sábado, 25 de abril de 2009

ESCALAS CARTOGRÁFICAS

Já sabemos que o mapa representa, de forma reduzida, o espaço geográfico. Para representar corretamente o que existe na Terra é necessário a utilização de escala nos mapas.Tomando-se como base a escala apresentada pelo mapa, podemos com isso, avaliar distâncias e obter medidas.
Escala é uma relação matemática existente entre as dimensões ( tamanho ) verdadeiras de um objeto e sua representação ( mapa ). Essa relação deve ser proporcional a um valor estabelecido. A cartografia trabalha somente com uma escala de redução, ou seja, as dimensões naturais sempre se apresentam nos mapas de forma reduzida. Você vai encontrar nos mapas dois tipos de escalas: escala numérica e escala gráfica. Escala Numérica: é representa da por uma fração, onde o numerador corresponde à distância no mapa ( 1 cm ) , e o denominador à distância real, no terreno. Pode ser escrita das seguintes maneiras: ex. 1/300 000 e 1:300 000. Nos dois casos lê-se a escala da seguinte forma: um por trezentos mil, significando que a distância real sofreu uma redução de 300 000 vezes, para que coubesse no papel. No exemplo acima de escala numérica, a fração tem o seguinte significado:
numerador - distância medida no mapa ( 1 cm )
denominador - distância real ( 300 000 cm )
Sabendo que cada 1 cm medido no mapa, corresponde a uma medida real ( ex. 300 000 cm ), deverá aprender a converter os 300 000 cm em Quilômetros ( Km ), que é a unidade de medida usual para grandes distâncias. Para fazer a transformação de cm ( centímetro ) para km ( quilômetro ) ,devemos utilizar uma tabela com os submúltiplos e múltiplos do metro:
submúltiplos do metro
<-------metro --------->
múltiplos do metro
mm - cm - dm - m - dam - hm - km
mm-milímetro
cm-centímetro
dm-decímetro
metro
dam-decâmetro
hm-hectômetro
km-quilômetro
O estudante observando a tabela acima, deverá verificar que um número que esteja na casa do cm ( centímetro ), e para ser transformado em km ( quilômetro ), deverá deslocar-se por 5 ( cinco ) casas.
Retornando a escala do nosso exemplo;
1:300 000 ---> 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na realidade ou ( 3 00000 ) 3(três) km. 1:20 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm na realidade ou ( 200 00 000 ) 200 km.
1:200 000 ---> 1 cm no mapa equivale 200 000 cm naa realidade ou ( 2 00 000 ) 2 km.
1:154 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale a 154 000 000 cm na realidade ou ( 1540 00000 ) 1540 km.
1:100 ---> 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade ou ( 0,001 00 ) 0,001 km.

ESCALA GRÁFICA: é representada por uma linha reta graduada.
_0___10__20__30__40__50__60_l , ( km - quilômetros )

cada intervalo da reta graduada no mapa corresponde a 1 cm, que na realidade , neste exemplo utilizado, representa no terreno 10 km. A escala gráfica é mais simples que escala numérica. É que na escala gráfica não há necessidade de conversão de cm ( centímetro ) para km ( quilômetros ). A escala já demonstra quantos quilômetros corresponde cada centímetro
Aplicação da escala
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:
As questões que envolvem o uso da escala estão geralmente relacionadas a três situações:
1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), num mapa de escala (E) 1: 300 000. D= d x E
2. Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois pontos situados a 15 km de distância (D) um do outro. d= D : E
3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km. E= d : D

Grande e pequena escala. Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala. As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade.
De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.
A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exatidão de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam. Aliás, o detalhamento neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser selecionadas para atender apenas o objetivo pelo qual foram elaboradas.


Adaptação do texto de Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor de "Geografia Geral e do Brasil" (Ensino Médio) e "Território e Sociedade no Mundo Globalizado" (Ensino Médio).
Adaptação do texto do Prof Silvio - br.geocities.com?sousaraujo
BRASIL

Este país onde você nasceu, chamado Brasil , ocupa um território de 8.547.403,5 milhões de km2 , é o 5º país do mundo em extensão territorial, perde apenas para Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.
O território do Brasil corresponde a 47% da América do Sul onde está localizado e faz fronteira com quase todos países, exceto Chile e Equador. Esse fato exige uma série de cuidados, pois envolve fronteiras com dez países, essa grande extensão de fronteiras torna difícil uma fiscalização intensa. A fronteira com o Paraguai, por exemplo, é famosa por servir como passagem para carros roubados no Brasil e para entrada de mercadorias no Brasil, sem pagar impostos. A divisa com a Colômbia tem despertado atenção devido a guerrilha e o tráfico de cocaína existente no país vizinho, exigindo controle de entrada e saída de pessoas, vigilância nas fronteiras, e outras questões de natureza diplomática.
O Brasil é o único país do mundo cortado por duas linhas imaginárias - o Trópico de Capricórnio e a Linha do Equador, é também o único país em que se fala português na América do Sul. Os demais falam espanhol , a exceção da Guiana ( inglês ), Suriname ( holandês ) e a Guiana Francesa ( francês ).
O Brasil tem ainda um litoral com uma extensão de 7 367 km, cujo potencial não é totalmente explorado. Ainda podemos considerar que essa extensão territorial, permite que o país disponha de recursos naturais que despertem interesse de outras nações. O Brasil tem as maiores reservas de ferro do mundo ( Quadrilátero Ferrífero - MG e em Carajás - PA ), a maior parte desta produção é exportada para os EUA e Japão..
A população do Brasil chegou a 183.987.291 de habitantes em 2007, segundo dados do divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O número de habitantes cresceu 8,4% desde 2000, a uma média anual de 1,21% nos últimos sete anos. Em 2000, a população do país era de 169.799.170.De acordo com os dados do IBGE, as maiores taxas foram registradas nas regiões Centro-Oeste e Norte, com destaque para o estado do Amapá (3,17% ao ano). O menor percentual de crescimento por ano foi verificado no Sul (0,95%). O Rio Grande do Sul é o estado com o menor índice entre todos os estados (0,57%). . A maioria das grandes cidades localiza-se próxima a faixa litorânea, enquanto que o interior é pouco povoado. A Região Sudeste é a que concentra a maior parte da população, tanto em números absolutos como em relativos. A densidade demográfica no Sudeste é de 77,96 hab./km2 , depois vem a região Sul com 43,46 hab./km2, enquanto que o Nordeste é de 30,54 hab./km2 ,. A região Norte tem como densidade 3,35hab./km2 e a região Centro-oeste 7,2 hab./km2,logo estas duas apresentam muitos vazios demográficos.
Com relação a economia, é importante evidenciar que o Brasil é um país subdesenvolvido, mas com uma diferença, é um país industrializado, embora seu parque fabril não possa ser comparado aos de nações como os EUA, Alemanha e Japão, o Brasil possui tanto indústrias de bens de produção ( siderúrgicas, refinarias de petróleo ) , como as de bens de consumo ( automobilística, de vestuário ). Surgindo em vários estados do Brasil, cidades com a instalação de tecnopólos, que abrigam empreendimentos de tecnologia de ponta, como os de produção de fibra ótica e de equipamentos de informática.
Economia:
Moeda: Real (Clique aqui e veja sobre correção e índices inflacionários)
Divisão: 100 centavos formam 1 Real
PIB: R$ 2,148 trilhões (2005). Anos anteriores: R$ 1,941 trilhões (2004); R$ 1,700 trilhões (2003); R$ 1,478 trilhões (2002); R$ 1,302 trilhões (2001); R$ 1,179 trilhões (2000). Fonte: IBGE.
PIB serviços: 61,1% (2002)
*PIB indústria: 35,5% (2002)
*PIB agropecuária: 8,3% (2002)
*Crescimento do PIB: 0,2% ao ano (2002)
PIB per capita: US$ 3,197.45 (2004)
Força de trabalho: 89,9 milhões de pessoas (2004)
Principais produtos da agropecuária: Algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, laranja, soja
Principais minerais: Bauxita, ferro, manganês, ouro
Principais produtos industriais: Transformação, bens de consumo e bens duráveis
Pesca: 850 mil toneladas (1997)
Exportações: US$ 137,471 bilhões (2006)
Importações: US$ 91,385 bilhões (2006)
Saldo da balança comercial: + US$ 46,086 bilhões (2006) - Vide detalhes aqui
Principais parceiros comerciais: Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália, Holanda e ArgentinaDefesa: Exército (189 mil soldados); Marinha (48,6 mil); Aeronáutica (65,3 mil) - Total: 302,9 mil soldados (2004)
Gastos com a defesa: US$ 9,3 bilhões (2003)
Relações Exteriores:Organizações: Banco Mundial, FMI (Fundo Monetário Internacional), ONU (Organização das Nações Unidas), OMC (Organização Mundial do Comércio), OEA (Organização dos Estados Americanos), Mercosul, Grupo do Rio, ALADI (Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração), Conferência Íbero-Americana, CPLP (Conferência dos Países de Língua Portuguesa).
(*) A soma dos setores que compõem o PIB, dá mais de 100% porque nela está embutida a parcela das atividades financeiras.
Essas características econômicas, ampliaram as desigualdades sociais do país, e provocou profundas transformações, tanto no campo, quanto na cidade. A mecanização da atividade agrária, diminuiu a possibilidade de emprego no campo, essas pessoas sem emprego no campo, deslocavam-se para a cidade, por sua vez o processo de industrialização não gerou quantidade de empregos suficiente para absorver toda essa mão de obra deslocada do campo, logo as cidades acolheram milhões de pessoas, passando por um processo de inchamento, sem emprego, essas pessoas foram se instalando na periferia das cidades, fazendo crescer as favelas, e aumentar o número de excluídos. O município de Guarujá mostra bem este contraste entre riqueza e pobreza,o número de favelas estava em torno de 72, o que não é diferente da maioria das cidades brasileiras. Esse é o Brasil, país rico de população pobre.
Adaptação do texto do Prof. Silvio - E.E. Prof. Renê Rodrigues de Moraes
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2007/12/21/ult23u860.jhtm
http://www.portalbrasil.net
http://muninet.org.br/banco/index.php?newFolhaIndicadorID=171&g_cod_hierarquia=2

Exercícios:
1- Quais são os principais problemas fronteiriços do Brasil?
2- Quais são os paralelos que cortam o território brasileiro?
3- Quais são as línguas faladas na América do Sul?
4- Devido sua grande extensão territorial, o Brasil possui os mais variados recursos naturais. Cite os principais parceiros comerciais destes recursos.
5- Escreva um pequeno texto comparando as regiões Sudeste e Norte.
6- O que significa PIB?
7- Quais os problemas decorrentes da mecanização do campo?

PAÍSES DESENVOLVIDOS E PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS


O Desenvolvimento e o Subdesenvolvimento

Atualmente, os países do mundo desenvolvido têm sido chamados de países do Norte e os países do mundo subdesenvolvido, de países do Sul.
Essa classificação explica-se pela posição geográfica dos países no mundo.



O Mundo desenvolvido

Os países desenvolvidos são países que atingiram um elevado grau de industrialização e um elevado padrão de vida de suas populações. As principais características do mundo desenvolvido são:
a) alto nível de desenvolvimento científico e tecnológico;
b) possuem um estrutura industrial completa;
c) possuem as maiores empresas multinacionais e bancos internacionais;
d) exportam produtos industrializados, conhecimentos tecnológicos e capitais;
e) importam produtos primários;
f) possuem modernos meios de transporte e de comunicações;
g) praticam agropecuária intensiva;
h) a população urbana é maior que a população rural;
i) a população possui um padrão de vida elevado.

O Mundo subdesenvolvido

Países subdesenvolvidos são aqueles que apresentam forte dependência econômica em relação às nações desenvolvidas e mantêm grandes desigualdades sociais. As principais características do mundo subdesenvolvido são:
a) em geral, possuem poucas indústrias;
b) sofrem forte influência de multinacionais;
c) normalmente são exportadores de produtos primários;
d) são importadores de bens de produção, conhecimentos tecnológicos e de capitais;
e) possuem sistemas de transportes e meios de comunicação insuficientes;
f) a agropecuária é extensiva, com baixa produtividade;
g) as cidades têm crescimento muito rápido e possuem muitos bairros pobres e favelas;
h) as populações possuem um baixo padrão de vida.

Responda: (no caderno as quatro questões abaixo)
1-Como o mundo se subdividiu do ponto de vista político, econômico e social, após a II Guerra Mundial? Dê um exemplo de cada.
2-Como se caracteriza a nova ordem mundial?
3-Quais as características da ordem bipolar?
4-Explique o por quê da denominação países do Norte e países do Sul.

Assinale V ou F:
1. ( ) Após a II Guerra, de acordo com características políticas, econômicas e sociais, o mundo se dividiu em dois grandes conjuntos.
2. ( ) A crise do socialismo e o fim da URSS não mudaram a situação da divisão mundial entre os países.
3. ( ) Hoje o capitalismo passou a ser o único sistema sócio-econômico do mundo.
4. ( ) A nova ordem mundial caracteriza-se pela igualdade de desenvolvimento econômico e social e pela competição política entre os países.
5. ( ) A oposição entre o capitalismo e o socialismo é a principal característica da nova ordem mundial.
6. ( ) Os países subdesenvolvidos vêm sendo chamados de países do Sul.
7. ( ) A Austrália e a Nova Zelândia são conhecidos como países do Sul, apesar de se localizarem no hemisfério Norte.
8. ( ) Os paises subdesenvolvidos apresentam uma estrutura industrial completa.
9. ( ) As sedes das empresas multinacionais e dos bancos internacionais localizam-se nos países desenvolvidos.
10. ( ) Nos países desenvolvidos, as indústrias são predominantemente de bens de consumo.
11. ( ) A agropecuária nos países subdesenvolvidos é extensiva, com baixa produtividade.
12. ( ) O nível científico e tecnológico dos países desenvolvidos é muito alto.
Respostas:
VFFFFVFFVFVV

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Coordenadas Geográficas: Paralelos e Meridianos

O movimento de rotação da Terra ao redor de seu eixo proporciona dois pontos naturais - os pólos - nos quais está baseada a chamada rede geográfica, que consiste em linhas destinadas a fixar a posição dos pontos da superfície. A rede geográfica consta de um conjunto de linhas traçadas de norte a sul unindo os pólos - os meridianos - e um conjunto de linhas traçadas de leste a oeste paralelas ao equador - os paralelos.
Meridianos - Todos os meridianos são semicírculos máximos, cujos extremos coincidem com os pólos norte e sul da Terra. Ainda que seja correto que o conjunto de dois meridianos opostos constituam um círculo máximo completo, é conveniente recordar que um meridiano é só um semicírculo máximo, e que é um arco de 180º.
Outras características dos meridianos são:
1. Todos os meridianos tem direção norte-sul;
2. Os meridianos têm sua máxima separação no equador e convergem em direção aos dois pontos comuns nos pólos;
3. O número de meridianos que se pode traçar sobre o globo é infinito. Assim pois, existe um meridiano para qualquer ponto do globo. Para sua representação em mapas os meridianos se selecionam separados por distâncias iguais adequadas.
Paralelos - Os paralelos são círculos menores completos, obtidos pela intersecção do globo terráqueo com planos paralelos ao equador. Possuem as seguintes características:
1. Os paralelos são sempre paralelos entre si. Ainda que sejam linhas circulares, sua separação é constante.
2. Os paralelos vão sempre em direção leste-oeste.
3. Os paralelos cortam os meridianos formando ângulos retos. Isto é, correto para qualquer lugar do globo, exceto para os pólos, uma vez que neles a curvatura dos paralelos é muito acentuada.
4. Todos os paralelos, com exceção do equador, são círculos menores. O equador é um círculo máximo completo.
5. O número de paralelos que se pode traçar sobre o globo é infinito. Por conseguinte, qualquer ponto do globo, com exceção do pólo norte e do pólo sul, está situado sobre um paralelo.

Longitude – é a distância em graus de um ponto qualquer da superfície terrestre ao Meridiano de Greenwich, para a leste ou para a oeste.
Latitude – é a distância em graus de um ponto qualquer da superfície terrestre à linha do Equador, para o norte ou para o sul.

Atividade para verificação do entendimento do texto.
I - Assinale V ( verdadeiro ) ou F ( falso ):
1 - ( ) Os paralelos são linhas imaginárias traçadas paralelamente à Linha do Equador.
2 - ( ) A Linha do equador divide a Terra em dois hemisférios, norte e sul.
3 - ( ) Os meridianos são linhas imaginárias traçadas de um pólo ao outro.
4 - ( ) A latitude é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre à linha do equador.
5 - ( ) A longitude é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre ao Meridiano de Greenwich.
6 - ( ) Por meio das coordenadas geográficas, não é possível a localização exata de qualquer ponto na superfície terrestre.
II - (UNESP) Verificando o mapa e considerando o Equador e Greenwich, é possível afirmar que o Brasil tem a maioria de suas terras nos hemisférios:
a) norte e sul.
b) sul e ocidental.
c)sul e oriental.
d) oriental e ocidental.
e) ocidental e norte.
III - (MACKENZIE-SP) Preencha o espaço em branco com a alternativa que convém: O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de Greenwich, situando-se, portanto, inteiramente no hemisfério ocidental. Sendo cortado ao norte , pela linha .................., apresenta 7% de suas terras no hemisfério ................. e 93% no hemisfério................., ao sul é cortado pelo trópico de......................(.)
a)do equador - setentrional - meridional - capricórnio
b) do meridiano de Greenwich - meridional - setentrional - Câncer
c) inicial - oriental - ocidental - Câncer
d) do equador - ocidental - oriental - Câncer
e)do meridiano de Greenwich - setentrional - meridional - Câncer.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Industrialização Brasileira

Conteúdo do 2º ano do Ensino Médio




INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL E DO MUNDO


As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª Revoluções Industriais.
As transformações de ordem espacial a partir da indústria foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a indústria associada a modernização do campo, gerou a expulsam de milhares de camponeses em direção das cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis, e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua força de trabalho em troca de um salário), que só vieram conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e Estados a concederem benefícios a essa camada da sociedade.
O avanço da indústria, especialmente a partir do século XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a maior potência não apenas econômica, industrial, mas também militar do planeta.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra- estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indústria no país, que começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a) Acumulação de capital necessário para o processo;
b) Criação de infra-estrutura;
c) Formação de mercado de consumo;
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.
A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.
Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.

REINO UNIDO RETIRA TROPAS DO IRAQUE

Jornal Zero Hora 31/03/2009

Reino Unido inicia oficialmente retirada do Iraque

Dos 4,1 mil soldados britânicos no sul do país, 90% iniciarão seu retorno em 31 de maio


As tropas britânicas iniciam nesta terça-feira oficialmente sua retirada do Iraque, operação que será completada a partir de 31 de maio, quando o grosso do contingente militar do Reino Unido em Basra, no sul do país, começará a voltar para casa. O início da retirada será marcado por uma cerimônia em que o general britânico responsável pelas tropas de seu país na região, Andy Salmon, entregará o controle a um oficial americano, que dirigirá a partir de agora uma divisão multinacional. Em declarações à rede de TV BBC, o general Salmon se disse satisfeito com a tarefa desenvolvida pelas tropas britânicas desde a invasão do Iraque, em março de 2003. — Ajudamos a conseguir uma situação de segurança, estabelecemos as condições para um desenvolvimento social e econômico, e acho que podemos ir com a cabeça erguida — declarou o militar. O Reino Unido tem 4,1 mil soldados no sul do Iraque, 90% dos quais iniciarão seu retorno para casa em 31 de maio, data fixada pelo governo britânico para declarar concluídas as operações na região. Espera-se que em julho só permaneçam no Iraque 400 militares, em sua maioria dedicados a tarefas administrativas e ao treinamento das forças navais locais.
Uma vez terminada a retirada, o governo Gordon Brown se comprometeu a abrir uma investigação sobre os motivos que levaram o Reino Unido a apoiar o ex-presidente americano, George W. Bush, na decisão de invadir Iraque.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Mundo&newsID=a2459585.xml

REUNIÃO DO G20

Quinta, 2 de abril de 2009, 17h18

Fonte: Redação Terra
Economia Internacional

Lula quer ser primeiro presidente do País a emprestar ao FMI

Atualizada às 19h19
Lúcia Jardim - Especial para o Terra - Direto de Londres


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou ser "chique" o Brasil estar em posição de emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista após a reunião dos líderes do G20, em que o grupo afirmou que espera injetar até US$ 5 trilhões na economia global até o final de 2010, Lula disse que quer entrar "para a história como o presidente que emprestou o primeiro centavo ao FMI".
"Vocês não acham muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI? Não é uma coisa soberana? Eu passei parte da minha juventude carregando faixas no centro de São Paulo: 'fora FMI! Fora FMi!' E agora, é um país que tem solidez", disse Lula.
Segundo o presidente brasileiro, o País gostaria de dar sua contribuição como forma de empréstimo diretamente a países mais pobres."O Brasil tem competência hoje para ajudar os países mais pobres", afirmou ele, ressaltando que está disposto a ajudar desde que não prejudique as reservas brasileiras.
No entanto, ele não especificou de quanto será a contribuição brasileira ao fundo. "Eu gostaria de entrar para a história como presidente que emprestou algum real para o FMI.O Brasil hoje tem credencial e é respeitado. O Brasil vai contribuir, só não me perguntem quanto, porque quem vai discutir isso é o meu companheiro Guido (Mantega, ministro da Fazenda), que vai ver o quanto nós poderemos contribuir".
Questionado, Mantega também não apontou nenhuma estimativa, mas afirmou que o anúncio poderia ser feito na próxima semana. O ministro descartou que o aporte será proporcional à participação do país no fundo - de 1,7% -, o que pressuporia um investimento de US$ 4,25 bilhões.
Além disso, o governo brasileiro espera que os recursos injetados no fundo sejam usados para viabilizar empréstimos a países subdesenvolvidos e emergentes que enfrentem a crise econômica - este último ponto, ressaltado pelo próprio Lula durante sua entrevista.
Muito animado e não economizando nas brincadeiras, Lula não escondia a satisfação ao final do encontro com os outros líderes. "Hoje aconteceram coisas que eu considero importantes para história dos países e para o futuro da humanidade, se a gente não se apequenar a respeito o futuro deste documento", disse. "Foi a primeira reunião que eu participei em que os chamados países desenvolvidos estavam em igualdade de condições com os países em desenvolvimento."
Lula afirmou houve momentos tensos durante as discussões, mas que ao final todos parecem ter se convencido de que "é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial, para que ele seja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo". Para ele, se os países ricos normalizarem as suas economias, o restante do mundo vai sair naturalmente da crise.
"O que todo mundo estava percebendo era que nós estávamos em um barco, esse barco estava entrando água e se a gente não cuidar de tirar a água e arrumar o casco, o barco afunda", comparou. O presidente contou que sugeriu aos demais líderes para que, nas próximas reuniões, seja posto em discussão um novo sistema de transparência de dados financeiros e fiscais de cada país.
"É importante que a gente saiba o que está sendo feto em cada país, qual a dívida pública, qual o déficit fiscal, quais são os investimentos. Aí teremos uma noção exata de quem está fazendo a lição de casa e quem não está."
O presidente ainda minimizou a perspectiva negativa da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), de que a economia brasileira diminuiria 0,3% neste ano. "Vai ficar a minha palavra contra a da OCDE, mas eu acho que nós não vamos atender aos prognósticos deles. O impacto pode ser importante, é claro, mas acho que a OCDE exagerou."
Embora tenha sido uma das personalidades mais badaladas do encontro, o petista rejeitou o título de líder dos países emergentes. "Essa questão de liderança internacional é uma bobagem teórica. Nenhum país passa o bastão para um outro ser líder dele. Todos querem ser líderes", desconversou.
"Líder, você só é se tiver liderados. Não existe a possibilidade de ser líder na América do Sul. Cada um de nós vale pelo que representa, pelo que faz. Ninguém me elegeu líder de nada: eu continuo aqui falando em nome do Brasil, pura e simplesmente. Mexer nisso é sempre um nervoso."
Comentando a frase do presidente Barack Obama feita durante a cúpula, dizendo que "é o político mais popular da Terra", o brasileiro minimizou as intenções do americano e aproveitou para elogiar o colega.
"A frase do Obama deve ter sido um gesto de gentileza, uma brincadeira dele. Eu tenho consciência do meu tamanho, da minha importância, e tenho consciência de cada companheiro também. Não consigo entender a fala do Obama senão uma brincadeira com uma pessoa que trata ele bem", analisou.
"O Obama, eu disse a ele, é o primeiro presidente dos Estados Unidos que têm a cara da gente. Se você encontra ele, você vai pensar que ele é baiano. Se você encontrar no Rio de Janeiro, vai pensar que ele é carioca. É o primeiro que é parecido com todo mundo. Tranqüilo, humilde."
Ele relatou que ficou surpreendido com a postura modesta adotada pelo presidente democrata durante a sua primeira grande reunião internacional desde que fora empossado, em janeiro.
"Não é fácil você chegar numa reunião e ver um presidente dos Estados Unidos dizer "olha, eu sei que eu sou o mais novo, que eu estou há pouco tempo no mandato, eu estou aqui para ouvir aprender. Você acha que é fácil um americano dizer isso? Eu acho que é uma coisa extraordinária. É uma oportunidade que a gente, de ter uma relação com os Estados Unidos que a gente não tinha antes", contou.
Para ele, isso foi brincadeira do Obama. "Deve ter sido um gesto de gentileza, tenho consciência de meu tamanho".
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Gostei muito do texto de Lúcia Jardim, espero que nosso presidente continue "com os pés no chão".