo e Solo

As formas de relevo

Pode-se dizer que o relevo é toda forma assumida pelo terreno (montanhas, serras, depressões, etc.) que sofreu mudanças com os agentes internos e externos sobre a crosta terrestre. Os agentes externos são chamados também de agentes erosivos (chuva, vento, rios, etc.) eles atuam sobre as formas definidas pelos agentes internos. As forças tectônicas (movimentos orogenéticos, terremotos e vulcanismo) que se originam do movimento das placas tectônicas são os agentes internos.
A altitude do relevo é medida com referência no nível do mar, em metros.
O relevo em função das altitudes e dos planos, pode se apresentar nas formas de: montanhas, planaltos, planícies e depressões.

Montanhas
Possuem as maiores altitudes do relevo terrestre. Essas elevações quando isoladas constituem, os montes, colinas; quando estão agrupadas, constituem as serras, cordilheira e maciço. As montanhas podem ser recentes e apresentarem as seguintes características:
- grandes altitudes;
- picos abruptos;
- atividade vulcânica intensa;
- datam geralmente do período Terciário da Era cenozóica;
As montanhas velhas apresentam características como:
- pequenas altitudes;
- formas arredondadas;
- formadas na Era Arqueozóica, Proterozóica ou Paleozóica;

Planalto
É uma forma de relevo com área irregular e altitude superior a 300 metros. São relativamente planos ou inclinados. O planalto é resultante de processos erosivos. Nas bordas dos planaltos geralmente aparecem as “escarpas”, que são chamadas de serras. Mas ao contrario do que se pensa, não é a altitude que determina os planaltos, mas si, o predomínio do processo de erosão.

Planície
É uma forma de relevo plana ou pouco inclinada, pouco acidentada, predominando a acumulação de sedimentos. As planícies podem ser:
- costeira, quando resulta do levantamento da plataforma continental.
- aluviais, resultado da acumulação de sedimentos feitos pelos rios.
- de piemonte, quando é formada na parte baixa entre as montanhas.

Depressões
É uma parte do relevo mais plana que o planalto, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros. Podem ser:
- depressão absoluta: as altitudes são inferiores ao nível do mar.
- Depressão relativa: suas altitudes são inferiores as do relevo ao seu redor, seja uma chapada, planalto ou outro.

Relevo submarino
Neste tipo de relevo podemos diferenciar:

Plataforma continental
É a estrutura geológica continental abaixo do nível do mar. Apresenta uma profundidade razoável, contribuindo para que se desenvolva vegetação marinha e conseqüentemente o desenvolvimento de atividade pesqueira. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano.
Talude
Onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, com inclinação de profundidade que podem chegar a 3mil metros.

Região pelágica
É o relevo submarino onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcanismo. Podendo atingir a 6 mil metros abaixo do mar.

Agentes esculturais
São os fenômenos de grande importância na transformação do relevo terrestre. São chamados de agentes de erosão ou esculturais. Fatores como: tipo de relevo, natureza das rochas, das águas, presença do homem ou animais e clima, influenciam na intensidade das ações desses agentes esculturais. Esses fenômenos têm ação lenta, mas constante. São fenômenos da atmosfera, biosfera e hidrosfera.

Intemperismo
Ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, separando e decompondo as rochas.
O intemperismo físico é a desagregação das rochas por agentes físicos e biológicos.
A temperatura do ar e a água são gentes físicos. Por exemplo: as rochas estão superaquecidas, pelo calor do sol, daí são resfriadas bruscamente pelas chuvas, dessa forma ocorre a desagregação das rochas. Isto ocorre intensamente nas regiões de clima áridos, aonde predomina rochas sedimentares detríticas.
Exemplo de intemperismo físico causado por um agente biológico: o crescimento de raízes grandes (mangueira) causa ondulações no terreno podendo comprometer algumas edificações. O intemperismo químico é a decomposição das rochas por agentes químicos e biológicos, por exemplo, formação das cavernas.
A matéria orgânica produz substâncias que causam a decomposição das rochas, é portanto, um exemplo de intemperismo químico.

Solo
É o resultado da ação do intemperismo nas rochas. Todo solo tem condições de vida vegetal, pois adquire porosidade e como decorrência, há penetração de ar e água. O solo, portanto, é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica que formam um manto de intemperismo que recobrem superficialmente a crosta terrestre.

Tipos de solos
Expostas as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha produz um tipo de solo diferente; mas de acordo com a origem podemos classificar:
- eluviais: quando formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo, quer dizer, o solo foi formado no local onde se encontra. Ex. terra-roxa.
- aluviais: são formados pela ação dos agentes naturais de transporte (rios, vento, etc.) Ex. solos de várzea.
- orgânicos: são formados a partir de matéria orgânica, por isso são férteis e tem alto valor agrícola. Ex. solos humíferos.
Quanto a estrutura os solos podem ser: argilosos, arenosos ou argilo-arenosos.
Os solos de clima tropical sofrem grandes problemas com a erosão, lixiviação e a laterização.
A laterização é o surgimento de uma crosta ferruginosa, formada pela decomposição das rochas com precipitação dos óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro, que acaba com a fertilidade do solo. A lixiviação é a lavagem da parte superficial do solo, onde se encontra os nutrientes, e retirada dos sais minerais hidrossolúveis, empobrecendo o solo.
No Brasil, o escoamento superficial da água é o principal agente erosivo. Para combater a erosão superficial é preciso manter o solo recoberto por vegetação ou quebrar a velocidade do escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível.

Erosão e acumulação
A erosão é o desgaste das rochas e do solo feito pelas águas, ventos, animais e o homem. Em toda erosão, segue-se o transporte e a acumulação dos sedimentos retirados. Em geral, a erosão é mais freqüente nos lugares altos e a acumulação nos baixos.

Erosão e acumulação em regiões geladas
Ocorre quando grandes blocos de gelo se desprendem e descem montanha abaixo, formando grande vales. Todo gelo, neve e sedimentos das rochas que são levados pelos blocos de gelo ficam acumulados nos sopés das montanhas formando as morainas.
Fjords- são golfos fundos e estreitos, bem comum no litoral norueguês, eles se formam quando os vales, cavados pela ação do gelo, são invadidos pelas águas do mar.

Erosão e acumulação eólica
A erosão através do vento é bem comum, e pode fazer formas bastante pitorescas, como em formas de ‘taças’ e ‘cogumelos’. O vento pode criar várias formas de relevo através de acumulação de areia, como as dunas. Estas surgem bem freqüentemente em praias e desertos, aonde a areia é abundante.
A erosão eólica pode ser:
- deflação: os ventos varrem as areias.
- corrosão: fazendo um certo lixamento, atirando partículas contra um obstáculo.

Erosão marinha
Age tanto no sentido de construir como de destruir as formas de relevo. Praia é um exemplo do primeiro caso.
- restinga: é a acumulação feita nas entradas das baías, formando-se lagoas costeiras.
- recife: acumulação de carapaças de animais marinhos, antigas praias e restingas que se consolidaram em rocha sedimentar, próxima à praia, diminuindo a ação das ondas. O recife pode ser de origem arenosa ou de coral (biológica).
- ilhas oceânicas: são geralmente de origem vulcânica ou cumes do relevo submarino (como se fossem montadas em alto mar). Aparecem em meio oceano, sem ligação direta com o continente.
Ação dos animais e do homem

Muitos animais, como tatus, fazem buracos fundos e a areia removida fica acumulada junto as suas tocas. Eles também são modificadores do relevo.

O homem age como modificador do relevo de uma maneira mais ampla e intensa.

O homem constrói túneis, destróis montanhas com dinamite, aterra lagos e pântanos. O resultado desse trabalho nem sempre é positivo. O homem na maioria das vezes destrói o natural sem pensar nas conseqüências e acaba colhendo resultados desastrosos.

O desmatamento elevou os índices do processo erosivo. Por causa disso, as enxurradas escavam vários buracos que crescem e ameaçam as edificações em muitas cidades.
Exercícios:
Responda:
1. O que é relevo, e de que forma se apresenta?
2. Quais são as principais formas de relevo das terras emersas?
3. Observe o mapa-múndi físico e cite dois exemplos de cada forma de relevo.
4. Quais as principais formas de relevo submarino? E qual é a forma economicamente importante?
5. O que são agentes esculturais?
6. O que é solo?
7. Descreva os problemas que podem surgir com o solo.
8. Quais os tipos de solos? Descreva-os
9. O que erosão?
10. Quais os tipos de erosão?
11. Podemos encontrar dois tipos de erosão marinha. Quais são? Dê exemplo de cada um.
12. Observe o mapa-múndi físico, escreva:
I - Dê um exemplo de mar que banha:
a) América
b) Europa
c) África
d) Ásia
II – Quais os oceanos que banham:
a) América
b) Europa
c) África
d) Ásia
e) Oceania

Sugestão de Avaliação
Marque a resposta certa:
1) Qual desses abaixo, não é um agente interno:
a) terremoto b) chuva c) vulcanismo d) movimentos orogenéticos
2) Uma forma de relevo com área irregular, e relativamente plana e inclinada, é o que chamamos de:
a) montanhas b) litoral c) planalto d) planície
3) Quando uma depressão tem altitude inferior ao nível do mar chamamos de:
a) agentes esculturais b) pequena depressão c) piemonte d) depressão absoluta
4) Fenômenos de ação lenta, mas de grande importância na transformação do relevo, dá-se o nome:
a) agentes esculturais b) agentes internos c) agentes culturais d) agentes físicos
5) A ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, separando e decompondo as rochas, dá-se o nome de:
a) metamorfismo b) intemperismo c) erosão eólica d) sedimentação
Responda:
6) O que é relevo, e de que forma se apresenta?

7) Descreva os problemas que podem surgir com o solo.

8) Quais as principais formas de relevo marítimas? E qual que é economicamente importante?

9) Quais os tipos de solos? Descreva-os



Gabarito:

1) b
2) c
3) d
4) a
5)b
6) O relevo é toda forma assumida pelo terreno através de mudanças sob a ação dos agentes internos e externos. Pode-se apresentar em forma de montanhas, planalto, planície e depressão.
7) O solo pode sofrer vários problemas com a erosão que é o desgaste do solo através do vento, homem, etc. Laterização que é o surgimento de uma crosta ferruginosa que acaba com a fertilidade do solo; e a lixiviação que é uma lavagem de todos os nutrientes na parte superficial do solo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

RAMADÃ


Mulheres muçulmanas oram na Mesquita de Istiqlal, em Jacarta (Indonésia); Ramadã, mês sagrado islâmico, começa amahã (22/08/2009) (Irwin Fedriansyah/AP ) - Folha OnLine



O Jejum do Ramadã


O Ramadã é um feriado não fixo que se movimenta a cado ano e se localiza no nono mês do calendário muçulmano. Acredita-se que no mês do Ramadan o Alcorão sagrado foi enviado do céu como uma orientação aos homens e como um meio de sua salvação. É durante este mês que os muçulmanos jejuam. Este mês é chamado de Jejum do Ramadã e dura um mês inteiro. O Ramadã é um período quando os muçulmanos se concentram na sua fé e gastam menos tempo nas suas preocupações cotidianas. É um período de adoração e contemplação.
Durante o jejum do Ramadã várias restrições rígidas são feitas nas vidas diárias dos muçulmanos. Não é permitido comer ou beber durante as horas que se tem luz do dia. Fumar e manter relações sexuais também são proibidas durante o jejum. Ao término de cada dia o jejum é finalizado com uma oração e uma refeição chamada "iftar". Na noite que segue ao iftar é habitual que os muçulmanos saiam com a família para visitar amigos e familiares. O jejum é retomado na manhã seguinte.
De acordo com o Alcorão sagrado: A pessoa pode comer e beber a qualquer hora durante a noite "até que ela possa distinguir uma linha branca de uma linha preta pela luz do dia: e então ela deve manter o jejum até noite".
O bem feito pelo jejum pode ser destruído através de cinco situações: contar uma mentira, calunia, denunciar uma pessoa pelas costas, um falso juramento, ganância ou cobiça. Geralmente estas coisas são consideradas ofensivas, mas é muito mais ofensivo durante o jejum do Ramadã.
Durante o Ramadã, é comum aos muçulmanos irem à Mesquita e passar várias horas rezando e estudando o Alcorão. Além das cinco orações diárias, durante o Ramadã os muçulmanos recitam uma oração especial chamada a oração de Taraweeh (Oração Noturna). A duração desta oração é de 2 a 3 vezes maior que as orações diárias. Alguns muçulmanos passam a noite inteira em oração.
Na noite do 27º dia do mês, os muçulmanos celebram o Laylat-al-Qadr (a Noite do Poder). Acredita-se que nesta noite Maomé recebeu a revelação do Alcorão sagrado. E de acordo com o Alcorão, neste dia Deus determina o curso do mundo durante o ano seguinte.
Quando o jejum termina (no primeiro dia do mês de Shawwal), um feriado chamado Id-al-Fitr (o Banquete do Termino do Jejum) é celebrado durante três dias. Presentes são trocados. Amigos e familiares rezam em congregação e fazem banquetes. Em algumas cidades festividades são feitas para celebrar o fim do jejum do Ramadã.

http://www.business-with-turkey.com/guia-turismo/jejum_ramada.shtml

Saiba mais sobre o Afeganistão


O Afeganistão é um dos países mais pobres do mundo e tem vivido tamanha instabilidade nas últimas décadas, que sua economia e infra-estrutura estão em ruínas.
Um terço da população afegã deixou o país, abalado não só por guerras e conflitos internos, mas também por desastres naturais, como terremotos e secas.
Por sua posição estratégica, espremido entre o Oriente Médio, a Ásia Central e a Índia, ao longo da antiga "Rota da Seda", o Afeganistão foi disputado por vários países durante longo tempo; no século XIX, o país foi disputado tanto pela Rússia Imperial como pelo império britânico na Índia.
No final da década de 70, o Afeganistão se tornou um importante campo de batalha da Guerra Fria, depois que milhares de soldados soviéticos foram enviados ao país, em 1979, para garantir a permanência do regime pró-comunista. Isso resultou em um grande confronto, envolvendo os Estados Unidos e os vizinhos do Afeganistão.


População: 26 milhões

Renda per capita: não disponível

Capital: Cabul

Língua: pashtu e dari (persa)

Religião: Islamismo

Expectativa de Vida: 46 anos (homens), 45 anos (mulheres)

Moeda: 1 afegano = 100 puls

Exportação: frutas, castanhas, tapetes e lã

Domínio da internet: .af

DDI: 389


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/000000_pafeganistao.shtml

AFEGANISTÃO

Conheça o que está em jogo nas eleições do Afeganistão
Folha OnLine
Mais de 15 milhões dos 33 milhões de cidadãos afegãos são esperados para participar das eleições presidencial e provinciais que acontecem nesta quinta-feira (20). Este é o segundo pleito ocorrido no país desde a invasão por parte das tropas internacionais lideradas pelos Estados Unidos e a deposição do grupo fundamentalista islâmico Taleban, em 2001. Estão em jogo a Presidência e as vagas nos Conselhos Provinciais de todas as 34 Províncias.
Todo candidato à Presidência deve ser cidadão exclusivamente afegão, filho de pais afegãos, muçulmano e com mais de 40 anos de idade. Ele não pode ser integrante ou comandante de milícias armadas.
Dos 41 candidatos registrados (incluindo duas mulheres), 36 chegaram às cédulas, porém a maior chance de vitória, segundo as mais recentes pesquisas de intenção de voto, é mesmo do presidente de Hamid Karzai, candidato à reeleição. Os seus principais concorrentes são o ex-chanceler Abdullah Abdullah e o deputado Ramazan Bashardost, da minoria étnica hazara.
Um candidato precisa de mais de 50% dos votos válidos para vencer em primeiro turno. Caso contrário, os dois primeiros participam do segundo turno. Neste ano, a data provisória para a realização de um eventual segundo turno é 1º de outubro próximo.
Nas eleições provinciais, concorrem, neste pleito, mais de 3.000 candidatos, dos quais cerca de 10% são mulheres.
O número de cadeiras disponível em cada Conselho Provincial varia conforme a população, sendo que o mínimo é de nove e o máximo, observado na capital Cabul, é de 29. Conforme a Lei Eleitoral afegã, ao menos 25% das vagas de cada Conselho Provincial são reservadas para mulheres. Caso não haja candidatas suficientes, essas vagas permanecem vazias.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009


IRÃ

Irã ou República Islâmica do Irã é um país localizado no Oriente Médio, um subcontinente da Ásia. O país possui uma área de 1 648 195 km², onde vivem cerca de 68 milhões de habitantes.
A topografia do país é constituída, basicamente, por planaltos, havendo uma cadeia de montanhas ao redor dos mesmos. Na parte central estão estabelecidos dois desertos, o Dasht-e-kavir e o Dasht-e-Lut. Ao norte, próximo ao Mar Cáspio, se encontram as montanhas Elburz, que abrigam vulcões em atividade. Essa área montanhosa possui o ponto mais elevado do país, o Monte Demavend, com 5.671 metros de altitude.
Assim como a maioria dos países do Oriente Médio, o Irã possui em seu território poucos recursos hídricos. Há basicamente três grandes rios, são eles: Karun, Atrak e Safid.
São identificados dois tipos de climas na região, o árido subtropical e o subtropical de altitude.
A economia iraniana está extremamente vinculada à produção de petróleo.
A exportação do país está ligada a produtos como tapetes, frutas secas e especiarias. Apesar das adversidades climáticas, a agricultura desempenha um importante papel na composição do PIB do país.
O Irã produz trigo, cevada, centeio, milho, sorgo, algodão, arroz, uvas, maçãs, peras, pêssegos e bananas. Na pecuária se destaca na criação de ovinos, caprinos e camelos.
Já na pesca, a atividade não tem sido explorada em todo seu potencial.
Dados gerais do país Nome: República Islâmica do Irã.
Gentílico: iraniano (a).
Capital: Teerã
Língua oficial: persa.
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0, 759 – médio.
Moeda: rial iraniano.

Por Eduardo de Freitas - Graduado em Geografia - Equipe Brasil Escola
05/08/2009 - 15h07 Folha Online

Ahmadinejad critica países ocidentais em discurso de posse
(da BBC )

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu os resultados das eleições que desencadearam a onda de protestos no país em junho e criticou países ocidentais em seu discurso de posse para o segundo mandato, nesta quarta-feira em Teerã.
"Alguns governos deveriam se sentir responsáveis por suas palavras e ações. O povo do Irã quer um diálogo construtivo [...] Vamos resistir às violações da lei e abuso [...]", afirmou o presidente iraniano.
"[Governos estrangeiros] só querem a democracia a serviço de seus próprios interesses --eles não respeitam os direitos de outras nações, eles se veem como os parâmetros da democracia-- nosso povo é contra isto, por isso nosso povo está resistindo."
Vários governos criticaram a eleição presidencial iraniana, realizada no último dia 12 de junho. A vitória de Ahmadinejad desencadeou as maiores manifestações públicas no Irã desde a revolução de 1979, que levou ao poder o atual regime islâmico.
Pelo menos 30 pessoas morreram e centenas foram presas. Grupos da oposição seguem falando em fraude na votação e acreditam que o número de mortos e prisioneiros seja maior do que o divulgado.
Muitos países se recusaram a enviar a tradicional carta dando os parabéns a Ahmadinejad pela reeleição, incluindo Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido.
"Ninguém no Irã está esperando pelos cumprimentos de ninguém", afirmou Ahmadinejad no discurso realizado no Parlamento em Teerã.
Do lado de fora do Parlamento, partidários da oposição protestavam. Eles teriam entrado em confronto com a tropa de choque da polícia e pelo menos uma pessoa foi presa.
Leia mais notícias sobre a posse de Mahmoud Ahmadinejad
§ Ahmadinejad assume polêmico segundo mandato; oposição nega fim de protestos
§ Ahmadinejad assume segundo mandato com discurso de resistência à pressão Polícia detém ao menos dez em Teerã durante posse de Ahmadinejad
05/08/2009 - 12h55
Fluxo de dólares para o Brasil fica positivo em julho pelo 4º mês seguido

EDUARDO CUCOLO da Folha Online, em Brasília

O fluxo de dólares entre o Brasil e o exterior ficou positivo em US$ 1,27 bilhão em julho, segundo dados do Banco Central. Isso significa que, nesse período, houve mais dólares entrando do que saindo do país.
Esse movimento é um dos fatores que vem empurrando a cotação da moeda norte-americana para baixo nos últimos meses. Às 11h43 desta quarta-feira, a moeda era vendida a R$ 1,836.
BC resgata 70% dos dólares emprestados durante a crise
Meirelles diz que economia se recupera e pede pé no chão
Reservas batem recorde e superam nível pré-crise
O número apurado pelo BC é a diferença entre as operações nas áreas comercial e financeira. Na área comercial, o fluxo ficou negativo em US$ 2,833 bilhões.
O BC considera também nessa conta os dólares que entram por meio de operações financeiras, como aplicações, investimentos, gastos e remessas. Nesse caso, o fluxo ficou positivo em US$ 4,103 bilhões.
Segundo o BC, algumas empresas estão trazendo de volta ao país os recursos de exportações que estavam no exterior para contratar operações de importação. Isso provoca uma piora na conta comercial e uma melhora no saldo financeiro, por onde entraram esses dólares.
No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 3,935 bilhões. No mesmo período do ano passado, estava positivo em US$ 12,44 bilhões.
Entre janeiro e julho, saíram do país US$ 6,059 bilhões na área financeira. Esse resultado negativo foi compensado pela entrada de US$ 9,995 bilhões no comércio exterior.
Intervenções
O Banco Central também informou hoje ter comprado US$ 2,164 bilhões em julho no mercado de dólar à vista. Essas compras são aquelas que afetam o nível das reservas internacionais, que alcançaram o nível recorde de US$ 210 bilhões.
O BC também registrou o retorno para as reservas de empréstimos em dólares que venceram nesse período. Foram US$ 1,5 bilhão de operações de recompra, que voltaram no dia 1º de julho, e US$ 949 milhões de empréstimos ao longo do mês.
Leia mais notícias sobre economia brasileira:
§ Estrangeiro volta e coloca R$ 2,2 bi na Bolsa em julho
§ Produção industrial sobe em oito de 14 regiões em junho, diz IBGE
§ Grandes empresas fazem pressão por crédito do IPI

Boas notícias para nós brasileiros.
05/08/2009 - 10h58

BC resgata mais de 70% dos dólares emprestados durante a crise
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EDUARDO CUCOLO da Folha On line, em Brasília

O Banco Central já resgatou ou recomprou mais de 70% dos dólares injetados no mercado de câmbio durante o pior momento da crise econômica.
De acordo com o BC, já voltaram para as reservas US$ 28,2 bilhões dos US$ 39 bilhões disponibilizados por meio de leilões de empréstimos e vendas de dólares.

Petrobras aumenta 81% seu valor de mercado e seria 4ª em ranking dos EUA
EUA se afastaram de cair em outra depressão econômica, diz Casa Branca
Meirelles diz que economia se recupera, mas pede "pé no chão" a investidores

Os números foram apresentados hoje pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, durante audiência pública no Senado, e se referem aos dados fechados até 31 de julho.
Até o fim do mês passado, o BC recomprou US$ 8,2 bilhões dos US$ 14,5 bilhões vendidos e resgatou US$ 20 bilhões dos US$ 24,5 bilhões em prestados.
Além desses empréstimos e vendas, o BC realizou operações com contratos cambiais no valor de US$ 33 bilhões --operações que já foram "zeradas" há algumas semanas.
Durante a crise, o BC também realizou a liberação de quase R$ 100 bilhões dos depósitos compulsórios. Esse é o dinheiro que os bancos recebem dos clientes, mas são obrigados a deixar depositados no BC, como uma reserva.
Com o crescimento dos depósitos bancários desde então, Meirelles estima que os compulsórios estejam hoje R$ 119 bilhões abaixo do valor que estariam dentro das regras pré-crise. Hoje, há R$ 179 bilhões em compulsórios depositados no BC.